O atual vice-prefeito de São Luís e candidato a senador, Roberto Rocha (PSB), quando deputado federal pelo PSDB de Aécio Neves e FHC, denominou o grupo da presidenciável Marina Silva (PSB) de “eco-histéricos”.
Quando deputado federal o ex-tucano Rocha presidiu a comissão de Meio Ambiente da Câmara, lá se discutiu o Código Florestal, e nesse debate o candidato a senador que se diz mudança batizou Marina Silva e aliados de “eco-histéricos”.
No comando da comissão, o PSDB resolveu postergar as discussões sobre o projeto que anistia desmatamentos florestais feitos antes de 2007 e delega poderes aos Estados na esfera ambiental.
Para agradar os ruralistas, Roberto Rocha evocou o adiamento como forma de driblar as acaloradas discussões entre ambientalistas e ruralistas. “Senão vira uma guerra santa”, disse o ex-tucano.
Relator à época do projeto, o deputado Marcos Montes (DEM) rechaçou qualquer alteração no texto. “Não tem acordo. Se mudar, eu saio da relatoria. Aliás, o presidente tem a prerrogativa de me tirar da relatoria”, disse numa referência a Roberto Rocha.
A medida do então deputado Roberto Rocha ajudou a esvaziar os debates na Comissão de Meio Ambiente. Os ruralistas comemoraram. “Vamos tocar devagar lá na Comissão de Meio Ambiente”, disse o então presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado catarinense Valdir Colatto.
O afago de Roberto Rocha aos ruralistas significaria a anistia ao desmatamento de 34 milhões de hectares entre 1996 e 2006, na Amazônia e no Cerrado.
Ao ser criticado, Rocha saiu-se com essa: “só temos que parar com esses eco-histéricos”.
Se o passado do Roberto Rocha o condena, imagina o passado do Edinho 30%? Meu caro blogueiro, Vossa Senhoria tem que aprender que, no refime Democrático, onde todos têm voz e vez, a divergência de pensamento é comum e, muito mais ainda, é salutar para consistência do dito regime.