O momento foi de relevância, pois a criação de um curso de Medicina na região é importante e objetiva atender a uma demanda no atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS), tendo em vista que o Maranhão é carente de cursos nesta área, o que deixa o Estado em último lugar na relação médicos por habitantes, seguido do Pará e do Amapá. Apenas 0,7 médicos por 1.000 habitantes, quando a média nacional é de dois médicos por 1.000 habitantes. Os dados são do Conselho Federal de Medicina.
Em Imperatriz, o curso será pioneiro, e sua proposta está inserida na perspectiva pedagógica institucional que propõe a exploração do conhecimento para geração de autonomia, uma fundamentação humanístico-técnico-científica com formação crítico-reflexiva, a articulação ensino-serviço para aprender a lidar com a realidade, o incentivo à pesquisa, o desenvolvimento de competências éticas e de responsabilidade social. “O Curso busca contribuir para o desenvolvimento regional a partir da leitura das necessidades da população, o desenvolvimento de intervenções pertinentes no âmbito acadêmico e a cooperação técnica com a rede de saúde local e regional”, definiu a Presidente da Comissão Própria da Avaliação da Universidade, Profª. Me. Fabiana Lobato.
A Universidade Ceuma e a Prefeitura Municipal de Imperatriz firmaram parceria, tendo em vista a instalação do Curso. Essa articulação se faz mais que necessária, e, neste sentido, também está sendo proposto o fortalecimento da parceria através da qualificação de recursos humanos da rede municipal de saúde, entre outras propostas.
De acordo com o Prof. Dr. Alexandre Freire, serão utilizados dois métodos no curso de Medicina: o PBL (Problem-Based Learning) será o método responsável pelo ensino das bases teóricas da medicina e o TBL (Team Based Learning) é uma forma de aprendizagem em pequenos grupos. “A ideia é que o projeto de Imperatriz seja misto, Ele contempla o que há de bom no método tradicional dos cursos de Medicina e o melhor da aprendizagem ativa que é o PBL e o TBL. A grande dificuldade do curso é a falta de titulação dos médicos professores. Por causa disso, a Universidade Ceuma está oferecendo um curso de pós-graduação e, para os que o concluírem, passarão para o mestrado”, explicou.
O Curso de Medicina receberá a Comissão de especialista do MEC, em breve, para vistoria das instalações, do corpo docente e do Projeto Político Pedagógico, visando uma possível autorização ainda este ano, o que poderia propiciar iniciar o curso, em agosto de 2014, ou fevereiro de 2015.
