Eu só sirvo à minha consciência, Bob Lobato!

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Meu caro amigo Bob Lobato, só agora tive acesso a sua postagem, inapropriadamente intitulada “A quem Joaquim Haickel serve? (Parte I)”. Digo que o título de sua postagem é inapropriado porque ele tenta transparecer uma coisa que o texto não é! Faz com que o leitor desavisado tire conclusões precipitadas antes de lê-lo, coisa que poderá ocorrer também depois, uma vez que o amigo não chega nele a nenhuma conclusão, só faz uma série de afirmações que parecem ser verdadeiras, mas não são.

Permita-me que decupe sua postagem para tentar colocar a verdade em seu devido lugar. Farei isso parágrafo por parágrafo de seu texto. Depois, talvez você e seus leitores possam realmente saber a quem serve Joaquim Haickel.

Sua postagem tem uma “cabeça” que não vou comentar, uma vez que ela é repetida no corpo do texto. Em momento adequado farei alusão a ela.

Você começa querendo ser elegante: “Antes de mais nada, quero deixar bem claro o respeito que nutro pelo ex-deputado, escritor, cineasta e político Joaquim Haickel.” Retribuo a você a delicadeza e reafirmo meu respeito por sua pessoa.

Em seguida você diz: “Resolvi, assim mesmo, na primeira pessoa, fazer uma série de três postagens para instigar o debate sobre as teses políticas de Quincas, notadamente a sua repentina obsessão em tirar o senador Roberto Rocha da disputa eleitoral de 2018 para o governo do Maranhão em favor do deputado estadual Eduardo Braide (PMN).” Sobre este parágrafo, há uma coisa a ser dita: Eu não tenho obsessão, muito menos repentina, em tirar o Senador Roberto Rocha da disputa eleitoral de 2018, como levianamente você afirma. Minha única vontade neste caso é a de criarmos um ambiente propício a construção de um novo grupo politico no Maranhão que seja capaz de desbancar Flávio Dino em seu intuito de se reeleger, prorrogando seu governo de perseguição em nosso estado.

Há uma outra coisa que precisa ser dita: ao contrário do que pessoas de pouca capacidade de entendimento politico imaginam, eu gostaria de ver o senador Roberto Rocha numa verdadeira posição de liderança de um novo grupo político, uma vez que ele controla um grande partido com ligações sólidas com a cúpula nacional dessa agremiação, que terá um forte candidato a presidente da República. Penso que esta é a oportunidade para Roberto criar e consolidar um grupo político, coisa que ele nunca teve. Ele sempre fez política praticamente sozinho, e velhos mestres como Sarney, Luiz Rocha e Nagib Haickel, sempre souberam que a coisa mais importante na política é um grupo!

Mais adiante você tenta desenvolver um raciocínio que também está aquém de sua capacidade de entendimento, e o máximo que você consegue é ser grosseiro, fato que nem vou levar em consideração pois é uma grosseria sem nenhum propósito, coisa bem parecida com o que fazem os safados pagos para defender Flávio Dino, pústulas que não atacam as teses levantadas em oposição a ele, mas as pessoas que as formulam. Ação tola e completamente ineficiente. Mesmo assim, em respeito a você vou citar o que disse e em seguida comentar.

“Bom, assim como Roberto Rocha, Joaquim é de família tradicional da política maranhense. Seu pai, o saudoso Nagib Haickel, foi um político respeitado, presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, amigo e aliado do Sarney assim como o pai de Roberto, o também saudoso ex-governador Luiz Rocha. Ambos são órfãos dos seus respectivos genitores. E as semelhanças entre Roberto e Joaquim acabam por aí. Diferentemente de Joaquim Haickel, o senador Roberto Rocha é um sobrevivente da política! Sem o pai, conseguiu na unha construir o seu próprio destino político num estado que é não é para qualquer um sobreviver politicamente. Basta ver onde está Quincas Haickel e onde está Bob Rocha.”

Bob como o amigo é tolo! Com uma assessoria de imprensa como essa é melhor mesmo que o senador Roberto Rocha não seja realmente candidato a governador!

Sobre meu pai ser aliado de Sarney o amigo não conhece bem a história e por isso erra. Quando da primeira eleição de Nagib Haickel, em 1970, Sarney colocou um candidato sobre ele na região do Pindaré, Eurico Galvão. Nagibão se elegeu e o candidato apoiado por Sarney não. Meu pai ficou com Pedro Neiva quando Sarney rompeu com o então governador. O mesmo aconteceu com Nunes Freire. No governo de Castelo as coisas se inverteram, Meu pai ficou contra no começo, mas no final, com o rompimento de José com João, papai ficou com o governador. No governo de Luiz Rocha meu pai ficou de fora, mesmo que fosse amigo particular de “Loia”. O distanciamento deles se deveu ao fato de papai, no Colégio Eleitoral, votar em Maluf e não em Sarney, que era a régua e o compasso de Luiz, que diga-se de passagem foi sempre politicamente correto com seu criador.

Digo tudo isso só pra provar a você que não sabe o que diz, e se erras em fatos históricos, facilmente comprováveis, imagina o que ocorre com suas reflexões sobre política!

Quanto ao lugar em que se encontra, politicamente, meu caro amigo Roberto Rocha, só tenho a dizer que é um lugar verdadeiramente importante e privilegiado, além de merecido, pois vejo em Roberto as qualidades necessárias a um excelente parlamentar.

Quanto ao lugar onde eu me encontro, só posso lhe dizer que é exatamente o lugar que eu escolhi para estar. Posso lhe garantir que poderia estar em outro lugar se assim desejasse, mas eu sou um homem que pensa muito antes de resolver fazer apenas aquilo que acha ser o que há de melhor. Algumas poucas vezes não consegui, mas foram realmente poucas as vezes em que isto aconteceu. Só lhe lembrando, me elegi a primeira vez aos 22 anos em 1982, a mesma eleição em que Luiz Rocha se elegeu governador, escolhido que foi por Dona Marly. Deixei de ser deputado em 2011, quando não quis mais me candidatar em 2010. Nunca perdi uma eleição. Lembro-lhe também que ao contrário do amigo Roberto Rocha, meu pai nunca foi governador do Estado, e portanto eu nunca pude ter a mesma penetração política e eleitoral que ele, por isso a sua ignóbil tentativa de me diminuir em relação a ele, nada mais é do que mais uma tolice grosseira de sua parte.

Veja bem meu caro Bob Lobato, nem vou aqui usar aqui o golpe baixo amplamente utilizados pelos asseclas de Flávio Dino, que tentam desqualificar o mandato de senador de Roberto. Tenho orgulho de ter Roberto Rocha como representante do Estado do Maranhão em nossa Câmara Alta, mesmo tendo eu votado em Gastão Vieira.

Em seguida você narra um fato que realmente aconteceu, mas a mera citação dele, um tanto fora de contexto, não garante seu entendimento, pelo contrário, infecta de erro sua abordagem.

“No final do ano passado, Joaquim Hacikel me procurou para “dialogar sobre o projeto Roberto Rocha governador”. Animado, Quincas chegou a sugerir a criação de um “núcleo estratégico” para pensar a candidatura do Roberto ao governo do Maranhão citando nomes de algumas personalidades para compor esse tal núcleo. Claro que atendi a sugestão do amigo e tratei de submeter ao Roberto, que a princípio gostou da proposta, mas pediu para aguardar, pois, na avaliação do senador, ainda era cedo para definir esse tipo de coisa. Pois bem. De uma hora para outra, eis que surge um Joaquim Haickel apaixonado pela tese da candidatura de Eduardo Braide a governador do Maranhão. Não entendi mais nada!”

Você só não diz que do momento em que conversei com você até quando todos vimos que a candidatura de Roberto Rocha não conseguia deslanchar, passou-se tempo suficiente para reconhecermos que algo precisava ser feito, de tal forma a não se desperdiçar a excelente estrutura partidária de Roberto e do PSDB, tanto a nível local quanto a nível nacional e agregarmos candidatos que pudessem realmente vencer de Flávio Dino em um eventual segundo turno.

Neste momento faço um parêntese para defender a minha tese. Precisamos que Roseana seja candidata pois seus votos na casa dos 25 ou 30 por cento ajudam muito que haja um segundo turno. Pensei que Roberto pudesse superar Roseana, tendo mais votos que ela, mas vi que não pode! Tudo que Flávio sonha é com Roseana enfrentando-o no segundo turno, pois ele acredita que a vença. Eu também! Assim sendo, só vejo um nome novo, alguém que possa agregar todos os grupos contra os comunistas e os não tão comunas. O nome que temos é o de Eduardo Braide. Se fosse o de Zé das Couves seria o nome dele que defenderia. Simples assim! Só não entende quem não quiser ou quem não tiver o mínimo de capacidade de entendimento do “bêaba” da política.

Depois amigo Bob você me aparece com uma outra pérola da tolice e da obviedade: “Ora, Joaquim é, e sempre foi, do grupo Sarney, ainda que tenha e faça críticas públicas a principal herdeira do grupo, a ex-governadora Roseana, de quem foi secretário de Estado.” Poxa Bob, todo mundo está cansado de saber disso. As pessoas devem se lembrar dos textos que escrevo e publico no jornal da própria Roseana! Discordei dela quando ela quis privatizar uma concessão federal, quando acabou com o SIOGE, com o sistema de apoio à agropecuária, quando ela inventou aquele negócio de gerências… Mas, uma coisa seja dita em defesa dela: por pior que ela possa ser, é infinitamente melhor que Flávio Dino, que é perseguidor, hipócrita, arrogante, prepotente, sectário, maniqueísta, messiânico e como se não bastasse, nunca desceu do palanque ou deixou de fazer política universitária. É por isso que eu desejo que o senador Roberto Rocha lidere um grupo que possa desbancá-lo.

Como um bobão você pergunta: “A quem Joaquim Haickel serve?” Qualquer pessoa que me conheça ou que venha a ler esse texto vai saber, amigo! Só você, que mesmo sabendo, fica fazendo esse joguinho tolo!

Mais abaixo, em seu texto, você completa sua sentença de tolo: “PS: Quero deixar bem claro que não tenho absolutamente nada contra o amigo Eduardo Braide ser candidato a governador, pelo contrário, sou, inclusive, defensor que o deputado converse com o PT. O foco das minhas postagens é apenas polemizar, democraticamente, como meu colega de blogosfera Joaquim Haickel.”

Você receita ao Braide um remédio tóxico, do qual você sabe que vai matar o paciente, morte que acarretará a nossa também! Você indica ao Braide que procure o PT! Ora amigo, tenha a santa paciência! Deixe de loucura!

Espero que o amigo nem se dê ao trabalho de escrever ou publicar as partes 2 e 3 desta pergunta infame, pois todos sabemos que você está a serviço de Roberto Rocha, mas eu se fosse ele estaria insatisfeito com o seu serviço!

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Marielle e Anderson

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O assassinato da Vereadora Marielle Franco ocorrido no último dia 14 de março no Rio de Janeiro, tem sido o assunto mais frequente durante toda essa semana e vai continuar a ser ainda por um bom tempo.

Esse, como outros crimes semelhantes são abomináveis e inadmissíveis, uma vez que por via da violência eliminam uma pessoa que luta na defesa da sociedade, mesmo que apenas de uma determinada parcela dela.

A mim não interessa politizar as ações ou analisar ideologicamente a postura de Marielle. Pra mim pouco importa se ela era do PSOL, do DEM, do PT ou do PSDB ou de qualquer outro partido. O que importa pra mim é que a sociedade não esteja exposta a sofrer esse tipo de ataque contra quem se dispõe a defender preceitos básicos inscritos em nossa carta constitucional.

A forma como Marielle atuava politicamente, sua postura pessoal, suas opções de qualquer natureza, não podem ser levadas em consideração em qualquer tipo de avaliação sobre este caso. Eu particularmente não comungo das formas com que o PSOL aborda a questão da violência, porém me junto a ele e me solidarizo com todos que lutam pela defesa intransigente dos direitos das pessoas, como fazia Marielle.

Ao sair daquela última reunião e entrar naquele carro, a vereadora rumava para os últimos instantes de sua vida. Nenhum motivo justifica seu brutal assassinato. Não haverá nenhuma justificativa que possa ser aceitável. O que precisamos saber, de maneira cabal e definitiva é qual foi a motivação para executarem um agente público daquela maneira.

A mim não importa que Marielle fosse mulher, negra, favelada, homossexual ou esquerdista. Marielle para mim, antes de qualquer coisa, era uma pessoa e como tal e em primeiro lugar deveria ser vista e respeitada.

Logo depois da repercussão do ocorrido com Marielle, as redes sociais passaram a expor histórias e relatos de que a vereadora tinha íntimas ligações com o crime organizado e com a bandidagem carioca. Essa passou a ser a tese defendida por pessoas incapazes de ler corretamente o cenário político e administrativo pelo qual atravessa a combalida cidade do Rio de Janeiro, pessoas sem nenhuma condição de reconhecer o grave momento pelo qual não apenas o estado do Rio, como todo o Brasil se encontra.

Quem dissemina a versão de que a pessoa que acaba de ser chacinada o foi porque tem envolvimento com os criminosos que a assassinaram, não entendem que só fortalecem a tese oposta à sua.

É inadmissível que depois de ser brutalmente morta, a vereadora Marielle Franco sofra uma covarde tentativa de assassinato moral, a tentativa de destruição do sentido de sua vida. Crimes como esse devem ser combatidos com a mesma energia com que se combate o crime previsto no Art. 121 do CPB.

O combate às desigualdades nos locais em que Marielle operava, invariavelmente a colocava próximo da violência e da bandidagem, mas quem vive em uma comunidade no Rio de Janeiro que pode dizer que não está vivendo próximo dessas coisas no seu dia a dia?

Há um outro fator que precisa ser analisado em todo esse contexto, mesmo que seja complicado de ser abordado. A morte de Marielle não pode e não deve ser usada como escudo ou mesmo como aríete político, com finalidade específica de tentar prejudicar as tentativas de solução do problema da violência generalizada no Rio de Janeiro.

Que a imagem de Marielle seja usada como símbolo dos combates nobres e justos que ela empreendia, isso eu mesmo defenderei intransigentemente. Se alguém de seu partido ou de sua ideologia quiser usar a imagem dela para ganhar adeptos e eleitores, que seja, mas que não venham usar o caso deste bárbaro assassinato para tentar impedir o combate a esse tipo de ação criminosa, pois tal coisa seria invalidar a verdadeira essência daquilo pelo qual Marielle lutava.

Replico aqui as palavras do jornalista Linhares Junior, que retratam de forma concisa e objetiva tudo que eu penso e sinto sobre essa tragédia. “Marielle Franco foi vitimada três vezes: vítima dos covardes que a mataram, vítima dos irresponsáveis que tentam usar politicamente sua morte, vítima dos boçais que mancham sua memória”.

Alguém vai dizer que até agora não falei do motorista Anderson, mas o desfecho desse meu texto é dedicado a ele.

Anderson neste contexto representa o povo carioca e brasileiro, vítima indireta dessa guerra insana a qual estamos submetidos. A morte de Anderson é efeito colateral dessa batalha campal diária em que, principalmente o povo do Rio de Janeiro vive.

 

 

 

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Uma visão sobre Michel

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Em 1987 cheguei a Brasília, sucedendo meu pai que havia sido deputado federal por dois mandatos, entre 1978 e 1986. Naquela ocasião, com menos idade que eu, no Congresso Nacional só havia Rita Camata, Aécio Neves e Cassio Cunha Lima. Todos alçariam voos mais altos, mas talvez nenhum possa dizer, como eu, que consegue colocar a cabeça no travesseiro e dormir sem sobressaltos… A contabilidade da vida faz isso conosco. Quem tem muito a ganhar, acaba tendo muito a perder!…

Em 1982 eu havia me elegido deputado estadual no Maranhão, quando fui o mais jovem entre os eleitos no Brasil. Enquanto eu exercia meu primeiro mandato eletivo, o hoje presidente da República era procurador-geral do maior Estado brasileiro e depois foi seu secretário de Segurança.

Conheci Michel Temer em 1987, em Brasília, quando fomos deputados federais constituintes! Esse patrício, descendente de libaneses, sempre foi um sujeito pacato e talvez essa deva ser a sua marca registrada. Muito formal, fala como se escolhesse as palavras, buscando sempre com elas esculpir frases perfeitas.

O Michel com quem tive um breve convívio, não me pareceu ser uma pessoa intransigente, um camarada arrogante, um homem duro ou inflexível, pelo contrário, sempre o achei cordato e contemporizador, às vezes até demais.

Não tenho notícias de ele ter sido grosseiro ou impertinente com quem quer que seja. Ele é um legítimo representante da boa índole e da hospitalidade libanesa. Muitas vezes nos últimos tempos tenho torcido para que ele não seja assim, já que estamos precisando de um presidente mais enérgico, que imponha com mais tenacidade e até com um pouco de “autoritarismo” as diretrizes necessárias para nos fazer atravessar as tempestades deste mar bravio em que nos encontramos.

Fui apresentado a Temer por um deputado que havia sido colega de meu pai, o saudoso Maluly Netto, que servia como catalizador da bancada libanesa no Congresso Nacional.

Lembro-me de algumas reuniões na embaixada do Líbano, convidados pelos Hobaika, Samir e Mona, um belíssimo e elegante casal que representava aqui o país de nossos antepassados. Desde ali observei que o jeito discreto e pacato de Michel fazia dele o interlocutor desejado pelos políticos mais conservadores, qualidade da qual ele iria se aproveitar nos anos seguintes, na condição de líder do maior partido de centro do Brasil.

Minha maior aproximação com o atual presidente da República foi quando da minha relatoria do projeto do deputado Amaral Neto sobre a inclusão da pena de morte em nosso texto constitucional. Até hoje me pergunto o motivo de terem me colocado para relatar matéria tão polêmica.

O fato é que no meio da tramitação do projeto, eu fui designado para representar o Brasil em uma missão oficial na China e tinham que escolher um deputado para me substituir por 15 dias, enquanto eu estivesse fora do país. O presidente da Comissão de Direitos e Garantias Individuais, Darcy Pozza, me chamou e perguntou quem eu indicava. Michel estava sentado duas cadeiras adiante e eu disse que poderia ser ele.

Nunca imaginei que eu teria escalado para me substituir, um colega que viria a ser, mais tarde o presidente da República!

Mas, deixando tudo isso de lado, gostaria de dizer algo sobre este homem que não é nenhum santo, porém, certamente não merece tanta desconsideração como vem recebendo.

A imagem de Michel Temer está manchada, sua biografia maculada, e acredito que sua administração não será exaltada no futuro, mas espero que a história, um dia, lhe faça justiça e demonstre que tudo isso que está acontecendo se deve às condições catastróficas que ele herdou e teve que enfrentar, decorrente de um governo anterior desastroso, de uma conjuntura política decrépita, de uma radical convulsão social e de um momento econômico extremamente volátil.

O que Temer está enfrentando, os percalços pelos quais ele está passando, são coisas que uma pessoa comum não seria capaz de suportar.

Com uma impopularidade que beira 95%, o governo de Temer não entrará para a história do Brasil como um modelo a ser seguido, porem é importante que a história também registre, de maneira objetiva e imparcial, os acontecimentos que determinaram seu tempo no comando de nosso país.

Espero que um dia se possa fazer justiça quanto ao trabalho de Temer, mesmo que hoje, de perto, muitos não sejam capazes de reconhecer sua verdadeira importância.

 

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Caduco, mas já foi importante!

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Há 170 anos, no dia 21 de fevereiro de 1848, era publicado pela primeira vez, o “Manifesto do Partido Comunista”, documento que expressa os propósitos da então Liga dos Trabalhadores, escrito pelos teóricos fundadores do socialismo científico, Karl Marx e Friedrich Engels.

O documento, escrito em meio ao conturbado processo de lutas urbanas que ficou conhecido como “As Revoluções de 1848”, também conhecida como “Primavera dos Povos”, processo revolucionário de quase um ano que atingiu os principais países europeus e tinha como foco principal fazer uma análise crítica profunda sobre a Revolução Industrial, que estava em seu apogeu naquele momento. Duas das maiores reivindicações contidas naquele documento eram as reformas sociais e trabalhistas e o voto universal, mesmo que naquele momento, apenas para os homens.

Os principais pontos do manifesto eram: abolição da propriedade da terra e a proibição de arrendamento; tributação progressiva; extinção dos direitos sobre a herança; centralização do crédito pelo atacado nas mãos do Estado em apoio à cooperativas de microcrédito; estatização total das empresas de transporte e comunicação; estatização dos meios de produção, da agricultura e das fábricas; a igualdade entre todas as formas de trabalho além da criação de um corpo de funcionários públicos voltados para a agricultura; integração completa entre campo e cidade; educação infantil universal em escolas públicas; proibição do trabalho infantil; e integração entre mundo fabril e mundo escolar.

Visto em retrospectiva, quase tudo o que foi defendido pelo Manifesto Comunista era correto e justo, pois havia algumas incoerências do ponto de vista jurídico, como a total abolição do direito à propriedade e à herança. Taxar propriedade e herança é uma coisa aceitável, extinguir esse direito é um absurdo!

Ocorre que há 170 anos, tudo aquilo que foi sonhado e idealizado por pessoas de mentes extraordinárias, naquele momento era necessário, mas envelheceu! O verbo envelhecer aqui usado não tem nenhuma conotação negativa além de seu próprio significado, algo que o tempo de apogeu já passou. O comunismo envelheceu graças ao sucesso primário das ideias basilares difundidas e absorvidas pela sociedade, pelos filósofos que as idealizaram e propagaram. O comunismo como ideologia política se provou manco e caolho, mas como plataforma de conquistas de direitos das pessoas e das comunidades, se mostrou indispensável e eficaz.

Como regime político institucionalizado, o comunismo nunca, em nenhum lugar em que foi implantado, teve o sucesso projetado por seus idealizadores, pois há uma diferença enorme entre a tese filosófica elaborada por gênios como Marx e Engels e a executabilidade delas por políticos autoritários, antidemocráticos, sectários e maniqueístas como Lenin, Stalin, Mao ou Fidel.

Reconheço a importância das ideias filosóficas em que se baseia o comunismo, mas repudio peremptoriamente a aplicação delas de forma prática, como regime político, como forma de governo.

Muitos dos pensamentos e dos anseios de Marx e Engels, a maioria das coisas pelas quais eles lutavam para conquistar para o proletariado eram coisas pelas quais valiam à pena e precisavam ser conquistadas. Não estamos mais em 1848, as circunstâncias sociais não são mais as mesmas, mesmo que a lógica do mercado e da sociedade não tenha mudado em sua essência, e é por isso que o comunismo como idealizado há 170 anos não tem nenhum sentido. Quem insiste nessa utopia nem pode ser chamado simplesmente de doido, mas deve ser reconhecido como embusteiro.

A luta pelos direitos civis, sociais e comunitários das pessoas é bela e nobre, mas não pode ser realizada com messianismo, coisa que não existia da parte dos ateus idealizadores do comunismo.

 

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Um bilhetinho de desculpas…

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Querida Lalá,

Sei que fiquei de assistir alguns dos filmes que estão concorrendo ao Oscar de 2018 com você, mas com a grande quantidade de coisas por fazer se acumulando, acabou não sendo possível…

Prometo a minha filhota linda que veremos muitos outros filmes juntos, estando eles concorrendo a prêmios ou não, inclusive os que estamos fazendo juntos.

Te amo!…

 

PS: Abaixo, de forma bastante resumida, você poderá ver quais são aqueles que eu acredito devam sair vencedores nas diversas categorias, em 2018. Espero que aprecie.

 

Começando logo por Melhor Filme! Em minha opinião o vencedor deverá ser Três Anúncios Para um Crime;

A estatueta de Melhor Direção deve ir para Guillermo del Toro pelo belo A Forma da Água;

A Melhor Atriz deverá ser Frances McDormand, por Três Anúncios Para um Crime;

Melhor Ator deste ano é Gary Oldman, como o Churchill de O Destino de Uma Nação;

O prêmio de Melhor Ator Coadjuvante deverá ir para Sam Rockwell por sua magnífica performance em Três Anúncios Para um Crime, mas toda minha torcida é para Willem Dafoe, que em breve estará no Maranhão rodando conosco o filme Trópico;  

Melhor Atriz Coadjuvante deverá ser Allison Janney, de Eu, Tonya 

O Melhor Roteiro Original, em minha opinião é o de Três Anúncios Para um Crime;

No quesito Melhor Roteiro Adaptado, Artista do Desastre, Me Chame Pelo Seu Nome e A Grande Jogada, se sobressaem, e qualquer um que ganhar tá bom, sendo que o meu preferido é A Grande Jogada.

Para Melhor Animação, O Poderoso Chefinho, O Touro Ferdinando e Viva – A Vida é uma Festa, são cada um a seu modo, fantásticos, e qualquer um que venha a ganhar será merecido, porém o que mais me agrada é Viva – A Vida é uma Festa; 

A Melhor Canção Original deve ser “Remember Me” de Viva – A Vida é uma Festa de Kristen Anderson-Lopez e Robert Lopez

Acredito que entre as concorrentes, a Melhor Trilha Sonora Original, foi a feita por Alexandre Desplat para A Forma da Água;

Melhor Maquiagem e Cabelo certamente sera a de Victoria e Abdul – o Confidente da Rainha; 

Para Melhor Filme Estrangeiro minha torcida é para o filme libanês The Insult;

Os cinco indicados para Melhor Fotografia são fantásticos e qualquer um que ganhar será merecido, mas o meu preferido é o trabalho de Roger Deakins em Blade Runner 2049.

Quanto a Melhor Figurino, os cinco indicados também estão perfeitos, qualquer um que ganhar será justo. Ocorre que neste quesito não consigo identificar um que realmente não mereça vencer! 

A mesma coisa ocorre quanto aos prêmios de Mixagem de Som e Edição de Som, os cinco competidores de cada uma dessas categorias são soberbos e qualquer um que ganhar, haverá justiça, pouco importando quem seja;

Três dos concorrentes no quesito Melhores Efeitos Visuais

estão impecáveis e qualquer um que ganhar será merecido, tanto Blade Runner 2049, Star Wars – Os Últimos Jedi ou Planeta dos Macacos – A Guerra;

No que diz respeito ao prêmio de Melhor Design de Produção o vencedor deve ser Blade Runner 2049;

É praticamente impossível que o prêmio de Melhor Montagem não vá para Dunkirk; 

Como não tive acesso aos concorrentes a melhor curta de ficção e documentário e melhor documentário em longa-metragem, não me manifestarei sobre eles.

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A Teoria dos Jogos

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O que seria dos jogos se nenhum dos times cometessem erros!? Seria uma coisa monótona, sem emoção, sem possibilidade de mudanças, de reviravoltas. Errar mais ou errar menos define o resultado dos jogos. Acertar é uma obrigação. Trapacear é terminantemente proibido, mas já houve quem tivesse feito gol com a mão, e valeu!
No jogo da política maranhense o rompimento com Zé Reinaldo é o primeiro grande erro de Flávio Dino. Com ele ficou demonstrada a falta de gratidão do governador para com aquele que o ajudou a se criar, politicamente. Esse fato não deve ser encarado como lição para Zé Reinaldo, acusado de trair Sarney. Em minha opinião ele foi obrigado a isso pelas circunstâncias do acirramento das relações de sua ex-mulher Alexandra e sua corte, com a ex-governadora Roseana Sarney e seu séquito.
O momento em que é cometido um erro deve ser de muita cautela, pois é comum uma série de outros erros virem juntos, formando uma espécie de efeito cascata. Mas o pior de tudo é quando aqueles, afeitos a arrogância, são impedidos por ela de enxergar a realidade, de ver que aquilo que aconteceu foi um erro e continuam impávidos, rumando para o abismo.
Por outro lado, quando um adversário comete um erro grave e imperdoável, é hora de seus oponentes, de forma rápida, eficiente, eficaz e efetiva, agirem para fazer com que o erro cometido, sacramente ou pelo menos aprofunde a derrota do incauto.
Em termos de política, assim como tudo na vida, o tempo é o maior referencial! É apenas no final das contas que vamos conseguir saber se nossas ações foram boas ou más, se o que fizemos foi produtivo ou infrutífero. Um único grau de deslocamento, de mudança na rota previamente traçada, nos leva a destinos completamente diferentes do que foi planejado, depois de algum tempo e de muitos quilômetros de percurso.
Só um rompimento poderia ter sido pior para Flávio Dino que o de Zé Reinaldo. O de Weverton Rocha, que é o único político do Maranhão que hoje tem um grupo próprio, bem montado, com partido forte, membros motivados. Só o DEM pode vir a se configurar como um segundo grupo com estas características.
Há outra coisa muito importante! O simples fato de Zé Reinaldo não ter aguentado o desprezo dedicado a ele por Flávio Dino não sacramenta o erro e estabelece a vitória da oposição. É preciso que este erro resulte em ações efetivas para debilitar as fileiras do exército adversário. A saída de Zé Reinaldo do grupo dinista deve ser rentabilizada!
É como se estivesse sobrevoando o campo de batalha em um dirigível, vejo de um lado um exército bem aparelhado, comandado por um general obeso e um coronel “asargentado”, sem uma relevante linha média de comando, sem estado maior, graças a sua forma de pensar e de agir, mas eles têm muito armamento e munição.
Do outro lado vejo opositores desarrumados, sem uniformes e sem uniformação, com comandos distintos. Um destes destacamentos é bem maior que os outros, que mesmo menores, são indispensáveis para o sucesso da guerra. Vejo que dois destes grupos parecem se aproximar para juntar forças e se fortalecerem. São mais jovens e motivados. Juntos, estes dois podem se transformar na segunda maior força da batalha e no futuro ser hegemônico!
Vejo que os exércitos antagonistas do poder precisam avançar separadamente nesta primeira batalha, para que na batalha final possam derrotar seu oponente. No entanto, eles precisarão se reunir, ter uma “Yalta”! Mas querer que essa gente saiba o que é “Yalta” é um pouco demais, né?! Quem não precisar recorrer ao Google para saber o que foi “Yalta”, conseguiu pontos suficientes para passar de nível neste jogo!
Esta guerra não terá um resultado satisfatório para os insurgentes se eles não se organizarem e principalmente se não tiverem um elevado espírito voluntarioso, onde não haja vaidades, mas sim humildade e boa dose de sacrifícios pessoais.

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Com a Palavra, Roberto Rocha e o PSDB!

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Iria publicar o texto abaixo no próximo sábado, 3 de março, em minha coluna semanal de O Estado do Maranhão, mas por saber que o assunto nele abordado tem compromisso com o momento atual, resolvi antecipar sua publicação e postá-lo hoje mesmo, em minhas redes sociais, meu Blog, Twitter e Facebook, mesmo que não costume publicar este tipo de material neste último.

Sirvo-me destas mal traçadas linhas para expor meu pensamento sobre o momento político maranhense, sobre aquilo que acredito possa vir a ser o melhor caminho para pessoas bem intencionadas que querem o melhor para nosso estado e para nossa gente, no momento em que muitos de nós estamos descrentes da possibilidade de dias melhores.

O PSDB é o coringa desta eleição e ele está sob o comando do Senador Roberto Rocha que além de direito, tem legitimidade e plenas condições de almejar o intento de vir a ser candidato a governador.

Roberto milita na política há bastante tempo, já foi deputado estadual e deputado federal inúmeras vezes, sempre tendo grandes atuações no desenvolver de suas funções. Em 2006 sagrou-se o deputado federal mais votado do Maranhão graças ao excelente trabalho que desenvolveu no Congresso Nacional em defesa de nosso estado.

É bem verdade que a vantagem de quem está encastelado no Palácio dos Leões é imensa! Basta que vejamos a eleição de Roseana em 1998 e a de Jackson em 2006! Isso faz com que a possibilidade de Flávio Dino ser derrotado no primeiro turno é nula. Só é possível vencê-lo em um eventual segundo turno e este não existirá se não houverem candidatos que juntos possam angariar mais de 50% dos votos válidos no primeiro turno. Parece ser fácil, mas não é, não.

Em meu ponto de vista, Flávio Dino terá garantidamente, um percentual em torno de no mínimo 45% dos votos. O fato é que ele não terá 50%, desde que o PMDB tenha como sua candidata Roseana Sarney e que o PSDB tenha um candidato que possa ter pelo menos 20% da preferência do eleitor.

Acredito que Roseana, se realmente for candidata, deverá atingir o patamar de 25% dos eleitores, o que deixará 10% do eleitorado para ser disputado por Maura, Ricardo e os candidatos da extrema esquerda.

Veja, deixei propositalmente de fora os nomes de Roberto Rocha e de Eduardo Braide, como possíveis candidatos a governador, porque é bem aqui que acredito, pode estar a solução para a eleição de 2018 no Maranhão.

Imaginem o PSDB tendo como candidato a governador o jovem deputado Eduardo Braide, com chances reais de suplantar aquela marca de 20% estabelecida anteriormente para este partido nas próximas eleições. Quem sabe até superando os 25% do PMDB de Roseana e consequentemente indo para o segundo turno contra um Flávio Dino desmoralizado e enfraquecido!…

Imaginem todas as forças políticas de oposição ao atual governo, somadas a alguns que certamente debandarão do covil comunista quando sentirem a derrota se aproximar!…

É neste momento que o título deste artigo se justifica! Somente Roberto Rocha e seu PSDB, tem a possibilidade de nos oferecer um futuro melhor!

Se Braide e/ou Roseana não forem candidatos a governador, Flávio vencerá a eleição no primeiro turno e seu segundo mandato será ainda mais cheio de perseguição que o primeiro!

Há também a possibilidade de chamar o DEM para uma coligação trazendo a candidatura de Zé Reinaldo ao Senado. Caso o DEM não queira juntar-se a este projeto, que vá apenas o candidato, que assim terá reais chances de eleição, eliminando a possibilidade de Flávio Dino eleger algum senador nestas eleições.

Este é um momento muito delicado, onde um político tem que pensar na melhor forma de subir de patamar e passar a ser reconhecido por todos como um verdadeiro líder. É disso que o Maranhão precisa! Alguém capaz de abrir mão de um projeto pessoal em nome de um projeto coletivo. Líder é hoje um artigo de luxo que está em falta no mercado.

As ações aqui propostas por mim devem ser implementadas por um grupo maior que possa ter objetivos comuns, entre eles o de vencer a eleição de governador em 2018, e em minha modesta opinião, Roberto Rocha é uma das três peças fundamentais neste tabuleiro de xadrez político, sendo o único que tem algo palpável para oferecer: O partido que deverá eleger o próximo presidente da republica.

 

PS: Apenas para motivar ainda mais as especulações, imagine que para a vaga de vice-governador e as duas vagas de suplente de senador, possam ser escolhidos, Luís Rocha Neto, Ribamar Cunha Filho e Hilton Gonçalo! (A citação dos nomes não guardam necessariamente respectividade com a ordem dos cargos citados).

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Beco sem Saída

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Durante muito tempo a esquerda brasileira, em seu afã de implementar por aqui o regime comunista, usou de forma indiscriminada e sem nenhum critério a teoria da hegemonia cultural desenvolvida pelo filósofo, jornalista, crítico literário e político italiano, Antonio Gramsci.

Uma das coisas pensadas pelos esquerdopatas brasileiros que desde sempre dominavam as universidades e ganharam as escolas e instituições, mesmo as governamentais, para levar adiante, de maneira nociva ao nosso país, a disseminação do comunismo, através do gramschismo, foi a forma de analisarem e encararem a criminalidade.

Eles resolveram que a criminalidade e a violência eram resultado única e exclusivamente da desigualdade social que campeava em nosso país, um subproduto da falta de liberdade democrática e de um estado realmente republicano. Essa era como sempre uma posição cômoda para quem, estando fora do poder, ansiava por se aquartelar nele por tempo semelhante àquele que os teóricos do nazismo também pretendiam, algo em torno de mil anos.

A desconstrução da sociedade, de maneira geral, o enfraquecimento das instituições, começando pela família, infiltrados que estavam na Academia e depois através dos professores lá formados, nas escolas, o aparelhamento de grande parte da igreja católica, pois em tese os ensinamentos de Jesus são idênticos aos preceitos comunistas, excetuando-se o fato de que Jesus era antes de qualquer coisa um ser tolerante, que respeitava as diferenças por mais antagônicas que fossem, enquanto o comunismo necessita de um extremado sectarismo e de um exacerbado maniqueísmo, pois se ele conviver com a liberdade e a diversidade, perde completamente sua força, devido à automática comparação que as pessoas farão entre uma forma e outra de agir, ficando claro e patente que a forma comunista é um engodo que pode, por algum tempo, nos envolver e nos cegar, mas que depois se prova um desastre.

Pois é!… Dito isso, resta analisar o que está acontecendo na cidade que já não é maravilhosa há muito tempo, desde que o crime organizado e generalizado tomou conta, de um lado das comunidades mais carentes e de outro da política institucionalizada.

Gestores públicos presos ou sofrendo processos. Marginais dominando bairros inteiros, transformando o Rio de Janeiro em uma Mossul!

O governo federal, acusado por estes mesmos esquerdistas de ilegítimo, intervém na segurança do estado do Rio e logicamente não tem o apoio destes nesta ação que, se não é a melhor, é a única que pode ser executada, sem que se fira o regime democrático e o regime republicano, coisas hoje tão fortes em nosso país que tivemos as escolas de samba vencedoras do carnaval da mesma sitiada cidade do Rio de Janeiro, apresentando enredos sobre a corrupção institucionalizada nos 14 anos de governo do PT e a abominada reforma da previdência!

Resumo da ópera! Como está não pode continuar! Alguma coisa precisa ser feita. Ninguém tem certeza qual é o melhor caminho! Há quem defenda que em casos como estes, os direitos civis dos envolvidos em crimes de tráfico de drogas e armas, assaltos, assassinato e outros correlatos devem ser suspensos. Por outro lado, há quem veja nisso a possibilidade de, neste intento serem atingidas pessoas que não tenham nenhum envolvimento com o crime organizado.

A verdade é que há uma guerra sendo travada nas ruas e nas comunidades do Rio de Janeiro e como tal, como uma Guerra, esta situação deve ser enfrentada.

Existem seis coisas fundamentais que o estado deve garantir para seus cidadãos e contribuintes: saúde, educação, segurança, saneamento básico, transporte e liberdade democrática. O estado brasileiro, em seus três níveis, não oferece nada disso e talvez, neste momento seja preciso priorizar um destes itens para garantir, no futuro, a existência dos demais.

Se isso aqui fosse uma redação do ENEM, eu tiraria zero, pois não tem a tal da sugestão de uma solução para o caso abordado. O pior é que ninguém tem uma solução para este caso… Ainda!…

 

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Reencontro com uma bela dama

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     Há 10 anos eu fui assistir a uma peça de teatro em São Paulo para analisar a performance de uma atriz que me fora indicada para protagonizar o meu primeiro filme, “Pelo Ouvido. Tratava-se de Amanda Acosta, cantora e atriz que estrelava o musical “My Fair Lady” e que quando criança fizera sucesso como a voz feminina do grupo “Trem da Alegria”.

“Minha Bela Dama” conta a história de um professor de fonética esnobe e preconceituoso que, por causa de uma aposta, transforma a vendedora de flores Eliza Dolittle em uma lady. Eu já conhecia a história do cinema, quando Eliza foi imortalizada pela maravilhosa Audrey Hepburn, tendo Rex Harrison como o fleumático professor Higgins.

Ao final do espetáculo, abismado pela montagem, digna da Broadway, fui aos bastidores conhecer Amanda. Já havia mandado para ela o roteiro do filme e ela havia se interessado, mas disse que só decidiria se falasse comigo pessoalmente, pois queria me fazer uma única pergunta. Eu, curioso, fui até lá, mais para saber que pergunta era essa, pois também tinha em mente outros nomes para o papel, entre eles o de Branca Messina.

Fomos jantar e a pergunta surgiu normalmente: “No fundo, no fundo, esse seu filme é sobre amor ou sobre sexo?” Fiquei aliviado, pois foi fácil explicar a ela que minha intenção ao escrever a história que deu origem ao roteiro de “Pelo Ouvido” foi falar de um amor que como tal, tem um forte componente sexual, porém, mais que isso, é um filme que fala de uma condição inata das mulheres e das pessoas de um modo geral. O fato delas e de todos nós gostarmos e precisarmos ouvir coisas que lhe causem boas sensações e prazer, seja um poema, um recado carinhoso na secretária eletrônica, uma música, uma declaração de amor ou até um arfar ofegante de excitação e volúpia ao telefone. Amanda ouviu atentamente tudo o que eu expliquei sobre minha visão do filme, e um tanto emocionada, aceitou ser a minha Keitey.

Mas, nada disso importa tanto agora. O que importa é que 10 anos após conhecer Amanda Acosta, 10 anos depois dela ter aceitado encarnar o papel de Keity em “Pelo Ouvido”, 10 anos após nosso filme ter feito sucesso, participado de mais de 120 festivais pelo mundo afora e ganhado mais de 20 prêmios, reencontrei Amanda novamente em um teatro, mais uma vez estrelando um musical, agora em homenagem a uma das mais importantes personalidades artísticas de nosso país: Abigail Izquierdo Ferreira ou simplesmente Bibi!

O que importa é que essa extraordinária atriz continua num crescendo vertiginoso em sua carreira, que agora dá voz e movimentos a uma deusa do nosso teatro, chamada Bibi Ferreira, a quem todos tem obrigação de conhecer e de cultuar.

A vida de Bibi se confunde com a história do teatro brasileiro. Filha de um dos maiores atores que já pisaram em um palco, ela herdou do pai o talento e o multiplicou por mil, pois também como produtora e diretora, nos deu peças das quais jamais nos esqueceremos, pois elas entraram nos roteiros de nossas vidas e suas musicas passaram a fazer parte de nossas trilhas sonoras, como dizem os jovens de hoje, de nosso spotify.

A montagem de “Bibi, uma vida em musical” é soberba e impecável. As músicas escolhidas para contar a trajetória do personagem são tão precisas que até mesmo aquelas que não fizeram parte de seu repertório, como uma modinha de Noel Rosa cantada no início da peça, casa como uma luva em uma delicada mão, como a de Amanda ou de Bibi. Inclusive, algumas vezes me peguei boquiaberto com o fato da primeira ter absorvido completamente o gestual, o sotaque quebradiço e agudo da segunda, que cheguei a me emocionar. O mesmo ocorre com o ator que faz Procópio.

Destaque para o conciso porém, bastante detalhado roteiro e a direção bem marcada, feita por quem conhece o segredo do tempo teatral dos musicais, além de uma produção rica como deve ser a de um musical feito com profissionalismo, isso sem comentar sobre a luz, o figurino, o cenário, a coreografia… Tudo perfeito!…

Depois do espetáculo ficamos, eu e Jacira, esperando Amanda sair do camarim para darmos um abraço nela. Foi muito bom revê-la! Aproveitei para convidá-la para participar do meu primeiro longametragem de ficção que em breve estaremos produzindo. Ela aceitou.

Aquela noite havia sido perfeita. Uma bela peça de teatro, um reencontro com alguém que me é caro, a lembrança de coisas boas de minha história, na companhia da mulher que amo…

Só tenho que agradecer!

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A importância do planejamento, da arquitetura e da diplomacia na arte da política.

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O planejamento, a arquitetura e a diplomacia são dentre as diversas áreas da política aquelas com as quais eu sempre me identifiquei. Isso não significa que eu necessariamente seja bom nesses quesitos, na verdade eles são apenas aqueles os quais eu mais me interesso, sendo que outros como as ações eleitorais propriamente ditas são aquelas que eu me identifico menos, pois é exatamente nelas que ocorrem os desvios de conduta que transformam a política em um jogo de difícil aceitação para pessoas decentes.

No Maranhão sempre existiram grandes mestres da arte da política, entre eles, para citar apenas alguns, relaciono, Sotero dos Reis, João Lisboa, Ana Jansen, Urbano Santos, Benedito Leite, Magalhães de Almeida, Vitorino Freire, Clodomir Milet e José Sarney.

Com a posse do governador Flávio Dino em 2015, o Maranhão passou a ter um novo líder, que tem a grande ambição de se incluir na lista acima. Missão difícil!

Mas falemos das grandes ações de planejamento, de arquitetura e de diplomacia que o ano de 2018 poderá, ou não, nos proporcionar.

A montagem das chapas sempre foi crucial para que uma eleição possa ser mais ou menos difícil. Nelas sempre se procura mesclar força política com capacidade eleitoral e estrutura física de campanha, ou seja, candidatos que possam compartir seus potenciais para que eles se multipliquem em apoiamentos e consequentemente em votos.

Esse ano, a grande quantidade de candidatos a senador em busca de uma das duas vagas postas em disputa está tirando o sono do governador e de seus asseclas.  Esse planejamento precisa ser feito com precisão. O arquiteto tem que garantir que essa construção além de bonita seja forte, funcional e possibilite a vitória.

Há um dilema da liderança que sempre pega alguns desavisados pelo rabo e os deixa sem saber se devem seguir os anseios de seus liderados ou se devem desenhar uma rota para que eles a trilhem. O autoritário escolhe a segunda opção, o fraco simplesmente curva-se aos gritos da turba, mas é o sábio quem melhor se coloca em cena, ouve os anseios dos seus amigos, discute as melhores ações e traça com eles a rota a ser seguida.

No Maranhão, infelizmente, faz muitos anos, não temos um líder sábio e quando o tivemos foi em algum episódio específico.

Como num tabuleiro de xadrez as peças estão postas e os jogadores as movimentam como acham que devem. Em batalha, a vantagem é sempre de quem está no terreno mais alto, neste caso, quem está no poder. É por isso que se costuma dizer que se este jogador não cometer muitos erros e se os erros que cometer não forem decisivos, a vitória deverá sorrir-lhe no final.

Ocorre que o quadro político maranhense nunca esteve tão conturbado, isso graças à opção que o atual governo fez pelo estilo universitário de fazer política, o que acaba acarretando muitos erros, sendo que alguns graves.

Tendo escolhido Weverton Rocha como seu primeiro candidato ao senado, Flávio Dino faz com que Zé Reinaldo, Waldir Maranhão, Eliziane Gama, Márcio Jardim, dentre outros, se acotovelem na disputa da segunda vaga, o que deixa a todos insatisfeitos.

Neste cenário, um bom estrategista recomendaria à oposição uma ação efetiva de cooptação de Zé Reinaldo, coisa que seria decisiva para fazer a balança pender em desfavor do governo.

Algum dos candidatos a governador da oposição deveria escolher Zé Reinaldo, filiá-lo a um partido importante ligado ao governador, e trazê-los para suas fileiras, quem sabe fazendo uma negociação de apoio com um dos candidatos de seu grupo já lançado ao senado.

Comentei a possibilidade dessa ação nas redes sociais e soube recentemente que um antídoto eficiente para esse “veneno” já foi providenciado. O governo teria negociado a entrada do correto secretário de educação Felipe Camarão, no DEM, partido pelo qual Zé Reinaldo pretende concorrer ao senado. Com essa ação Flávio Dino golpeia decisivamente Zé Reinaldo, exatamente o governador que em 2006, foi o responsável direto pela eleição do então candidato a deputado federal Flávio Dino. Na política, ingratidão é moeda de pagamento.

A entrada de Felipe no DEM teria dois possíveis objetivos, aquinhoar o DEM com espaço de poder no governo, coisa da qual desconfio categoricamente, e quem sabe viabilizar o nome de Felipe para ser vice de Flávio, fato que sacramentaria o descarte definitivo de Zé Reinaldo.

No que diz respeito a ações de planejamento e arquitetura política, nelas não há algo de bom ou de mau, de bonito ou de feio. As coisas da política, nestes casos, são avaliadas por sua necessidade ou não, por sua eficiência, eficácia e efetividade ou não. É neste momento que aparece a outra arma da política que eu aprecio e tento exercitar, a diplomacia, capaz de minorar os impactos negativos do planejamento, nem sempre bem aceito, e da arquitetura, nem sempre aplaudida.

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