O que será de Frota sem Pereirinha?
Como na letra da canção de Claudinho e Bochecha: “Avião sem asa, Fogueira sem brasa, Sou eu assim, sem você. Futebol sem bola, Piu-piu sem Frajola, Sou eu assim, sem você…”, é assim que deve estar o presidente do Sampaio Corrêa, Sérgio Frota, com a saída de Isaias Pereira, o Pereirinha, do Campeonato Maranhense 2011. Os dois viveram uma verdadeira relação de “amor e ódio” no futebol maranhense. Começaram juntos, depois se separam e em seguida protagonizaram uma das maiores rivalidades do futebol maranhense.
A saída de Pereirinha do Campeonato Maranhense deixa vários questionamentos: Como ficarão os atletas e a comissão técnica? Como ficarão os jogadores emprestados para o Cruzeiro (MG), como ficarão os árbitros, que não serão mais xingados e não poderão processar mais nenhum dos dois, e como ficará a rivalidade entre ele e Sérgio Frota. Os dois pareciam crianças brigando pelo mesmo brinquedo. Tudo era motivo para briga: desde o sorteio da arbitragem a marcação dos acréscimos. Rivalidade parecida só vi ente o saudoso Raul Meneses (Moto) e o Geografia (Sampaio), pois a protagonizada por Frota e Pereirinha foi muito maior.
A rivalidade entre Pereirinha e Frota já estava tão grande, que muitos árbitros me confessaram que era mais difícil dirigir um Sampaio x Iape, que um Sampaio x Moto,considerada a maior rivalidade do futebol maranhense. A coisa entre os dois é tão série, que o árbitro Mayron Frederico foi insultado pelos dois no Campeonato Maranhense de 2010 e o árbitro Juscelino Sousa Santos, que teria sido o virtual motivo do ícone do Canário da Ilha sair do futebol, processa Frota por causa de xingamentos feitos pelo dirigente após uma derrota sofrida para o Iape.
Com a saída de Pereirinha, temo que Sérgio Frota também deixe o futebol, pois teria perdido uma de suas grandes motivações para continuar no esporte. Com a rendição de Pereirinha na guerra pessoal travada pelos dois, Frota está sem ter com quem “brigar”, pois os dirigentes do Moto, do Maranhão e do Imperatriz são todos amigos dele e dentro de campo nenhum ameaça a potência que o Tricolor se tornou com o fim do Iape. O próprio Estadual de 2011 perdeu a “graça” com a saída do Canário, pois ninguém acredita que o Tricolor não será campeão com no mínimo três rodadas de antecedência.