Oportunista de plantão!

Até mesmo na pior tragédia do futebol maranhense aprece gente querendo tirar uma casquinha. O deputado estadual Paulo Neto se valendo da sua imunidade parlamentar acusou o time do Chapadinha de ter recebido R$ 50 mil para entregar o jogo para o Viana por 11 x 0. Não satisfeito de aparecer as custas dos outros, o parlamentar ainda aproveito o episódio para fazer política e agredir adversário como o ex-prefeito e presidente do Galo da Chapada, Magno Bacellar, e a prefeita de Chapadinha, Danúbia Carneiro.

Em menos de 24h, o deputado Paulo Neto se contradisse e afirmou que não foi oferecido dinheiro aos jogadores do Viana para abrir o jogo. Só que o estrago já estava feito e o nome das pessoas envolvidas estava exposto na mídia nacional e internacional. Graças a seu oportunismo, o parlamentar conseguiu os seus desejados 15 minutos de fama.

Se o deputado Paulo Neto estivesse realmente preocupado com os interesses do Chapadinha deveria ter no mínimo subido na tribuna da Câmara para denunciar a participação irregular do Moto no Campeonato Maranhense da Segunda Divisão. Não só ficou calado como na da fez para tentar impedir a virada de mesa eminente em favor do Papão.

Agora, o senhor quer posar de arauto da justiça desportiva? Deputado, o futebol maranhense não precisa dessa sua ajuda.

Como resolver a confusão do Viana 11 x 0 Chapadinha, com 9 gols em 9 minutos?

Constatada a armação na goleada do Viana sobre o Chapadinha por 11 x 0, o que me preocupa é como será resolvido esse escândalo, que está sendo considerado o maior do futebol brasileiro nos últimos anos. Os dois clubes do interior já foram condenados pela opinião pública e execrados internacionalmente. Porém, ninguém parou para questionar as rações que levam o Galo da Chapada dar tamanha força para que o Leão do Mearim vencesse. Com toda certeza, a solução para este problema será pior do que o ocorrido.

A equipe do Chapadinha foram unânimes ao afirmar que facilitaram as coisas para o Viana em forma de protesto contra uma armação da Federação Maranhense de Futebol (FMF) em favor do Moto. O time do Galo se queixa do atraso no início da partida em 17 minutos, da facilidade como o clube marcou seus três primeiros gols e dos três pênaltis marcados a favor do Papão.

É nítido que havia uma armação para que o Moto não ficasse de fora da Primeira Divisão em 2010, pois incluíram o clube na Serie B no mesmo ano que ele foi rebaixado, reduziram ao máximo o número de participantes com o aumento da taxa de inscrição de times novos de R$ 12 mil para inexplicáveis R$ 32 mil e até a tabela do returno foi modificada para beneficiar o Papão. Mas para o desespero dos organizadores da armação, o rubro-negro não tem time e de forma legal nunca venceria essa Segundona.

Aliais, a FMF é o principal responsável pelo ocorrido ao ter permitido que o Moto disputasse a Segundona no mesmo ano em que caiu. É evidente que os times ficaram constrangidos e intimidados com a presença na disputa de um clube que entrou na disputa pela janela. A presença do Papão na Série B foi imposta e não solicitada.

Agora, o graças à armação explicita de Viana e Chapadinha, os dirigentes do Moto, com base em um artigo do Estatuto do Torcedor, pedem eliminação dos dois times da disputa e que seu clube seja confirmado como o campeão do returno. Só que eles esquecem que o mesmo código proíbe que um time dispute o acesso no mesmo ano que caiu.

Se o caso for julgado com imparcialidade e de forma correta, as partidas Viana 11 x 0 Chapadinha e Moto 5 x 1 Santa Quitéria serão anuladas e marcados outros jogos em um campos neutros e com arbitragem de fora. Embora com todos estes cuidados, nada impede novas armações, mas desta vez mais discreta.

Uma outra saída para esse imbróglio seria promover todos os quatro a primeira Divisão e tudo acabaria em pizza. Porém, o presidente da FMF, Alberto Ferreira, prometeu que a Série A de 2010 não terá 12 times. Como não se escreve o que esse senhor diz tenho quase certeza que podemos ter mais quatro times na Primeira Divisão em 2010.

A solução mais justa é a mais radical de todas é anular esta competição e promover outro campeonato desta vez sem a presença do Moto e permitindo o acesso dos clubes do interior como Codó, Pedreiras, Açailândia entre outros.

A solução para este problema não deve acontecer tão cedo, pois em todos opção para resolver o caso cabe recurso e o processo deve se arrastar por muito tempo na Justiça Desportiva.

Consciência

Dr. Ciro Rodolfo

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Jornalista, formado em 2001, na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Fui repórter da TV Difusora, Canal 20 e desde 2001 integro a equipe esportiva do jornal O Estado do Maranhão. Tenho pelo esporte, em especial o futebol, uma paixão. Este blog abordará não apenas a maior paixão nacional, mas também temas ligados a cidade, política, polícia, cultura entre outros…

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