Nos dias de hoje, são raros os habitantes de países africanos pobres, como a Guiné Bissau e a Nigéria, que conseguem viver por mais de 45 anos.
Do outro lado do continente, aqui em nosso País, a expectativa de vida do brasileiro vem crescendo a passos largos nas últimas décadas. Se na década de quarenta a expectativa de vida mal ultrapassava a casa dos 40 anos, o brasileiro que nasce hoje já tem uma expectativa média de vida superior a 72 anos.
Credita-se esse ganho ao acesso da população aos avanços da medicina. Os tratamentos de doenças cancerígenas e cardiovasculares têm evoluído bastante e conseguido salvar milhões de brasileiros. Os programas de saúde pública que atendem a população de baixa renda, associados à melhoria das condições de habitação e saneamento, tem reduzido consideravelmente os índices de mortalidade materna e infantil.
As campanhas nacionais de vacinação e a sistemática de acompanhamento pré-natal, bem como os exames periódicos e preventivos do câncer de mama e de próstata, fazem com que a população ganhe mais tempo de vida.
A medicina preventiva, com seus mais sofisticados exames, tipo as ressonâncias magnéticas de alto campo e as tomografias multi slice, têm contribuído em muito na identificação precoce de doenças que, se diagnosticadas a tempo, permitem o tratamento adequado e, na maioria dos casos, a cura.
Atualmente contamos ainda com a medicina ortomolecular que atua na correção de quaisquer desequilíbrios na constituição molecular do indivíduo. Dosa quantidades ideais de vitaminas, aminoácidos e nutrientes, buscando a prevenção e o tratamento das doenças. E ainda mais, promete vida longa aos usuários.
Eu, mesmo, estou nessa expectativa! Espero ter muito tempo ainda para ver e comprovar a eficácia dessas novidades.
Há apenas meio século, no Interior do Maranhão, a maioria da população não tinha acesso à medicina. Eram os farmacêuticos práticos, os curandeiros e as parteiras que se ocupavam da saúde da população. Muita gente nasceu e morreu sem nunca ter visto um médico na vida.
Nessa época, durante a administração de Aquino Mendes à frente da prefeitura de Penalva, chegou à sede do município um médico vindo da Argentina. Recém formado, impecavelmente trajado com roupa e sapato branco e com aquele sotaque portenho, o doutor era a grande atração da cidade. Tal qual uma onda de rádio, a notícia da chegada de médico na cidade espalhou-se rapidamente pelos verdejantes lagos de Penalva.
Uma longa agenda de visitas aos povoados foi proposta pelo prefeito ao jovem médico. Numa delas, depois de uma cansativa travessia de mais de cinco horas numa canoa, o doutor chegou ao povoado do Jacaré aguardado com grande ansiedade pelas mulheres do local.
Pela primeira vez na história daquela longínqua povoação, seriam feitos os exames ginecológicos.
Improvisado o consultório, ele começou o atendimento. Uma meaçaba (espécie de biombo tecido com palhas de babaçu) separava a salinha de consulta da saleta de exame, onde uma frágil mesinha fazia as vezes da maca de exames ginecológicos.
Maricota, uma morena de olhos castanhos, peitos carnudos e ancas largas, encabeçava a fila de espera e foi a primeira a ser atendida. Curiosa, enquanto o médico lhe fazia as perguntas, ela ficava a observá-lo. A certa altura, o médico levantou-se, encaminhou Maricota para a saleta de exames ao lado e pediu a ela que retirasse a roupa.
Maricota, que nunca havia feito um exame ginecológico na vida, examinou a maca, virou-se para o médico e falou:
− Doutor! Eu acho que essa banca não agüenta nós dois não …
Muito boa!
Caro, José Jorge.
Li, o que você já havia lido quando estive com você, e confesso que fiquei extasiado com a sua sensibilidade e leveza literparia, pois, é um linguajar leve, lépido e solto, sem nenhum conteúdo prolixo e de fácil compreensão.
Mas, o que impressionou-me mesmo, foi o conteúde e narrativa completamente coerente e condizente com a realidade, com dados altamente precisos.
Parabéns, continue nos brindando com a sua obra literária.
Abraços.
Muito e dá ensejo de encontrar a raz~zo pela qual o SUS determinou o reforço na estrutura das macas fornecidas para todo o País.
J.J
Caso a maca não fosse resistente e os dois fossem ao chão nosso guru poderia receitar chá de cabacinha e não fazendo efeito apelaria para PIULA CONTRA. MUITO BOM.
Ainda estou sorrindo deputado, porém elogio a forma competente que tens de enfocar em um só texto, o real e o profano sem melindrar os perfis arrecatados.É muito bom passar e ler seu blog. Um abraço. Eliana Pereira.
Ei Eliana! Que bom ter notícias suas.
Obrigado pelo comentário. Fico feliz em tê-la como leitora do meu Blog.
Até mais breve.
JJorge