Conheçam o meu Deus

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Sou agnósticos. Não acredito em religião, qualquer que seja ela, mas respeito a todas da mesma forma que respeito as pessoas e suas escolhas.

Acredito que a necessidade do ser humano buscar explicações para coisas inexplicáveis, criou as religiões, e elas sistematicamente se alimentam da boa a fé de seus seguidores.

Isso não quer dizer que eu não acredite em algo maior, intangível, algo que até se poderia chamar de Deus, e procurando explicações para isso encontrei o filosofo Baruch Spinoza que tem um conceito de Deus que me parece ser o mais aceitável, pelo menos para mim e para Albert… o Betinho, mais conhecido como Einstein.

Caros amigos e leitores, apresento a vocês o Deus de Spinoza, pois nele, penso que se pode acreditar. Advirto que ele não possui igreja, templo, pastor ou sacerdote. Penso que é possível se assegurar que, filosófica e cientificamente ele existe, já que somos parte integrante e indissociável dele, diferentemente de outros “deuses” – criados pela imaginação e pelos medos incentivados ao longo da história da humanidade por aqueles que usavam e usam esses mesmos “deuses” como instrumento de intimidação, coação mental e dominação para se manterem no poder seja ele religioso ou político.

O meu Deus é o de Spinoza.

Deus falando com você.

De Baruch Spinoza

“Para de ficar rezando e batendo no peito. O que eu quero que faças é que saias pelo mundo, desfrutes de tua vida. Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que eu fiz para ti.

Para de ir a estes templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa. Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nas praias. Aí é onde eu vivo e expresso o meu amor por ti.

Para de me culpar pela tua vida miserável; eu nunca te disse que eras um pecador. Para de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar dos teus amigos, nos olhos de teu filhinho… não me encontrarás em nenhum livro…

Para de tanto ter medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem me incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor. Para de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz… Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso te castigar por seres como és, se sou eu quem te fez? Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos os meus filhos que não se comportam bem pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso?

Esquece qualquer tipo de mandamento, são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti. Respeita o teu próximo e não faças aos outros o que não queiras para ti. A única coisa que te peço é que prestes atenção à tua vida; que teu estado de alerta seja o teu guia. Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.

Para de crer em mim . . . crer é supor, imaginar. Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho de mar.

Para de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja? Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, da tua saúde, das tuas relações, do mundo. Expressa tua alegria! Esse é o jeito de me louvar.

Para de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim. Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro… aí é que estou, dentro de ti.”

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Quem pede recebe, quem se desloca tem preferência. Quem viver verá!

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Já faz algum tempo que venho sendo cobrado por alguns amigos para que eu faça uma análise sobre as eleições municipais que se aproximam. Mais que isso. O jornalista Linhares Junior me desafiou a fazer uma análise que contemplasse também uma perspectiva que ligasse a eleição municipal de 2024 e a eleição estadual de 2026, principalmente no que diz respeito a São Luís.

Mesmo sendo difícil para mim, uma vez que essa tarefa carece de bastante explicação devido ao grande número de nuances e detalhes, tentarei fazer o que me pedem da maneira mais suscinta possível.

Nosso atual calendário eleitoral faz com que a eleição municipal anteceda em dois anos a eleição estadual, o que obriga os pretensos candidatos ao Governo, ao Senado, a Câmara Federal e a Assembleia Legislativa, por motivos óbvios, participarem ativamente dela. Assim sendo as disputas municipais dividirão desde agora os contendores que ambicionam mandatos daqui dois anos.

Esse é apenas um dos motivos pelos quais venho dizendo já há bastante tempo, pelo menos 20 anos, que precisamos de uma reforma política e eleitoral que acabe com deformações como essa, que transforma o pleito em uma gincana financeira bienal, e em última análise distorce e subverte o destino das escolhas eleitorais naturais do povo brasileiro, e promove gastos absurdos com eleições realizadas de dois em dois anos.

Precisamos de eleições gerais e unificadas com intervalos de cinco ou seis anos, sem reeleição para presidente, governadores e prefeitos e com diminuição de mandatos dos senadores para cinco ou seis anos e aumento dos mandatos de deputados federais, estaduais e vereadores pelo mesmo período.

Mas vamos ao que realmente me foi pedido.

No que diz respeito a eleição deste ano em São Luís, só consigo enxergar dois postulantes com reais chances de chegar ao segundo turno. Se é que haverá um. O atual prefeito, Eduardo Braide e o deputado Duarte Junior.

Em minha opinião, Braide tem muito mais chance de vitória que Duarte, que terá que enfrentar uma hercúlia batalha no sentido de arregimentar forças oriundas de um grupo fragmentado, com sérias e graves defecções de ordem não só ideológica, mas principalmente de foro íntimo e pessoal, causada pela desagregação do grupo que outrora fora comandado pelo ex-governador Flávio Dino e que hoje é comandado pelo governador Carlos Brandão. Quem não aceitar essa realidade que se engane por sua conta e risco.

O dilema de Brandão é ajudar a eleger um prefeito que ele sabe que assim que puder irá virar as costas para ele, ou um que já está de costas para ele, mas com quem poderia estar de braços dados, se ambos não fossem tão teimosos, cabeças duras e pouco afeitos ao bom e velho diálogo político.

A união de Brandão e Braide só traria benefícios para ambos, e fico pasmo dos dois não verem isso, ou se veem, não agirem para que isso aconteça.

Imaginem se Brandão apoiasse Braide e indicasse seu candidato a vice. A eleição de Braide, que é bem plausível, seria garantida em primeiro turno e sem muito trabalho, força ou gasto. Alguém diria que isso causaria uma ruptura, mas será que alguém duvida do fato dessa ruptura já existir?

Imaginem se em 2026, Braide fosse o candidato de Brandão ao governo, e ele, renunciando a disputa de uma cadeira no senado, indicasse o vice na chapa encabeçada por Braide, e ainda por cima tendo boa chance de eleger dois senadores e grandes bancadas federal e estadual!…

Ao abrir mão da disputa pelo senado, Brandão poderia fazer o seu sucessor e indicar o vice dele, teria o prefeito de São Luís, poderia eleger dois senadores e alguns deputados federais e estaduais.

Mas não é esse o cenário que eu acredito que se consubstanciará. Digo isso porque conheço muito bem os temperamentos dos envolvidos nesse intrincado panorama. Além do que, como já disse, nem o governador nem o prefeito são afeitos a ouvir, principalmente o prefeito. Por serem pessoas muito moderadas e bastante cautelosas, não são capazes de realizar atos dessa contundência e magnitude.

O que vai acontecer!?…

Brandão vai apoiar Duarte, mas mesmo assim Braide vai ganhar a eleição. Muitos prefeitos serão eleitos com apoio do governador, mas não tantos quantos ele imagina.

Em 2026 Felipe Camarão será eleito governador sem muita dificuldade, pois ele não deverá ter adversário a sua altura, além de contar com o apoio não só de Dino, mas também de Brandão, do Grupo Sarney e de diversos outros subgrupos políticos. Três candidatos disputarão as duas vagas ao senado, Brandão, Weverton e Fufuca, e nessa disputa ninguém é capaz de dizer quem sairá vitorioso. 

Nessas horas me lembro de dois velhos filósofos, Neném Prancha e Lister Caldas, que sabiamente diziam: “Quem pede recebe, quem se desloca tem preferência”, e “Quem viver verá!”

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Dia das Mães – 2024

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Quero me dirigir neste Dia das Mães, à todas as mulheres que gestaram e pariram uma criança, e também àquelas que não tendo gestado, criaram uma como se delas tivesse saído. A vocês, nobres e fortes mulheres, desejo que a vida lhes proporcione tudo que possa existir de melhor, pois nós seus filhos, não existiríamos e não seriamos quem somos sem vocês, sem o amor, o carinho e a dedicação de vocês, e este é o melhor presente que podemos lhes dar, reconhecimento, acompanhado de amor, carinho, respeito e todos os cuidados que vocês merecem.

Faz pouco mais de 4 meses que minha mãe saiu em uma viagem eterna, mas sei que mesmo temporariamente longe, ela zela e ora por nós, seus filhos.

Tenho tentado ser forte. Me digo repetidas vezes que minha mamãe está apenas em uma longa viagem, que ela está bem…, mas não a ter perto, não ser possível ligar para ela, para ouvi-la me abençoar, não a ouvir me chamar de “meu Jotinha”, dilacera meu coração, que finge ser forte.

Este é o primeiro Dia das Mães sem nossa mãe, mas ainda temos Mãe Teté, Mamãe Lúcia e Tia Helena… Sem contar com as mães de nossos filhos…

Este é o primeiro Dia das Mães em que o presente de nossa mãe será simplesmente sermos pessoas das quais ela se orgulhasse e esse era o único presente que sempre importou para ela.

Espero estar a altura de seus desejos.

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Um momento presente complicado. Uma escolha cruel. Um futuro difícil.

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Encontrei recentemente com um querido amigo, um camarada muito espirituoso, esperto e safo, alguém realmente inteligente e preparado, a quem eu respeito e admiro. Ele me teceu uma série de elogios, disse que admirava minha forma de encarar a vida, meu pragmatismo e apreciava muito minha maneira analisar os cenários políticos e encarar esses fatos com naturalidade, até com certa tolerância, coisa que ele dizia não ter como eu, e que exatamente por tudo isso gostaria de me fazer uma pergunta: “O que você pensa ser melhor? Ser governado pelo PT ou pelo STF?”.

Vejam só as opções que aquele FDP me deu!… Escolher entre os que são incapazes de gerir correta e honestamente qualquer coisa, principalmente o ESTADO, e aqueles que, munidos de poder, estão tirando as nossas liberdades e destruindo a nossa república e a democracia que a sustenta!

Como eu não gosto de sair perdendo, pensei rápido e vi que não havia como responder aquela pergunta sem cometer um erro grave, então lembrei de uma velha teoria que diz que quando formos colocados em uma situação desvantajosa, a melhor saída é a pioremos um pouco e a devolvamos a quem nos a impingiu. Foi o que eu fiz.

Sugeri a ele que incluísse mais duas opções em sua lista de escolhas cruéis. Pedi que ele incluísse naquela lista, a possibilidade de sermos governados pelo Bolsonaro, um sujeito despreparado para o convívio social e incapaz de entender corretamente os fatos, ou pelo Congresso Nacional, onde a lei da vantagem pessoal é regra básica e o interesse da sociedade vem em último lugar.

Sem que lhe desse uma resposta direta, fiz com que ele visse que com mais aquelas duas opções, ele fecharia completamente o panorama tétrico da realidade brasileira atual, demonstrando assim que o que temos na verdade não é a possibilidade de escolhermos o melhor para nós e para nosso país, mas apenas e tão somente nos decidirmos a optar pelo menos pior que podemos ter.

Agora, responda você! Entre as quatro opções postas na mesa, qual você prefere para nos governar?

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Minha visão sobre aquilo que uns chamam de Revolução de 1964 e outros chama de Golpe de 1964.

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Faz um mês, algumas pessoas lembravam o evento de 31 de março de 1964, sobre aquilo que em minha opinião foi na verdade, simplesmente, um contragolpe de estado antecipado, que foi prorrogado por tempo demais em consequência dos acontecimentos gerados pela guerra fria, que naquele momento dividia o mundo ideologicamente e por algumas preocupações mais extremadas dos então detentores do poder.

Mas penso que o que fica claro para todos agora, inclusive e principalmente depois de importantes depoimentos de membros dos grupos guerrilheiros de esquerda, é que o que na verdade ambos os lados envolvidos naquele cenário pretendiam, era a dominação do sistema político brasileiro através da imposição de ditaduras, uma socialista ou comunista, como queiram chamar, e outra, liberal ou capitalista, como melhor aprouver.

Prevaleceu aqueles que tinham ao seu lado o poder militar e bélico, além do apoio da população, da imprensa, das igrejas, enquanto foram derrotados aqueles que desejavam implantar em nosso país um regime político que ELES achavam melhor que aquele que existia até então.

Romantizar de um lado ou de outro qualquer caso ou situação referente a isso é firula, “estória”, cuja historicidade não resiste a uma análise mínima dos fatos, excetuando-se nesse aspecto os casos de abusos de poder e crimes cometidos de ambos os lados.

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Julgamento legal nem sempre é julgamento justo

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Já comentei sobre este assunto anteriormente, quando o poder judiciário, através de dois de seus membros, o Ministério Público e o juiz da causa, resolvem que um prédio que havia caído ou derrubado no centro histórico deveria ser reconstruído.

A princípio pode parecer uma coisa correta e coerente a ser feita, mas se analisarmos mais minuciosamente, veremos que em que pese ser essa uma decisão correta, ela não é lá muito coerente, pois o prédio já não existe mais e reconstruí-lo não vai trazer de volta o seu valor histórico intrínseco, será apenas um prédio novo com as mesmas características do antigo, mas sem sua alma, sem sua energia e sem sua historicidade.

Reconheço que este é um assunto extremamente controverso, pois existem argumentos fortes o suficiente para defender as duas posições, mas ocorre que a posição que eu defendo é a que os recursos investidos na construção de um prédio novo onde outrora existia um prédio histórico, deveriam ser investidos em ações que não permitissem que outros prédios históricos que ainda estão de pé caíssem e fossem restaurados, fazendo com que eles tenham funcionalidade e sejam aproveitados pela sociedade.

Volto a esse assunto porque há neste momento uma sentença que trata desse assunto, que está sendo cumprida enquanto você lê esse texto.

Em meados dos anos 1980, portanto há mais de 40 anos, o então presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, adquiriu e mandou derrubar sete casas localizadas na Rua dos Barqueiros, que fica nos fundos do prédio onde funcionava o Poder Legislativo Estadual, na Rua do Egito, no intuito de fazer naquele espaço, estacionamento para a repartição.

Ficam algumas questões. Foi errado o que foi feito? A resposta é sim, foi errado, mas há uma outra questão que deve ser levantada. A reconstrução das casas conforme a decisão judicial prevê, traz algum benefício relevante a comunidade ou é apenas uma forma de reconstruir parte do patrimônio arquitetônico que foi destruído? Não seria mais inteligente investir os recursos destinados para construir sete casinhas, na preservação de três prédios importantes que estejam em perigo?

Haverá quem diga que fazer isso, vai incentivar que mais casos como esse aconteçam e que haja uma depredação maior do nosso patrimônio arquitetônico. Caso isso venha a ocorrer, penalidades mais fortes devem ser estabelecidas, dosando assim uma pena maior a cada maior violação.

O estabelecimento da justiça não deve seguir meramente o cumprimento automático da legislação, mas fazer com que ela, a legislação, possa propiciar coisas e eventos melhores para a sociedade.

Não advogo absolvição do réu que nos caso citados é o governo do Maranhão, advogo que as penalidades impostas a ele sejam cumpridas de formas mais coerentes e eficientes, visando sempre o melhor proveito para a sociedade.  

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Um país sem luminares

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Sempre quis ter uma máquina do tempo, para poder constatar a veracidade de alguns fatos históricos, mas hoje eu queria poder viajar para um passado não muito distante e perguntar para Ulisses Guimarães, o senhor constituinte, o que ele pensa sobre tudo isso que está acontecendo em nosso país, sobre as atitudes perpetradas pelos atuais ministros do STF, sobre a conivência do Congresso Nacional.

Por falar nisso por onde andará Fernando Henrique Cardoso, que nada faz para defender nossa Constituição que está sendo dilacerada? Por onde anda o eterno candidato a presidência da república, Ciro Gomes, que nada diz sobre os desmandos do STF? Nem pergunto sobre o paradeiro dos presidentes das casas legislativas federais, pois esses são coniventes com toda essa usurpação de poder.

Sabem o que é pior nisso tudo? É que aqueles que se levantam contra as arbitrariedades que estão sendo cometidas em nosso país, são tidos como bolsonaristas, quando eles são na verdade verdadeiros cidadãos e patriotas que abominam os atos inconstitucionais cometidos pelo STF, e repudiam as idiotices perpetradas por Bolsonaro.

Daqui a algum tempo, olharemos para essa quadra de nossa história e veremos uns envergonhados por não terem dito ou feito nada em defesa do estado democrático de direito e do devido processo legal, veremos outros arrependidos por terem aceitado e até apoiado essa absurda tirania que está sendo praticada em nosso país, mas aqueles que se posicionaram contra essas ações infames que atentam contra a lei constitucional e a justiça, esses serão reconhecidos como defensores do Brasil.

O que se dizer de um país que não tem luminares que possam servir de guia, de parâmetro para seu povo, que possa se manifestar em defesa daquilo que é correto e contra as atrocidades cometidas pelos poderosos de todo e qualquer tipo. Saudade de Ulisses, de Teotônio, de Tancredo… Pelos nomes parece estarmos falando da Grécia Antiga, mas falamos é daqui do Brasil, um país sem líderes que possam se levantar contra as iniquidades que estão sendo cometidas diariamente contra a lei constitucional, o regime republicano e o devido processo legal.

Que líderes nos restaram? Com quais luminares podemos contar? Dois ex-presidentes cassados pelo congresso nacional, um outro, substituto, que depois foi preso, outros dois, acadêmicos nonagenários, no crepúsculo da vida, sem contar com um outro que se alguma luz tiver não alumia nem como um vagalume.

Quem pode servir de guia, de líder de voz, de luz do povo, neste momento?

Um país sem líderes, sem luminares, é presa fácil para o tipo de gente que vem destruindo a nossa democracia, e o que é pior, agem na desculpa de protegê-la.

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Armas, dinheiro e histórias

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Podemos identificar diversos fatores que contribuem para o predomínio de um país sobre os demais no contexto das nações. Dois fatores se sobressaem mais que os outros, uma vez que ambos estabelecem, cada um ao seu modo, quem manda e quem obedece, quem é o senhor e quem é o servo. O poderio bélico e militar, através da capacidade de controlar os ambientes e exterminar a vida, e o poderio econômico e financeiro, através da capacidade de dispor de riquezas e proporcionar a manutenção da vida.

Parece ser muito difícil identificarmos qual desses dois fatores precedo o outro, tanto em termo de tempo quanto de importância propriamente dita. Não é fácil estabelecermos se uma nação se torna predominante primeiro por ser rica econômica e financeiramente e depois por ter um formidável poderio militar, ou vice-versa. Parece ser mais fácil pensar que alguém que tem muito dinheiro possa montar uma melhor estrutura bélica, mas há quem acredite que quem tem uma formidável estrutura bélica pode conquistar o poder econômico.

Diversos pensadores discorreram sobre assuntos que nos levaram a pensar muito sobre esses dois fatores. Sun Tzu, Maquiavel, Smith, apenas para citar três, um que se dedicou a guerra bélica, um que se dividiu entre a guerra bélica e a econômica e outro que ficou no âmbito das finanças.

Porém, existe um fator que aparentemente não é tão poderoso e relevante como os citados anteriormente que faz com que uma nação se sobressaia sobre as demais de maneira tão ou mais relevante, é aquilo que Gramsci, um aparentemente obscuro filósofo italiano identificou como hegemonia cultural, e que já havia sido estabelecido indiretamente pelos três sustentáculos do pensamento, Sócrates, Platão e Aristóteles, como a base de nossa existência, o pensamento, o conhecimento do homem e sobre o homem, aquilo que se pode chamar, lato sensu de cultura.

Analisando tudo isso, observei que dentre o controle cultural que um país pode ter sobre os demais, sua capacidade de contar histórias, de contar suas histórias, é algo fenomenal.

Dois são os exemplos que podem sustentar essa tese. Na antiguidade os gregos e depois os romanos se impuseram sobre os demais povos e países por seu poder econômico e militar, mas foi seu poder cultural e sua capacidade de contar e fixar suas histórias que os fizeram maiores e mais relevantes que os outros. O mesmo não aconteceu com outras potências que tiveram muito poder bélico e econômico, mas não se sobressaíram no setor cultural, como é o caso dos assírios e persas.

Na modernidade, os britânicos e os americanos, de forma extraordinária, repetiram o que aconteceu com os gregos e os romanos.

Nos séculos XVIII e XIX os britânicos impregnaram o mundo com suas histórias através de sua maravilhosa literatura, enquanto no século XX os americanos, além de sua literatura, usaram o cinema como vetor de distribuição e fixação dos fatos e ficções que fizeram de sua cultura um poderoso trunfo.

Gramsci, que não tinha nem poder econômico nem poder bélico, arquitetou então um plano para influir e controlar as pessoas e as nações, se infiltrando e destruindo o outro sistema através do qual é possível submeter toda uma família, uma sociedade, um modo de vida, a tal hegemonia cultural, que não sendo para construir, seria para destruir o que havia e colocar no lugar dela aquilo que os seus operadores bem o desejassem.

Analiso tudo isso e vejo que a capacidade de contar e fixar nossas histórias nas cabeças e nas memórias das pessoas, é o melhor remédio para nos mantermos imunes a esse tipo de ataque.

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Texto psicografado pelo médium Lourival Ferreira da Silva na manhã desta segunda-feira, 1º de abril de 2024.

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Desde a anistia, ampla, geral e irrestrita, ocorrida em nosso país em 1979, passando pelo início da redemocratização, em 1985, com a eleição de Tancredo Neves e a posse de José Sarney na Presidência da República, redemocratização essa que foi plena e totalmente finalizada com a promulgação da Constituição de 1988, este é o momento de maior estabilidade e normalidade democrática que nosso pais já passou em toda sua história.

Nunca antes tivemos um tempo de maior respeito pela lei constitucional e pela ordem democrática, tendo como exemplo maior disso o trabalho virtuoso e heroico realizado pelo Supremo Tribunal Federal no combate aos atos antidemocráticos que foram perpetrados por golpistas que tentaram, usando a força bruta, em 8 de janeiro de 2023, tomar o poder instituído de forma regular, legal e constitucional em nosso país.

O trabalho que vem sendo realizado pelo STF, principalmente e sobretudo pelo ministro Alexandre de Moraes, coloca luz sobre todas as trevas da trama maquiavélica e golpista, planejada minuciosamente para ser executada milimetricamente, como os dispositivos de um relógio de precisão, onde cada engrenagem agiu para atingir o objetivo previamente planejado, que era tomar o poder.

Fortemente armadas, os golpistas marcharam pela Praça dos Três Poderes, no domingo 8 de janeiro de 2023, prontos e preparados para prender e depor os presidentes dos poderes constituídos do Estado Brasileiro, que brava e heroicamente estavam em seus gabinetes trabalhando para conter os golpistas, enquanto o Exercito Brasileiro, conivente com a tentativa de golpe, observava tudo de longe, pronto para agir, depois que os famigerados golpistas tivessem tomado as sedes dos poderes e aprisionado os mandatários de cada um deles. Havia inclusive um plano para assassinar o ministro Alexandre de Moraes.

Esse desabafo se deve ao fato de que, caso eu estivesse vivo, exatamente nesta data, eu precisaria, de forma clara, direta e objetiva, levantar a minha voz contra os famigerados golpistas e em defesa dos valorosos defensores de nossa democracia, ressaltando que principalmente os ministros do  Supremo Tribunal Federal, têm levado adiante a luta em defesa de nossas mais sagradas instituições, colocando em risco suas próprias vidas e a de seus familiares.

É importante salientar que os golpistas que foram presos, processados e estão sendo julgados, estão recebendo penas muito leves!… Vejam só, uma professora aposentada, de 74 anos de idade, terrorista de altíssima periculosidade, foi condenada a apenas 14 anos de prisão, e uma das acusações feitas contra ela é a dela ter uma bomba escondida em uma bandeira do Brasil e com ela tentar explodir o prédio do Congresso Nacional, e um ardiloso empresário que forneceu alimentação para todos os golpistas durante os seis meses de cerco a Praça dos Três Poderes, pegou apenas 17 anos de prisão, isso sem contar com o agente infiltrado, disfarçado de sem teto que pretendia explodir o banheiro de Alexandre de Moraes, para que ele não fizesse mais merda no STF, pegou apenas 15 anos de prisão.

Tendo vindo passar a semana santa em minha cidade natal, achei que seria oportuno, nas primeiras horas deste dia tão importante, deixar aqui registrado todo o meu repúdio aos golpistas e meu total apoio aos heróis defensores de nossa democracia, ne pessoa integra e acima de qualquer suspeita, o ministro Alexandre de Moraes.

Maranguape, 1º de abril de 2024

Francisco Anísio de Oliveira Paula Filho.

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Um pouco do que penso sobre religião

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close up of footprints in the sand on the beach at sunset

Eu abomino toda e qualquer religião e isso me obriga a tentar entender o máximo possível tudo que puder sobre elas.

Em contraposição ao meu sentimento quanto as religiões, está minha admiração pelos profetas que as preconizam e estabelecem, pois a fé que eles professaram possui incríveis poderes.

Eu busco justificar esse aparente contra censo, e analisando criticamente meus pensamentos e meus sentimentos sobre esse assunto, chego a conclusão que o que abomino nas religiões não é a filosofia que as sustentam, mas a forma como elas são usadas para controlar seus seguidores, os instrumentos nas quais elas se transformam para manipular as pessoas que as seguem.

Há pouco mais de 2.000 anos, segundo a história e a tradição, um jovem de apenas 33 anos de idade foi condenado a morte por ter cometido sedição ao poder estabelecido e por blasfemar contra a religião oficial de seu povo.

As acusações de promover a rebelião do povo contra o poder político se esvai ao termos conhecimento de algumas de suas palavras: “Dai a Cesar o que é de Cesar, a Deus o que é de Deus e ao homem o que é do homem”.

Essa é a pior das sublevações, tentar promover a igualdade e a justiça.

Quanto à acusação de blasfemar contra a religião de seu povo, administrada pelos sacerdotes, dessa acusação ele realmente era culpado, pois, como reformador, ele pretendia mostrar que o controle que os supremos sacerdotes  exerciam sobre a população através da religião, era tirânico, cruel, corrupto, e a religião, ao invés de surtir os efeitos para os quais ela foi concebida, ser veículo de redenção das pessoas, fazia o oposto, as escravizava da pior das formas.

Toda religião, em algum momento e de alguma forma faz isso, mas o problema não está em suas ideias ou em sua base filosófica, mas na gestão que os homens, as pessoas, exercem sobre elas, as transformando em instrumentos de controle.

Admiro os profetas originais das religiões, Buda, Moisés, Jesus, Maomé, mas abomino aqueles que depois deles, usaram e usam seus ensinamentos como forma de escravizar seus povos.

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