A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que o deputado estadual Marcos Caldas (PRB) pretende criar para apurar o escândalo na final do returno do Campeonato Maranhense da Segunda Divisão é mais um típico episódio autopromoção política. A Assembléia do Estado não tem jurisprudência sobre o futebol, pois o esporte é uma atividade particular que não recebe dinheiro público e tem legislação própria, a Justiça Desportiva.
Assim como a CPI da Euromar que não deu em nada e o Tribunal de Justiça considerou nula, a da Bola II, caso seja criada, deverá seguir o mesmo caminhão. O pior é que a sua criação é certa, pois o deputado Marcos Caldas já tem garantidas 26 assinaturas, quando o mínimo para criação de uma comissão são 14. E mais uma vez o dinheiro público será gasto de forma inútil com acareações e depoimentos mentirosos de pessoas envolvidas no escândalo da Série B Maranhense.