Maranhão e Sampaio fizeram na tarde de ontem no Nhozinho Santos, o clássico de número 633, mas sinceramente não gostei nenhum pouco do jogo. Não foi porque a partida não saiu do zero a zero, mas pelo que os dois times apresentaram em campo. O MAC limitou-se a marcar o adversário e sair para o ataque quando desse. Já o Tricolor, com marcação individual de Tica em cima de Pimentinha ficou sem opções de jogadas de ataque, que confirma o time é altamente dependente da qualidade individual, principalmente, do seu camisa 11.
Não sei o que deu no MAC, que vinha muito bem na marcação e fazendo os gols que precisava, mas no clássico contra o Sampaio foi um time totalmente concentrado em marcar. O Maranhão tem um grupo bom, com jogadores de qualidade e um treinador muito experiente, entretanto não consegue manter a regularidade.
O que chama a minha atenção com relação ao Maranhão é que tem jogador que em determinado jogo arrebenta e no outro se esconde. E essa oscilação de rendimento atinge tanto os homens de frente quanto os defensores. É até difícil definir qual é o time base do MAC diante de tantas mudanças de rendimento.
Já no Tricolor a coisa é mais séria, porque o clássico deixou evidente que o time do Sampaio é Pimentinha e mais 10, isto é, se marcar o camisa 11 o time não jogo, porque não tem outras opções de ataque e o fato é preocupante, pois o grupo é praticamente o mesmo que venceu a Série D de 2012 e os caras estão trabalhando juntos há mais um mês e a equipe ainda não deu liga.
Sei que a situação de Everton Goiano, porque as comparações com Flávio Araújo são inevitáveis, principalmente, pelo bom trabalho desenvolvido pelo técnico cearense no Tricolor. Entretanto, o atual comandante ainda não conseguiu passar para o torcedor a mesma confiança que o seu antecessor. E para piorar a situação dele, o rendimento também não é o mesmo.
O clássico não teve nada que me agradou mesmo. A arbitragem de Ranilton Oliveira de Sousa foi um desastre, porque a imagem do fotografo Honório Penha, mostra que o Edgar foi agredido e o juiz além de não ter visto o lance, preferiu o caminho mais fácil e expulsar os dois (Diogo Cunha). Não vou avaliar o Diego pela expulsão, porque talvez ele só tenha isso para oferecer em campo, mas o Edgar, que estava voltando a jogar bem e tinha até conquistado a condição de titular ser expulso por revidar uma agressão mostra, que ele está bem longe experiente e a condição de reserva parece que está fazendo bem a ele.
Diante do exposto, com certeza o Samará de domingo não ficará na memória de nenhum torcedor ou da critica, porque o jogo foi muito fraquinho e não valeu praticamente nada em termos de classificação para a semifinal.