Quem é este verme?

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Li o comentário do Antônio Carlos Oliveira no blog de meu amigo Jorge Aragão e irei comentá-lo aqui no meu.

Primeiramente, transcreverei abaixo o texto do A. C. O. extraído do Blog de J. A. para em seguida tecer meus comentários sobre o fato.

“Caro Jorge Aragão, permita-me usar seu Blog para mandar uma mensagem para meu querido amigo Joaquim Haickel. Queria dizer-lhe que diariamente ouço todas as rádios AM de São Luís e que leio jornais e blogs sem fazer distinção de quem sejam os jornalistas responsáveis ou suas tendências políticas.
Tenho lido sistematicamente em um determinado Blog, um que, diga-se de passagem, representa tudo que não presta em nossa terra, um que é feito por uma criatura que ninguém suporta, digo isso e não corro o risco de errar, pois ninguém que eu conheça gosta desse traste, desse ser abjeto, desprezível e asqueroso. Joaquim, esse monte de fezes em forma humana tenta insultá-lo, ofendê-lo, difamá-lo, caluniá-lo e a todos essas tentativas transparecem como desmedida inveja, descomunal recalque, e milhares de outros baixos sentimentos similares.
Fico preocupado por que você se mantem alheio às barbaridades que esse indivíduo diz a seu respeito. Você nunca revida, nunca demonstra discordar deste verme.
Portanto já que você não diz nada a respeito dele, eu que sou seu amigo resolvi dizer e mandei um comentário ao Blog dele em uma matéria onde ele tenta te atingir.
Imaginando que ele não irá aceitar o meu comentário é que estou postando aqui no Blog do Jorge meu desgravo a sua formidável pessoa.

 Comentário feito no Blog de Cesar Bello e ainda não autorizado a publicação:

 Para que tu alcances a altura do solado do sapato de Joaquim Haickel, a quem tu tentas atingir com insultos e ofensas, terias que nascer novamente, mas em uma boa família; ter uma infância feliz, cheia de carinho e aconchego; desfrutar de uma adolescência sadia, sem acesso a drogas ou a pederastia; terias que amadurecer sem que tivesses que se submeter à bajulação quase que sexual aos príncipes do poder; terias que ter tido mulheres que não te traíssem, coisa que em tua família é comum, mas quem sai aos seus não degenera.

Depois de te livrares de tudo de ruim que aconteceu em teu passado, em tua vida, nascendo novamente, ainda assim, tendo uma segunda chance, tu não conseguirias chegar ao nível do solado do sapato de Joaquim Haickel. Sabe por quê? Porque tu jamais terás o coração puro e a alma boa que ele tem. Jamais terá os amigos verdadeiros que ele tem. Olha em tua volta, vê quem está a tua volta!
As pessoas te desprezam enquanto presam Joaquim, as pessoas não te levam a sério enquanto a Joaquim elas dão ouvidos e crédito, as pessoas nem sabem que tu existem, mas Joaquim é conhecido e valorizado.
Vieste da latrina do mundo, volte para lá!”

 

Agora, depois de ter lido o texto acima, talvez você que, não deve saber quem seja o insignificante e desprezível blogueiro ao qual o A. C. O. refere-se vou contar-lhe de quem se trata.

Ele é conhecido pelo nome de Cesar Bello. Não sei se ele tem outros nomes, mesmo tendo passado parte de minha infância e adolescência convivendo com ele. Somos contemporâneos. Frequentávamos os mesmos lugares quando erámos crianças e adolescentes. Praticávamos esportes no Lítero e no Jaguarema. Para você que é mais jovem, Lítero e Jaguarema eram os dois principais clubes sociais de São Luís entre os anos 50 e 80.

Os filhos dos sócios destes clubes frequentavam as escolinhas de esportes existentes neles. Eu praticava basquete e junto comigo estavam Rachidinho, Gercinho, Charles, Tadeu, Ferreirinha, Eduardo Figueiredo, Eduardo Castelo Branco, Zé Galinha (falecido), Valmir, Edgard e os irmãos Newton e Cesar Bello.

Erámos alunos dos colégios Batista, Marista, Escola Técnica, Zoé Cerveira… A cidade de São Luís tinha apenas 350 mil habitantes em 1974.

Sempre gostei de esporte. Nele eu via, como ainda vejo o espelho da vida. A guerra pelo sucesso, a batalha da superação de si mesmo e do adversário também. Uma guerra sem sangue e sem morte. Essa pessoa da qual falamos via o esporte como uma mera possibilidade de extravasar seus recalques e suas angústias.

Ele sempre foi uma pessoa problemática, sempre foi o que as pessoas chamavam na época de “perdido”. Isso se pode constatar perguntando aos contemporâneos, aos professores como Gafanhoto, Paulão, Carlos, Sergio…

Está pessoa tem um defeito físico e todos o chamavam por um apelido alusório. Eu nunca fiz isso. Não que eu fosse melhor que meus colegas, mas porque era muito tímido e retraído.

Newton, o irmão dessa pessoa, sempre foi mais simpático e amável que ele. Elizabete, a irmã deles era uma das moças mais bonitas daquela época, mas os três foram criados de maneira diferente daquela com que eu e alguns outros amigos fomos criados. Eles tinham uma vida muito mais liberal e pouco controlada que nós.

O tempo se passou e as distâncias ocasionadas pelas formas educacionais e culturais foram ficando cada vez mais evidenciadas. O acesso ao álcool e às drogas transformaram alguns daqueles jovens em verdadeiros marginais. Alguns tiveram que ser internados em clínicas de tratamento de dependentes químicos, uma, duas, três e mais vezes.

Lembro que um grande amigo deste cidadão, alguém que ele hoje insulta e agride o levou pessoalmente para interná-lo em uma clínica em Goiânia. A paga que o cão danado dá a quem lhe cuida é a mordida raivosa.

Este sujeito, que já tinha o vírus da amargura, adquirido por via genética, desenvolveu o vírus do recalque por vias profissionais. Advogado teve sua inscrição na OAB cassada por transgressões ao código de ética da categoria. Desenvolveu o vírus da inveja por ver todas as pessoas com quem conviveu na infância e na adolescência vencerem na vida e ele ficar estagnado por não ser capaz de construir nada, porque tudo em que coloca a mão, estraga.

Ele deve olhar para mim e ver que ele poderia ser pelo menos um pouco parecido comigo. Ele deve ver que me formei em direito, que me elegi deputado aos 22 anos e que continuei fazendo o que desejava e que em tudo tive algum sucesso, e ele deve ter se perguntado: por que isso não acontece comigo? Ele deve me ver escrevendo meus livros, realizando meus filmes, entrando pra a AML e se perguntando, por que isso não acontece comigo, eu que cito tantos escritores e filósofos como se fosse um cuspidor de cultura superficial e rasteira. Ele deve me ver feliz com minha família, minha mulher e minhas filhas e se perguntar por que ele não pode ter aquilo, como eu tenho. A resposta é simples. Ele não plantou, logo não pode colher.

Então já que ele não pode ter tudo que eu tenho, que ele não pode ter nada parecido com o que eu tenho, então ele resolve tentar destruir o que eu sou, o que eu tenho, o que eu represento.

É por isso meu caro Antônio Carlos que até hoje nunca respondi nenhuma ofensa vinda desta pessoa, para quais meus únicos sentimentos são de desprezo e pena.

Uma vez já tive ódio dele. No dia em que em um de seus textos imbecis ele agrediu uma de minhas filhas. Cheguei a pensar em procurá-lo para dar-lhe uma surra como no tempo antigo, mas a sabedoria que acumulei nesses anos todos serviu para ver que encostar a mão numa criatura fétida só iria fazer com que eu me sujasse.

Há em seu texto amigo Antônio Carlos, um trecho que eu acho perfeito, é quando você comenta a forma antagônica com que a sociedade maranhense e as pessoas que a compõe veem a mim e a ele. Isso basta para lavar minha honra.

Não há nada que pague saber que todos sabem fazer a diferença entre Joaquim Haickel e Cesar Bello.

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Sobre o futuro do Legislativo Maranhense

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Acredito que quase a totalidade dos 29 deputados eleitos por partidos ou coligações que não estavam apoiando formalmente Flávio Dino deva apoiar Humberto Coutinho, candidato a presidente da Assembleia da preferencia do governador eleito. Acredito inclusive, que para a maior tranquilidade destes 29 e do governo, eles devam votar em Edivaldo Holanda para primeiro vice-presidente.

Respeitando a proporcionalidade prescrita no regimento interno da ALM, os deputados devem escolher um outro nome vindo dos partidos ligados diretamente ao governador, para ocupar a quarta vice-presidência ou a quarta secretaria, mas os demais seis cargos da mesa diretora da ALM devem ser ocupados por deputados escolhidos entre os 29 deputados restantes.

Penso que Flávio não sofrerá uma intensa oposição na ALM. Imagino que ele deva indicar o bem relacionado e competente, Bira do Pindaré, para ser o líder de seu governo naquela Casa e tem em Marcio Jerry e Marcelo Tavares nomes que podem facilmente resolver os possíveis problemas que apareçam por lá.

Quanto à economia interna do poder legislativo, não prevejo maiores problemas. Humberto é extremamente experiente e saberá conduzir as ações da casa com sabedoria e diplomacia.

Quanto àqueles 29 deputados, para que eles tenham mais visibilidade nos trabalhos das comissões e do plenário, devem se agrupar em blocos, em numero capazes de garantir-lhes representatividade, poder de palavra e de decisão nas questões politicas e administrativas do legislativo, nas comissões técnicas e no plenário.

Não acredito que nos primeiros meses de governo haverá algum embate entre o legislativo e o executivo, o que vai dar tranquilidade para que o governo execute as correções de rumo que acredita devem ser feitas.

Parte do sucesso deste início de governo será creditado à escolha de possíveis nomes do legislativo para compor o futuro secretariado. Apostas têm sido feitas no sentido de que algum escolhido possa vir a macular o grupo que até agora está irretocável. Espero sinceramente que em nome de uma abominável gratidão eleitoral o futuro governador não cometa pecados capitais e leve do legislativo pessoas que lá nem deveriam estar.

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Caso eu fosse Flávio Dino!

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Meu pai me ensinou que em política, para que tenhamos uma visão mais ampla e realista do cenário, devemos fazer duas coisas, nos distanciarmos um pouco e tentarmos nos colocar no lugar dos atores em cena, vestir seus figurinos e dizer suas falas. Ele não explicou assim, com essas palavras, nem mesmo foi com palavras, Nagibão ensinava através de exemplos e ele nem praticava com assiduidade seus ensinamentos.

Dito isso, peço licença ao governador eleito Flávio Dino para me colocar em seu lugar no cenário dos acontecimentos e tentar, por alguns instantes, imaginar o que ele faria em relação a alguns assuntos, onde poderiam recair suas melhores escolhas para compor seu governo. Se ele não quiser me dar licença, não importa, usarei de minha prerrogativa de livre pensador e farei uma das coisas de que mais gosto: direi o que penso.

Sendo Flávio eu pensaria o seguinte: “Encontro-me em uma situação extremamente confortável. Elegi-me governador de meu estado sem ter feito compromisso formal com ninguém. Tenho apenas compromissos tácitos e morais com os partidos que me apoiaram, com algumas pessoas especificamente dentro deles e com o povo do Maranhão que acreditou em minhas promessas de mudança, coisa que sei, será um dos maiores desafios de minha administração: Transformar o modus operandi de nossa política, a lógica nela vigente, implantada faz muito tempo, de uma determinada forma e para um certo fim, coisas que com o passar dos anos se descaracterizaram irreversivelmente.”

Neste momento, em seu lugar, faria uma reflexão filosófica, me faria uma pergunta simples e me obrigaria a respondê-la com honestidade:“Como eu quero ser visto? Por mim mesmo, no espelho; por meus filhos e minha família; por meus amigos e companheiros; pelo povo que acreditou em mim; pelos meus adversários; pela imprensa; pela história que certamente irá relatar minhas ações e me julgar?”

Não serei pretensioso ao ponto de responder esse tipo de questionamento por Flávio. Isso é de foro tão íntimo que deixarei por conta exclusivamente dele.

Tendo então feito essa reflexão, se eu fosse ele, partiria para o exercício do pragmatismo e da dialética.

“Do elenco de secretarias e organismos governamentais, existem aquelas as quais estabelecerei como cota de minha escolha pessoal. Existem outras que destinarei a um corpo técnico capaz de gerenciar os setores afetos a elas de forma rígida, sem nenhuma interferência política e uma terça parte destinada à composição com partidos e dentro deles às pessoas que me apoiaram ou que possam vir a me apoiar.

Tenho sobre a mesa nomes de pessoas em quem confio e a quem preciso confiar tarefas importantes em meu governo. Humberto Coutinho, Marcio Jerry, Marcelo Tavares, Edivaldo Junior, Antônio Nunes, Carlos Brandão, Rodrigo Lago, Carlos Lula, Ted Lago, Mário Macieira, Roberto Albuquerque… Há a direção nacional do PCdoB que irá querer indicar algum membro do partido para fazer parte do primeiro governo da legenda em nosso país; existe o PT e o PSDB, independentemente de quem se eleja para presidente; há o PSB, o PDT, o PP, o PPS de Eliziane com sua expressiva votação e seu posicionamento leal que me deu tranquilidade para minha eleição; há Dutra e Simplício, porque o SD não existe, assim como o PROS, existem também o PTC que se restringe a Edivaldo e os prefeitos de importantes cidades que me apoiaram, como Sebastião Madeira, Ribamar Alves, Luciano Leitoa, Gil Cutrim…”.

Espalhando esses nomes e as posições disponíveis sobre uma mesa, se fosse ele, iria tentar montar esse intrincado e delicado quebra-cabeça, da melhor maneira possível, sob pena de em um primeiro momento ter sérias dificuldades.

“Escalarei Humberto para presidir a Assembleia, até porque por enquanto, em meu grupo naquela Casa, só existe ele e Edivaldo com tamanho suficiente para essa tarefa. Bira será o líder do governo no Legislativo e de comum acordo com Humberto e minha bancada, indicarei um secretário de Assuntos Políticos com trânsito comigo e com a ALM.

Todos sabem que tenho uma escolha difícil para fazer em relação à Casa Civil. Estou entre meus amigos Márcio Jerry e Marcelo Tavares. Se bem me lembro dos ensinamentos dos grandes da política maranhense, Millet, Burnet, e do próprio Sarney, quem faz a secretaria é o secretário e o prestígio que o governador dá a ele.

A Casa Civil em meu governo desempenhará o papel para o qual foi concebida, será o órgão executor do governo e ficará com Marcelo, enquanto Márcio ocupará a Secretaria de Assuntos Políticos, com poderes ampliados para atuar na interface também com as instituições.

Para Saúde e Educação escalarei dois homens de minha mais estrita confiança e respeitados por toda a sociedade: Carlinhos Macieira e Antônio Nunes.

Pedirei que a direção nacional do PCdoB indique um técnico para a Secretaria de Planejamento. Reunirei com pessoas de minha confiança dentro da Secretaria da Fazenda para que o secretário da pasta saia em consenso com eles. O mesmo farei na Procuradoria Geral do Estado. Com a OAB, pedirei indicações para a Secretaria de Segurança, e de Justiça e Administração Penitenciária, mas trarei técnicos de Pernambuco para atuarem nessa área.

Engana-se quem pensa que eu deixarei algum desses cargos sujeitos a escolha ou interferência de partidos ou de políticos.

As demais secretarias e cargos serão escolhidos sem o mesmo critério, não por serem menos importantes, mas por serem menos problemáticos.

Fundirei algumas secretarias como Esporte e Lazer com Juventude, Mulher com Minorias…

Existirão casos em que as indicações de nomes podem ser sintomáticas e automáticas, como o caso de Roberto Albuquerque para a Indústria e Comércio.

Há também a questão da oportunidade: indicar Sergio Frota para o Esporte, ou Othelino Neto para o Meio Ambiente, possibilitará a ascensão de Rafael Leitoa à Assembleia.

Quanto às indicações para o segundo e o terceiro escalão, serão baseadas nos seguintes critérios obedecendo a seguinte ordem: competência ou capacidade, funcionalidade ou utilidade e compromisso ou partidarismo.

Nenhum parente meu ocupará cargo no governo, mesmo que o inconveniente do Joaquim Haickel acredite que eu deva nomear meu irmão Sávio para ser meu secretário particular e meu pai Sálvio para Secretaria de Cultura…”

Ufa! Cansei de ser Flávio Dino… Até porque de nada vai adiantar eu querer ser ele. Ele fará somente o que achar que deve fazer. A mim só resta especular.

PS: Ainda bem que mostrei esse texto para Américo Azevedo, quinta-feira, 9 de outubro, antes de algumas notícias sobre a equipe de governo de Flávio virem a público!

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Equívocos na Eleição de 2014 no Maranhão

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Vamos hoje comentar alguns erros e equívocos que marcaram a política e as eleições de 2014, aquela que vai ficar conhecida como a que estabeleceu o fim de um ciclo de hegemonia do mais importante grupo politico de nosso estado, um dos mais poderosos de nosso país.

Lembro que em um texto publicado tempos atrás eu havia dito que ganharia essa eleição quem menos erros cometesse. Não precisa ser gênio para dizer isso. Assim acontece em tudo na vida, meu alerta foi no sentido de chamar atenção de quem detinha o comando, dos dois lados do front de batalha, para o fato de tentarem diminuir seus erros, equívocos, trapalhadas e outras bobagens que o valham. Dito e feito, quem menos errou, ganhou!

Tecer comentários depois dos acontecimentos terem se consumado é muito fácil, mas se você chamou atenção para esses detalhes antes, está perdoado.

Voltamos no tempo para vermos um grave erro cometido em 2010, quando Roseana Sarney impediu que meus correligionários do município de São Domingos do Maranhão votassem em Tata Milhomem, fazendo-os apoiar Carlos Filho, fato que fez com que Tata perdesse a eleição, culminando com a elevação de Arnaldo Melo para presidente da Assembleia Leislativa.

Outro grave erro aconteceu em 2012, quando a governadora não quis apoiar João Castelo para prefeito de São Luís. Ali foi o começo do fim. Castelo reeleito prefeito com o apoio de Roseana, no mínimo, se para mais nada servisse, impediria de Flávio Dino ter o enclave da prefeitura de São Luís a seu favor. Erro elementar e imperdoável de aritmética política.

Nem vou levar em conta alguns equívocos como a escolha de prioridades de ações administrativas, o número de hospitais a ser construídos, maior autoridade e tenacidade ao enfrentar o problema da segurança, o tráfico de drogas e o gargalo carcerário. Qualquer um, de um modo ou de outro está sujeito a esses tropeços… Uns mais que outros!

Como na vida, os erros na política não podem ser consertados, mas podem ser compensados, suas perdas podem ser minoradas. Também como na vida o acúmulo de erros, em algum momento torna-se fatal.

E os erros continuaram.

Aos 85 anos de idade José Sarney, que não é esse demônio que seus desafetos pintam, sabia que não mais deveria ser candidato a mandato eletivo. Mas quem conhece Sarney sabe que ele não decide nada, ele deixa que as circunstâncias tomem sozinhas suas decisões. Ele apenas apascenta as circunstâncias, vez por outra as torce e retorce, mas sempre com certa… Parcimônia!

Sarney deveria ter anunciado que não mais iria se candidatar quando de seu discurso de despedida da presidência do Congresso Nacional. Até ele errou. Errou por temer se enfraquecer, porque político sem mandato vale pouco ou nada, por não querer perder espaço no cenário nacional. Errou por pensar que outros pensariam que continuando, ele ficaria forte, enquanto a cada dia que se passava ficava mais fraco. E todos sabiam disso.

Sarney sabia que seus adversários não poderiam destruir o criador com facilidade e que estavam destruindo sua criatura para atingi-lo. Enfraquecendo e desmoralizando o Maranhão, enfraqueceriam e desmoralizariam Sarney.

Ele sabia disso e tentou fazer Roseana entender que ela deveria se desincompatibilizar para ser candidata ao senado, para dar a ele, através dela espaço para continuar na política. Estratégia que ele deveria saber que com Roseana seria impossível de realizar. O gênio dela não permitiria.

Como se não bastasse, os erros anteriores, dizem que Roseana atendendo a insustentável pressão do seu marido pouco simpático, declinou de sua candidatura ao senado e resolveu que iria morar nos Estados Unidos. O acúmulo de erros ia criando uma montanha que se mostrou intransponível.

Saber escolher um candidato é uma das coisas mais importantes em uma eleição. Existem bons candidatos porque eles têm carisma, porque sabem tratar os políticos, a imprensa e o povo. Existem candidatos excelentes por serem pessoas humildes, honradas e honestas. Existem aqueles que são bons administradores, conseguem entender o panorama, separar a versão da realidade, e aqueles que sabem que o poder é uma coisa temporária e fugaz. Um candidato que tivesse todas essas características seria o candidato perfeito! Mas este não existe em lugar algum. Por melhor que seja, nenhum candidato tem apenas boas qualidades, os defeitos da humanidade estarão nele, por isso a escolha de um que possa agregar a maior quantidade dessas boas qualidades deve ser feita por quem conheça a realidade, não por alguém que queira simplesmente um substituto para si.

Luís Fernando Silva, candidato escolhido pessoalmente por Roseana, tinha tudo para ser um excelente candidato, caso tivesse entendido que, da governadora só precisava da indicação, do beneplácito.

Governador de fato durante quase três anos, Luís Fernando perdeu grandes oportunidades de se tornar candidato de todo grupo Sarney e não apenas do casal governante.

Tendo eu com Luís laços familiares de consideração, respeito e carinho, disse a ele diversas vezes que precisava se aproximar dos políticos, que se desvencilhasse um pouco da barra da saia de Roseana, e que pegasse a estrada, coisa que fez tardiamente de forma tímida e errônea. Foram erros atrás de erros.

Quando Luís viu que só teria chances reais de vencer a eleição se Roseana saísse do governo para se candidatar ao senado e o ajudasse a se eleger governador indiretamente na Assembleia Legislativa, já era tarde demais. Roseana já havia marmorizado a ideia de não ser candidata a senadora e jamais pensaria em fazer como fez Sergio Cabral que saiu do governo do Rio de Janeiro e nem se candidatou ao senado, para viabilizar a eleição de seu candidato, Pezão. Roseana jamais faria uma coisa dessas.

Encurralado entre a teimosia da governadora e sua falta de atitude, pois se Luís tivesse feito o que diversas vezes lhe disse que deveria fazer, com os políticos de seu lado, ele teria entrado nos Leões e colocado no colo de Roseana uma situação irreversível. Ele respaldado por toda classe política, incluindo Sarney, senadores, deputados e prefeitos, quem sabe poderiam demovê-la da ideia de permanecer no governo.

Roseana não conseguiu ver que ali, refugiada no palácio, ela era um alvo fácil para os adversários e uma vítima de uma máquina administrativa sofrível.

Luís desistiu de sua candidatura ao governo dois dias antes do prazo de desincompatibilização. Deixou essa decisão para a última hora, talvez pensando que pudesse pressionar Roseana, quem sabe sensibilizá-la. Errou!

Sem candidato e a dois dias do prazo limite para desincompatibilização, Roseana, com todo o poder que detinha, não tinha candidato à sua sucessão!

Em política, também como na vida, a improvisação tende a não dar certo. Chamaram então um dos únicos nomes possíveis para ocupar a vaga do desistente. O outro possível candidato tinha características muito semelhantes ao desistente.

Edison Lobão Filho, para mim apenas Edinho Lobão, de quem sou amigo desde o tempo em que éramos apenas filhos de parlamentares em Brasília, aparecia nas pesquisas como um dos favoritos para a vaga de senador.  Esse fato fez com que tivessem a ideia de indicá-lo para ser candidato ao governo no lugar de Luís Fernando.

Eu não estava no Brasil quando isso aconteceu. Edinho estava internado em São Paulo. Não consegui falar com ele. Assim que consegui, disse a ele que não aceitasse, que fosse candidato a senador, que sua eleição seria difícil, mas certa.

O certo é que algo ou alguém, sabendo que ele não é muito afeito a recusar desafios, o fez aceitar.

Candidato posto embarquei com ele em sua jornada. Ao contrário do que muitos insistiram em fazer crer, não fui um de seus imediatos ou contramestres, fui um mero correspondente, que à distância, da margem, tentava dar ao meu almirante um panorama dos acontecimentos.

A campanha transcorreu tal qual uma batalha naval e os erros não deixaram de acontecer. Abordagens equivocadas, máquinas à ré quando deveriam estar adiante, ataques a bombordo, quando o melhor alvo estava a estibordo…

Culpar o Estado Maior diretamente ligado ao almirante seria ser simplista. Erros aconteceram, mas os guerreiros dessa batalha, aqueles que estavam diretamente no front pecaram por inexperiência, por ansiedade, por volúpia e em alguns casos quando tudo isso se juntava, por incompetência, não aquela proveniente da má fé, mas a proveniente da falta de capacidade, em sua forma menos nociva.

Os adversários pintaram Edinho com tintas fortes demais e todas as vezes que ele tentou apertar a mão na tinta contra seus adversários o fez de forma equivocada.

Há uma explicação clara e simples quanto a isso. Edinho estava lutando contra um adversário que ninguém tinha como vencer. Flávio Dino agregou à sua boa imagem as leis naturais da física. A gravidade conspirava contra Edinho. Havia uma vontade natural de mudança e seu adversário a representava. Ele, Edinho, escolheu ser a renovação. Era pouco para a maioria da população. A mudança venceu a renovação.

Além dessa avassaladora vontade de mudança, cinco outras coisas foram fundamentais para que acontecesse o que aconteceu: O caso Youssef, ainda não esclarecido; O caso da insegurança, incluídos ai Pedrinhas, queima de ônibus e greve de policiais; O caso Petrobras, que também ainda não aclarado; Um vídeo absurdo onde um bandido tenta envolver Flávio em bandidagem; e por fim, um áudio inconsistente onde o presidente do TCE-MA conversa com dois políticos.

Difícil era não acontecer o que aconteceu. Eu não podia dizer de público o que eu pensava naquele momento, se bem que houve um extremo exagero por parte dos aliados de Flávio nas repercussões de suas versões dos acontecimentos.

Passaria horas e quem sabe dias discorrendo sobre esses fatos, mas pouco adianta fazer isso agora.

Poderia lembrar o equivoco cometido pelo presidente da Assembleia e pelos deputados que o apoiavam na tentativa de assumir a todo custo o governo no caso de Roseana ser candidata ao senado; Poderia citar o equívoco da família Waquim em candidatar o marido e a mulher. Se fosse só um dos dois, teria vencido. Erro menor cometeu Castelo e Carlinhos Florêncio, que se elegeram, mas os filhos não; Poderia perguntar a Josimar para que servem ter tantos votos, quando apenas a metade resolveria, e bem; Poderia falar do caso de Hélio Soares que sem ser candidato obteve 15.000 votos. Caso não tivesse sido covarde e desistido teria no mínimo o dobro e teria se elegido; Poderia dizer que um comandante supremo não deveria jamais escolher, privilegiar, pedir especialmente por um de seus soldados em detrimento dos outros; Erro imperdoável é ver candidatos que foram poderosos Secretários de Estado não aderirem a campanha de governador, por birra; Poderia dizer que não é admissível que alguém detenha tanto poder ao ponto de eleger sem nenhum sacrifício maior a filha e o genro; Poderia dizer que o governo fez menos do que poderia ter feito, dentro da mais restrita legalidade; Erro foi usarem o fato de Flávio pertencer ao Partido Comunista, para vitimizá-lo, chamando-o insistentemente de Comunista; Absurdo é, depois de uma reunião de secretariado, uma conversa informal ser gravada e publicada em jornais e Blogs. Isso é o cúmulo da covardia; Poderia dizer do erro que cometeu a presidente Dilma ao demonstrar covardia para com seus aliados declarados… Além de muitos outros!

Como eu não citei nenhum erro, você pode estar pensando que o grupo de Flávio Dino não os tenha cometido. Cometeu sim, e muitos! Mas dos os erros deles que falem eles, até porque tenho pouco conhecimento e nenhuma legitimidade para falar desse assunto.

Depois de tantos erros, equívocos e trapalhadas, só me resta desejar que os erros cometidos, mesmo se não forem reconhecidos, que pelo menos sirva de aprendizado e que o Maranhão siga em frente, sendo um melhor lugar para todos nós que tanto o amamos.

 

 

PS: Desculpem qualquer erro de grafia, pois não pude revisar com  mais atenção, fiz este texto enquanto fazia algumas outras coisas!

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Resultado do estudo de probabilidade para eleição proporcional

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Estudo51-2014

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Estudo de probabilidade para eleição proporcional

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Estudo4-2014

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A Beleza da Democracia.

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Um amigo meu pediu-me que eu o dissuadisse de votar em Flávio Dino. Pediu que eu lhe desse pelo menos um bom motivo pra que ele não votasse no candidato que diz representar a mudança para o Maranhão.

Primeiro disse a ele que nada tenho pessoalmente contra Flávio, apenas discordo de sua forma de pensar e de agir, politicamente. Disse-lhe que em relação ao próprio, sempre tive com ele uma boa e saudável relação de cordialidade e respeito; sou amigo de seu pai, Sálvio, que foi deputado estadual junto com o meu e é confrade na AML e na AIL; fui colega de seu irmão Nicolau na Faculdade de Direito e de sua cunhada, Sandra, minha querida amiga de infância, a quem confio importante causa advocatícia; gosto muito de seu irmão Sávio, homem cordato e correto. Tenho por sua prima Heloisa Collins carinho e amor de irmã. De tanto conviver com Hêlo, passei a chamar a mãe de Flávio de “tia Rita”… Daí, votar em Flávio ou concordar com os insistentes sofismas e mantras que seus partidários tentam nos impor, são outros quinhentos!…

Dito isso, mostrei-lhe que do meu ponto de vista, que acredito ser concreto, a mudança que Flávio apregoa, é meramente uma bandeira midiática. Que se ele for eleito governador do Maranhão, haverá é claro uma mudança, mas ela não será jamais a mudança que ele tenta nos fazer acreditar que ele seria capaz de realizar. Ela seria meramente uma mudança de nomes de pessoas, de posições das peças no tabuleiro do xadrez político maranhense. Não haveria nem sequer uma mudança qualitativa de nomes, como as evidências podem facilmente comprovar.

Para provar o que lhe dizia, pedi que meu amigo imaginasse a mudança que representaria Zé Reinaldo sendo secretário de Infraestrutura ou mesmo do Gabinete Civil. Perguntei se ele acreditava que ZR iria fazer diferente do que fez durante toda a sua vida, quando era um dos comandantes da “oligarquia”, sempre abençoado por seu padrinho Zé Sarney!

Que mudança real significaria meu amigo Roberto Rocha como senador, representando nosso Estado na Câmara alta da nação? Nenhuma. O fato de eu gostar dele, de respeitá-lo, não muda o fato de ele ser remanescente da mesma “oligarquia”, de usar os mesmos métodos.

O que iria mudar no Maranhão governado por Flávio Dino se o secretário de Educação ou mesmo de Ciência e Tecnologia fosse Waldir Maranhão? Nadica de nada! Iria era piorar! Ele já foi reitor da UEMA e já ocupou importantes cargos no governo, e o que fez que possa credenciá-lo como agente de boas mudanças? O mesmo poderia ser dito de Raimundo Cutrim e de alguns outros.

Imaginem Weverton Rocha novamente como secretário de Esporte e Lazer, posto que já ocupou no governo Jackson Lago!… Ele iria fazer diferente? Não, né!?

Quais as contribuições que dariam os inúmeros remanescentes da tal “oligarquia” em um eventual governo de Flávio? O que fariam de diferente Humberto Coutinho, Tema, Zé Vieira, Rubens Pereira, Hélio Soares, Camilo Figueiredo?… O que eles mudariam no panorama administrativo de nosso Estado? Nada. Absolutamente nada. Só se fosse para pior!

Como procuro sempre ser justo – mesmo sendo isso coisa difícil de ser, principalmente no que diz respeito à política – devo dizer que existem personagens nessa tragicomédia que realmente poderiam representar o novo, que realmente poderiam significar mudanças, que poderiam vir a ser verdadeiras, caso conseguissem realizar os propósitos que sacodem como estandartes midiáticos de batalha.

Antônio Nunes, Carlos Lula, Rodrigo Lago, Bira e Rubens Junior são bons quadros e juntamente com Márcio Jerry poderiam representar o novo, ideologicamente falando, mas misturados ao rebotalho da “oligarquia”, podem vir a se contaminar tragicamente. Nesse contágio catastrófico só seriam superados pelo próprio Flávio, que bem sabe, político consciente pode até por algum tempo enganar a todos, enganar muitos por pouco tempo, mas nunca, jamais, a si mesmo por um único segundo.

No caso de Edivaldo Júnior que tem aprendido algumas lições políticas da pior maneira possível, enfrentando às vezes o abandono de alguns aliados, a cobrança dos cidadãos e as afiadas canetas, microfones e lentes da imprensa, não é diferente. Na mesma situação se encontram outros prefeitos que eram tidos como a vanguarda da mudança e acabaram por provar que esse negócio de mudança na política só existe no discurso.

Disse ao meu amigo que é muito difícil ser gestor público, que não é fácil administrar uma cidade, um Estado ou um país. Na boca, tudo parece ser possível. O difícil se torna uma mera questão de boa vontade e o impossível agrega à boa vontade um pouco de heroísmo. Isso de boca. Na realidade, as coisas são bem diferentes. Que muitas das promessas irão evaporar em meio a nuvens densas de altas pressões internas e de desculpas.

Em momento algum descredenciei ou desqualifiquei seu candidato. Tentei mostrar-lhe apenas o sofisma da mudança.

Disse-lhe que sou conhecido por dizer verdades que algumas pessoas em meu próprio grupo não desejam ouvir, que gostaria de ter oportunidade de dizer uma dessas verdades para FD, que ele saberia da veracidade de minhas palavras, mas não poderia reconhecê-las verdadeiras, porque neste momento, a única coisa que importa é ganhar a eleição.

Quando terminei de falar meu amigo disse em tom solene, colocando a mão carinhosamente em meu ombro: “Sendo você a me dizer tudo isso, eu acredito, mas mesmo assim, mesmo acreditando que você diz a verdade, ela não é suficiente para mudar a minha vontade de ver o Maranhão dirigido por outro grupo. Se você estiver certo em breve todos nós saberemos e então poderemos lutar por uma nova mudança”.

Eu que sempre tenho resposta pra tudo, calei.

PS: A conversa que tive com esse meu amigo foi anterior a ter acesso à transcrição de uma conversa onde o ex-deputado Rubens Pereira, ex-membro da oligarquia, atualmente um importante comandante do grupo de Flávio Dino diz ao presidente do TCE, Edmar Cutrim: “…Nossa responsabilidade agora é conciliar todo mundo como era no grupo Sarney!…”.

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Quantidade de vagas proporcionais por coligação e partidos.

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DEPUTADOS FEDERAIS (18)
 
# PMDB/PV/PRB/PTB/PR/DEM (6)
# PSL/PSDC/PRP/PTN/PRTB (3)
# PEN/PTdoB/PSC/PMN/PHS (2)
# PT/PSD (1)
# PSDB/PSB/PCdoB/PR/SDD/PPS (5)
# PDT/PTC/PROS (1)
 

 

DEPUTADOS ESTADUAIS (42)
 
# PMDB/PV/DEM/PTB/PSC/PTdoB/PRTB/PR (16)
# PEN/PMN/PHS/PSD (3)
# PT (2)
# PRB (2)
# PSL (2)
# PRP/PSDC/PTN (3)
# PSDB/PSB/PCdoB/PDT (10)
# SDD/PPS/PP/PROS (2)
# PTC (2)
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Ao senhor, Blogueiro, Alberto Barros

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Senhor Alberto, não o conheço, não sei qual é a sua intenção a propagar uma inverdade usando o meu nome, portanto devo interferir para tentar colocar a verdade em seu devido lugar e afastar seu erro, por desconhecimento ou má fé.

Em momento algum disse que alguém estava fora da disputa pela vaga de deputado. A abreviatura RAF é Ricardo Archer Filho e para seu governo, ele tem mais chances de se eleger que os demais competidores em amarelo nessa lista.

Não use meu nome em nenhuma armação, na dúvida não me cite, não sou fonte desautorizada.

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Estudo de probabilidade para eleição proporcional

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estudo2014

rodape

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