Dirigentes pressionam governo do estado por patrocínio de R$ 4 milhões…
Como forma de pressionar o governo do estado para patrocinar o futebol, os dirigentes ameaçam reduzir os jogos da Copa União pela metade ou na pior da hipótese abandonar a competição. Os presidentes de clube esperavam receber R$ 4 milhões através do programa Viva Nota, que devido à legislação eleitoral não poderá ser realizado em 2010. Sou totalmente contra aplicar dinheiro público em atividade privada, pois quem não tem competência não se estabelece e o contribuinte não pode pagar pela inoperância dos administradores das equipes que se julgam profissional.
É impressionante como o futebol maranhense na sua grande maioria não consegue cortar o cordão umbilical com o poder público. No interior do estado, quase todos os times são sustentados pelas prefeituras. Na capital, a coisa não é muito diferente, porque praticamente todo clubes vivem com o “pires na mão”. Até os times grandes, que tem torcida de massa, recorrem a esta pratica. Graças a este ciclo vicioso por coincidência ou conseqüência o esporte no Maranhão a cada ano consegue cair ainda mais no cenário nacional.
A maioria dos clubes maranhense depende do dinheiro público por não saberem administrar seus valores. Como, por exemplo, o Moto liberou o atacante Mizael inteiramente de graça para o Ceará e hoje a rescisão do jogador é de mais de R$ 1 milhão. Em contra partida, o JV lideram vendeu Romarinho para um clube Europeu e recuperou todo o investimento da equipe nos últimos anos. O Trator é o atual campeão maranhense com um time formado por atletas da região e com uma folha salarial que não passa dos R$ 50 mil. Já o Papão foi rebaixado para a segunda divisão e teve que arrendar seu time para os empresários Artur Carvalho Filho e Clovis Dias para participar da Copa União.
Por tanto, o que falta aos times é gerenciamento. Se o Governo liberar os R$ 4 milhões e os clubes não investirem parte do dinheiro nas categorias de base, no próximo ano eles estarão falidos novamente.