Lição de como não ser

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Vejam só como são as coisas! Enquanto alguns políticos perdem importante espaço midiático por não usarem as redes sociais, outros perdem espaço exatamente por usá-las de forma excessiva e equivocada, se transformando em verdadeiros aloprados.

Roberto Marinho, jornalista por formação, frequentemente publicava editoriais políticos e economicos em seu jornal, mas apenas em algumas ocasiões repercutia-os em seus veículos de radiodifusão, pois conhecia muito bem o efeito negativo do excesso de exposição midiática. Sabia que era melhor não usar essas ferramentas, que usá-las de forma que pudesse ser considerado ridículo.

O recente caso das obras da adutora Italuis que abastece com água os municípios da ilha de São Luís é um exemplo claro de incapacidade no uso de ferramentas de comunicação de massa.

O primeiro erro foi o fato de, pensando que a população é burra, tentarem convencê-la de que o trabalho a ser realizado seria uma obra totalmente nova e não apenas uma ampliação da já existente. “Burro é quem pensa que o povo é burro”, ou quem se esquece da máxima de Abraham Lincoln, que diz que ninguém consegue enganar todos, todo o tempo.

Outro erro grave foi a insinuação de que o atraso na entrega da tal obra, teria sido causado por sabotagem! Ah!…Tenha paciência! Pura arrogância e prepotência, de quem não consegue ver que a melhor maneira de agir é sendo humilde, simples, humano…

A forma mais correta e sensata de um governante, de um estadista agir, num caso como o da ruptura da adutora do Italuis, seria reconhecer que aconteceu um imprevisto, uma dificuldade técnica, e que a obra inicialmente prevista para durar 72 horas, por motivos alheios à vontade dos executores, seria concluida posteriormente! Bastaria isso!…

Um governante, um estadista, para ser bom, não precisa ser um engenheiro mecanico ou hidraulico, nem um mestre de obra ou serralheiro, nem precisa ir além, como quis fazer parecer um auxiliar do governador. Bastaria ser humilde, ter reconhecido o problema e simplesmente dizer que aconteceu um imprevisto na execução da obra, coisa a que todos estão passíveis! Pra que ser mais que simples!? Arrogância cega! Absoluta prepotência! Messianismo tolo!

Neste caso, teria ficado muito melhor para o governador, e a população teria ficado muito mais satisfeita, se ele fosse para as redes sociais, lá de dentro da obra mesmo, dizer que aconteceu um imprevisto, que pedia desculpas pelo transtorno e que o fornecimento de água seria restabelecido em breve! Façam uma enquete e vejam qual seria a reação das pessoas!

A simples demonstração de humanidade, de falibilidade, o fato de NÃO se estar a todo instante tentando fazer com que as pessoas tenham a sensação de que se seja o messias, o salvador, por si só é uma forma simples e eficiente de se demonstrar respeito e consideração para com as pessoas e a sociedade! Realmente só quem tem um ego extremamente avantajado não vê isso!

Meu pai, que tinha pouco estudo formal e que faleceu em 1993, dizia que “poder não é para quem o tem, mas para quem sabe a melhor maneira de usá-lo em benefício da sociedade, e consequentemente em seu próprio benefício”.

Esta frase contém uma reflexão que pelo visto não é levada em consideração pelos últimos governantes de nosso Estado, pois suas ações demonstram claramente isso.

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Propaganda e Pesquisa

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A análise e a previsão de cenários políticos podem não parecer importantes para algumas pessoas, mas possibilitam a antevisão e a preparação de ações para consubstanciar ou prevenir aquilo que possa vir a acontecer, podendo ser de crucial importância para o sucesso ou o fracasso de um projeto.

As pesquisas qualitativas e quantitativas são instrumentos de enorme importância para que se tenha uma visão clara e cientifica, não só do cenário, mas também das possíveis modificações que possam vir a acontecer.

Nem todo mundo está capacitado para entender e dominar esse poderoso instrumento de informação e conhecimento. Por outro lado há aqueles que as usam como mero instrumento midiático de propaganda.

Confesso que eu não sou a melhor pessoa para analisar uma pesquisa, pois não tenho o conhecimento técnico adequado para isso. Entretanto, por viver há tanto tempo no ambiente político, sou capaz de perceber pontos de convergência e de incongruência em uma pesquisa. Somando isso ao conhecimento prático dos cenários eleitorais e do ambiente político, sou capaz de olhar uma pesquisa e saber quando ela faz sentido e quando ela é uma mera peça de propaganda.

Mesmo sem acesso a pesquisas, faço análise de cenários já faz muito tempo, usando como principal ferramenta as informações que coleto, uma mercadoria que eu trato de checar, pesar e contrabalançar de forma a extrair delas a maior confiabilidade possível.

Na análise de cenários políticos, bem como de qualquer outro tipo, como econômico ou social de qualquer natureza e para qualquer fim, o analista precisa, o mais possível, abstrair as suas crenças pessoais, as suas vontades, os seus pontos de vista, coisa que é muito difícil de conseguir, por causa de nossa indissociável condição humana.

Dizem que os melhores analistas são os mais cartesianos e matemáticos, verdadeiras almas sherloquianas, capazes de dissecar os fatos e ver através das evidências de forma totalmente fria e desapaixonada. Concordo em parte com isso, mas um pouco de inteligência emocional, de conhecimento psicológico, entendimento sociológico, até de informações antropológicas e análise econômica, são de suma importância para que se chegue a um resultado o mais perto possível da verdade, e não apenas de um mero ponto de vista.

Sobre pontos de vista e verdade, é bom que se diga que o primeiro tem um valor imobiliário, pois depende do local onde seu agente se encontra. Já a verdade, essa pode ser ou não vista de qualquer lugar que esteja ele.

Alguém poderia dizer que o fato de eu ser ligado a um dos lados envolvidos na disputa política do Maranhão me desqualifica como um analista confiável, mas quem se der ao trabalho de ler as análises que eu fiz antes e as que eu tenho feito verá que não poupo ninguém, que não coloco panos quentes em quem quer que seja, que eu aponto, independentemente do agente, os erros de cada um e de todos.

Sobre as recentes pesquisas, o que posso dizer é que a realizada pela Exata, é apenas e tão somente uma peça de propaganda contratada pelo governo. Quanto a da Vox Populi, mais confiável, apresenta todas as deficiências características de um levantamento feito a pouco menos de um ano da eleição. Ela mostra apenas a tendência das intenções do eleitorado. Reflete o sentimento do eleitor maranhense, tendo por base o que está acontecendo neste momento, o que não pode também ser visto como uma verdade imutável, pois outras e decisivas ações irão definir o que acontecerá no dia da eleição.

No entanto, uma coisa é possível dizer-se com alguma certeza. Se o quadro permanecer assim e se todos os candidatos postos até aqui continuarem candidatos, a eleição só será decidida no segundo turno. Quanto à disputa do Senado, acredito que pela primeira vez na nossa história, os eleitos pertencerão a grupos políticos diferentes.

 

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O dilema de Braide

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Alguns filósofos da política dizem que a melhor definição que se pode dar para essa atividade é “a arte do possível”, enquanto outros acreditam que ela é “a reunião de esforços e ações no sentido de alcançar um determinado objetivo”. Uns imaginam que as finalidades de suas ações importam mais que os meios para alcançá-las, outros pensam diferente. O certo é que, como ocorre em relação a outras coisas, nada é unânime ou plenamente aceitável, no que diz respeito à política.

Poucos políticos conseguem se notabilizar quando jovens. A notoriedade vem normalmente com o passar dos anos e com a prática deste ofício que envolve um mínimo de inteligência, uma boa dose de sabedoria, bastante diplomacia e capacidade de aglutinação, isso para que se alcance algum sucesso.

Dito isso, gostaria de falar especificamente sobre um jovem político maranhense, um deputado estadual em seu segundo mandato, que se encontra em uma encruzilhada, confrontado a um dilema, que a meu ver definirá quem ele poderá vir a ser, mais do que qualquer outra coisa em sua carreira, até agora.

Filho de um político experimentado, que chegou a ser presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, Eduardo Braide, de certa forma já assegurou seu lugar na história política de nosso estado, não apenas pelos mandatos obtidos, mas pela candidatura a prefeito de São Luís, que começou pequena e chegou ao segundo turno.

Em alguns aspectos é pouco parecido com seu pai, Carlos Braide, o que se por um lado parece ser bom, por outro nem tanto. Em Eduardo falta maior desenvoltura no relacionamento com os demais políticos. Ele se coloca a uma distancia regulamentar, o que o impede de aglutinar em torno de si um grupo, pressuposto indispensável para o sucesso de um projeto majoritário.

A eliminação peremptória de seu excesso de individualismo é a primeira providência que ele deve tomar para que tenha uma melhor aceitação não apenas dos políticos, mas também dos possíveis grupos de apoio.

Mas voltemos um passo atrás! Por que fazer um texto falando sobre Eduardo Braide!? É simples! Porque ele é uma das jovens lideranças que podem vir, em um futuro próximo, ter papel decisivo nos destinos do Maranhão, e como ele não existem muitos outros, mas posso aqui citar alguns sem aprofundar comentários sobre nenhum: Francisco Nagib, prefeito de Codó, Fábio Gentil, prefeito de Caxias, Adriano Sarney, deputado estadual, Weverton Rocha, deputado federal e até mesmo o já tarimbado, porém ainda jovem, senador Roberto Rocha.

Voltando a Braide, ele precisa decidir se em 2018 irá se candidatar mais uma vez a deputado estadual, se concorrerá a deputado federal ou se será candidato ao governo do estado, mandando um recado claro a quem interessar possa, de que seu objetivo é chegar ao Palácio dos Leões.

É bem verdade que em se candidatando ao governo, Eduardo correrá o risco de, perdendo o pleito, fato que é provável acontecer, ficar sem mandato por dois anos, até a eleição seguinte. Porém fazendo isso ele se colocará no panorama geral da política maranhense, passará a ser realmente conhecido em todo o estado, iniciando a construção de sólidas bases de uma estrada que poderá ser pavimentada mais adiante.

Eduardo pode ainda vir a ser a opção de todos que se opuserem à continuidade dos 36 anos de domínio de um mesmo grupo no comando do Palácio La Ravardiere. Candidatando-se ao governo em 2018 e vindo a perder, ele poderá pleitear e conseguir o compromisso formal de todos os atores da cena política maranhense, não alinhados ao atual governo, no sentido de apoiarem sua candidatura a prefeito de São Luís em 2020.

Para fazer isso ele precisará ter desprendimento, obstinação e fé, mas principalmente precisará confiar nas pessoas com quem tiver que compor esse plano político.

 

INFORMAÇÃO IMPORTANTE: Esse tipo de análise não deveria ser feita abertamente, em um artigo de jornal, mas como ninguém se dispõe em sentar em torno de uma mesa para falar sobre política, o jeito que tem, é esse!

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Orgulho dos outros

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Recentemente, em uma conversa com amigos, comentava a satisfação que tenho ao ver o sucesso de alguns empresários e suas empresas em nossa terra.

Quando digo isso, não me refiro apenas àquelas criadas por pessoas que tenham nascido no Maranhão, incluo também os que escolheram nosso estado para ser a sua terra, tendo aqui constituído suas famílias, plantado suas sementes e colhidos seus frutos.

Todas as vezes em que penso nesse assunto, o primeiro nome que me vem à cabeça é o de meu amigo Zé Gonçalves, o “Gonçalvinho” do Centro Elétrico, que além de comandar com suas irmãs o negócio de sua família, continua atendendo seus fregueses no balcão, criando uma relação mais que empresarial com seus clientes, criando um vínculo não apenas de fidelidade com eles, mas de real parceria e amizade.

Sensação semelhante se sente em relação aos Vieira Brasil, proprietários de A Potiguar, Terra Zoo e Quixaba, empresas que nasceram de uma lojinha lá no Caminho da Boiada, chamada Casa do Fazendeiro, e que é hoje um dos maiores e mais bem estruturados grupos empresariais do Maranhão.

É impossível não se pensar em Wilson Mateus, o maior empreendedor do setor de supermercado e o maior atacadista do Maranhão, um dos maiores do Brasil. Sua gigantesca empresa é proporcional a sua humildade e a simplicidade com que ele encara e leva sua vida. Num domingo desses, antes de pegar um cineminha, encontrei-me com Mateus no cafezinho de um shopping da cidade. Ele estava com seus filhos menores, a quem trouxera para brincar no playground. Ele que poderia ter os melhores brinquedos do mundo em sua casa, mas estava ali de bermuda, camiseta e sandálias, lanchando com seus garotos.

Existe uma empresa que apesar de grande ainda é pouco conhecida, mas é uma das que mais devemos nos orgulhar. Trata-se da F. C. Oliveira, uma das poucas indústrias locais que conseguem competir em pé de igualdade com as multinacionais de seu setor, o de higiene e limpeza.

Outra empresa que me causa orgulho e satisfação é a Fribal. Carlos Francisco, seu comandante, vive no Maranhão desde o começo dos anos 70, quando seu pai implantou um gigantesco frigorífico em Bacabal. O tempo passou e hoje, seu grupo além das lojas e do franchising, conta com frigoríficos responsáveis pelo abate de mais da metade do gado do Maranhão, sendo grande fornecedor para os mercados vizinhos.

Existe uma empresa que me orgulha muito, chama-se Internacional Marítima. O fato é que conversando com amigos de São Paulo descobri que é maranhense a empresa que faz o transporte de pessoas e veículos entre o litoral e as ilhas daquele estado. Qual não foi minha surpresa em saber que a tal empresa era a comandada por meu amigo Luiz Carlos Cantanhede Fernandes!

Os dois maiores hospitais de São Luís também chamam minha atenção. Tanto a UDI quanto o São Domingos impressionam pelo seu crescimento rápido e vertiginoso.

No setor educacional quatro instituições se sobressaem, o Crescimento, o Reino Infantil, a UNDB e o Ceuma.

Existem também dois empresários, um paraibano e um cearense que são mais maranhenses do que a grande maioria dos aqui nascidos. Falo de dois Joãos, o Claudino dos Armazéns Paraíba e o Rolim, dos Postos Magnólia.

Poderia citar aqui diversas empresas construtoras, tanto da indústria pesada como da imobiliária, mas existem algumas que não podem ser esquecidas, a Franere, a Edeconsil, a Ducol e a Aço Maranhão.

Neste setor há uma pessoa que se tornou o líder empresarial mais atuante de nosso estado. Trata-se de Fábio Nahuz, que com diplomacia e paciência tem conseguido bem representar não apenas a sua categoria, como todo o empresariado do Maranhão, bem como toda nossa sociedade.

Não por serem meus queridos amigos, mas por suas histórias de vida, cito Antonio Carlos Barbosa e sua irmã Elba, que com muito trabalho transformaram uma lojinha de cópias e carimbos na Gráfica Minerva, a maior de nosso estado.

Por fim, a Cemar, que é o tipo de empresa que não pode deixar de ser citada toda vez que se falar em desenvolvimento, pois ela está totalmente associada às realizações de nosso empresariado.

Parabéns e obrigado!

 

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Desmistificar é preciso – Parte 3.

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Como já disse na abertura de meus artigos anteriores, para que se possa bem analisar o quadro político maranhense, é indispensável que primeiramente joguemos por terra alguns mitos que nos induzem a graves erros de avaliação. Vejamos um terceiro mito que precisa ser derrubado.

Existe outra farsa que precisa ser exposta e desmascarada. Alguns jornalistas que alugam suas penas, suas vozes e as consciências que deveriam ter, vêm se dedicado a difundir a ideia de que o senador Roberto Rocha é um ingrato e um traidor, tendo virado as costas ao governador Flávio Dino.

Isso não é de forma alguma verdade! E para provar isso preciso apenas usar como exemplo a maior referência da política do Maranhão: Zé Sarney.

Todas as vezes em que Sarney se desentendeu com alguém, a culpa desse desentendimento recaiu sobre esse alguém e nunca sobre Sarney! Sabem por quê!? Porque Sarney detinha o poder político necessário para fazer com que todas as pessoas que importassem no contexto, acreditassem em sua versão, para que ela fosse tida como a versão real, verdadeira e quase sempre a única.

Da mesma forma que Sarney agiu assim diversas vezes em sua trajetória política, Flávio Dino agiu com Roberto Rocha. Para colocar o senador como vilão Flávio Dino usou a mesma estratégia do político que ele diz ser ultrapassado. Sarney agiu desta maneira em relação a Pedro Neiva de Santana e a João Castelo. Anos mais tarde, Roseana faria coisa parecida com Zé Reinaldo. Coisa essa que se provou ser totalmente equivocada, pois o declínio de seu grupo começou naquele evento.

Se há alguém ingrato na política do Maranhão é Flávio Dino! Vejam como ele trata Zé Reinaldo, o homem que realmente o inventou para política, carregando-o nas costas e elegendo-o deputado federal em 2006.

No caso de Roberto Rocha, foi Flávio Dino quem decidiu alijá-lo de seu grupo, pois sempre achou que ele era um corpo estranho, que tinha posições políticas e ideológicas diferentes das dele.

Flávio é o tipo de político que não admite a menor contestação. Cacoete de mal juiz! Autoritário extremado, só fica feliz quando as pessoas à sua volta concordam com ele, de livre e espontânea vontade ou através do medo ou da coação, não importa.

Na verdade Flávio usou Roberto para ter, ao mesmo tempo, em sua campanha eleitoral de 2014, o apoio do PSB, então partido de Rocha e também da cúpula do PSDB, de quem Rocha sempre foi muito próximo.

Ao pagar jornalistas, blogueiros e radialistas para tentarem desconstruir a figura de Roberto Rocha, fica clara mais uma faceta de Flávio Dino que precisa ser exposta para que seja desmistificada e jogada abaixo. A faceta da honradez de propósitos, a farsa da seriedade na prática da política, o mito do bom moço, do ex-juiz que abandonou a magistratura para salvar o Maranhão de seu destino nefasto. Isso não é verdade. O que ele e seus asseclas tem é um projeto de poder que durará no máximo oito anos.

Agindo como tem agido em relação ao senador Roberto Rocha, tendo alijado-o de seu grupo, impedindo que se manifestasse, tirando-lhe autoritariamente a possibilidade de defender seus pontos de vistas no âmbito interno de seu grupo, foi Flávio Dino quem traiu Roberto Rocha e não o contrário.

Neste caso, como nos anteriores desta série de desmistificações, fica mais que claro que há uma grande farsa em andamento no Maranhão, a farsa do mito de que Flávio Dino comanda um governo revolucionário, democrático e justo, o que não é verdade. Esse mito precisa ser exposto e derrubado.

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Desmistificar é preciso – Parte 2.

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Como já disse na abertura de meu artigo da semana passada, para que se possa bem analisar o quadro político maranhense, é indispensável que primeiramente joguemos por terra alguns mitos que nos induzem a graves erros de avaliação. Vejamos um segundo mito que precisa ser derrubado.

Flávio Dino prometeu ao eleitor maranhense que se eleito fosse iria implantar no Maranhão uma forma diferente de fazer política, iria agir diferente dos políticos que vieram antes dele, que seu governo seria um governo democrático, onde o respeito às pessoas e aos seus direitos estaria acima e à frente de todas as ações do Estado, que seria dirigido de forma isenta, sem utilizar as pecaminosas e condenáveis práticas próprias de tempos de privilégios de uns em detrimento a outros, onde o patrimonialismo seria extinto, onde não haveria o beneficiamento de apaniguados!…

Muita gente acreditou nisso! Até mesmo eu, durante os cinco minutos de bobo que todos nós temos direito, de tempos em tempos, acreditei que eles fariam o que prometeram e sepultariam de uma vez os políticos que vieram antes deles. Isso tudo em benefício do Maranhão e de seu povo!

Tolice! Era tudo papo furado! Conversa pra boi dormir! Discurso vazio, apenas para enganar o eleitor em sua boa fé, usando a esperança do povo maranhense contra ele mesmo.

Depois de eleito e de ter tomado posse dos destinos do Maranhão, Flávio Dino e seus asseclas passaram a fazer exatamente as mesmas coisas que seus antecessores faziam.

Continuaram cultivando apaniguados, só que agora eram os seus, mesmo que estes fossem, muitas das vezes, os mesmos apaniguados de outrora.

Da noite para o dia seu partido, antes com quatro gatos pingados, inchou, engordado pelas benesses geradas pela proximidade do poder e de seus recursos financeiros.

Se tudo isso não lhe convencer, observe o desgoverno pelo qual estamos atravessando. Em que ele difere de governos passados!? A saúde está melhor que antes!? A educação melhorou!? Há mais segurança!?…

Se há uma coisa muito melhor hoje do que em governos anteriores é a propaganda, pois neste governo os profissionais dessa área têm feito um trabalho espetacular, mostrando o que não existe e escondendo suas mazelas.

Há ainda outra comparação que precisa ser feita e nesta o atual governo supera os anteriores de maneira absoluta. Este governo é mais autoritário, mais antidemocrático, mais mentiroso, mais excludente, muito mais perseguidor com aqueles que não comunguem de suas crenças ou não rezem pelo seu catecismo.

O governador Flavio Dino usa a hipocrisia de maneira descarada, ele não tem a menor vergonha de exigir que as pessoas sejam e ajam do modo como ele não é e não age. Vejam os casos dos alugueis camaradas! Na campanha eleitoral de 2014 ele condenou a contratação de um determinado aluguel enquanto em 2016, já no governo, ele fez um contrato idêntico!

O governador é uma pessoa arrogante, um indivíduo prepotente, um sujeito que não tem medo nem vergonha de ser mal educado, pois se respalda no cargo que ocupa. Vejam como tratou a prefeita Maura Jorge, o prefeito Lahercio Bonfim e como trata aqueles que não concordam com ele ou se curvam aos seus caprichos!

Messiânico, ele deseja fazer com que as pessoas acreditem que ele veio para transformar o Maranhão, mas o tolo não se lembra das palavras de Lincoln… Não é possível enganar a todos, o tempo todo.

O mito da mudança realizada pelo atual grupo no poder no Maranhão é um mito, uma farsa, uma mentira, que deve ser denunciada e desmistificada.

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Desmistificar é preciso – Parte 1.

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Para que se possa bem analisar o quadro político maranhense, é indispensável que primeiramente joguemos por terra alguns mitos que induzem à graves erros de avaliação.

O primeiro desses mitos é aquele que vem sendo difundido por todos os que se apresentaram como adversários de Sarney desde que ele subiu ao poder. Dizem que Sarney e seu grupo representa tudo que não presta, que eles são a escória da política maranhense. E não apenas isso, dizem que todos aqueles que se opõem ao grupo Sarney, são o que há de melhor em termos políticos e administrativos no Maranhão. Deste modo criaram um mito duplo, que demoniza uns e santifica outros.

Para desmontar esta farsa, estabelecida para satanizar uns e endeusar outros, basta observar que todas as vezes que os adversários de Sarney assumiram o comando do Maranhão, demonstraram ser muito piores que os sarneyzistas.

Quando os adversários do grupo Sarney conseguem ser muito bons, no máximo e com muito boa vontade só são capazes de se igualarem a eles, mas não por méritos seus, e sim por demérito dos sarneyzistas, que também não são assim tão bons como imaginam!

Para comprovar o que eu digo, basta fazer um retrospecto nos mais de trinta e seis anos de administração de políticos anti-Sarney em São Luís! A cidade é uma bagunça! Não há planejamento de qualquer tipo! Não há saneamento, a educação um desastre, a saúde é um caos, o transito é desastroso!… Não há nada que tenha sido feito em São Luís que credencie os políticos que a dominam, já lá se vão nove eleições consecutivas, como sendo melhores que os sarneyzistas.

O argumento usado pelos adversários de Sarney como desculpa para sua incompetência administrativa e incapacidade política no comando de nossa capital sempre foi a falta de apoio do governo do estado, o que é um outro mito, pois durante os quatro anos de Zé Reinaldo, os dois anos de Jackson e os três (quatro) anos de Flávio Dino, houve uma efetiva parceria do governo municipal com o governo estadual e nem assim mostraram a que vieram!?

Sobre os políticos de antigamente serem ultrapassados, ruins e nocivos, devo concordar que alguns deles realmente eram assim, mas há muitas e honradas exceções. No entanto soube de uma espécie de mote bem antigo que o governador Flávio Dino tem usado para tentar convencer alguns políticos, principalmente prefeitos, a alinharem-se a ele e ao seu governo.

Ele tem algumas vezes usado a mesma abordagem utilizada por vários políticos antigos, alguns considerados velhos coronéis do interior, outros tidos como raposas felpudas da política, e até mesmo por meu pai, que se tinha pouca instrução formal, era um homem de grande inteligência e profunda sabedoria.

Como meu pai, político tido por Flávio Dino como direitista pelego, patrimonialista e ultrapassado, o governador usa a velha abordagem do relacionamento interpessoal. Aquela em que seu operador diz ao interlocutor que acabou de conhecê-lo, que depois vai pedir em namoro, depois vai noivar, para só então vir a se casar com o coitado objeto de sua abordagem.

O que ocorre é que diferentemente de meu pai, que jamais abandonou seus amigos, Flávio Dino não titubeará em abandonar os seus, se este for o destino traçado para eles em seu roteiro de poder.

Sarney não é pior que nenhum outro político do Maranhão.

Flávio Dino pode até ser melhor que alguns políticos maranhenses, em alguns aspectos, jamais em todos. Em comparação a Sarney, Flávio é pior na grande maioria dos quesitos, como coerência, sabedoria, paciência e sangue frio; empata em vaidade e obstinação; e supera Sarney em juventude, arrogância e prepotência!

No final das contas, nem Sarney é o demônio pintado de vermelho, nem Flávio Dino é o messias salvador do Maranhão.

Serem parecidos deveria honrar Dino, Sarney nem tanto!…

 

PS: Este é o primeiro de uma série de três artigos sobre mitos da política maranhense que precisam ser derrubado. Nas próximas duas semanas publicaremos os outros.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Um verdadeiro épico!

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Devido à dislexia e a consequente dificuldade de leitura e aprendizado resultante dela, sempre me fascinaram as matérias discursivas, pois bastava que prestasse atenção nas aulas e fizesse perguntas pertinentes que eu dominaria tais assuntos, mais até que meus colegas, que se matavam de estudar, coisa que eu nunca fiz. Foi assim que me tornei bom aluno em história, geografia, literatura e outras matérias onde a porta para o aprendizado fosse o ouvido e o motor a imaginação.

Se minha paixão pela história surgiu no colégio, foi no cinema que ela se transformou em devoção, uma vez que apresentado aos filmes deste gênero, descobri nessa linguagem a possibilidade de viajar no tempo, visitar e observar personagens e fatos que marcaram a humanidade.

Filmes históricos podem ser chamados também de épicos, se bem que a definição de épico é um pouco mais pontual do que o adjetivo histórico em si, bem mais amplo e abrangente. Épico é aquilo que versa sobre a vida de um herói ou sobre um determinado povo ou um fato específico. Filmes épicos tem como características principais, entre outras coisas, ser uma megaprodução, com orçamento milionário, locações magníficas, cenários perfeitos, música grandiloquente e elenco extraordinário.

Tive a sorte de ter nascido numa época em que foram produzidos os melhores filmes épicos da história do cinema, desde “Júlio Cesar” até “Lawrence da Arábia”, passando por obras magníficas como “Os dez mandamentos”, “Ben-Hur”, “Spartacus”, “El Cid”, “Barrabás”, “Cleópatra”, “Guerra e Paz”, “Agonia e êxtase”, “Doutror Jivago”, apenas para citar alguns.

O Brasil não tem tradição neste tipo de filme, até por ele demandar um enorme orçamento! Filmes épicos brasileiros, que eu me lembro e que marcaram a minha vida de cinéfilo são, “O cangaceiro”, “Ganga Zumba”, “Quilombo”, “Chica da Silva”, Bye bye, Brasil” e “Carlota Joaquina”. Por licença poética poderia relacionar entre os nossos filmes épicos, obras do quilate de “Deus e o Diabo na terra do sol”, “Os fuzis”, “Vidas secas”, “Macunaíma”, “O pagador de promessas” e “O tempo e o vento”.

O cinema nacional nos deve pelo menos dois filmes sobre personagens realmente épicos de nossa história: Santos Dumont e Cândido Rondon, sem contar com um que eu pretendo realizar em parceria com o cineasta Erik de Castro, que mostrará o heroísmo dos pilotos brasileiros na II Guerra Mundial, cujo maior expoente foi o maranhense Ruy Moreira Lima.

Mas todo esse preâmbulo é para lhes falar de um dos melhores filmes brasileiros da atualidade, um que em minha opinião entrou para a categoria dos épicos. Trata-se de “Entre irmãs”, de Breno Silveira, que depois de se consagrar como diretor de fotografia e ter realizado “Dois filhos de Francisco” e “Gonzaga”, estabelece-se agora como um dos principais candidatos a sucessor de Cacá Diegues, nosso maior traçador de personagens históricos.

“Entre irmãs” é desses filmes que nos atinge em cheio. Ele tem uma história envolvente que nos é contada com competência, tanto por quem a escreveu como por quem a dirigiu. Se passa em um cenário maravilhosamente lindo, com locações comparáveis aos lugares mais belos do mundo. Tem uma direção de arte, um figurino e uma maquiagem digna das melhores produções de Hollywood e se não fosse por tudo isso, conta com um elenco que daria conta do recado sozinho, sem nada, em um cenário teatral totalmente clean.

Marjorie Estiano e Nanda Costa dão vida às irmãs Emília e Luzia, através das quais a escritora Frances de Pontes Peebles e a roteirista Patrícia Andrade nos mostram a vida no sertão nordestino, durante a era Vargas, a condição do povo do interior e dos cidadãos da capital pernambucana. Coadjuvadas por Rômulo Estrela e Júlio Machado, que completam seus pares, fazendo com que o elenco principal se torne, quem sabe, o melhor dos últimos anos no Brasil.

O filme conta ainda com as participações de excelentes atores, como Leticia Colin, Cyria Coentro, Angelo Antonio, Fábio Lago e do magistral Cláudio Jaborandy, em performance impecável.

A música de Gabriel Ferreira nos embala durante cada segundo das 2h40 que passamos nessa viagem por um Brasil, que por incrível que pareça, ainda é pouco visitado. Um Brasil feito por bravos homens e mulheres fortes, por gente de coragem e pessoas preconceituosas, por um povo deserdado de pão mas rico em fé, por gente rica e pobre, sonhadora e hipócrita, coisas que juntas constituem o cenário e o enredo deste verdadeiro épico do cinema brasileiro.

Particularmente para mim foi muito prazeroso ter visto em cena o ator maranhense Romulo Estrela, maduro, completo, íntegro, interpretando um personagem difícil, onde qualquer deslize o faria ser caricato ou excessivo. O Degas de Romulo é seu passaporte para figurar definitivamente entre os grandes atores de sua geração.

Sebastião e Helena conseguiram!

 

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Ontem elogiei, hoje repudio!

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No dia 1º de julho publiquei um texto intitulado “O que é bom tem que ser aplaudido” onde comentava uma excelente iniciativa do governador Flávio Dino, que orientara seus secretários Carlos Lula e Pedro Lucas a providenciarem o aluguel do prédio da Santa Casa de Misericórdia, para que ali fosse implantado um grande hospital de emergência que atendesse nossa capital, desafogando assim as unidades municipais que se encontram totalmente incapacitadas de atender de maneira minimamente satisfatória os nossos cidadãos.

O fato é que a intenção do governador Flávio Dino de realizar tal obra, seria no meu ponto de vista, uma das mais importantes ações de saúde que um governo poderia realizar no Maranhão. Essa opinião não é apenas minha, haja vista os mais de 600 comentários favoráveis sobre esse assunto nas redes sociais, e outras centenas de compartilhamentos da matéria.

Ocorre que agora soube que o governador voltou atrás em seu intento e decidiu não mais realizar a obra para a qual destacou dois de seus melhores auxiliares. Vejam! O interesse era tão grande que até os projetos arquitetônicos já estavam sendo providenciados!

Ao tomar conhecimento da nova decisão de Flávio Dino, procurei saber os motivos que o levaram a mudar tão radicalmente de ideia, uma vez que no meio das negociações com a Santa Casa, como sua direção não se decidia pelo aluguel do imóvel pelo prazo de 20 anos, ele chegou a ameaçar desapropriá-lo, alegando necessidade imperativa de Estado. Investigando, descobri que o motivo que fez o governador desistir dessa importante ação foi o mesmo que levou outro governante a não realizá-la em 2004: palpite infeliz de assessores despreparados e sem nenhuma visão, seja ela administrativa, política, econômica ou social.

Em 2004, outro governante teve essa mesma boa ideia e na época foi desaconselhado a colocá-la em prática, pois não traria ganhos do ponto de vista midiático para seu governo, diziam que a população teria dificuldade de entender que aquela seria uma ação do Estado e não da própria Santa Casa.

Não me arrependo de ter elogiado o governador Flávio Dino no artigo que publiquei anteriormente, até porque nele deixei claro que o meu espírito independente me faz elogiar quem eu acredite que mereça, mas esse mesmo espírito me obriga a criticar com veemência e contundência a quem eu acredite esteja sendo covarde, que não esteja agindo em defesa dos melhores interesses do nosso povo, alguém que diga uma coisa e faça outra, alguém que imagine que esteja acima de qualquer tipo de crítica.

Só haverá uma de duas opções para o governador Flávio Dino se justificar pelo fato de não implantar no prédio da Santa Casa um hospital de emergência, como ele mesmo incumbiu seus secretários de fazer: Ou ele assume que é um governante incompetente, que estabelece metas para seus auxiliares cumprirem sem a devida análise e os estudos necessários, ou ele reconhece que é mal aconselhado, se não pelos mesmos maus conselheiros de outra gestão, por outros tão ruins quanto aqueles.

Se ele disser que o Estado não tem os recursos para realizar essa ação, estará da mesma forma se dizendo incompetente por não ser capaz de detectar tal demanda antes. O mesmo ocorrerá se ele disser que melhor seria construir um hospital novo, em outro lugar. Serão apenas desculpas, nada mais!

O fato é que ele jamais reconhecerá que o motivo pelo qual resolveu não usar o prédio da Santa Casa para implantar ali um hospital de emergência com 300 leitos, é porque essa ação não traria nenhum ganho político midiático para si ou para o seu governo. Atitude nojenta!

Mais uma vez Flávio Dino comprova aquilo que venho dizendo desde que ele assumiu o comando do Maranhão: Mudaram os marujos, mudou o timoneiro, pode até ter mudado a pintura do casco do barco, mas o novo capitão age do mesmo modo dos anteriores! A propaganda continua enganosa como antes, os favorecimentos dos amigos continuam existindo… É bem verdade que estão acontecendo alguns pequenos avanços pontuais, mas nada que se possa considerar uma revolução.

Se antes elogiei o governador Flávio Dino por uma ação que ele iria fazer, hoje eu o repudio pela mesma ação que ele não fará, por falta de competência ou de coragem, não importa.

 

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É possível derrotar Flávio Dino em 2018!?

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O jornalista Robert Lobato me fez um desafio! Conclamou-me a desenhar um quadro em que fosse possível a oposição a Flávio Dino vencer a eleição do ano que vem. Resolvi aceitar a missão, como um mero exercício de análise política conjuntural, sem me deixar levar por minhas opiniões pessoais, fato que poderia contaminar um minucioso trabalho situacional como o proposto.

Para que se alcance um determinado objetivo, seja no campo político, empresarial, ou mesmo pessoal, é necessário que nossas ações sejam coordenadas e planejadas neste sentido! E não apenas isso, é necessário que todos os atores em ação neste cenário ajam de acordo com o previsto, pois assim não sendo, o resultado certamente seria diferente do desejado.

Só vejo possibilidade do governador deixar de se reeleger, se Roseana Sarney for candidata. Além disso, seria necessário que Roberto Rocha, Eduardo Braide, Maura Jorge, e todos aqueles candidatos da extrema esquerda também apresentassem suas candidaturas.

Assim acontecendo é bem possível que a eleição seja decidida no segundo turno. Não apenas isso, esses candidatos precisariam agir de maneira coordenada para fragilizar a candidatura situacionista. Essas ações teriam de ser no sentido de mostrar durante a campanha, nas palestras, nos palanques, no rádio e na TV, as incoerências, os erros, desmandos e mentiras do atual governo.

Para que esse objetivo seja atingido seria providencial que, por seu lado, Flávio Dino não conseguisse realizar ações relevantes ou cometesse erros estratégicos, como por exemplo, não prestigiar os políticos de seu grupo, fato que tem acontecido usualmente em seu governo. Além disso, se ele não conseguir montar uma chapa competitiva, chamando para seu lado parceiros que lhe emprestem credibilidade junto à sociedade, à classe média, ao empresariado, será difícil que ele vença! Se ele se cercar apenas do pessoal palaciano, como é seu costume, facilitará imensamente a vida de seus adversários.

Um claro exemplo de um desses erros é o nome que está sendo cogitado pelo PCdoB para figurar como candidato a primeiro suplente de senador na chapa encabeçada por Weverton Rocha. Comentam que a vaga seria da esposa do secretário Marcio Jerry! Alguém sem os atributos necessários para fortalecer uma chapa. Ela não tem voto pessoal, não agrega poder político ou apoio financeiro que justifique vir a ser candidata a suplente de senador. Seu handcap é apenas ser esposa do presidente do PCdoB, homem forte do atual governo, além de ser uma pessoa idônea, é claro. (E depois dizem que estão agindo de forma diferente, que estão mudando a política do Maranhão).

Outro fator importante no desenho do quadro político que se avizinha são os nomes dos vices e dos senadores das chapas postulantes ao comando do Estado do Maranhão.

Se Flávio não conseguir um vice, igual ou melhor que Brandão, vai sentir dificuldade neste pleito. O mesmo vai acontecer com os demais candidatos. Quem serão os vices de Roseana, Roberto, Braide, e Maura!?

Quem serão os candidatos ao Senado apresentados por cada um dos grupos que disputarão o comando do nosso estado!? Weverton e Zé Reinaldo com Dino, Sarney Filho e Lobão com Roseana! E os demais!? Eles vão apresentar nomes que ajudem na disputa!? Se quiserem derrotar Flávio, os candidatos não podem ser apenas cumpridores de tabela!

Por fim, um dos fatores que poderá fazer com que Flávio Dino não vença a eleição de 2018 é a oposição ficar com a maior quantidade de partidos que puder arregimentar a seu favor, ou seja, não permitir principalmente que o PSDB, o DEM e o PP enfileirem-se na coluna dinista. O mesmo deve ser feito em relação a outros partidos como PTB, PRB, PEN, PHS, PSL PRP, PRTB, PSDC…

Tudo isso é possível de ser feito, em que pese ser difícil!

 

PS: Se por um lado há muita coisa que precisa ser feita para derrotar Flávio Dino em 2018, para que ele vença a eleição do ano que vem, bastará que ele inclua Sarney Filho como um dos dois de seus candidatos ao Senado. Fazendo isso ele sacramentará sua reeleição de forma segura e barata. Mas falta-lhe coragem para tanto e é por lhe faltar esse desprendimento, que ele jamais chegará aos pés de Zé Sarney!… No máximo aos de Victorino!…

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