Quem sair por último que apague a luz. O Campeonato Maranhense ainda não chegou a metade e dois times já pularam fora do “barco”. O Nacional foi eliminado por não pagar arbitragem e o Iape saiu porque o seu presidente estava sendo prejudicado politicamente. Agora, fica a dúvida: qual será o próximo time a deixar o Estadual? Uma soma de fatores que não são os expostos na mídia.
Em um campeonato que parece um Big Brother, onde a cada rodada um participante é eliminado, o Estadual 2011 que começou com 10 times chega a metade com apenas oito clubes. A culpa é de quem organiza a competição, a Federação Maranhense de Futebol, que não estabelece critério rigorosos para participar da sua principal competição.

Sendo assim, qualquer um pode inscrever um time na Série B, que geralmente é disputada por três ou quatro times, ganhar uma das vagas e no ano seguinte está na Primeira Divisão. É por isso que uma equipe que até pouco tempo se chamava Instituto Amigos de Pereirinha (Iape) e outra que foi até campeã maranhense e se chamava João Vicente (JV) Lideral, disputaram a Série A local.

Para quem tem dinheiro é fácil brincar de ser dirigente de futebol, mas para quem não tem como a maioria dos times do Maranhão o fardo é pesado. Que o diga a atual diretoria do Moto, que andou perto de passar o boné, e do Nacional, quem sem a ajuda da prefeitura de Santa Inês não teve força para disputar o deficitário Estadual 2011.

O que a FMF precisa fazer é criar instrumentos que possibilitem que os seus associados disputem competições do início ao fim, pois do contrário será difícil este campeonato acabar. Em primeiro lugar, nós não temos cultura de pontos corrido e quando o Sampaio disparar na lideraça, os times que estão lá em baixo perderão o interesse na disputa e vão jogar apenas para cumprir tabela. A outra coisa que precisa ser feita é cortar o cordão umbilical com o dinheiro público, pois sem apoio do Governo ou da Prefeitura ninguém ainda não aprendeu a fazer futebol no Maranhão.

Depois da saída do Iape, qual será o
próximo: o Moto que luta para levar o time a campo? O Bacabal que não tem o apoio da sua prefeitura? Pelo menos e uma coisa estes dois foram beneficiados com a saída do Canário, nenhum corre mais o risco de rebaixamento, porém, os dois ainda terão que disputar no mínimo mais sete jogos no returno.