Dizem os estudiosos que a data da Páscoa foi fixada no primeiro Concílio Ecumênico de Nicéia, lá na região da Anatólia, na Turquia, no longínquo ano de 325 depois de Cristo.
Como o calendário judeu é baseado na Lua, a Páscoa passou a ser um feriado que não tem data fixa e que serve de referência para as outras comemorações religiosas. É calculado como sendo o primeiro domingo após a lua cheia, seguinte à entrada do equinócio de outono no hemisfério sul (entenderam?), e acontece sempre entre 22 de março e 25 de abril de todos os anos. Assim, as datas móveis que dependem da Páscoa são: Terça-feira de Carnaval (quarenta e sete dias antes da Páscoa), Quaresma (inicia na Quarta-feira de Cinzas e termina no Domingo de Ramos – uma semana antes da Páscoa), Sexta-feira Santa (a sexta-feira imediatamente anterior à Pascoa), Pentecostes (o oitavo domingo após a Páscoa ) e Corpus Christi (a quinta-feira imediatamente após o Pentecostes).
Nos dias de hoje, as crianças associam a Páscoa aos coelhinhos de chocolate. Na verdade, a figura do coelhinho está simbolicamente relacionada a essa data comemorativa pelo fato de esse animal representar a fertilidade. Entre os povos da antiguidade, a fertilidade era sinônimo de preservação da espécie e de melhores condições de vida, numa época em que o índice de mortalidade era muito elevado. No Egito antigo, por exemplo, o coelho representava o nascimento e a esperança de novas vidas. No mundo ocidental, a figura do coelho da Páscoa foi introduzida entre o final do século XVII e início do XVIII pelos imigrantes alemães.
Tanto no significado judeu quanto no cristão, a Páscoa relaciona-se com a esperança de uma vida nova. Também os ovos de Páscoa estão neste contexto da fertilidade e da vida.
Para nós, os coelhinhos da Páscoa são coisa recente. Tempos atrás, chocolate, só mesmo o velho sonho de valsa, que enfeitava as árvores de Natal por ocasião das festas de fim de ano.
Para vocês, leitores, Feliz Páscoa!