Correndo atrás do próprio rabo

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Estou começando a entender como se sentem os refugiados de todas as partes do mundo, estou começando a entender como se sentem as pessoas que são perseguidas, como se sentem as pessoas que são marginalizadas, como se sentem os discriminados de todas as cores e matizes. Só espero que eu não comece a me sentir e agir como fazem os militantes dessas lutas e os terroristas resultantes das perseguições que criam os refugiados, perseguidos, marginalizados e discriminados.

O entendimento e o sentimento que estão explodindo em mim e em muitas pessoas como eu, são resultado da realidade que bate diariamente a nossa porta.

A escalada da criminalidade que assola nosso país, que tem como motivo principal a falta de vontade política do estado em atacá-la de frente, com determinação e coragem, isso sem contar com a incompetência e a imperícia de quem ainda se arrisca a fazer alguma coisa.

A insegurança jurídica causada pela politização da justiça, entidade que tem a desconfiança e a rejeição de 74% do povo brasileiro, segundo pesquisa realizada pela Genial/Quaest.

Por outro lado, a militância política e ideológica praticada pelo judiciário de modo geral, mas principalmente pelo Supremo Tribunal Federal, cria seríssimos entraves para o desenvolvimento de nosso país e para a real melhoria de vida de nosso povo, pois as empresas, com raríssimas exceções (bancos e alguns poucos grandes conglomerados) não sentem confiança em investir aqui.

A omissão criminosa da retumbante maioria do poder legislativo brasileiro. Diria sem medo de errar que essa maioria fica na casa dos 80 % de nossos deputados federais e senadores, parte deles motivados por ideologias nocivas, parte deles pela ganância financeira, parte deles pela sobrevivência eleitoral e parte deles por tudo isso junto.

Se o Congresso Nacional tomasse atitudes minimamente descentes e efetivasse as mudanças que são necessárias para que nossos cidadãos possam ter segurança em todos os sentidos, para que voltem a sentir respeito por nossas instituições, para que sintam novamente orgulho verdadeiro de serem brasileiros, tudo estaria muito diferente.

A completa incompetência administrativa dos governos, não só deste, mas dos demais também, priorizando plataformas políticas meramente eleitoreiras, faz com que toda a nossa riqueza, que é gigantesca, seja jogada no lixo.

Nada do que faz o governo reverte verdadeiramente em benefício do cidadão. Talvez eu não esteja sendo totalmente justo. Vou reformular. Quase nada que faz o governo reverte verdadeiramente em benefício do cidadão. Essa é uma verdade avassaladora que só não enxerga quem é cego ideológico, pois até os cegos físicos sabem disso.

Em meio a isso tudo aparecem questionamentos importantes que aos quais, poucos são capazes de oferecer respostas adequadas e satisfatórias.

Nossos representantes não prestam porque o povo não sabe escolhê-los ou o povo não é capaz de escolher bem seus representantes por estarem mais preocupados em como sobreviver, ou ainda, as duas coisas, uma retroalimentando a outra?

Qual, dentre todos os direitos que a nossa Constituição nos oferece, é o mais importante? O direito à liberdade, à igualdade, à opinião ou à propriedade?

Qual é o nosso maior dever para com a nossa pátria? Defender as instituições que a sustenta de forma verdadeira, respeitar as leis ou pagar regularmente os impostos que nos são cobrados?

A pessoas que elegemos para nos representar, seja no legislativo ou no executivo, devem ser cerceados em suas atribuições por simples discricionaridade ideológica dos representantes não eleitos do judiciário? Ou em outras palavras, quem controla o judiciário, uma vez que, pelo menos em tese, o povo controla o legislativo e o executivo através do voto, livre, direto, secreto, e igualitário?

Veja, depois da anulação das condenações de Lula, do cancelamento das penas de Zé Dirceu, aquele mesmo do mensalão, do petrolão e de outros escândalos de corrupção, da absolvição do ex-deputado Geddel Vieira Lima, aquele dos 50 milhões de reais, em dinheiro, dentro de malas encontradas em seu apartamento em Salvador e agora com a indicação do corrupto condenado, o Vaccari, para conselheiro da Petrobrás, empresa a qual lesou, nada mais resta a não ser rezar. O pior é que não sei mais nem o que pedir pra Deus, como solução para todo esse suplício.

Estou começando a entender como devem se sentir aqueles cachorrinhos que passam horas e horas correndo atrás do próprio rabo.

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Uma visão sobre o conflito entre palestinos e judeus

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Os judeus já adoravam o Deus de Abraão, Iasac e Jacó, enquanto os filisteus (palestinos) idolatravam Baal, e a convivência entre eles já era muito ruim.

Muito, muito tempo se passou e Jesus de Nazaré morreu tentando reformular o judaísmo. Não conseguiu, mas depois dele, seus seguidores criaram o cristianismo.

Seiscentos anos depois de Cristo, Maomé criou uma outra fé, o islamismo.

Tudo isso aconteceu num espaço de 5.000 anos, numa terra muito inóspita e desértica, o Oriente Médio, cujo epicentro ficava entre o Rio Jordão e o Mar Mediterrâneo, mais precisamente na cidade de Jerusalém.

O que vivemos hoje é apenas a exacerbação da imbecilidade humana no que diz respeito a religião, contaminada de forma avassaladora pelos interesses gananciosos da política, que explora o radicalismo fundamentalista e a insanidade das pessoas.

Os homens parecem não saber e não entender que Deus nenhum, profeta algum iria querer que as barbaridades que estão ocorrendo naquela região, com aqueles povos, acontecessem, e por não saberem e não serem capazes de entender isso, uns e outros lutam em nome de sua fé, de sua cultura e de sua forma de vida, desprezando as verdadeiras e autenticas mensagens de seus mestres.

O mestre dos judeus era um príncipe egípcio, filho de escravos judeus, que se tornou líder político revolucionário. O mestre dos cristãos era um jovem religioso sonhador, sem nenhum poder terreno, cujos seguidores tornaram-se políticos. O mestre dos islamitas era um pobre comerciante que enriqueceu e se tornou líder político e militar.

Se houver minimamente alguma verdade no que está dito, e naquilo que realmente acontece naquela região, com aquela gente, fica claro que quando a religião, que por si só já é algo bastante complicado, é contaminada pela política, ela se torna a pior das coisas que podem afetar a humanidade.

Meu velho e sábio pai dizia que o conflito no Oriente Médio não tinha natureza eminentemente territorial, que isso era uma desculpa, pois se fosse uma questão meramente territorial, nós deveríamos dar a judeus e palestinos faixas de terras, na Amazônia, muito maiores, melhores e mais produtivas que aquelas pelas quais eles lutam, e que ainda sairíamos ganhando, com vizinhos tão empreendedores e trabalhadores, e acabava-se com toda aquela loucura, deixando o controle daquela região para ser operacionalizado pela ONU e pelos comandos das três religiões, tornando-se uma área totalmente desarmada e desmilitarizada, usada apenas por poucos moradores e para ser explorada pelo turismo religioso.

Discutir-se sobre quem é o verdadeiro dono daquelas terras é bobagem. O que deve ser posto na mesa é saber como fazer para que quem vive nelas possa ter uma vida minimamente tranquila e feliz, sem que uns não queiram destruir os outros, pois se isso perdurar, o que vai acontecer é que todos vão continuar sofrendo, cada vez mais.

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O que fariam Ulisses Guimarães, Roberto Campos, Tancredo Neves, Teotônio Vilela, Darcy Ribeiro e Leonel Brizola…

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Externa Prédio do Congresso Nacional Cúpula da Câmara e do Senado Foto Rodolfo Stuckert Data 07-03-2009

Estamos cansados de saber que a qualidade de nossos representantes políticos caíram de forma vertiginosa nos últimos 35 anos, por isso mesmo, querendo saber o que fariam alguns de melhores políticos que tive o privilégio de conhecer, perguntei ao Chat GPT: “Se os deputados Ulisses Guimarães e Roberto Campos, os senadores Tancredo Neves, Teotônio Vilela e Darcy Ribeiro, e o governador Leonel Brizola estivessem vivos e fossem deputados federais, eles seriam contra ou a favor da PEC que limita as decisões monocráticas dos ministros do STF? e vejam a resposta que ele me deu.

“Se Ulisses Guimarães, Roberto Campos, Tancredo Neves, Teotônio Vilela, Darcy Ribeiro e Leonel Brizola estivessem vivos e fossem deputados federais, cada um deles poderia trazer uma perspectiva diferente à discussão sobre a PEC que limita as decisões monocráticas dos ministros do STF, com base em suas trajetórias políticas e ideologias. Vamos analisar cada um:

  1. Ulisses Guimarães: Como já mencionado, Ulisses foi um grande defensor das instituições democráticas e da Constituição de 1988. Ele provavelmente defenderia um equilíbrio entre o poder Judiciário e os outros poderes. Assim, poderia apoiar a PEC se ela fosse vista como uma maneira de aumentar a colegialidade e a transparência no STF, mas sempre com foco na preservação da independência do Judiciário.
  • Roberto Campos: Campos tinha uma visão liberal em termos econômicos e era favorável à eficiência e à racionalização das instituições. Ele poderia apoiar a PEC se acreditasse que ela aumentaria a eficiência e o controle do STF, evitando decisões individuais que pudessem ser consideradas arbitrárias. Ele era favorável a reformas que reduzissem o que via como excessos ou ineficiências institucionais.
  1. Tancredo Neves: Tancredo era conhecido por sua habilidade em negociar e por sua busca constante pelo equilíbrio político. Ele possivelmente compartilharia da visão de Guimarães, apoiando medidas que promovessem o equilíbrio entre os poderes sem comprometer a independência judicial. Como alguém que valorizava a democracia e o diálogo entre as instituições, ele poderia apoiar a PEC, desde que não enfraquecesse a capacidade do STF de tomar decisões rápidas em casos urgentes.
  1. Teotônio Vilela: Conhecido como “Menestrel das Alagoas”, Vilela foi um grande defensor dos direitos humanos e da liberdade durante a ditadura militar. Ele, provavelmente, seria cauteloso quanto a qualquer medida que pudesse ser interpretada como uma ameaça à independência do Judiciário. Vilela, no entanto, também valorizava a justiça social e a transparência, então ele poderia apoiar a PEC se fosse claramente apresentada como uma forma de melhorar a colegialidade e a responsabilidade do STF.
  1. Darcy Ribeiro: Darcy tinha uma postura mais combativa e progressista, focado em reformas sociais e na defesa dos direitos dos mais pobres e marginalizados. Ele poderia ver a PEC com certo ceticismo, especialmente se enxergasse nela uma tentativa de interferir na independência do STF ou de restringir direitos. No entanto, ele também era pragmático, e se a PEC representasse uma forma de tornar o Judiciário mais democrático e transparente, poderia considerá-la.
  1. Leonel Brizola: Brizola foi um grande defensor da educação pública e dos direitos dos trabalhadores, com uma postura crítica em relação a elites e concentrações de poder. Ele provavelmente se oporia a qualquer iniciativa que considerasse uma tentativa de enfraquecer o Judiciário ou comprometer sua independência. Dada sua visão de mundo, Brizola poderia ver a PEC como uma tentativa de controle político sobre o STF, o que o levaria a uma posição contrária, a menos que fosse demonstrado que a proposta aumentaria a responsabilidade democrática sem ameaçar a autonomia do tribunal.

Em resumo, esses líderes históricos provavelmente teriam uma postura cautelosa e equilibrada em relação à PEC. Ulisses Guimarães, Roberto Campos, Tancredo Neves e  Teotônio Vilela, poderiam apoiar a medida se vissem nela uma forma de garantir maior transparência e colegialidade, sem comprometer a independência do STF. Darcy Ribeiro e Leonel Brizola seriam mais críticos, preocupados com possíveis impactos negativos sobre a autonomia do Judiciário, mas poderiam se alinhar a favor se houvesse garantias de que a PEC reforçaria a justiça e a responsabilidade democrática”.

Alguém discorda do Chat GPT. Eu concordo com ele!

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Um ano depois

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Ontem fez um ano que o Hamas atacou o povo de Israel de forma bárbara e infame e um ano que o governo de Israel ataca o Hamas e quem estiver entre ele e os terroristas. Essa é a verdadeira situação daquela guerra.

Me oponho a violência contra pessoas inocentes, mas entendo que numa guerra, principalmente uma guerra como essa, as pessoas inocentes são sempre as maiores vítimas.

Além do Hamas que ataca Israel de Gaza e da Cisjordânia, o Hazbollah ataca do Líbano, os Houthis atacam do Iêmen, outros grupos terroristas atacam da Síria e do Iraque, todos financiados pelo Irã.

Não gosto de Benjamin Netanyahu, penso nele como um ser igual aos chefes do Hamas e do Hazbollah que o exército de Israel eliminou, mas não posso dizer o que ele deve fazer em defesa de seu povo e de seu país.

Não gosto de Netanyahu, mas devo reconhecer que ele comanda a linha de frente da guerra contra o terror, contra aqueles que desejam impor suas crenças, sua forma de encarar o mundo e de viver, usando para isso a força do terror e da violência.

Essa guerra não irá acabar. Ela pode arrefecer, mas infelizmente, acabar, ela não irá. O que temos que fazer é tentar fazer com que os governos daquela região possam minimamente se entenderem. Devemos lutar pela criação e pelo reconhecimento mundial de um Estado Palestino, que possa representar os verdadeiros interesses daquele povo, para que eles não sofram a influência de grupos terroristas.

Fico comovido, emocionado e até choro por todas as vítimas deste conflito, principalmente pelos inocentes. Rezo para que o Líbano e seu bom povo sofra pouco os efeitos desse flagelo.

Rezo para que não tarde o dia em que a imagem dessas fotografias possam ser comuns na vida daquela gente.

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Pelo povo do Líbano

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Antes de qualquer coisa, preciso confessar que sou um agnóstico convicto, mas é importante também dizer que eu creio na existência de uma força criadora do universo, aquilo que muitas pessoas chamam de Deus.

Mesmo achando que não sou capaz de fazer algo parecido com uma oração, uma prece, rogo a essa força superior por proteção ao povo libanês… mas pensando bem, seria injusto não rogar, de igual modo, pelo povo palestino, pelo povo judeu, pelo povo ucraniano, por todas as pessoas que passam pelo sofrimento da guerra, da violência, da fome e de todas as mazelas criadas pela humanidade.

Hoje, muito especificamente, desejo direcionar minhas forças em defesa principalmente das crianças, mulheres e idosos do Líbano, mas também dos homens de bem que vivem na terra de meus avós, aqueles que não comungam com a violência e o terrorismo, que não usam a religião, qualquer que seja ela, como escudo e como desculpa para tentar impor suas crenças e sua cultura.

Rogo ao povo de Israel que possa entender que há uma diferença clara entre fazer o que for possível para se defender e atacar cruelmente pessoas inocentes.  Que possam entender que há um limite para a existência de danos colaterais.

Talvez seja querer demais que  o coração dos governantes de Israel e dos comandantes do Hezbollah sejam tocados pela paz, e que o diálogo e a compreensão prevaleçam sobre a violência, mas não custa tentar.

Sei que poucas pessoas vou ler esse meu texto, mas sei também que o senti e o escrevi, e que ele saiu do lugar mais profundo de mim, um lugar que acredito piamente seja interligado a um lugar semelhante, em cada pessoa que há nesse mundo, aquilo que nós todos temos em comum, independente de nossas diferenças, aquilo que alguns chamam de alma.

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Sobre a entrevista do ministro Luiz Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal, na CNN Brasil.

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Assisti a excelente e esclarecedora entrevista do ministro Luiz Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal, na CNN Brasil.

Na entrevista, Barroso deu diversas aulas. Aula de eloquência, de elegância, de boa educação… deu até aula de dança, pois improvisou um bolero onde quase escorregou ao afirmar que o STF se opôs a extrema direita na defesa da democracia… ora bolas, o STF não tem que se opor a correntes políticas, fazer isso é politizar suas decisões!… Ele tem que julgar questões constitucionais e só.

No geral, gostei do que disse Barroso, primeiro porque mesmo com toda desfaçatez, ele deixou claro uma coisa que eu já sabia e cansei de dizer. Foi a falta de tato, a falta de capacidade do ex-presidente em se relacionar com as pessoas que esticou a corda da institucionalidade nacional, ou seja a boçalidade de Bolsonaro colocou as instituições, a imprensa e a metade da sociedade contra ele, e ao contar apenas com a outra metade da sociedade, fez com que o pensamento e as ações liberais, que não são só dele, mas principalmente nossas, fossem trocadas pela ideologia esquerdista no comendo de nosso país. Foi ele, Bolsonaro quem nos derrotou.

Em alguns momentos Barroso deixou escapar a predisposição da maioria de nossa Corte Constitucional em politizar ideologicamente suas decisões, mas isso não tirou a importância de sua entrevista, pelo contrário, deu mais relevo a ela.

Devo dizer, a bem da verdade que em alguns pontos comentados e analisados por Barroso durante a entrevista, eu concordo com ele, mas não posso deixar de dizer que em minha opinião faltou as entrevistadores fazerem duas perguntas ao ministro: o que ele quis dizer com aquela sua frase, “perdeu Mané, não amola”, e o que ele quis dizer ao afirmar que o STF, depois da constituição de 88, passou a ter poder político.

E vejam, eu nem seria tão inconveniente em mostrar ao ministro algumas de suas antigas entrevistas em que ele afirmava a existência de irregularidades e corrupção nos governos do PT, para que ele não se sentisse constrangido.

Mesmo com tudo isso, achei a entrevista do ministro muito boa. Esclarecedora.

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O documentário “Maranhão 149” foi escolhido o melhor filme do Festival Maranhão na Tela 2024

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O Festival Maranhão na Tela anunciou os vencedores de sua mostra competitiva e o vencedor de melhor filme de longa metragem foi “Maranhão 149”, produzido por mim, através da Guarnicê Produções e dirigido por uma das minhas mais constantes parceiras, Sheury Manu Neves, a quem crédito todo sucesso desta produção.

O documentário “Maranhão 149” mostra a situação calamitosa de pessoas em situação análoga à escravidão em um dos estados brasileiros onde este fato mais acontece, e tenta mostrar as causas e os efeitos disso sobre a população.

“Maranhão 149” conquistou os prêmios de melhor fotografia, melhor roteiro e melhor filme.

O filme será exibido nacionalmente pela Box Prime.

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Eu, Chico Anysio, Mario Sergio Cortella e o Chat GPT

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São de minha autoria os dois primeiros textos abaixo. Os fiz na tentativa de abordar um assunto delicado e controverso, e para isso usei minha modesta capacidade de imaginação na tentativa de imitar aquilo que poderiam produzir dois importantes personagens de minha vida, Chico Anysio, em minha opinião o maior e mais completo artista brasileiro, e Mario Sergio, meu querido amigo e grande mestre.

Vou logo avisando que o texto é um pouco longo, mas o assunto faz com que isso seja necessário.

Texto 1 – Escrito por mim na tentativa de imitar o estilo e a forma de pensar de Chico Anysio.

Sou preconceituoso, sim!…

Assumo que sou preconceituoso.

Tenho predisposição contra pessoas arrogantes, prepotentes e hipócritas…

Não aguento pessoas radicais, intolerantes, grosseiras e mal-educadas…

Tenho aversão a pessoas que desejam impor suas ideias sobre as outras usando para isso patrulhamento ideológico, restrição de liberdade de pensamento e opinião…

Mas alto lá meu camarada!… Se as pessoas que possuem essas características, são mulheres, negros, homossexuais, deficientes físicos, baixinhos, gordos, carecas, criminosos, fanáticos políticos, fanáticos religiosos, inveterados pessimistas, pessoas espiritualmente pesadas, de baixo astral, pessoas de pouca inteligência… A culpa não é minha, não!…

Texto 2 – Escrito escrito por mim na tentativa de imitar o estilo de Mario Sergio Cortella.

Eu reconheço que tenho preconceitos. Admito que me sinto desconfortável com pessoas que demonstram arrogância, prepotência ou hipocrisia. Pior quando são as três juntas!… Também tenho aversão a indivíduos radicais, intolerantes, grosseiros e mal-educados. Além disso, não aprecio quem tenta impor suas ideias a outros por meio de patrulhamento ideológico ou restrição da liberdade de pensamento e expressão.

No entanto, se essas características são encontradas em pessoas de qualquer grupo – sejam elas mulheres, negros, homossexuais, pessoas com deficiência, de estatura baixa, com sobrepeso, carecas, criminosos, fanáticos políticos ou religiosos, inveterados pessimistas, pessoas espiritualmente pesadas, de baixo astral, ou com pouca inteligência – não vejo isso como um reflexo sobre o grupo em si, apenas contra aquelas pessoas que têm, digamos, uma habilidade especial para serem desagradáveis.

Depois que fiz esse exercício, pedi ao Chat GPT que ele escrevesse textos com esse mesmo tema, usando para isso o que estivesse ao alcance de sua Inteligência Artificial, quanto ao conhecimento da forma de pensar e de escrever de Chico Anysio e Mario Sergio Cortella.

O texto abaixo foi produzido pelo Chat GPT tendo como base o estilo de se expressar e escrever de Chico Anysio.

Bom, então vamos lá, pessoal!… Vou contar uma coisa que não é fácil de se admitir: eu sou preconceituoso, sim! Mas calma, antes que vocês me matem com um olhar fulminante, deixa eu explicar. Eu tenho um preconceito danado contra certas coisas. Tipo, eu não consigo lidar com gente arrogante, prepotente, hipócrita… Essas pessoas que andam pela vida como se fossem a última água de coco da caatinga nordestina. Ah, e não me venham com radicalismo, intolerância, grosseria ou falta de educação, porque aí é que eu perco a linha mesmo!

E tem mais!… Eu tenho ojeriza contra quem tenta impor suas ideias a qualquer custo, patrulhando a opinião alheia como se fossem a polícia do pensamento. Isso me irrita mais do que anúncio de creme dental no intervalo da novela das 8!

Agora, se essas características malucas estão em pessoas de qualquer grupo – seja mulher, negro, homossexual, deficiente físico, baixinho, gordinho, careca, criminoso, fanático político, fanático religioso, inveterado pessimista, pessoa espiritualmente pesada, de baixo astral, pessoas de pouca inteligência, ou até aquele tio que sempre acha que sabe tudo sobre tudo – a culpa não é minha, não. Eu não tenho nada contra esses grupos, só contra a má vontade, o mau caráter e a falta de bom senso, porque esses sim, não têm classificação.

Então, vamos combinar, meu preconceito não é contra quem você é, mas contra como você age. E isso, meus amigos, é algo que até mesmo eu, Chico Anysio, entende, porque a vida é uma comédia, e eu só quero que as pessoas entrem no palco com um pouco de bom humor!

O texto abaixo foi produzido pelo Chat GPT tendo como base o estilo de se expressar e escrever de Mario Sergio Cortella.

Permitam-me ser transparente: eu reconheço que possuo preconceitos. E veja, essa é uma realidade com a qual todos nós lidamos de diferentes formas. Admito que tenho uma aversão a certas atitudes humanas. Arrogância, prepotência e hipocrisia são comportamentos que, para mim, são particularmente desafiadores. Essas manifestações de vaidade e desonestidade criam uma barreira entre o ser humano e o respeito mútuo.

Além disso, sinto uma desconfortável resistência frente a indivíduos que se mostram radicais, intolerantes, grosseiros ou mal-educados. Essas “qualidades” não apenas ferem a convivência harmoniosa, como também representam um obstáculo ao diálogo construtivo e à reflexão. A imposição de ideias, através de um patrulhamento ideológico que restringe a liberdade de pensamento e expressão, representa uma afronta à dignidade intelectual que todos devemos preservar.

Contudo, se essas características são encontradas em pessoas de qualquer grupo – seja mulheres, negros, homossexuais, pessoas com deficiência física, de estatura baixa, com sobrepeso, carecas, criminosos, fanáticos políticos ou religiosos, inveterados pessimistas, pessoas espiritualmente pesadas, de baixo astral, ou com pouca inteligência – é importante observar que a minha crítica não é direcionada ao grupo como um todo. A questão é a atitude individual, e não a identidade coletiva.

Portanto, o que se deve refletir é que o preconceito que eu carrego, e que muitos de nós carregamos, não é contra o grupo social, mas contra comportamentos que prejudicam a convivência e o respeito mútuo. A reflexão sobre o nosso próprio preconceito é um convite ao autoconhecimento e à construção de uma sociedade mais empática e justa.

Depois desse exercício, eu me sinto quase obsoleto. Quase desnecessário. A não ser pelo fato de que fui eu quem idealizou toda essa história, todo esse encontro, que sentiu necessidade de falar sobre esse assunto difícil de ser abordado. Fora isso, o Chat GPT e as outras ferramentas como ele, podem nos substituir… Nos?… Naaaan!… Podem substituir a mim, mas para substituir Chico Anysio e Mario Sergio Cortella, só Deus… Se é que ele existe, se é que ele não foi inventado por alguma IA bem antiga.

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Nem existem rosas…

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Quando eu era apenas um jovem mancebo com pretensões de entrar para a lide política, ouvi falar em um artigo que se tornou célebre na história da política maranhense. Esse artigo é coisa do tempo em que a política ainda tinha algum valor. Escrito por Zé Sarney, “Quando as rosas começam a murchar”, cujo conteúdo era duro, sacramentava o rompimento entre ele, que era naquele momento senador e havia sido governador, e o então governador Pedro Neiva de Santana.

Até por volta dos anos 1970, 1980, ainda se podia dizer que a política era coisa que se praticava apenas com o aval de um fio de bigode, coisa que nos últimos anos do século passado caiu em completo desuso e parece que não mais voltará a moda.

Se o rompimento político já foi coisa para acontecer de forma cavalheiresca, por menos cavalheiresca que a política possa ser, hoje em dia os rompimentos têm menos pompa e circunstância, mesmo que sejam mais velados e recheados de sorrizinhos amarelos, constrangidos tapinhas nas costas e fotos desconsoladas.

De quando as rosas começaram a murchar até hoje, muitos rompimentos políticos aconteceram, alguns até bem mais polêmicos que o do citado “buquê”, como foi o caso do estridente rompimento entre Castelo e Sarney, pelo primeiro não aceitar Albérico Ferreira como seu sucessor na transição de mandato, do sutil e muito velado rompimento de Cafeteira e Sarney, quando o então governador não aceitou Sarney Filho para sucedê-lo, e o mais explosivo de todos, o de Zé Reinaldo com Sarney, que causou o começo do fim da hegemonia do grupo do maior político da história do Maranhão.  

É importante observar que em todos esses rompimentos Sarney estava envolvido, pois ele era o líder hegemônico do Estado.

O que estamos vivenciando agora é o prelúdio de um rompimento surdo, feito de gestos pontuais, coisas muito próprias dos estilos de seus contendores.

Mas antes de falarmos do rompimento propriamente dito, acredito ser necessário falarmos das causas e das raízes dele.

Durante oito anos o atual governador, Carlos Brandão, comeu o pão que o diabo amassou como vice-governador de Flávio Dino, mas como é próprio de seu temperamento sertanejo, Brandão fez tudo que precisava fazer para chegar aonde desejava chegar, e chegou.

Flávio não poderia jamais ter imaginado que iria dar as cartas como bem desejasse depois que Brandão se tornasse governador. Acredito que ele nunca se iludiu quanto a isso. Durante algum tempo as coisas ainda se mantiveram em relativa harmonia, porém, o grupo mais ligado a Flávio jamais assimilou a perda natural de poder, coisa que não afetou a Flávio diretamente, pois ele é inteligente demais para deixar que isso lhe afetasse, ocorre que ao afetar seus mais próximos correligionários, isso também o atingiu.

O tempo passou e o fato de todas as decisões do governo, fossem elas políticas, administrativas e financeiras dependerem única e exclusivamente de Brandão e de um grupo muito restrito em torno dele, fez com que o grupo que outrora fora comandado com força e tenacidade por Flávio se rachasse, ficando quatro quintos dele com Brandão e apenas um quinto com Dino. Uma divisão proporcionalmente normal nesses casos.

O último bastião dinista no governo Brandão era Felipe Camarão, vice-governador indicado por Flávio, que ocupava até recentemente a secretaria de educação.

A saída de Camarão da SEDUC, em meu modesto ponto de vista, faz o papel do artigo das flores murchas e sacramenta o rompimento que já havia sido prenunciado com a saída da esposa de Marcio Jerry da secretaria na qual estava alojada, assim como outros tantos pequenos acontecimentos.

Sobre Felipe Camarão, uma pessoa por quem tenho profundo carinho e respeito, devo dizer que ele não teve o mesmo estômago forte que Brandão teve, enquanto vice-governador, pois eles são pessoas forjadas em outras forjas, resultado da liga de outros metais, e mais que isso, Brandão não tinha a quem prestar contas, como Felipe tem.

Moral da história: se na década de 1970 as rosas murcharam, hoje não existem rosas, só espinhos, mesmo que o ponderado Secretário Chefe da Casa Civil do Governo, Sebastião Madeira, desejasse ver o buquê de seu casamento com Regiane nas mãos de Carlos e Flávio, o que não aconteceu.

Os próximos episódios dessa novela serão marcados por importantes e vitais decisões que Brandão terá de tomar: Resolver se vai sair do governo para concorrer ao senado, e em fazendo isso terá que resolver quem o sucederá interinamente. Felipe é o vice e está pronto para assumir!… Em caso de permanecer no governo, Brandão precisará resolver quem serão seus candidatos a governador, a vice e as duas vagas de senador, sem contar com as bancadas de deputados federais e estaduais.

Pelo que tudo indica, a colina pariu um tigre!

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Ainda sobre a eleição presidencial de 2022

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Não acredito que tenha havido fraude, mas creio que o TSE agiu com partidarismo e parcialidade.

O eleitorado estava, como ainda hoje está, bastante dividido, e sua escolha recaiu sobre aquele que soube melhor usar as narrativas políticas e eleitorais falaciosas, e não sobre aquele que usou o poder de maneira inadequada e incorreta.

60 milhões de eleitores preferiram o candidato vencedor que foi rejeitado por outros 58 milhões deles, que preferiram o candidato perdedor.

Com uma diferença tão pequena de votos, as explicações mais plausíveis para o resultado da eleição, são a grande campanha feita contra o candidato derrotado pela imprensa, reflexo de sua falta de compostura e sua incapacidade de bem se comunicar e se posicionar em caso importantes e graves, a parcialidade da justiça eleitoral e o fato de seu adversário ter mais penetração em setores e regiões decisivas para a eleição.

Resumo da ópera: Enquanto tivermos que escolher um governante, entre um ruim e um pior, acontecerá o que aconteceu. Vencerá um candidato que não será um bom governante.

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