Aberta a temporada de caça

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As eleições municipais de 2020 devem transcorrer mais ou menos da mesma maneira de sempre. Haverá uma decisiva interferência da política estadual e nacional em algumas cidades importantes, como é o caso de Imperatriz, São José de Ribamar, Caxias, Timon, Santa Inês, Codó, Balsas, entre outras.

No caso de São Luís a coisa será bem mais complicada, pois será este o cenário que servirá de laboratório para a eleição de governador em 2022.

Flávio Dino escolheu para seu vice um político de sua confiança, alguém que se não é uma potência eleitoral, o é quanto ao seu conhecimento do bom jogo da política. Carlos Brandão é peça fundamental no cenário político estadual.

Enquanto de agora em diante o poder e a importância do governador só vão caindo a cada dia, do vice, só vão crescendo, pois ele DEVERÁ estar sentado na cadeira de primeiro mandatário do estado na eleição de 2022.

Em outra cadeira, não tão importante quando a de Brandão estará o senador Weverton Rocha. Sua cadeira não tem uma coisa que a de Brandão tem, o poder da caneta, em compensação tem outro poder que a de Brandão não possui, o poder do tempo, ou seja, quatro anos a mais.

Digo isso para estabelecer os contendores da eleição de prefeito de São Luís, e veja que eu ainda não citei os dois maiores mandatários executivos do cenário, o governador e o prefeito!

Para Flávio Dino a eleição é importante, mas para Edivaldo ela é crucial, só não sei se ele tem consciência disso.

Há uma outra peça de fundamental importância neste intrincado jogo de tabuleiro. O recém-eleito deputado federal Eduardo Braide. Quem conseguir a vantagem de tê-lo ao seu lado como seu candidato terá dado um passo decisivo para vencer a eleição de prefeito de São Luís em 2020.

Quando eu digo quem conseguir ter a vantagem de tê-lo como seu candidato, penso imediatamente em Flávio Dino e Weverton Rocha, pois o primeiro irá querer eleger seu sucessor e este pode muito bem não ser o segundo!… Ou não!… E a prefeitura de São Luís é importante para isso.

Quem conhece Carlos Brandão sabe que ele é leal a Flávio Dino, mas não cometerá haraquiri político por ninguém. Com mais de 60 anos, jamais terá outra chance de ser governador, e estando ele sentado na cadeira mais alta do estado, abrir mão de uma automática candidatura, só se for para ser algo que seu pai foi antes dele, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão. Pode ser que aconteça! Quem sabe!?

Mas, há a possibilidade de Flávio Dino querer eleger para seu sucessor, alguém seu, de sua mais irrestrita confiança, e tendo deslocado Brandão para o TCE, colocando em seu lugar esse tal alguém, eleito governador tampão, na Assembleia, como Roseana deveria ter feito com Luís Fernando em 2014, Flávio abrirá caminho para eleger quem deseje!

É aí que entra Weverton, Edivaldo, e quem sabe Eduardo Braide, aglutinados no PDT, partido que se fortalecerá mais nos próximos meses, quando se tornará o carro chefe da oposição a Bolsonaro.

Nesta possibilidade o valor de Braide vai ficar cada vez mais elevado para todos os contendores, pois a oposição no Maranhão vai pensar a mesma coisa e vai fazer de tudo para aproximar Braide do governo federal, blindando-o aos acenos e seduções tanto de Flávio Dino que não deveria tê-lo descartado, quanto de Weverton que sabe jogar o jogo, mas não tem tanto poder de convencimento quanto o ocupante do Palácio dos Leões.

PS: Antes que algum desavisado tire conclusões erradas, isso são apenas e tão somente conjecturas e vislumbres do que poderá acontecer!… Pauta para conversas sobre o futuro de nossa política.

 

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Balanço

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Em 2010 resolvi deixar a política e não mais me candidatar a mandato eletivo, mas não consegui suportar a pressão dos amigos que me pediam que aceitasse o cargo de secretário de estado de Esporte e Lazer.

De 2015 para cá, política só nas análises que faço, de quando em vez, sobre as conjunturas e os cenários locais e nacionais, ou sobre algum fato específico que eu pense ter relevância.

A mais nova decisão que tomei neste setor foi a de ceder aos insistentes apelos das três mulheres de minha vida, minha mãe, minha filha e minha mulher, e não mais fazer críticas contundentes em relação a ninguém, principalmente ao governador Flávio Dino e a ex-governadora Roseana Sarney…

Prometi a elas que de agora em diante, quando comentar sobre política, vou fazê-lo o mais filosoficamente possível e me limitar a analisar fatos e cenários sem tecer opiniões mais pontuais ou pontiagudas sobre ninguém.

Para inaugurar essa nova fase mais dialética de minha crônica política, eu vou fazer um balanço da eleição de outubro passado.

Devo antes lembrá-los que do ponto de vista das ideias de Platão, filósofo com que mais eu me identifico, a dialética é o processo de debate entre interlocutores comprometidos com a busca da verdade, através da qual a alma se eleva, gradativamente, das aparências sensíveis às realidades inteligíveis ou ideias. Já Aristóteles, em contraponto ao mítico mestre de seu mestre, Sócrates, diz que a dialética consiste no uso do raciocínio lógico que, embora coerente em seu encadeamento interno, está fundamentado em ideias apenas prováveis, e por esta razão traz em seu âmago a possibilidade de ser contradito.

Assim sendo, nada que eu diga aqui são verdades absolutas, que não possam ou não devam ser debatidas, apuradas ou melhoradas. Ressalto que defendo minhas ideias, da mesma forma que respeito e defendo o direito das outras pessoas defenderem as suas.

Mas vamos ao tal balanço!…

Sobre a eleição nacional de outubro passado, penso que ficou clara a escolha feita pelo eleitor brasileiro. Ele disse não à política implementada pelos três últimos presidentes, eleitos que foram para dois mandatos consecutivos cada, totalizando assim 24 anos de gestões com viés esquerdista.

Em outubro passado o povo brasileiro votou por três motivos básicos: contra o PT, seus camaradas e a corrupção generalizada; contra Bolsonaro, os sentimentos e ações que ele fez com que as pessoas acreditassem que ele defende e os aplicará; e contra os políticos de qualquer tonalidade e viés ideológico.

Muito raramente o eleitor votou a favor de alguma coisa. O voto foi CONTRA, o que não é o melhor tipo de voto que se pode dar.

No Maranhão o eleitor deixou claro que desejava virar a última página de um capítulo de nossa história! Porém, não entendo que ele tenha feito algum juízo de valor definitivo sobre o capítulo superado na virada dessas tais páginas, lidas e relidas nos últimos 50 anos de nossa história. Nem vejo que o eleitor maranhense tenha optado por esse novo capítulo pelo fato dele ser melhor ou diferente, mas por ele ser simplesmente outro!

A derrota eleitoral acachapante do grupo Sarney, em minha modesta opinião, não diminui em nada a importância de José Sarney na história do Maranhão, nem as boas coisas realizadas por ele e por seu grupo nos anos em que predominaram em nossa política.

Veja, passei os últimos meses dizendo que Roseana não seria candidata ao governo do estado e no final das contas eu estava certo! Ela não foi REALMENTE candidata, ela só cumpriu tabela! E o fez de uma forma melhor que eu jamais pensei que ela fosse capaz.

Sempre comentei com amigos, jamais em público, que a eleição seria ganha por Flávio Dino! Sempre disse que gostaria que ela acontecesse apenas no segundo turno. Não foi o que aconteceu.

A polêmica do momento é a disputa pelo comando do MDB maranhense. Penso que Roseana não deva se candidatar. É hora de deixar novas lideranças tocarem o barco e a única genuína nova liderança que eu vejo no MDB hoje, é o Assis Filho, atual secretário nacional de juventude. Os demais são mais do mesmo…

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Apesar de tudo, o que é bom merece ser dito…

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O fato de eu não concordar com a forma hipócrita, arrogante e prepotente de Flávio Dino agir, não me impede de comentar sobre alguma coisa que ocorra em relação a seu governo que eu acredite ser relevante, e possa exaltar.

Mesmo que o governador do Maranhão seja um camarada sectário, maniqueísta e messiânico, existem pessoas em seu governo, de boa qualidade, como é o caso de Ted Lago, Marcellus Ribeiro, Felipe Camarão e Carlos Lula, e é exatamente sobre o trabalho desenvolvido por um segmento da Secretaria de Saúde, comandada por este último que citei que recai o meu texto de hoje.

Minha querida Mãe Teté, mulher que ajudou nossa mãe a nos criar, e que hoje tem 84 anos, frequenta o Centro de Reabilitação do Olho D’Água já faz algum tempo, e quase diariamente, em conversas conosco, ela não se cansa de elogiar os funcionários e o trabalho que eles realizam em prol das pessoas que frequentam aquele lugar. Ela fica iluminada quando comenta elogiando a limpeza, a simpatia, a presteza, o carinho e a atenção de todos para com os idosos que naquele estabelecimento vão em busca de tratamento ou mesmo de desenvolver alguma atividade compatível com sua idade e condição física.

Fiquei curioso e procurei saber do que se tratava, uma vez que Teté não soube me dizer se o centro de reabilitação pertencia ao governo municipal ou estadual.

Num dia desses, durante o café da manhã na casa de minha mãe, resolvi saber mais sobre esse lugar. Liguei para um médico, dr. Villas, de quem Teté gosta muito, e ele me deu algumas informações. Descobri que o Centro Especializado em Reabilitação e Promoção da Saúde do Olho D’Água foi criado pelo ex-secretário Ricardo Murad, ainda no governo de Roseana. Descobri que ele desenvolve atividades direcionadas a pessoas de todas as idades, com foco nos idosos e nas crianças. Descobri que lá é realmente o paraíso para alguns de nossos idosos que precisam de uma atenção especial, como é o caso de mãe Teté.

Em seguida liguei para meu bom amigo Carlos Lula, secretário de Saúde do estado, que me explicou detalhadamente como funciona aquela unidade. Enquanto falava com Lula, os olhos de Tetê brilhavam de felicidade, não sei se pelo fato de nós estarmos nos informando sobre suas atividades, ou se por gratidão pelos benefícios que ela vem obtendo nos tratamentos realizados naquele local. Confesso que eu também me emocionei, até porque eu que critico tanto Flávio Dino por seu jeito tirânico e perseguidor, mesmo eu que não lhe poupo críticas, devo reconhecer que existem coisas boas que estão sendo realizadas em sua administração.

Depois de tomarmos café naquela manhã, Mãe Teté nos abraçou, pegou sua bengalinha e disse: “Tchau, agora vou para minha aula!…” Aquela frase nos fez rir e nos reafirmou a certeza de que nossas velhinhas são felizes, além de muito amadas e bem tratadas.

Ao sair da casa de minha mãe naquele dia, liguei novamente para Carlos Lula e lhe agradeci pelo bom trabalho que o seu pessoal do centro de reabilitação do Olho D’água vem fazendo e reafirmei meu respeito e amizade por ele.

 

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Deveres e Direitos

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Eu estava entre os vinte e um maranhenses, designados por nosso povo para redigir a nossa nova carta constitucional brasileira. Em 1986, vinte de nós, fomos eleitos para esse fim. Um, João Castelo, já exercia mandato de senador desde 1982.

Os 20 eleitos em 1986 foram Albérico Filho, Antônio Gaspar, Cid Carvalho, Haroldo Saboia, Joaquim Haickel, José Carlos Saboia, Onofre Correa e Wagner Lago, pelo PMDB; Costa Ferreira, Enoc Vieira, Eliézer Moreira, Francisco Coelho, Jayme Santana, José Teixeira, Sarney Filho e Vitor Trovão, do PFL; Davi Alves Silva e Vieira da Silva, do PDS. Edson Lobão e Alexandre Costa foram os senadores eleitos pelo PFL. Os suplentes Edivaldo Holanda e Mauro Fecury, ambos do PFL, também participaram dos trabalhos da ANC.

No começo dos trabalhos, os constituintes foram distribuídos em comissões e subcomissões que tratariam de assuntos específicos. Esses assuntos seriam propostos, apresentados, debatidos, emendados, votados e aprovados previamente e depois seriam levados a uma comissão de sistematização, que montaria nossa constituição de modo estrutural e orgânico, para que tivéssemos um conjunto de normas primordiais para o funcionamento do Estado Brasileiro e para regulamentar a nossa vida em sociedade.

Tendo em vista este ser um assunto muito extenso e abrangente, hoje vou me ater apenas a um aspecto do trabalho da comissão da qual participei e que, não por esse motivo, em minha modesta opinião, foi a mais relevante das comissões, pois de nosso trabalho exaustivo e árduo, resultou a quadra mais importante de toda nossa carta magna, inclusive foi ela que deu origem ao apelido dado por Ulisses Guimarães: A Constituição Cidadã.

Falo do artigo quinto da CF, onde se estabelecem todos os direitos e deveres que os brasileiros são detentores. É neste artigo que se encontram todas as prerrogativas nas quais o cidadão brasileiro se materializa como agente de sua vida e de seu destino.

Ele foi elaborado pela Comissão da Soberania e dos Direitos e Garantias do Homem e da Mulher, que se dividiu em três subcomissões, a da Nacionalidade, Soberania e Relações Internacionaisa dos Direitos Políticos, Coletivos e das Garantias; e a dos Direitos e Garantias Individuais, esta última foi aquela em que eu trabalhei.

Em sua nomenclatura reside um dos nossos mais graves problemas contemporâneos. Saídos de um regime autoritário, nossos líderes, imbuídos de um espirito que exaltava os maiores e melhores valores humanos e não afeitos a ceder a pequenas concessões semânticas ou retóricas, não incluíram no nome desta subcomissão a palavra DEVER, fazendo com que se imaginasse que direitos e garantias individuais, não têm suas contrapartidas nos deveres que as sustentam.

Quando o velho Ulisses proferiu aquele emocionante discurso no dia 5 de outubro de 1988, ele não se esqueceu de falar nos nossos deveres, mas ele deu tanta ênfase aos direitos que a nossa constituição resgatava e garantia para nossa gente, que muitos de nós nos esquecemos de que sem o imprescindível balanço entre direitos e deveres, jamais teríamos uma sociedade equilibrada, que manca e caolha ela não iria funcionar corretamente.

Sarney, presidente da República de então, disse que a nossa obra, a Constituição Federal, faria do Brasil um país ingovernável. Se ele não estava totalmente certo, pelo menos apontou as dificuldades que nossa lei maior acarreta na prática, pois tenta fazer conviver em um mesmo sistema de governo, princípios e dogmas do direito europeu e da práxis americana; Regime presidencialista com inúmeros dispositivos parlamentaristas; Ideias liberais e socialistas nas aplicações de ações e iniciativas que se contradizem. Tudo isso obriga que a CF seja observada e interpretada com mais argúcia e sempre pelo ponto de vista do legislador original, que antes de tudo queria um estado justo e a valorização do cidadão.

Sobre nossa constituição, o que posso dizer, é que na parte dela onde eu mais trabalhei, reside todo o seu espírito, toda sua essência. O artigo 5º de nossa Carta Magna deveria ser mais divulgado e explicado, para que todos entendessem sua real dimensão, mas sem nos esquecer de que é nos deveres nele implícitos que se consolidam os direitos nele assegurados.

 

PS: Existem muitos outros aspectos a serem tratados sobre a Constituinte de 1988. Voltarei a eles em outras oportunidades.

 

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Em política, a guerra começa depois da vitória.

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Depois de um primeiro turno no mínimo surpreendente, onde as eleições proporcionais deixaram um saldo devastador, tanto nas Assembleias Legislativas, quanto no Congresso Nacional, e até nos governos estaduais, com a não eleição de antigas e consolidadas lideranças políticas, e de um segundo turno acirrado entre os postulantes aos cargos majoritários de alguns Governos Estaduais e à Presidência da República, o que vemos agora, por parte dos eleitos, além de um grande alívio pela vitória, é um mar de desafios e um maremoto de dificuldades e incertezas.

Enquanto estão em campanha, os políticos não levam em consideração a grande quantidade de problemas que enfrentarão nas funções para as quais se candidatam. Durante a campanha, tudo que virá depois da vitória, parece ser tão insignificante e fugaz que nem se atrevem a comentar, até porque se o fizerem, o eleitor pode raciocinar mais objetivamente e resolver votar em outro candidato.

Isso não é prerrogativa de um ou outro candidato. Isso ocorre com todos e os piores não são aqueles que não abordam esses assuntos, mas aqueles que em o fazendo mentem descaradamente, dizendo que têm soluções para todas as mazelas da administração pública, que na maioria das vezes nem sequer as conhecem. Desses, meu voto foge, pois é essa desfaçatez e hipocrisia que normalmente nos leva por caminhos muito piores.

Em se tratando de casos específicos bastante comentados esta semana, seria bom que o presidente Jair Bolsonaro observasse se a extinção ou mesmo a fusão de ministérios não levará a uma economia de recursos menos relevante do que o barulho e a pressão sobre esse assunto. A economia pode ser feita nas suas estruturas, nos orçamentos e nos programas! Há também o sempre bem vindo corte de cargos comissionados e cabides de emprego.

Acredito que o presidente Jair Bolsonaro possa juntar pastas que cumpram funções semelhantes, não antagônicas como agricultura e meio ambiente, mesmo que a orientação seja para que uma não inviabilize a outra. Para isso é só não colocar pessoas radicais em cada uma das pastas!

No caso do setor da educação, criar o MECE (Ministério da Educação, Cultura e Esporte) não seria um grande problema, desde que as funções de cultura e esporte não fossem colocadas como meros apêndices, mas que mesmo perdendo o status de ministério possam ser valorizadas como tanto se precisa que sejam.

Penso que a preocupação maior do presidente Jair Bolsonaro não deva ser se haverá ou não loteamento de cargos. Isso não é o mais importante. O importante é que os indicados sejam escolhidos por ele e não pelos partidos e estes não usem o governo partidariamente!

Apoio político será indispensável e ele deve ter, junto de si, os melhores quadros à sua disposição e descartar os sabugos que rondam o poder.

Mas o fato mais importante da semana foi o convite feito pelo presidente eleito ao juiz Sergio Moro para ser seu ministro da Justiça, e tendo em vista que o futuro presidente Jair Bolsonaro, sabiamente reconheceu não ser o mais preparado, mas ressaltou que Deus prepara os escolhidos. Isso me leva a imaginar que este poderá estar dando o primeiro e definitivo passo para ser o candidato do capitão para ser seu sucessor!

 

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Aval dado… Cobrança antecipada!

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Neste domingo, 28 de outubro de 2018, o povo brasileiro vai eleger seu futuro presidente da República, e tudo indica que o eleito será o candidato de um pequenino partido, que muitas vezes foi legenda de aluguel, servindo a interesses de outras lideranças. Desta vez o PSL se impôs e lançou um candidato que mesmo sem recursos políticos e financeiros, serviu como veículo que possibilitou a maioria do nosso povo embarcar em sua proposta, que não sendo a melhor, até porque nenhuma que foi colocada para julgamento eleitoral o era, acabou por tornar-se a única esperança dos brasileiros, de dizer um retumbante NÃO, um BASTA ao grupo de esquerdistas compulsivos e doentios, que inclui o PT, o PC do B, o Psol dentre outros.

Em seu favor, o ainda hoje candidato, tem o fato de o povo ter se identificado com suas posições, contrárias à roubalheira e favoráveis à reconstrução de nossa sociedade, que foi destruída pelo aparelhamento e a doutrinação gramschista de suas instituições.

Quando for proclamado o resultado da eleição, tudo indica que Jair Bolsonaro terá sido eleito pelo soberano desejo do povo brasileiro. É bem verdade que isso se dará, menos por seus méritos e mais pelos inaceitáveis deméritos de seus adversários.

É exatamente aqui que sustento o meu texto. Nele, desejo chamar a atenção do senhor futuro presidente, o ainda deputado Jair Bolsonaro, que como diriam algumas pessoas, “é melhor já ir se acostumando” com o fato deste país não ser sua caserna. O senhor não será eleito para ser nosso capitão, mas para ser nosso presidente da República, e como tal tem que se comportar.

Da mesma forma como eu apoiei a sua candidatura, sempre deixando claro que a dúvida que pairava e ainda paira sobre sua futura administração é muito menos perigosa e nociva do que a certeza da continuidade da safadeza sistêmica dos esquerdopatas, através do aparelhamento do estado e do desmonte das mais importantes instituições de nossa sociedade, como a família, a escola, a igreja, a academia, a imprensa, os meios artísticos e culturais, desta mesma forma, me oporei radicalmente ao senhor ou a qualquer um que pretenda levar nosso país a trilhar por caminhos antidemocráticos.

Sendo bastante objetivo, senhor futuro presidente, da mesma maneira que me engajei na luta para retirar do poder, o PT e seus asseclas, serei o primeiro a me alistar na luta contra quem pensar a atacar a normalidade democrática de nosso país, quem se atrever a subverter a ordem constitucional, quem agir por quaisquer meios para implantar um regime ditatorial no Brasil.

Digo-lhe tudo isso, mas acredito na sua sinceridade de propósitos. Acredito que mesmo usando mal as palavras, expressando-se de maneira desajeitada e às vezes dando margem para ser mal interpretado, o senhor honrará a procuração que tudo indica mais de 60% do povo brasileiro lhe outorgará. Acredito que por baixo desta sua casca grossa, desta rudeza, por trás dessa figura que não faz muita questão de ser sutil ou polido, há um homem que deseja entrar para a história do Brasil como alguém que fez de tudo por nossa gente. Acredito que alguém que morreria pela pátria, não ira querer entrar para sua história como um louco usurpador.

Reservo o último parágrafo desta fatura, para me dirigir àqueles que chamaram a mim e a outras pessoas de fascistas, por preferirmos nos aventurar consigo que continuarmos a ver nosso país submerso na lama da desfaçatez e da corrupção. Digo a eles: fascistas são vocês, por não aceitarem nem admitirem a livre diversidade de pensamento, e reafirmo que minha posição sempre foi, é, e será ao lado do regime democrático e através de um governo republicano.

 

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Twitando com Mike Godwin

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Mike Godwin, pseudônimo de Michael Wayne Godwin, jurista americano, mais conhecido na Internet como o criador da Lei de Godwin diz: “À medida que uma discussão online se alonga, a probabilidade de surgir uma comparação envolvendo Adolf Hitler ou os nazistas tende a 100%.” No meu caso, a teoria dele se provou absurda, pois seria uma um verdadeiro absurdo me qualificar de nazista!…

Peguei a conversa pelo meio, mas ainda em tempo de meter o bedelho…

Alguém perguntou para Mike Godwin: Sr. Godwin, eu sinceramente gostaria de ouvir sua opinião sobre o que fazer quando a alternativa para Bolsonaro é conceder mais quatro anos para o partido que, nos últimos 16, foi pego em escândalo após escândalo, envolvendo bilhões em corrupção e subornos.

Mike Godwin respondeu: Corrupção acontece o tempo todo nas democracias. É ruim, mas normalmente não é um argumento para destruir democracias.

Foi aí que eu entrei: Se você não estudou o suficiente, me desculpe, mas a corrupção destrói a democracia da pior maneira que existe, porque não permite que se tenha tempo para reagir, porque ela contamina todas as células do estado através do aparelhamento das instituições… O Brasil talvez precise de duas limpezas! Em primeiro lugar, precisamos nos livrar dos vermes da corrupção. Em segundo, se for necessário livrar-nos-emos dos germes do autoritarismo! Cada batalha a seu tempo!…

MG: É um erro filosófico confundir um partido e uma pessoa. Estou ciente da corrupção. Essas pessoas devem ser processadas. Mas se você está dizendo que Haddad é corrupto, não vejo isso.

JH: Talvez o caríssimo não conheça a questão em profundidade! … O problema não é Haddad!… O problema é que Haddad é um fantoche!… O PT e os esquerdistas equiparam e aparelharam o Brasil de maneira endêmica e colocaram o Estado a serviço do partido e de sua ideologia!…

MG: Você está com medo de Haddad ser um bandido? Honestamente, você é a primeira pessoa que eu já ouvi expressar esse medo.

JH: Eu acho que Haddad pode até não ser um cara do mal, mas garanto que por trás dele existe uma poderosa organização criminosa que usa os princípios de funcionamento do gramshismo!… Venha morar no Brasil para ver e sentir o que nós vemos e sentimos, e pare de falar sobre a teoria que você desenvolveu e que não cabe neste caso específico, pois você não conhece as circunstâncias destes eventos!…

Depois eu fui entender que a teoria dele se referia única e exclusivamente à possibilidade de em uma discussão online os contendores se acusarem de nazistas, mas isso não significa que a acusação seja verdadeira!…

Outra coisa que ficou clara para mim é como os esquerdistas esticam suas redes de contatos de maneira infinitamente mais eficiente que os liberais. Como este Mike Godwin, existe meia dúzia, trabalhando para os esquerdopatas!…

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De como os erros do passado determinam o futuro

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Na verdade eu nem precisaria desenvolver o texto que você, tudo indica, vai ler a seguir, uma vez que o título dele resume e explica pontual, objetiva, filosófica e pragmaticamente, tudo!

Entre os princípios básicos da física, está a incapacidade do tempo parar ou dele retroceder, ou mesmo de viajarmos através dele, apesar da ficção científica insistir em criar peças que vira e mexe faz com que seus personagens viajem no tempo, como é o caso do livro de 1895, “A Máquina do Tempo”, de HG Wells, ou do filme de Robert Zemeckis, “De volta para o futuro” realizado noventa anos depois, em 1985.

O certo é que na realidade não conseguimos parar o tempo, ou viajar por ele. Se isso fosse possível eu iria dar passagens para duas pessoas voltarem para os idos de 2014 para que pudessem desfazer os erros imperdoáveis que cometeram.

A primeira passagem no Expresso 2014 eu daria para Roseana Sarney, para que ela desfizesse a maior bobagem de toda sua vida política, e se afastasse do mandato de governadora em tempo hábil para concorrer ao senado, fato que certamente mudaria o futuro de todos nós.

Fazendo isso, do ponto de vista eminentemente político, Roseana não garantiria a vitória de Luís Fernando Silva, seu candidato naquela eleição, mas pelo menos garantiria sua vitória como senadora.

Conhecendo Roseana como eu acredito que conheça, ela bem que poderia não aceitar meu presente e bater pé para fazer a tolice que acabou fazendo. Assim sendo eu daria o outro bilhete de viagem no Expresso 2014 para meu querido amigo Edson Lobão Filho.

Edinho jamais poderia ter aceitado ser candidato a governador naquelas circunstâncias! Ele acabara de sair de quase um mês de coma! Ele tinha obrigação de ter autocrítica e saber que quando a esmola é demais, se o santo não desconfiar, o sacristão tem obrigação de ficar atento, pois algo de errado certamente há!

Como Roseana não se habilitou a disputar o senado naquela ocasião, Edinho deveria ter se candidatado, deixando Gastão Vieira, até então deputado e ministro, que desejava muito concorrer ao governo, o sê-lo. Posso estar enganado, mas tenho quase certeza que para senador Lobão Filho teria naquela ocasião vencido Roberto Rocha, e agora, em 2018, talvez tivesse alguma chance de competir contra Flávio Dino. Alertei a todos quanto a isso naquela ocasião.

Resumindo para quem possa ter ficado confuso: A eleição de 2018 foi decidida no momento em que erros, imperdoáveis, foram cometidos em 2014. Erro de não termos elegido Luís Fernando na Assembleia Legislativa como substituto legal de Roseana, uma vez que seu vice-governador assumiu um cargo no Tribunal de Contas; Erro, de mesmo não sendo possível realizar a ação anterior, não se desincompatibilizar e se candidatar ao senado, estando praticamente eleita e podendo hoje estar mais forte; Erro, de ter aceitado ser candidato a governador sem a menor chance de vencer; Erro, de ao invés de se candidatar ao governo, concorrer ao senado, onde certamente sairia vitorioso.

Tantos erros assim, praticados por pessoas que tinham a obrigação de jamais cometê-los, causaram ao Maranhão um governo hipócrita, arrogante, prepotente, sectário, maniqueísta, messiânico, tirânico e perseguidor.

Que fique claro, portanto, que a derrota na eleição deste ano de 2018, foi sacramentada pelos erros cometidos por soberba, inapetência e vaidade, nos idos de 2014.

Pensando bem, poderia conseguir inclusive um bilhete para viagem no tempo para Eduardo Braide, que cometeu outro erro imperdoável, esse em 2016, ao rejeitar apoio eleitoral em sua campanha pela prefeitura de São Luís, fato que culminou com sua derrota e só fortaleceu o PC do B e o PDT.

Quanto aos erros cometidos na eleição de 2018, estes ficam por conta, única e exclusivamente, da tola insistência de Roberto Rocha querer ser candidato a governador, quando deveria ter apoiado Eduardo Braide para concorrer ao cargo, fato que certamente levaria à eleição para o segundo turno.

 

PS1: Saiba você que me lê agora que este texto, foi concebido e escrito no dia 2 de setembro passado para ser publicado exatamente na data de hoje, 8 de outubro de 2018. Logo, ele não é um mero reflexo do resultado da eleição de ontem no Maranhão. Este texto é na verdade a reafirmação de opiniões datadas de mais de quatro anos, ele é uma reflexão sobre a falta de aptidão para a prática eficiente, eficaz e efetiva da política.

PS2: Você pode imaginar que eu não esteja falando a verdade quanto ao fato de ter escrito esse texto há mais de um mês, mas comentei sobre ele com diversos amigos e disse a eles que o publicaria depois da eleição. Eles podem confirmar!…

 

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Voto triste

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O momento de votarmos se aproxima e nossa responsabilidade para conosco mesmo, para com nossa família, para com a sociedade em que vivemos, para com nosso estado e nosso país cresce a cada minuto e essa responsabilidade deve ser decisiva em nossa escolha, pois quatro anos é tempo demais para suportarmos as consequências de um erro.

Votando em presidente da República e governador, em deputados estadual, federal e senadores, estaremos passando para os nossos escolhidos, em primeira instância, e para os eleitos em última, uma procuração com prazo de validade de quatro anos (oito no caso dos senadores) para que estas pessoas decidam por nós os caminhos e os rumos de nossas vidas e das instituições estatais de nossa sociedade.

Fico pensando!… Será que nós estamos realmente conscientes da importância do voto!? Será que as pessoas sabem o que é cada tipo de posicionamento em relação ao ato de votar!? O que é o voto em branco, o voto nulo, a abstenção!? Será que somos realmente capazes de avaliar real e conscientemente as opções que nos são apresentadas e pesar os impactos que cada uma das possíveis escolhas poderão acarretar nas nossas vidas, individual e coletivamente!?

A minha resposta a todas essas perguntas é: NÃO! Nós não estamos preparados para fazermos uma escolha consciente de nossos representantes. Mas este não é o maior problema. Maior que este problema é o fato de outros estarem prontos para escolher por nós quem nos governará, e essas pessoas fazem isso pelos mais diversos motivos, bons e maus!

Nós votamos em alguém basicamente por três motivos: porque o conhecemos e confiamos nele; porque acreditamos em seus princípios, propósitos e em suas propostas; e porque ele pertence a um partido que defende uma ideologia com a qual simpatizamos e defendemos. Há uma quarta razão para que alguém vote em um candidato. Ela é repugnante, mas existe e não é incomum. É o voto em troca de algum benefício pessoal e financeiro. Este voto é enquadrado como crime eleitoral.

Quando lembro que passei 36 anos de minha vida, envolvido na política, entre mandatos de deputado estadual, federal e secretário de estado, vejo que nem todo esse tempo fez com que eu me acostumasse com algumas práticas desse setor. A hipocrisia é uma dessas práticas. Algumas vezes o político é obrigado a ser hipócrita e neste quesito eu nunca fui bom, por isso talvez não tenha tido mais sucesso nesta carreira. Ser mentiroso é outra prática comum na política. Não vou aqui ser hipócrita e dizer que eu jamais menti. Se não tivesse mentido em algumas ocasiões não teria sobrevivido a um mandato!…

Por ser um mentiroso ruim desenvolvi um método capaz de fazer a verdade substituir a mentira de forma contundente, utilizando uma técnica desarmadora da mentira e da consequente hipocrisia que ela acarreta, utilizando a franqueza! Desde o primeiro momento eu estabelecia as regras fundamentais para o sucesso dos relacionamentos com as pessoas, grupos ou entidades, com quem eu tivesse que conviver politicamente. Entre elas havia uma sobre a qual fiz minha fama e estabeleci o respeito que até hoje eu desfruto no mundo da política do Maranhão: “Aquilo que é combinado, dentro de parâmetros morais e éticos, não é caro e deve ser cumprido. Ninguém é obrigado a aceitar um acordo, mas tendo aceitado, se obriga a honrá-lo. Você pode até não cumprir um acordo que tenha sido acertado, desde que haja uma repactuação satisfatória”.

Olho a política e vejo que esses valores não mais existem. É bem verdade que eles sempre foram raros, mesmo em tempos idos, mas esses tempos atuais, mais intolerantes, são nocivos a valores como esses.

Vou sair de casa neste domingo pra votar e farei isso da forma mais responsável e consciente que eu puder, mas preciso confessar que não estou feliz, pois gostaria que entre os candidatos apresentados para governar o meu estado e o meu país, tivessem nomes melhores e realmente viáveis, que nos dessem mais esperança de termos um futuro melhor.

Neste domingo, vou votar nos candidatos que segundo minha análise, são os que existem de menos pior para nos governar.

 

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Estudo sobre eleição de deputados federais e estaduais no Maranhão

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Para atender algumas pessoas que me pediram insistentemente, resolvi buscar informações que possibilitassem realizar um estudo de cenário minimamente confiável para as eleições proporcionais, de deputados federais e estaduais, neste pleito de 2018.

Saliento que apesar de, como já disse, minimamente confiável, este estudo pode trazer variações de 1/6 (3) na quantidade de vagas de deputados federais e de 1/7 (6) na quantidade de vagas de deputados estaduais. Não usei as siglas dos partidos ou nomes das coligações para impedir o proselitismo.

Acrescentei uma coluna com as iniciais dos candidatos mais cotados de cada partido ou coligação, segundo as informações que obtive. O uso das iniciais dos candidatos se deve ao fato desse estudo não se prestar a ser instrumento de propaganda ou proselitismo de qualquer candidato.

Neste estudo ficou claro que a quantidade de votos dada aos deputados federais e estaduais, não correspondem a quantidade de votos dos  candidatos a governador que estes apoiam!

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