Nunca fui muito afeito a política. Mas sou obrigado a opinar nesse caso da CBF. Até porque isso envolve diretamente o futuro do futebol maranhense. Não tenho a menor dúvida, por exemplo, que o presidente da José Maria Marín, o Zé das Medalhas, não está dando a mínima para este imbróglio envolvendo a terceira e quarta divisões. Sou capaz de apostar que para ele toda esta confusão foi a melhor coisa que pôde ter acontecido ao esporte nacional, porque abre precedente para acabar com as duas divisões que dão prejuízo para a entidade.

Acho uma tremenda sacanagem o que estão fazendo com o Sampaio e os demais times das Séries C e D, porque os clubes se prepararam para a competição e na véspera do início as competições foram adiadas por causa de um problema que vem se arrastando há seis meses. É brincadeira, né? A CBF está fazendo os presidentes dos 20 times da Terceira Divisão e as 40 equipes da Quarta Divisão de palhaços.
Todo mundo sabe que time não pode entrar na Justiça Comum, porque o país dele pode ser descredenciado da FIFA, mas o Zé das Medalhas está se lixando paras os clubes das series C e D, porque na sua grande maioria, são pobres e as competições dão prejuízo para a CBF. Então porque ele não cria coragem para vir a público cancelar pelo menos uma delas? Mas por questões políticas, pois ainda está tentando manter-se no cargo que herdou de Ricardo Teixeira, José Maria Marín não é homem para peitar os dirigentes de federações, que alias estão p. da vida com ele.

Agora fica a pergunta, quem é que vai arcar com o prejuízo? O Sampaio iria estrear contra o Mixto (MT), que ainda está montando o seu time e o novo treinador sequer conhece todos os jogadores. E o prior é que o Tricolor está com o time monatadinho e só não vai perder ritmo de jogo por causa das finais do Estadual que acontecem nos dias 31 de maio e 7 de junho.

Para quem não se lembra, o José Maria Marín é aquele que convidado para ajudar na premiação dos atletas dos Corinthians que venceram a Copa São Paulo, deste ano, simplesmente colocou no bolso uma das medalhas. Por causa do que poderíamos dizer ato falho do dirigente, o goleiro titular corintiano, Matheus, último da fila, ficou sem recebê-la. Que absurdo! Ainda bem que o troféu é grande, porque senão vai saber, né? Marin, que também foi Governador de São Paulo entre 82 e 83, poderia ter o guardado também por engano, não é verdade?

O seu primeiro ato como presidente da CBF, José Maria Marin, aumentou, em menos de dois meses no cargo, o seu próprio salário e o dos principais integrantes da cúpula da entidade. Ele recebe R$ 160 mil mensais desde abril, seu antecessor, Ricardo Teixeira, ganhava R$ 98 mil, o que dizer de uma pessoa assim?.

Longe de mim querer fazer apologia ao Ricardo Teixeira, que para mim já estava passando da hora de sair da CBF, mas com os desmandos do Zé das Medalhas, começo a sentir saudades dele!