Passadas as agruras do período eleitoral, os candidatos derrotados buscam explicação para o fraco desempenho nas urnas. Em vez de fazerem uma análise crítica de suas propostas, ações e comportamentos, reclamam dos adversários (que gastaram rios de dinheiro…), dizem que foram traídos e em muitos casos põem a culpa até nos eleitores.
Em contra partida, os vitoriosos confraternizam-se com amigos e familiares pelo resultado das urnas. A maioria reúne-se em torno da mesa. Carne, pão e vinho à vontade para todos. Outros buscam o teto das igrejas para agradecerem a Deus a fartura dos votos a eles confiados.
Neste sábado último participei de uma missa encomendada por um deputado federal eleito, para reunir, sob o teto de uma singela capelinha, seus amigos mais chegados, familiares e colaboradores.
Cerimônia simples e depoimentos carregados de emoção fizeram-me compreender que ainda vale a pena ser político. Sobretudo quando as idéias defendidas com sinceridade, coerência e atitudes nobres, se transformam em algo concreto. E são reconhecidas pelos eleitores que, no dia da eleição, saem de casa com o pensamento voltado para o seu candidato a fim de depositar não somente o voto, mas ratificar a confiança em seu representante.
Confesso que ultimamente não tenho freqüentado, como devia, os bancos das capelas e fiquei um tanto quanto surpreso ao presenciar o engajamento forte da Igreja frente aos temas sociais. O padre foi enfático ao tentar enquadrar o deputado na cartilha da Igreja: A pluralidade do credo deve ser respeitada; o aborto, em qualquer circunstância, deve ser condenado por todos e, no parlamento, esta tese precisa ser defendida; o casamento é indissolúvel e, uma vez proferidas as palavras “… até que a morte os separe”, o casal deve permanecer unido; e o matrimônio deve ser entendido como a união entre homem e mulher – casamento de homem com homem nem pensar!
Pensando um pouco mais alto e compartilhando com os leitores este fato isolado, fiquei convicto de que o catecismo mostrado pelo padre ao deputado não é um fato isolado. Deve estar se repetindo durante todos os cultos ao longo deste largo Brasil sob forte orientação das Igrejas. É bem verdade que a sociedade precisa aprofundar a discussão desses temas. A mídia nacional tem chamado atenção, no entanto, verifica-se uma exploração oportunista às vésperas das eleições presidenciais tentando rotular, de forma simplória, o pensamento de cada candidato.
Enquanto assistia à preleção do sacerdote, veio à minha mente a cerimônia de comemoração das bodas de ouro de um casal amigo da minha família, ocorrida há alguns anos.
Em certo momento daquela missa o sacerdote, relembrando a cerimônia do casamento ocorrida há cinqüenta anos, pergunta:
− Sr. Manduca, após todo esse tempo de convivência com a Dona Raimundinha, o senhor se casaria de novo?
Resposta de pronto. − É claro que sim, padre!
− Dona Raimundinha! E a senhora, casaria de novo com o Sr. Manduca, repetindo o que fez há cinquenta anos ?
Resposta muda. O padre insiste. Silêncio sepulcral na Igreja. O padre, então, curva-se ao lado da interlocutora e repete a pergunta junto a seu ouvido, ao que ela retruca.
− Não sou surda, padre!
Mais tarde, conversando com o padre na sacristia ela respondeu à pergunta formulada no altar.
− Padre, eu não me casaria de novo com esse safado, de jeito nenhum! Passou a vida toda me traindo…
José Jorge gostaria de enviar para vc um texto porém nao sei como enviar pois nao achei teu email te contato, por favor se possivel mande um contato rpa enviar a vc um texte e vc fazer sua analise, grande abraço
É bom ler quem escreve bem e obviamente comentar tb. Outro dia recebí um infeliz email video “ESPOSA X AMANTE” de um infeliz amigo casado, certamente ele é um forte candidato a Sr. Manduca daqui ha ums 15 anos mais ou menos. Motivos não faltam: mal casado, pousando de santo, sempre traíndo, envolvendo-se com quem ele quer e (infernizando) quem não lhe quer ou nunca lhe quis!!! Tenta explicar com o inexplicável, diz que essas querem ser santas rsrsrs.
Santa é dona Raimundinha, no seu tempo coitada, tinha obrigação de manter-se casada e não traía pra se vingar ou mesmo desmoralizar o “safado” rsrsrs. Não pensen os homens hj, que existem Raimundinhas, quem não trai, não aceita a traição, pq sua independência financeira não tolera tal comportamento do companheiro “safado”… E ainda tem aquelas que permannecem casadas mas se vingam no silêncio e o marido morre imaginando que sua “santa” jamais faria isso rsrsrsr e ainda pensa que ele é o cara.
A igreja tem razão e deve continuar fazendo seu papel, o casamento é mesmo uma instituição divina e deveria ser mantido até a morte pq é assim a vontade de Deus, vontade essa que passa longe de muitos homens e graças a Eva, Cleopatra, Ana Janssen, Maria da Penha, Demi Moore tantas outras, e atualmente Dilma Roussef, não precisamos mais viver o papel das “santas Raimundinhas”. UFA!!! QUE BOM!!!
Zejorge; eh como dizia o colega Jacaré, presidente do clube dos machistas: “D. Raimundinha deveria se sentir feliz do Seu Manduca não estar a trai-la com o bombeiro ou com o eletricista” rsrsrsrsrsr