Desperdício de talento!
O flagrante registrado pela TV Mirante dos adolescentes saltando da plataforma, com cerca de 15m de altura, da piscina de saltos ornamentais do Complexo Esportivo do Outeiro da Cruz, além de se uma negligência do responsável pelo local por não haver vigilância no é um desperdício de talento. Num país que luta para estimular atletas para as Olimpíadas de2016 no Rio de Janeiro, as habilidades e principalmente a coragem destes jovens deveria ser estimulada.
Estes jovens não deveriam ser vistos como vândalos, mas como excluídos de uma política pública concreta de esporte. A piscina do complexo do Complexo Esportivo do Outeiro da Cruz está abandonada há anos e eles como cidadãos têm todo o direito utilizá-la. O que falta ali não é seguranças, mas técnicos (treinadores) especializado em natação para orientar estes jovens.
É preciso acabar com este pré-conceito que esporte de pobre é futebol e que esportes aquáticos como o salto ornamental é modalidade de rico. A atleta olímpica mais jovem a ganhar uma medalha de ouro foi dos saltos ornamentais. A norte-americana Marjorie Gestring, com 13 anos, venceu a prova do trampolim de 3 metros nos jogos de Berlim, em 1936. A prática dos saltos ornamentais no Brasil remonta a 1913, quando a primeira competição nacional foi realizada. Porém, o país não registra grandes resultados em Olimpíadas. O país acumula 12 participações em Jogos Olímpicos sem conquistar nenhuma medalha.
Está na hora do secretário de Esporte e Lazer, Joaquim Haickel, acabar com oba-oba e arregaçar as mangas e começar a mostrar trabalho. Não acredito que seja tão caro limpar a piscina, enche-la e botar uma pessoa para trabalhar com estes garotos. Do contrário eles continuarão se arriscando saltando em uma piscina cheia de lodo e cheia pela metade e correndo risco de acidente.