Como ninguém é de ferro e por ser defensor da tese que não existe imparcialidade no jornalismo, vou destacar na tarde do último domingo vive um dia de fã ao entrevistar o meu maior ídolo no esporte, o atacante Romário. O Baixinho está de férias em São Luís, após ter sido eleito para Câmara dos Deputados como o sexto mais votado do seu estado ao receber 146.859 votos. Romário disse que espera repetir na política o mesmo sucesso que obteve no futebol.
Com uma campanha profissional e política, Romário da eleição era bem diferente do jogador de futebol que detestava acordar cedo e treinar. O melhor jogador no Mundial de 1994, Romário foi candidato a deputado pelo PSB e em sua primeira aventura eleitoral conseguiu a sexta posição entre 821 candidatos do estado do Rio de Janeiro. Os 146.859 votos que Romário obteve na eleição é o equivalente a 1,84% do total dos votos válidos do estado do Rio de Janeiro. “Com certeza 70% das pessoas que votaram em mim são meus fãs por tudo que fiz no futebol. Os outros 30% são pessoas que acreditam que posso ter na política o mesmo sucesso que tive como jogador. Por todos que acreditaram em mim tenho a obrigação de fazer algo de bom por estas pessoas. Sei que não vou mudar o rio de Janeiro e muito menos o Brasil, mas quero contribuir para ajudar as pessoas.”, avaliou.
Durante a campanha para deputado federal, Romário teve como plataformas apoio a crianças portadoras de deficiências, ele tem uma filha, Ivy, com síndrome de Down, e esporte para crianças e jovens pobres. “Não quero ganhar nenhum Nobel da Paz, mas por ter vivido em comunidade carente até os 20 anos conheço a realidade destes locais e quero através do esporte dar uma oportunidade para estes garotos além do tráfego de drogas. A minha filha Ivy tem síndrome de Down e participei de reuniões de pais. Nelas conheci pessoas que não tem a mesma condição financeira que tenho e pude entendo a dificuldade destes pais e mães”, apontou.
Romário é o segundo maior artilheiro do futebol mundial, superado apenas por Pelé. Ele também é o terceiro maior artilheiro com a camisa da Seleção Brasileira, atrás de Pelé e Ronaldo. Porém, sua média de gols pela Seleção supera os dois.
Depois a conversa com Romário, aquela imagem de “marrento”, que alguns colegas tentam colocar nele não passou nem perto, pois a impressão que ele me passou foi a de um home humilde, educado, generoso e honesto. Após a entrevista, o Baixinho me ofereceu uma taça de champanhe, mas por estar a trabalho fui obriga a recusar a honra de brindar com o meu ídolo…
As vezes se cria estereótipos de pessoas sem nunca ter chegado perto delas. O Romário deve ser uma pessoa boa sim.
Márcio e o Romário o que achou da nossa cidade ?