Após assembleia geral, encerrada agora há pouco, rodoviários decidiram circular com 70% da frota depois oito dias de paralisação total. Em cumprimento à decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), os coletivos voltarão a circular à zero hora desta quarta-feira. A reunião comandada pela manhã pela promotora do Consumidor, Lítia Cavalcanti, para negociação de um acordo entre patrões e empregados, foi decisiva para o desfecho.
Os rodoviários esperam agora um acordo salarial com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (SET) para encerrar a greve em definitivo. A princípio, os trabalhadores reivindicavam reajuste salarial de 16%. Depois baixaram para 11% e no último fim de semana reduziram para 7%. A categoria cobra, ainda, a inclusão de mais um dependente no plano de saúde e o aumento do valor do tíquete-alimentação para R$ 540,00.
Com o retorno dos ônibus às ruas, a região metropolitana de São Luís deverá retomar a sua rotina normal. Vários prejuízos têm sido contabilizados durante a greve. O comércio contabiliza perdas de 80%, segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). Escolas e faculdades, sobretudo as da rede pública, tiveram as aulas interrompidas. Empresas e repartições públicas vêm funcionando com contingente reduzido de servidores.
A falta de ônibus deu margem a todo tipo de abuso e irregularidades, tais como a exploração do transporte de passageiros por veículos clandestinos, grande parte do interior e até de outros estados.