Sem motivos algum e muito menos sem diretor nenhum para tanto, Raimundo Sales, o Júnior Bolinha, envolvido no assassinato do jornalista Décio Sá, está preste a ser transferido para uma cela especial. O ofício de transferência preso, assinado pelo juiz Ernesto Guimarães Alves, da 1ª Vara do Tribunal do Júri foi protocolado no Corpo de Bombeiros no dia 15 de dezembro. De acordo com o documento, o acusado deve ser transferido para o comando geral da Corporação.
Na decisão, o juiz sustentou a falta de segurança dentro do sistema prisional do Maranhão para pedir a transferência. De acordo com o magistrado, o Estado tem o dever constitucional de zelar pela integridade física e moral do preso, bem como disponibilizar instalações seguras, adequadas e apropriadas.
O juiz solicita informações do comandante do Corpo de Bombeiros para realizar a transferência de Júnior Bolinha para uma cela especial. Entretanto, a transferência que tem “cara” de regalia ainda não foi concretizada.
Antes de ser transferido para o presídio, Júnior Bolinha havia fugiu da Delegacia da Liberdade e sequestrado um empresário e só foi recapturado por puro milagre, pois a vítima dele teria fugido da mala do carro que o transportava na frente de uma viatura da Polícia militar que reconduziu o preso as mãos da Justiça.
O jornalista Décio Sá foi morto com cinco tiros quando estava em um bar, na Avenida Litorânea, em São Luís, em abril de 2012. De acordo com o inquérito policial, Bolinha teria contratado o pistoleiro Jonathan de Sousa Silva a mando dos empresários José Miranda e Gláucio Alencar, pai e filho, respectivamente, para cometer o crime.