Queima de arquivo?
No que tem tudo para ser uma “queima de arquivo”, foi assassinado ontem à noite, em Pindaré-Mirim, o flanelinha conhecido como Coalhada, que descreveu à polícia características físicas do pistoleiro Jhonatan de Sousa Silva, assassino confesso do jornalista Décio Sá. As informações prestadas por Coalhada foram fundamentais para a confecção do retrato falado do matador. Em agosto do ano passado, blogs e alguns órgãos de imprensa chegaram a divulgar a morte do flanelinha, mas a informação era falsa.
O flanelinha foi morto a tiros na porta da casa onde estava morando, em Pindaré-Mirim, por homens que passaram no local em um veículo. Até o momento, os autores não foram identificados, mas a polícia já está no encalço dos assassinos.
Coalhada, segundo consta nos autos processuais, estava em frente ao Sistema Mirante, onde costumava permanecer até 23 de abril de 2012, data do crime, quando Jhonatan e o comparsa que pilotava a moto chegaram procurando por Décio Sá. O flanelinha, ainda segundo o inquérito, chegou a conversar com os bandidos, apontando o carro e informando à dupla sobre a rotina de trabalho do jornalista na empresa.
Após prestar depoimento à comissão de delegados que apurou o crime e fornecer informações importantes para a investigação, ele auxiliou a Polícia Civil a confeccionar o retrato falado do pistoleiro, divulgado dia 31 de maio do ano passado. No dia 5 de junho, Jhonatan foi preso. E no dia 13 do mesmo mês, os acusados de serem os mandantes e de agenciar a execução do jornalista também foram para a cadeia, na Operação Detonando.
O assassinato de Coalhada, em circunstâncias misteriosas, é um fato novo em meio às audiências com testemunhas e acusados do crime que vitimou Décio Sá, iniciadas dias 6 deste mês, no Fórum Desembargador Sarney Costa, e interrompidas semana passada, com previsão de reinício para o próximo dia 3 de junho.
Coalhada é a terceira pessoa ligada ao Caso Décio Sá assinada. O primeiro foi Valdênio José da Silva foi preso, dias após a execução do jornalista, por suspeita de ajudar na fuga do assassino. Ele ficou detido por trinta dias e foi liberado em seguida.
Valdênio estava em casa, , na Vila Talita, na Raposa, quando um homem efetuou cinco disparos por uma janela entreaberta da residência. A vítima estava ao lado da esposa no momento do assassinato. Valdênio foi apontado como um dos envolvidos na morte do jornalista Décio Sá através do Disque-Denúncia.
O segundo assinado ligado ao Caso Décio Sá foi Ricardo Santos Rodrigues, mais conhecido como “Ricardinho Carioca” (foto), que estava internado do no hospital Carlos Macieira (HCM) desde o dia 17 de janeiro.
“Carioca” foi transferido do hospital São Domingos para o HCM no último dia 16 após circular na imprensa local que ele teria sido, mais uma vez, vítima de tentativa de homicídio.
Os suspeitos seria os mesmos que conseguiram acertar três tiros em “Carioca” numa tentativa de execução ocorrida no dia 3 de janeiro quando ele se encontrava no interior de seu veículo, um Corola de placas NNF-8653, na Avenida General Artur Carvalho.
Na época, a polícia chegou a negar que ele havia sofrido nova tentativa de homicídio no hospital São Domingos, mas manteve, até a madrugada desta quarta-feira, permanente vigilância ao hospitalizado para evitar possíveis investidas de seus inimigos.
Agora, fica a dúvida? Qual será o próximo?