Hoje é o Dia internacional do Enfermeiro e advinha como os profissionais da área comemoraram a data no Hospital Municipal Clementino Moura, o Socorrão II, na Vila Operária? Acertou quem disse paralisaram as atividades pela manhã. Eles reinvindicam melhores condições de trabalho, alimentação e material hospitalar. Os trabalhadores reclamam que a falta de itens como esparadrapo, agulha, gaze e seringa compromete os atendimentos.
Além dos enfermeiros e técnicos de enfermagem, um grupo de médicos, todos contratados, se reuniram no pátio do hospital. O protesto tinha como objetivo chamar a atenção do secretário Municipal de Saúde (Semus), Vinicius Nina e da sociedade para a situação precária do Socorrão II, segunda maior unidade de urgência e emergência que serve à população da capital.
A falta de alimentação é um problema crítico desde a gestão passada e já foi exposta pela imprensa sucessivas vezes, sem que nenhuma solução fosse tomada até hoje. Familiares de pacientes também denunciam que são obrigados a comprar o material hospitalar para ser usado pelos enfermos.
Teve uma funcionária da unidade que disse que a alimentação dada pelo hospital para os profissionais no final de semana foi apenas arroz e feijão. E a situação de falta de alimentação também atinge o Socorrão I, onde os funcionários não agüentam mais comer “frango” todos os dias.
No Hospital da Criança, cerca de 40 profissionais contratados para reforçar a equipe da unidade de saúde, principalmente nos plantões, também ameaçam cruzar os braços. Eles reinvindicam pagamento de salários atrasados, além de melhores condições de trabalho. Lá há trabalhadores que não recebem salários desde novembro do ano passado, enquanto outros estão sem vencimento desde janeiro.
A saúde municipal virou o “calcanhar de Aquiles” da administração do prefeito Edivaldo Holanda Júnior, que deve iniciar pelo setor a reforma de secretariado que pretende realizar em breve, que deve atingir até a administração das unidades de saúde; Socorrão I, Socorrão II e Hospital da Criança.
O diretor do Socorrão I, Yglesio Moyses, por exemplo, já teria sido convidado pelo próprio prefeito para ser secretário ADJUNTO de saúde, para que possa deixar o cargo sem trauma, pois durante a eleição foi um aliado fiel de Edivaldo Holanda Júnior.