Os times da primeira divisão maranhense se reuniram no fim da tarde de ontem, no Auditório da HCG, no São Francisco, para discutir sobre aquisição de patrocínio para a temporada 2013 sob o comando da Associação Maranhense de Clube de Futebol (Amaclube), uma pedra, no caminho da Federação Maranhense de Futebol (FMF) desde 2009. E a briga parece deflagrada. Com a fracassa tentativa da FMF em assumir o controle financeiro do Viva Nota de 2012 e a não liberação do recurso por causa da intromissão da entidade e por causa do fracasso projeto de transmissão dos jogos por uma TV local na qual os clubes não receberam as cotas de transmissão, os clubes querem assumir a responsabilidade para assinar novos contratos.

Quando não aceitou que a culpa pela inviabilização do recurso do Viva Nota não foi sua e sim dos próprio times que estariam insatisfeito com a administração da Amaclube, Antônio Américo rompeu com Sérgio Frota literalmente. E ao não permitiu mais a atuação da Associação e tomar para sí a negociação dos patrocínios e não conseguir êxito ganhou a antipatia de muitos dirigentes de times. Porém, os clubes estão de maior torcida e com títulos estaduais como Sampaio, Moto, Maranhão, Bacabal, JV Lideral e Imperatriz, além dos times menores como São José de Ribamar, Sabiá, Cordino estão com Frota e não querem mais a intromissão da FMF nas negociações dos patrocínios para as competições. Aliás, a popularidade de Antônio Américo nunca andou tão em baixa com os clubes.

Já está certo que o Viva Nota vai dar R$4 milhões aos clubes em 2013: R$ 2 milhões em cada semestre, desde que a Amaclube tenha o controle financeiro do programa de incentivo ao futebol, pois a FMF por não ter certidão negativa não poder receber repasse do Governo do Estado. Além destes recursos, Sérgio Frota já teria iniciado negociação com uma grande empresa para patrocinar o Campeonato Maranhense do próximo ano, mas resta saber se Antônio Américo permitirá que os times administrem o dinheiro? Embora o estadual seja organizado pela Federação, se ela não pode ajudar que não atrapalhe.

Seduzidos pelas promessas de patrocínio e liberação dos recursos do Viva Nota, os presidente de times aceitaram participar da fracassada Copa União e atolados em dividas muitos ameaçam até sair do torneio. Equipes como Moto e São José já pararam até treinar por estarem com os salários atrasados. A solução para salvar a competição de Antônio Américo é a redução da cota de arbitragem, ou seja, sobrou para os árbitros que terão que abrir mão de metade dos seus salários.

E ele ainda fez uma nova promessa: de que se acertar um contrato com uma empresa pagará as despesas de viagem e arbitragem dos clubes, exceto do Sampaio, confirmando que rompeu com o presidente do Tricolor, que também dirige a Amaclube, Sérgio Frota. O que Américo não entende é que ele não pode dar tratamento diferenciado para o clube por ter divergências com o seu dirigente, isto é, ele não pode punir a instituição Sampaio  por estar brigado com o Frota.

A reunião dos clubes mostra ainda a insatisfação deles com a gestão de Antônio Américo, que em menos de um ano já se tornou para eles mais antipático que Alberto Ferreira em mais de 20 anos. As competições locais nunca registraram tantos WOs como agora e nunca houve tanta rotatividade nos cargos da entidade. O próprio vice-presidente da entidade, Walter Lira, já teria rompido com o cartola.

É melhor Antônio Américo rever seus conceitos e administrar de fato a FMF, pois foi para isso que foi eleito, pois está com filme queimado com os clubes!