Mudando de assunto!?…
Recorrentemente leitores e amigos pedem que eu comente sobre política, assunto que todos sabem que gosto de abordar, mas hoje vou contrariá-los! Vou falar de assuntos mais mundanos, aspectos da nossa vida diária que muitas vezes nos passam despercebidos e nós pouco valorizamos.
Vou falar sobre força de vontade, prazeres do vício, coragem de tomar resoluções importantes e sobre seus “opostos”: A falta de vontade, prazeres virtuosos e covardia ao encarar problemas.
Estou fazendo uma dieta maluca – posso comer um quilo de queijo, mas nenhum grama de pão; posso comer toda a linguiça da feijoada, mas nenhum carocinho de feijão; posso comer uma picanha gorda, mas a farofa não. Eu havia dito que jamais faria uma coisa dessas, mas o fato é que em dezesseis dias emagreci inacreditáveis oito quilos!
Devo tudo isso a minha mulher Jacira.
Se estou feliz!?… Sim! Estou muito feliz! Meus braços parecem que se alongaram, minhas calças não prendem mais nas coxas, e o mais importante de tudo, eu estou orgulhoso de mim mesmo, por estar conseguindo fazer uma coisa que jamais pensei que fosse capaz, que não tivesse a força de vontade e a disciplina necessária para fazer: Não sucumbir ao voraz desejo de saborear um pedaço avantajado de quebra queixo, ou um suculento cachorro quente do Boliviano, em frente ao Palácio, ou um daqueles pastéis que acompanham os caldos de ovos de seu João do Caldo, sem esquecer uma Cola Jesus, normal, de garrafa de vidro, estupidamente gelada…
Esse orgulho que sinto se deve ao fato de eu ser um viciado que está superando o seu vício. Sou viciado em comida! Dentre elas minhas preferidas são as derivadas daqueles malditos pós brancos, açúcar e trigo.
É importante que se diga que não consumo drogas ilícitas, não fumo e não bebo bebida alcóolica, o que não é nenhuma grande vantagem, pois meus amigos bebem, e bem, e caro, o que me faz dividir as altas contas.
Jamais pensei que fosse capaz de fazer o que estou fazendo. Achei que não conseguiria. Não está sendo fácil! Tenho fissura de pão! Sonho com pão francês com tudo que você possa imaginar dentro! Me pego imaginando em quanto tempo devoraria uma lata de Lindt, aquele chocolate das bolinhas que explodem na boca, ou do crocante Zé Pereira! Mas estou me controlando! Até agora!…
Preciso contar a vocês o que aconteceu comigo recentemente. Marquei uma reunião às nove horas da manhã, no Hotel Blue Tree, com a produtora Fernanda Kalume, que está em São Luís para produzir uma série para televisão a cabo. Havia me esquecido que iria deparar com o maravilhoso café da manhã do hotel e quando passei pelo restaurante quase tive um ataque! Poderia comer os pães de queijo ou os bolinhos de tapioca, quem sabe até o mingau de milho, que eu nem gosto, mas o que me desesperou mesmo foi passar em frente à imensa mesa de bolos e pães… Fiquei tão alucinado que uma simples fatia de pão de forma, naquele momento, seria como saborear um manjar da Terra Prometida. Respirei fundo e me dirigi até à moça das omeletes e pedi uma com tomate, cebola e cogumelos… Frugal e delicioso!
Falo sobre isso hoje porque em fevereiro, aproveitei que meu irmão foi fazer uma cirurgia em São Paulo e como fui acompanhá-lo, aproveitei para fazer um daqueles checkups que a gente se interna e os médicos ficam nos futucando pra saber se precisamos de algum reparo. Graças a Deus, e não aos meus hábitos, estou chegando aos sessenta 90% em perfeitas condições. Os 10% de problemas se devem à minha tendência a me tornar em breve um diabético, problema que parece pode ser minorado com uma cirurgia que promete impedir a absorção dos carboidratos e dos açúcares, me fazendo viver por um pouco mais de tempo, mas bem mais feliz.
É para fazer essa cirurgia que eu preciso perder quinze quilos. Esse é o desafio!
PS: Enquanto revisava este texto para mandar para Ademir, editor da página de opinião do Jornal O Estado do Maranhão, um amigo me ligou pedindo que comentasse sobre política. Por ser este amigo muito bem humorado e espirituoso, vou abrir uma pequena exceção no texto de hoje e falar de política: Governador Flávio Dino, vá fazer um regime, camarada! Falo isso para seu bem!… Pronto! Falei!…