É impressionante a capacidade dos maranhenses de desrespeitar as pessoas que trabalham no futebol, né? Tanto é que acho ridículo o que boa parte da opinião pública e até mesmo os torcedores Moto vem fazendo com o Gildo Moraes e o Dadá. Os caras carregaram, sozinhos, o time em 2011 sozinho na costa e ainda tem imbecil dizendo que eles roubaram a equipe e isso é um dos maiores absurdos que já ouvi. Se não fosse por eles o Papão, talvez, teria parado na temporada passada.

Não sou advogado de nenhum deles, mas a verdade é que Gildo e Dadá colocaram o time para disputar o Campeonato Maranhense enquanto o Conselho Deliberativo queria parar o futebol, que colocaria o Moto novamente na Segunda Divisão estadual. Porém, Gildo tirou dinheiro do bolso e Dadá convenceu os amigos a jogarem. Então, veio o dinheiro do Viva Nota no segundo semestre e os caras ainda estavam devem os jogadores que jogaram o Estadual. A Copa União começou bem antes da primeira parcela do dinheiro entrar e novamente os dois tiveram que convencer os jogadores a entrar em campo. E quando finalmente, o tão esperado patrocínio caiu na conta mal deu para pagar as folhas atrasadas e as despesas com hospedagem, viagem, alimentação entre outros.
Resumindo, o dinheiro mal deu para cobrir as despesas assim como aconteceu com o Imperatriz e o Bacabal, que também não tem patrocínio de prefeitura e nem dirigente rico. O Maranhão, que tem o patrocínio de João Vicente, mesmo jogando com um time caseiro também teve dificuldades. O Sampaio gastou 3 vezes mais que recebeu do Viva Nota, porque o seu presidente Sérgio Frota queria valorizar a competição e queria o título.

Só que nosso povo é tão cruel que é bem capaz de dizer que os caras ficaram com o dinheiro do Viva Nota. Para mim isso não cola. O Gildo e o Dadá, até que me provem o contrário, são indiscutivelmente pessoas honestas e apaixonadas pelo Moto. Se não forem os maiores, viu? A ingratidão não se resume apenas aos dois, pois quem não se lembra Eugênio Rodrigues, que deu um endereço ao Papão e se quer é convidado para as festas no clube. O mesmo acontece em outros times, porque tem idiota que vive dizendo que Sérgio Frota lava dinheiro no Sampaio e que João Vicente está roubando o terreno do Maranhão, puro absurdos.

Se não fosse pelo Frota, o Sampaio poderia estar numa situação pior que o Moto viveu nos últimos anos. E se o Maranhão não tivesse o João Vicente já teria saído do futebol profissional. É por causa destas pessoas, o Papão teve a maior dificuldade para eleger uma diretoria. O Sarney Neto já estava indo embora quando foi convencido a assumir o time e o Daniel Meneses quase ficou de fora da reunião. Que isso sirva de lição para os dois. No futebol local não existe gratidão.

Esses dias escrevi aqui nesse mesmo espaço criticando a nova diretoria do Moto Club por não ter mantido o Dadá no departamento de futebol e muito motense pegou no meu pé. Dizendo barbaridades sobre o cara. Para vai! Não sou advogado dele, mas se somar o 2011 ridículo que o Papão fez dentro de campo com as coisas assustadoras fora dele, chego a nítida conclusão que esse cara não deveria ter saído do clube. O que muita gente não sabe é que por varas vezes os jogadores não deixaram de treinar e até de jogar por causa dele, que na base da amizade convencia os atletas com os salários atrasados por mais de quatro meses a não cruzar os braços. Acho uma grande falta de respeito com a figura do Dadá, que sofreu para conduzir o time em todas competições que disputou.

O Moto talvez tenha sido um dos times que mais decepcionou sua torcida na temporada de 2011. Fez uma péssima campanha no Campeonato Maranhense e teve uma participação pífia na Copa União. Em nenhum momento no ano passado o Papão brigou por titulo e figurou sempre como uma banda numa propaganda de refrigerantes. E até por isso critiquei duramente a diretoria, principalmente, pela demissão do técnico Sandow Feques no final do primeiro turno da Copa União. Ele pode até ter falhado em alguns momentos. Mas o resultado final provou que não era ele o único problema da equipe.

Agora achei que a nova diretoria do moto acertou em buscar o Sandow Feques de volta. Ele pode não ser um estrategista de primeira linha, mas é um sujeito inteligente que sabe planejar e formar equipes. Fiquei também contente com o esforço dos dirigentes em manter o Kléber Pereira. Tenho certeza que ele pode ser o homem de frente da equipe. Fora que o Sarará tem uma baita potencial para atrair público nos estádios e conquistar títulos. E diga-se de passagem desde o início esse era o projeto da diretoria anterior, mas pela falta de estrutura do clube e pelas campanhas pífias ficou um gostinho amargo na boca da torcida de fracasso total.

Porém, acredito que essa nova diretoria do Moto pode dar os meios necessários para que o time finalmente deslanche e deixe de ser um mero figurante nas competições que disputará na temporada 2012, mas nada disso acontecerá se o torcedor não apoiar.

Peço licença aos amigos leitores deste blog que estão acostumados a me ver comentando futebol para dar um depoimento pessoal sobre o que está acontecendo com o basquete maranhense. Porém, alguns de vocês devem estar se perguntando: o que esse cara entende de basquete? Acho que entendo um pouco, pois sou casado com uma ex-jogadora da Seleção Maranhense de Basquete e tive que assistir muitos jogos dela até que ele me desse “bola”. Porém, que me chamou a atenção foi à iniciativa sensacional de criar o Maranhão Basquete para participar da Liga de Basquete Feminino (LBF). Não apenas por ser uma equipe forte em condições de brigar por título, mas por ter como principal estrela a maranhense Iziane.

Com a montagem do Maranhão Basquete, com toda a sinceridade, a impressão que dá é que o Maranhão entrou para a elite do Basquete brasileiro. Até porque o time está repleto de estrelas. A começar por Iziane, que jogou muito tempo nos Estados Unidos, mas não perdeu a identificação com a nossa pátria. Não vou nem discutir a qualidade das jogadoras estrangeiras, porque ainda não a vi jogar, mas pelo currículo delas são duas feras. Ainda temos Maria Cláudia, das categorias de base da Seleção Brasileira, e é claro a experiente Cíntia Tuiú. E não podemos esquecer Renata Lima, que tive o privilégio de entregar o Troféu Mirante, que joga muito.

O time do Maranhão Basquete está com tanta moral, que até a rainha do basquete, Hortência, veio a São Luís conhecer a equipe a convite da amiga Iziene. Por sinal, a Hortência está linda. Sou obrigado a reconhecer que poucas foram às vezes que vi um ídolo nacional ser tão simples. A Rainha é um amor de pessoa. E com as bênçãos dela tenho certeza que a equipe maranhense ira longe na competição.

Só espero que o torcedor maranhense tenha a mesma empolgação que eu e lote o Castelinho quinta-feira à noite na estréia do Maranhão Basquete. As maranhenses vão precisar do nosso apoio, pois enfrentarão nada menos que a melhor equipe da disputa e uma das candidatas ao título. Porém, estou muito confiante. Isso só me faz ter muitas saudades do Campeonato Internacional que o Brasil venceu em São Luís em 2001. Na época, estava começando na equipe de Esporte de O Estado do Maranhão. Na ocasião, o público local fez uma festa muito bacana para as brasileiras. E agora, farão para as maranhenses.