Apenas um sonho!…

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Acordei sobressaltado com o sonho que tive! Sonhei que eu havia ganhado o Prêmio Nobel da Paz! Só que esse fato foi apenas um pequeno detalhe de meu sonho cinematográfico, digno de um roteiro baseado em um livro de Dan Brown, com direção de Christofer Nolan!

Querem que eu lhes conte, rapidamente o meu sonho!? Como não vou ter mesmo o seu feedback, vou acreditar que tenha dito que sim.

Eu era um voluntário em uma missão humanitária, numa dessas guerras absurdas e insanas com motivação de ódio religioso e racial. Funcionava como uma espécie de diplomata entre o grupo Médicos Sem Fronteiras e os dois lados do conflito, ocasião em que pude conhecer e conviver com algumas das lideranças dos grupos envolvidos naquela loucura.

Numa determinada ocasião estava em visita a um acampamento de um líder de uma das facções, uma daquelas mais radicais e irracionais, quando aconteceu um bombardeio que vitimou muitas pessoas, inclusive um dos filhos do tal líder, que foi atingido por estilhaços e se encontrava em estado gravíssimo. Ao ver o desespero do pai, procurei ajudar e me dispus a ir até o acampamento de seus adversários, onde se encontrava um médico especialista no tipo de atendimento que o rapaz precisava. Foi o que fiz. Ao voltar fiquei conversando com o pai do paciente, que naquele momento não era mais o comandante de guerreiros radicais e sanguinários, era simplesmente o pai de mais uma das vítimas da guerra.

Procurei confortá-lo e distraí-lo e como sempre gostei de falar sobre religião, comentei que nada daquilo estaria acontecendo se ficasse provado que Deus não existia, que ele é apenas uma mera ilusão da mente humana, criada para responder as diversas perguntas para as quais não se tem respostas. Falei isso com um enorme temor com a forma com que aquele homem, que para mim era completamente irracional, poderia reagir.

Ele olhou para mim, com um ar sério, os músculos de sua face flexionados, demonstrando que seus olhos faziam foco em mim. e disse: “Essa seria uma solução fácil demais meu amigo, Deus trilha por caminhos mais complexos.”

Para quem pensou que seria decapitado por blasfemar contra o motivo de sua fé, ter sido chamado de amigo já era muita coisa.

O sonho se interrompe naquele momento e reapareço em um imenso auditório, acompanhado de alguns cientistas e filósofos. Naquele lugar, na presença de milhares de pessoas eu defendia a tese de que Deus não existe e que se pudéssemos, através das mais mirabolantes equações, provar essa teoria, acabaríamos com o motivo da maioria dos conflitos que afligem a humanidade.

Os matemáticos demonstraram suas equações e os filósofos deram forma à teoria que acabava por provar que Deus não existe. Mais uma vez o sonho/filme sofre um corte e eu já apareço em Oslo, recebendo o Prêmio Nobel da Paz. Em uma das primeiras filas estava aquele líder, outrora radical e sanguinário, cujo filho, nem os nossos mais dedicados esforços, conseguiu salvar. Ele estava acompanhado de outro filho seu, um mais jovem que aquele, que não precisava mais se arriscar em guerras religiosas, uma vez que o maior motivo delas não mais existia.

A solenidade foi linda! Fiz um discurso eloquente no qual reafirmei e sacramentei a não existência de Deus e a consequente eliminação das guerras religiosas, início e fim de quase todos os conflitos humanos.

Ao descer as escadarias do majestoso prédio onde aconteceu a solenidade, sorridente e realizado, olhei para o céu e disse comigo mesmo: “Graças a Deus conseguimos acabar com um dos flagelos que atormentam a humanidade!”? Neste instante, o jovem que baleou Gandhi, o atirador que calou Martin Luther King e o radical que matou Yitzhack Rabin, juntos e simultaneamente, dispararam contra mim… Foi aí que eu acordei!

 

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A Ilíada Impossível

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Quem conhece a Ilíada certamente sabe o que é honra e respeito, pois Homero nos conta que um alquebrado rei Príamo se esgueira pela noite para resgatar o corpo de seu filho Heitor das mãos de seu algoz, Aquiles, em uma das mais belas passagens da literatura universal.

Olho em volta e só vejo homens miseráveis, que pouco se assemelham a Agamenon, Menelau, Páris ou Enéas, personagens menores daquela tragédia épica, sendo que penso ser uma grande injustiça querermos comparar aqueles bravos gregos e troianos aos homens de hoje.

Trago comigo, tatuados em cada um de meus braços, dois conjuntos de ideogramas chineses. No braço esquerdo, os desenhos simbolizam “sabedoria e inteligência”, enquanto no direito estão representados “honra e lealdade”. Fiz isso para jamais esquecer meu roteiro.

Depois de revisitar a Ilíada sinto-me conformado com o pouco sucesso que obtive em minha vida, pois ele veio exatamente pela força de um pouco de sabedoria aliada a alguma inteligência e pela ação sempre baseada na lealdade e na honra. Olho em volta, e mesmo ficando preocupado, sinto-me feliz e realizado.

Me pego tentando descobrir nos dias de hoje homens e mulheres que possam possuir os nobres sentimentos e as louváveis atitudes demonstradas por personagens que se só existiram na mente de um gênio como Homero.

Amor e paixão, respeito e consideração, coragem e desprendimento, lealdade e honra, sabedoria e inteligência, paciência e resignação… Há também nos personagens dessa história, que narra a guerra de Tróia, sentimentos e ações menos citáveis como, medo e traição, arrogância e prepotência, mitomania e crendices… Estes bem mais comuns em nossos dias.

Não consigo resistir em fazer comparações. Será que estamos mais ao nível de um generoso Príamo, ou nos colocamos mais na estatura de Agamenon, um rei obstinado, não em resgatar a mulher de seu irmão, mas em tomar o estreito de Dardanelos dos troianos, sem se importar de como o fizesse.

Quem seria hoje Páris e Helena!? Em toda essa nossa “fauna” não consigo identificar dois espécimes que possam ser minimamente comparados a eles.

Quanto a Menelau, consigo identificar diversos de seu tipo. Homens menores, por culpa de sua própria pequenez.

Certamente não há por aqui quem possa encarnar Ulisses ou Aquiles, heróis na mais profunda acepção da palavra, mesmo que nesta narrativa, Ulisses demonstre mais ceder aos caprichos de Agamenon que deveria, não sendo tão grandioso como em sua Odisseia. Já Aquiles é reto e rijo como uma lança grega. Impossível de comparar-se a outrem, mesmo que carregasse consigo suas idiossincrasias, como todos nós carregamos as nossas.

Quanto a Heitor, desde a primeira vez em que tive acesso a essa história, sempre quis me espelhar nele e em suas atitudes. Sinto muito por não ter sido capaz.

Nobre, corajoso, resoluto, generoso… Homero erigiu nesse personagem todos os anseios que uma pessoa que se pretende boa, possa almejar. Seu triste destino só o engrandece ainda mais. É uma pena que os homens que vieram depois dele, inclusive os de hoje, prefiram a hipocrisia e a perfídia.

Por causa da história de Heitor não tenho medo da morte! Temo sim é ter uma vida vazia e oprimida, onde não possa ser quem eu desejo e agir como eu acredite ser melhor.

Tróia foi destruída, mas os gregos também não venceram aquela guerra. O que ficou daquilo tudo foram apenas as lições deixadas por Homero através de personagens de 3.000 anos de idade, com ações e sentimentos tão atuais quanto o sinal digital que propicia você estar lendo agora este meu texto em um de seus dispositivos eletrônicos.

PS: Neste Dia das Mães, meu presente para minha mãe, é ser o mais honrado e leal, sábio e inteligente, simples e generoso que eu puder, para que ela sinta orgulho do trabalho que ela realizou ao esculpir neste mármore, uma figura do bem.

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Lei Estadual de Incentivo à Cultura é para todos

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Uso o mesmo título dado pelo secretário de cultura e turismo do estado, senhor Diego Galdino, para decupar pra você o texto que ele fez em resposta ao artigo que eu publiquei sobre a temerária gestão e arbitrária utilização que esse governo faz da Lei de incentivo à cultura do estado do Maranhão.

Numa tentativa de cobrir o sol com uma peneira e pra ganhar toques de teclado capaz de completar o tamanho necessário para configurar um texto de jornal, ele qualifica a lei, como se isso fosse coisa necessária:  “Instituída por meio da Lei 9.437, de 15 de agosto de 2011, a Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Maranhão é um instrumento de fomento… / … a partir do faturamento da empresa patrocinadora”.

A seguir ele agrega mais miolo de pote na conversa, dando continuidade à qualificação da lei: “Desde a sua regulamentação, anualmente, 0,4% do ICMS arrecadado pelo Governo do Maranhão… / … que deveria beneficiar a todos e servia como instrumento de privilégios para alguns”.

Depois disso ele gasta um parágrafo simplesmente para comprovar uma de suas arbitrariedades, que reproduzo aqui, na íntegra: “Em dois anos, por exemplo, um ex-político, utilizando nome de proponentes diferentes, foi beneficiado com um montante de R$ 5 milhões para a realização de projetos culturais. A partir dessa constatação, tomamos medidas que garantissem que a Lei Estadual de Incentivo à Cultura estivesse ao alcance, realmente, de todos“…

Veja bem! O próprio secretário reconhece que VENDO QUE A LEI ERA UTILIZADA POR PESSOAS QUE, NÃO ERAM DE SEU INTERESSE QUE A USSASSEM, TOMA PROVIDÊNCIAS PARA QUE TAIS PESSOAS NÃO MAIS POSSAM TER ACESSO A LEI que foi feita exclusivamente para abrigar propostas oriundas da sociedade, dos produtores culturais, das pessoas que fazem a cultura do Maranhão, e não do governo do Estado.

Em seu texto, o secretario de cultura continua tentando arrumar desculpas para a má gestão que sua pasta oferece na administração da referida lei, entre outras coisas.

Há, no entanto, uma coisa que ele fez que merece louvor! Eu disse certa feita e repito mantendo minha coerência, que o que é bom deve ser aplaudido, mas o que é ruim deve ser criticado, até para que o ruim seja remediado e possa passar a ser bom. Houve aumento de 0,1% na alíquota referente à lei, saindo de 0,4% para 0,5%, como era originalmente no projeto apresentado por mim e aprovado por unanimidade pela Assembleia Legislativa do Maranhão. Louvo isso!

Para finalizar, o secretário na tentativa de enganar o leitor, enumera alguns projetos realizados graças à citada lei, mas nenhum deles é um daqueles apresentados por seus proponentes LARANJAS, para suportar as iniciativas que o governo do estado tem obrigação de sustentar com seu próprio orçamento. Eventos e ações estas do calendário governamental como Carnaval, São João e Réveillon, que o governo usa para subvencionar apaniguados como a deputada comunista Leci Brandão.

Em nenhum momento o secretário explicou o porquê da desvirtuação da representatividade da CAPCI através da portaria 303 de 2015 que substitui os representantes da sociedade civil, transformando a referida comissão numa confraria da SECTUR.

Em nenhum momento explica o motivo de estabelecer ações através de postagens no site da SECTUR, sem que essas postagens tenham algum valor legal.

Em nenhum momento explica porque a CAPCI se recusa a autorizar a abertura de contas para que os projetos possam ser realizados.

Não explica porque a CAPCI não assina os convênios com os proponentes e também o motivo pelo qual a SECTUR não dá o devido encaminhamento dos processos de fruição, direcionando para SEFAZ a documentação devida para isso.

Em suma, a tentativa do secretário Diego Galdino de responder os pontos aventados por mim, causou profunda decepção no meio cultural maranhense, que, se não se manifesta em protesto contra os desmandos da SECTUR, é porque tem receio de retaliações por parte desse governo que todos sabem ser extremamente perseguidor.

O que esperar!?… Como não são capazes de ouvir críticas, o que virá de lá são mais desculpas esfarrapadas e acusações contra quem ouse se levantar contra seus desmandos e arbitrariedades.

 

 

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Estão subvertendo a Lei!…

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Relutei dois anos antes de tomar a decisão de comentar publicamente sobre o fato da Lei de Incentivo à Cultura estar sendo utilizada de forma discriminatória e excludente pela atual administração, pois sabia que este governo, incapaz sequer de ouvir críticas, iria dizer que meus comentários têm viés político, além de desfiar um rosário de desculpas para seus desmandos.

Todos sabem que esta lei, assim como a sua irmã gêmea concernente ao esporte, é de minha autoria, durante o meu mandato de deputado estadual, portanto, tomar atitude em oposição a um instrumento legal concebido por mim e aprovado por unanimidade pelo plenário da Assembleia Legislativa do Maranhão me deixa penalizado, mas não vejo outro caminho a não ser este.

Ocorre que o atual governo, no afã de aparelhar e instrumentalizar este mecanismo republicano e democrático, idealizado no sentido de viabilizar projetos de iniciativa da sociedade em geral, mais especificamente dos produtores que atuam na área cultural, desvirtua a intenção do Poder Legislativo que estabeleceu uma lei que destina a utilização de recursos oriundos do ICMS para a realização de projetos de iniciativas não governamentais.

Ocorre que o atual governo, como uma vez disse um alto funcionário da SECTUR, “sabe o que é melhor para os produtores culturais do Maranhão”, age como DONO da lei, coisa que é inadmissível tanto do ponto de vista moral quanto do legal. O gestor deve se subordinar ao cumprimento da lei, seja ela encarada pelo seu estrito senso, seja ela vista em seu lato senso.

Mas não é isso o que tem ocorrido! A referida lei passou anos sendo planejada e estudada. Muitas pessoas foram ouvidas quando da sua  elaboração nas diversas fases de ajustes, tanto na SECMA quanto na SEFAZ.

Apenas para ilustrar, as nossas duas leis de incentivo são consideradas as melhores leis estaduais desse gênero, pois são leis de fácil entendimento, têm uma redação simples e são extremamente desburocratizantes.

A atual administração, centralizadora e restritiva, resolveu arbitrariamente, que, mais que a executante da referida lei, ela passaria a estabelecer quais proponentes NÃO PODERIAM NEM TENTAR APRESENTAR suas propostas.

Vejam só que absurdo! Um instrumento legal, que foi idealizado para que não mais ocorresse o que era muito comum antes dele existir, quando os produtores culturais, para viabilizar seus projetos, tinham que sofrer a humilhação de implorar por um apoio do governo, nem sempre sensível, ou tivessem que passar o ”chapéu” para angariar fundos entre amigos e familiares ou mesmo no empresariado de nossa terra, teve sua eficácia desvirtuada, fazendo-nos retroceder!

A lei funcionou corretamente durante o governo anterior e até mesmo no primeiro ano da atual administração. A partir de 2016 o atual governo resolveu desfigurar a Lei de Incentivo à Cultura, (Não comento sobre a Lei de Incentivo ao Esporte porque não tenho informação sobre como ela é gerida) baixando portarias, instruções normativas, resoluções e até fixando orientações apócrifas no site da SECTUR, coisas que subvertem totalmente o texto legal.

Por exemplo, há uma portaria que estabelece que na ausência dos membros da Comissão de Análises de Projetos Culturais Incentivados, a CAPCI, o presidente da comissão chame funcionários da SECTUR para agir em seus lugares. Ora, se essa comissão, representativa da sociedade, passa a ser uma comissão representativa do governo, a lei perde todo o sentido!

Mas, alguém vai dizer assim: “Vejam, os representantes legais da sociedade civil não comparecem às reuniões!…” Dizem isso como se fosse verdade, mas não é! A SECTUR, através da CAPCI, sistematicamente, convoca as reuniões com antecedência de apenas algumas horas, impossibilitando os representantes da Academia Maranhense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico, do Conselho Estatual de Cultura e dos Artistas, todos com assento na CAPCI, de comparecer. Fazem isso para possibilitar a utilização daquela portaria, fazendo com que a SECTUR arbitrariamente, resolva o destino dos projetos, sem ouvir a sociedade civil.

Não satisfeito com isso, o governo baixou outros dispositivos tão ilegais quanto o citado, todos no sentido de impedir o acesso de quem ele deseje excluir dos efeitos da Lei de Incentivo à Cultura.

Passaram, por exemplo, a exigir, através de uma simples postagem no site da SECTUR/CAPCI, que os proponentes pedissem autorização para abertura de uma conta bancária, o que seria até admissível, se a própria SECTUR/CAPCI não se recusasse a autorizar a abertura das contas, fazendo isso apenas para quem ela permita que tenha acesso aos patrocínios. Agindo assim, a SECTUR/CAPCI impede que o proponente que tenha conseguido o patrocínio, possa fazer com que o patrocinador deposite o recurso para realização de seu projeto.

Para piorar a situação de alguns proponentes, a SECTUR/CAPCI dificulta o quanto pode a assinatura do termo de compromisso dos projetos que ela deseja descartar, isso quando simplesmente não faz o referido convênio, inviabilizando assim a regular prestação de contas do projeto.

Mas a pior de todas as ações de aparelhamento e boicote perpetradas pela SECTUR/CAPCI é o impedimento regular do processo de fruição do patrocínio para a SEFAZ. Fazendo isso, o patrocinador do projeto fica prejudicado pois não consegue se creditar do valor investido no aludido projeto. Prejudicando o patrocinador, a SECTUR/CAPCI destrói a essência da lei, que é estabelecer uma perfeita parceria entre o Estado, que dá o crédito ao patrocinador, que em tese escolheria livremente o projeto de seu interesse para patrocinar, e o produtor cultural, que idealizou o projeto e o submeteu à aprovação da SECTUR/CAPCI, que o aprovou.

Nem vou comentar aqui o fato de que todos os eventos da agenda cultural do governo são financiados pela Lei de Incentivo através de proponentes que eu me recuso a chamar de LARANJAS!…

O Carnaval, o São João, os eventos da Semana Santa, o Revèillon, sempre patrocinados por grandes empresas indicadas pelo governo, são eventos lastreados pela Lei de Incentivo, mas nem a logomarca da lei, que é obrigatório constar em tais projetos eles expõem.

É triste que tenhamos conseguido um instrumento de Estado, republicano e democrático, tão importante para a nossa cultura, e que ele tenha sido reduzido a um mero instrumento de Governo nas mãos de quem pensa que sabe o que é melhor e mais importante para a cultura maranhense do que quem a realiza diariamente!

 

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Nunca quis tanto estar errado!

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Este texto foi concebido para ser publicado expressamente no dia 7 de abril de 2018, data limite de filiações partidárias, para quem desejar concorrer a um mandato nas eleições de 7 de outubro deste ano. Faço isso para analisarmos o quadro político maranhense neste momento, e para com base no que estiver posto neste instante possamos antever alguns possíveis cenários do pleito que se avizinha.

Flávio Dino concorrerá a reeleição e é certa sua presença em um eventual segundo turno, podendo até, dependendo das candidaturas que se apresentem, vencer logo no primeiro.

Roseana Sarney, se for realmente candidata, é a mais bem avaliada pelas pesquisas feitas até aqui para estar na disputa do segundo turno contra o atual governador.

Eduardo Braide aparece em terceiro em algumas pesquisas feitas até agora e é o único candidato que os governistas temem enfrentar em um possível segundo turno. O motivo deste temor, inconfessável pelo grupo palaciano, se deve ao fato de Eduardo ser uma incógnita eleitoral, um deputado estadual que surpreendeu na eleição para prefeito da capital e uma esperança de uma mudança verdadeira na política maranhense.

Na quarta posição aparece o senador Roberto Rocha que não tendo aguentado o ambiente pesadíssimo do grupo do governo, decidiu trilhar um caminho próprio na política. Detentor de um dos maiores partidos do nosso estado, Rocha tem a facilidade do acesso direto à cúpula do PSDB e da forte candidatura de Alckmin a presidente da República.

Nas pesquisas às quais eu tive acesso, Roberto Rocha ora aparece em quarto lugar, ora quem aparece nesta posição é Maura Jorge, que foi a primeira pessoa a colocar seu nome à disposição do eleitorado maranhense para enfrentar Flávio Dino. Maura e Roberto se alternam na quarta e na quinta colocação nas pesquisas de intenção de voto.

Na sexta posição vem Ricardo Murad, que terá bastante importância no contexto desta eleição, por seu posicionamento crítico enfático contra a atual administração.

Ainda existem outros possíveis candidatos a governador, uns três ou quatro, provenientes de partidos de extrema esquerda.

Se este quadro de candidatos se confirmar como sendo verdadeiro, posso assegurar que haverá segundo turno.

A grande questão passará a ser quem irá disputar a segunda etapa da eleição contra Flávio Dino.

A lógica e o bom senso dizem que deve ser Roseana, mas volto a um questionamento importante. Ela realmente será candidata? E se não for, quem concorrerá pelo MDB!? Não sendo Roseana candidata e o eventual candidato que venha substituí-la não passar para o segundo turno, o grupo encabeçado por Sarney apoiará incondicionalmente e totalmente quem for o segundo mais votado no primeiro turno!?

Há também uma outra linha de indagação! No caso de Eduardo Braide ou Roberto Rocha sentirem que nenhum dos dois será o segundo colocado na primeira etapa da eleição, eles terão a humildade, a grandeza e a sabedoria necessárias, para antes da realização das convenções se juntarem, fazendo uma coligação que possibilite seus partidos unidos formarem um grupo forte, capaz de se estabelecer como uma terceira via de poder no Maranhão, indo quem sabe para um segundo turno com chances reais e plausíveis de vencer Flávio Dino!?

Ainda há tempo para que as coisas se encaminhem para um bom resultado que possibilite desalojarem-se os comunistas e os não tão comunas do poder em nosso Estado. Só espero que aquelas pessoas que possam fazer isso acontecer, ajam no sentido de realmente fazê-lo e pensem mais em nós do que em si mesmos!

Vamos aguardar! Eu particularmente torcerei para estar errado em minhas previsões, que indicam que talvez não sejamos capazes de realizarmos as ações necessárias para termos sucesso em nosso intento.

Nunca quis tanto estar errado!…

 

PS: Muita gente vai estar comentando hoje sobre a prisão de Lula, mesmo assim prefiro falar sobre o futuro do Maranhão.

 

 

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Mais do Mesmo!

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Meu querido Robert Lobato!… Eu estava decidido a não mais tratar desse assunto com você, até porque não vejo nenhum bom propósito nisso tudo, mas o amigo consegue agrupar tanta tolice num texto tão pequeno, que acredito que você precise realmente aprender como se pensa em política e como se escreve sobre isso!

Vou usar a mesma técnica de decupagem de seu texto para respondê-lo.

“O ex-deputado respondeu à primeira parte da trilogia “A quem Joaquim Haickel serve?” num longo e cansativo texto publicado no seu blog e também na campo de comentários do Blog do Robert Lobato (Rsrsrs). O texto bem que poderia acabar logo no título “Eu só sirvo à minha consciência, Bob Lobato!”, que é muito melhor do que o conjunto da obra.”

Sem comentários!

“Quincas afirma que sou um “tolo”, um “bobo” e comete várias indelicadezas contra a minha pessoa, chegando até sugerir que o senador Roberto Rocha me demita (Rsrsrs). Meu caro Joaquim Haickel, talvez eu seja “tolo”, “bobão” e não sabido (não confundir com sábio) como você. Porém, não costumo tergiversar nas minhas posições, convicções e posicionamentos politicos.”

O que dizer disso!? O melhor é ficar calado!

“Quando pergunto concretamente a quem você serve, meu querido Joaquim, é porque trata-se de um questionamento que muitos maranhenses, que te conhecem, gostariam de fazer mas não têm a chance ou coragem para tanto. De manhã o amigo vai lá na Mirante e jura amores a Fernando, à tarde destila veneno contra Roseana em grupos de WhatsApp, à noite bebe vinhos nobres com Weverton e no outro dia toma um café com Braide para, em seguida, almoçar sabe-se lá com quem. Márcio Jerry, talvez? Não me interessa!”

Bob, você consegue ser tão tolo que acaba não deixando margem para nenhuma argumentação relevante. A única coisa que posso dizer quanto a este parágrafo, cheio de falácias é que eu não consumo bebidas alcóolicas! Talvez seja este o problema de algumas pessoas! Excesso de ingestão de drogas, mesmo que algumas sejam lícitas.

“Veja bem, não que seja proibido construir relações políticas com várias pessoas de diferentes correntes de pensamento, não se trata disso. Mas é que no caso de Quincas parece que sempre haver um “interessezinho” matreiro por trás. Coisa de gente sabida, como disse acima.”

Quanto ao parágrafo acima, quando você usa a palavra “parece”, fica claro que seu texto é construído em cima de achismos inconsequentes e portanto não merece nenhuma resposta.

“Quanto avaliar que Roberto Rocha deve desistir da sua pré-candidatura a favor de Braide ou de quem quer que seja, qualquer pessoa minimamente razoável e que não esteja defendendo essa tese por mero interesse imediato sabe que não tem cabimento um senador da República no meio do mandato, tendo sido deputado estadual, três vezes deputado federal sendo que da última vez que se elegeu a esse cargo foi o recordista de voto com quase 150 mil votos, vice-prefeito de São Luis, presidente estadual de um dos maiores partidos do país, abrir mão do seu projeto para outra pessoa. Mas não sou e nem quero ser dono da consciência de ninguém.” 

Acima você, por falta do que dizer, diz o óbvio, coisas que são verdadeiras mas que nada trazem para esclarecer o motivo de sua indagação original, sobre a quem eu sirvo. Citar os feitos de Roberto Rocha não muda o fato de que a atual conjuntura política não o favorece e o não favorecimento dele vai acarretar grande prejuízo para todo o Maranhão, propiciando a continuidade do governo perseguidor de Flávio Dino.

“Roberto Rocha não tem grupo, precisa fazer grupo, sempre fez política só”, argumento Joaquim Haickel. Sim cara-pálida, mas quem possui grupo político no Maranhão além de Sarney e Flavio Dino, este último pelo fato de ser governador? Quem é o grupo de Zé Reinaldo depois que teve a coragem necessária para romper com o seu pupilo? Cadê os Encontros da Gratidão com a Famem e os prefeitos? Quem é o grupo Eduardo Braide? Não precisa responder, Joaquim.”

Caramba Bob!… Tolice tem limite, amigo!… É exatamente o contrário do seu raciocínio que eu invoco! Eu acredito que essa é a grande oportunidade de alguém que não esteja no poder, manejando as armas do governo, no caso o Roberto Rocha, criar um grupo capaz de superar aquele grupo que foi hegemônico em nosso estado por 50 anos e até o grupo que se agasalha no Palácio! É isto que eu sugiro! E você me vem com um argumento absurdo desses!? Uma comparação canalha!

“O fato é que Joaquim Haickel tem dificuldades de manter-se firme na sua posição política. Basta ver que passou quase dois anos sinalizando para o governador Flávio Dino como se quisesse dizer: “Olha, estou aqui Flávio, à disposição para ajudar no governo da mudança, do governo de todos nós”. Não deu certo!”

No parágrafo acima você comete um erro grave! Você mente! E faz isso de forma descarada! Eu jamais tentei me aproximar de Flávio Dino! Sou sábio e sabido, meu amigo! Melhor isso do que querer aparentar coisa que não sou! Sempre soube que Flávio Dino não é capaz de entender os mecanismos da política, portanto, com ele não tentaria fazer nenhuma aproximação.

Como em minha resposta anterior, aqui vão fatos históricos irrefutáveis e facilmente comprováveis. Quando Flávio assumiu o governo, me dispus a só comentar sobre ele seis meses depois. Escrevi um artigo sobre isso, basta procurar. Passados seis meses, achei que o governo ainda não havia feito nada que merecesse ser analisado e dei mais 180 dias de prazo. Sobre isso há outro artigo da época. Passado um ano fiz uma análise do governo e você também pode procurar que vai encontrar.

Nunca tentei uma aproximação com Flávio, pois sei que nossos estilos não combinam! Não sou do tipo que puxa saco e ele é do tipo que adora isso!

Para que não fique nenhuma dúvida, escrevi um texto, motivado pelo fato de dois secretários do atual governo terem me procurado para ajudar numa ação que no meu entendimento seria ótima, tanto para o Maranhão quanto para a Santa Casa de Misericórdia! Elogiei a iniciativa, mas no mesmo texto deixei claro que o elogio era àquela ação e não ao governo ou ao governador! A tal ação foi torpediada pelo próprio Flávio e eu prontamente escrevi um texto expondo sua tolice.

“Por último tentou emplacar o secretário de Felipe Camarção de vice de Flávio Dino mesmo deixando claro que o seu candidato a governador será Eduardo Braide. Até agora também não deu certo.” 

Bob, eu até que tento não te chamar de bobo, mas tu não ajudas, cara! Nesse parágrafo, você descontextualiza o assunto, como fazem aqueles que não têm argumentos! Eu realmente disse que o melhor nome para vice de Flávio era Felipe Camarão! E isso é a mais pura verdade! Qual é o problema!? Até brinquei dizendo que seria capaz de votar em Flávio se Felipe fosse o vice dele, pelo simples fato de que em 2022 Felipe seria o governador do Maranhão! Haveria um mal que acabaria em um bem! Mas isso não é coisa que qualquer um consiga entender!…

Você completa com outra pérola da bobagem: “E se Roseana Sarney voltar a ser governadora é possível que Joaquim Haickel corra para o Twiiter para derramar loas à “Branca” e quiçá começar dar sugestões para as áreas da cultura, educação, esporte e por aí vai… Esse é o Joaquim Haickel.”

Mas se eu digo que não acredito numa vitória de Roseana em um eventual segundo turno!… Você não tem jeito mesmo Bob!

Quanto a fazer análises e dar sugestões, ainda está para chegar o tempo em que eu não farei essas coisas!

“Até a próxima e última parte do “A quem “Joaquim Haickel serve?”. Nada pessoal, por favor, viu Quincas?”

Em seu último parágrafo você volta às amenidades e eu simplesmente retribuo, não sem antes sugerir que você nos poupe de seu próximo texto sobre esse assunto sem propósito!

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Eu só sirvo à minha consciência, Bob Lobato!

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Meu caro amigo Bob Lobato, só agora tive acesso a sua postagem, inapropriadamente intitulada “A quem Joaquim Haickel serve? (Parte I)”. Digo que o título de sua postagem é inapropriado porque ele tenta transparecer uma coisa que o texto não é! Faz com que o leitor desavisado tire conclusões precipitadas antes de lê-lo, coisa que poderá ocorrer também depois, uma vez que o amigo não chega nele a nenhuma conclusão, só faz uma série de afirmações que parecem ser verdadeiras, mas não são.

Permita-me que decupe sua postagem para tentar colocar a verdade em seu devido lugar. Farei isso parágrafo por parágrafo de seu texto. Depois, talvez você e seus leitores possam realmente saber a quem serve Joaquim Haickel.

Sua postagem tem uma “cabeça” que não vou comentar, uma vez que ela é repetida no corpo do texto. Em momento adequado farei alusão a ela.

Você começa querendo ser elegante: “Antes de mais nada, quero deixar bem claro o respeito que nutro pelo ex-deputado, escritor, cineasta e político Joaquim Haickel.” Retribuo a você a delicadeza e reafirmo meu respeito por sua pessoa.

Em seguida você diz: “Resolvi, assim mesmo, na primeira pessoa, fazer uma série de três postagens para instigar o debate sobre as teses políticas de Quincas, notadamente a sua repentina obsessão em tirar o senador Roberto Rocha da disputa eleitoral de 2018 para o governo do Maranhão em favor do deputado estadual Eduardo Braide (PMN).” Sobre este parágrafo, há uma coisa a ser dita: Eu não tenho obsessão, muito menos repentina, em tirar o Senador Roberto Rocha da disputa eleitoral de 2018, como levianamente você afirma. Minha única vontade neste caso é a de criarmos um ambiente propício a construção de um novo grupo politico no Maranhão que seja capaz de desbancar Flávio Dino em seu intuito de se reeleger, prorrogando seu governo de perseguição em nosso estado.

Há uma outra coisa que precisa ser dita: ao contrário do que pessoas de pouca capacidade de entendimento politico imaginam, eu gostaria de ver o senador Roberto Rocha numa verdadeira posição de liderança de um novo grupo político, uma vez que ele controla um grande partido com ligações sólidas com a cúpula nacional dessa agremiação, que terá um forte candidato a presidente da República. Penso que esta é a oportunidade para Roberto criar e consolidar um grupo político, coisa que ele nunca teve. Ele sempre fez política praticamente sozinho, e velhos mestres como Sarney, Luiz Rocha e Nagib Haickel, sempre souberam que a coisa mais importante na política é um grupo!

Mais adiante você tenta desenvolver um raciocínio que também está aquém de sua capacidade de entendimento, e o máximo que você consegue é ser grosseiro, fato que nem vou levar em consideração pois é uma grosseria sem nenhum propósito, coisa bem parecida com o que fazem os safados pagos para defender Flávio Dino, pústulas que não atacam as teses levantadas em oposição a ele, mas as pessoas que as formulam. Ação tola e completamente ineficiente. Mesmo assim, em respeito a você vou citar o que disse e em seguida comentar.

“Bom, assim como Roberto Rocha, Joaquim é de família tradicional da política maranhense. Seu pai, o saudoso Nagib Haickel, foi um político respeitado, presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, amigo e aliado do Sarney assim como o pai de Roberto, o também saudoso ex-governador Luiz Rocha. Ambos são órfãos dos seus respectivos genitores. E as semelhanças entre Roberto e Joaquim acabam por aí. Diferentemente de Joaquim Haickel, o senador Roberto Rocha é um sobrevivente da política! Sem o pai, conseguiu na unha construir o seu próprio destino político num estado que é não é para qualquer um sobreviver politicamente. Basta ver onde está Quincas Haickel e onde está Bob Rocha.”

Bob como o amigo é tolo! Com uma assessoria de imprensa como essa é melhor mesmo que o senador Roberto Rocha não seja realmente candidato a governador!

Sobre meu pai ser aliado de Sarney o amigo não conhece bem a história e por isso erra. Quando da primeira eleição de Nagib Haickel, em 1970, Sarney colocou um candidato sobre ele na região do Pindaré, Eurico Galvão. Nagibão se elegeu e o candidato apoiado por Sarney não. Meu pai ficou com Pedro Neiva quando Sarney rompeu com o então governador. O mesmo aconteceu com Nunes Freire. No governo de Castelo as coisas se inverteram, Meu pai ficou contra no começo, mas no final, com o rompimento de José com João, papai ficou com o governador. No governo de Luiz Rocha meu pai ficou de fora, mesmo que fosse amigo particular de “Loia”. O distanciamento deles se deveu ao fato de papai, no Colégio Eleitoral, votar em Maluf e não em Sarney, que era a régua e o compasso de Luiz, que diga-se de passagem foi sempre politicamente correto com seu criador.

Digo tudo isso só pra provar a você que não sabe o que diz, e se erras em fatos históricos, facilmente comprováveis, imagina o que ocorre com suas reflexões sobre política!

Quanto ao lugar em que se encontra, politicamente, meu caro amigo Roberto Rocha, só tenho a dizer que é um lugar verdadeiramente importante e privilegiado, além de merecido, pois vejo em Roberto as qualidades necessárias a um excelente parlamentar.

Quanto ao lugar onde eu me encontro, só posso lhe dizer que é exatamente o lugar que eu escolhi para estar. Posso lhe garantir que poderia estar em outro lugar se assim desejasse, mas eu sou um homem que pensa muito antes de resolver fazer apenas aquilo que acha ser o que há de melhor. Algumas poucas vezes não consegui, mas foram realmente poucas as vezes em que isto aconteceu. Só lhe lembrando, me elegi a primeira vez aos 22 anos em 1982, a mesma eleição em que Luiz Rocha se elegeu governador, escolhido que foi por Dona Marly. Deixei de ser deputado em 2011, quando não quis mais me candidatar em 2010. Nunca perdi uma eleição. Lembro-lhe também que ao contrário do amigo Roberto Rocha, meu pai nunca foi governador do Estado, e portanto eu nunca pude ter a mesma penetração política e eleitoral que ele, por isso a sua ignóbil tentativa de me diminuir em relação a ele, nada mais é do que mais uma tolice grosseira de sua parte.

Veja bem meu caro Bob Lobato, nem vou aqui usar aqui o golpe baixo amplamente utilizados pelos asseclas de Flávio Dino, que tentam desqualificar o mandato de senador de Roberto. Tenho orgulho de ter Roberto Rocha como representante do Estado do Maranhão em nossa Câmara Alta, mesmo tendo eu votado em Gastão Vieira.

Em seguida você narra um fato que realmente aconteceu, mas a mera citação dele, um tanto fora de contexto, não garante seu entendimento, pelo contrário, infecta de erro sua abordagem.

“No final do ano passado, Joaquim Hacikel me procurou para “dialogar sobre o projeto Roberto Rocha governador”. Animado, Quincas chegou a sugerir a criação de um “núcleo estratégico” para pensar a candidatura do Roberto ao governo do Maranhão citando nomes de algumas personalidades para compor esse tal núcleo. Claro que atendi a sugestão do amigo e tratei de submeter ao Roberto, que a princípio gostou da proposta, mas pediu para aguardar, pois, na avaliação do senador, ainda era cedo para definir esse tipo de coisa. Pois bem. De uma hora para outra, eis que surge um Joaquim Haickel apaixonado pela tese da candidatura de Eduardo Braide a governador do Maranhão. Não entendi mais nada!”

Você só não diz que do momento em que conversei com você até quando todos vimos que a candidatura de Roberto Rocha não conseguia deslanchar, passou-se tempo suficiente para reconhecermos que algo precisava ser feito, de tal forma a não se desperdiçar a excelente estrutura partidária de Roberto e do PSDB, tanto a nível local quanto a nível nacional e agregarmos candidatos que pudessem realmente vencer de Flávio Dino em um eventual segundo turno.

Neste momento faço um parêntese para defender a minha tese. Precisamos que Roseana seja candidata pois seus votos na casa dos 25 ou 30 por cento ajudam muito que haja um segundo turno. Pensei que Roberto pudesse superar Roseana, tendo mais votos que ela, mas vi que não pode! Tudo que Flávio sonha é com Roseana enfrentando-o no segundo turno, pois ele acredita que a vença. Eu também! Assim sendo, só vejo um nome novo, alguém que possa agregar todos os grupos contra os comunistas e os não tão comunas. O nome que temos é o de Eduardo Braide. Se fosse o de Zé das Couves seria o nome dele que defenderia. Simples assim! Só não entende quem não quiser ou quem não tiver o mínimo de capacidade de entendimento do “bêaba” da política.

Depois amigo Bob você me aparece com uma outra pérola da tolice e da obviedade: “Ora, Joaquim é, e sempre foi, do grupo Sarney, ainda que tenha e faça críticas públicas a principal herdeira do grupo, a ex-governadora Roseana, de quem foi secretário de Estado.” Poxa Bob, todo mundo está cansado de saber disso. As pessoas devem se lembrar dos textos que escrevo e publico no jornal da própria Roseana! Discordei dela quando ela quis privatizar uma concessão federal, quando acabou com o SIOGE, com o sistema de apoio à agropecuária, quando ela inventou aquele negócio de gerências… Mas, uma coisa seja dita em defesa dela: por pior que ela possa ser, é infinitamente melhor que Flávio Dino, que é perseguidor, hipócrita, arrogante, prepotente, sectário, maniqueísta, messiânico e como se não bastasse, nunca desceu do palanque ou deixou de fazer política universitária. É por isso que eu desejo que o senador Roberto Rocha lidere um grupo que possa desbancá-lo.

Como um bobão você pergunta: “A quem Joaquim Haickel serve?” Qualquer pessoa que me conheça ou que venha a ler esse texto vai saber, amigo! Só você, que mesmo sabendo, fica fazendo esse joguinho tolo!

Mais abaixo, em seu texto, você completa sua sentença de tolo: “PS: Quero deixar bem claro que não tenho absolutamente nada contra o amigo Eduardo Braide ser candidato a governador, pelo contrário, sou, inclusive, defensor que o deputado converse com o PT. O foco das minhas postagens é apenas polemizar, democraticamente, como meu colega de blogosfera Joaquim Haickel.”

Você receita ao Braide um remédio tóxico, do qual você sabe que vai matar o paciente, morte que acarretará a nossa também! Você indica ao Braide que procure o PT! Ora amigo, tenha a santa paciência! Deixe de loucura!

Espero que o amigo nem se dê ao trabalho de escrever ou publicar as partes 2 e 3 desta pergunta infame, pois todos sabemos que você está a serviço de Roberto Rocha, mas eu se fosse ele estaria insatisfeito com o seu serviço!

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Marielle e Anderson

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O assassinato da Vereadora Marielle Franco ocorrido no último dia 14 de março no Rio de Janeiro, tem sido o assunto mais frequente durante toda essa semana e vai continuar a ser ainda por um bom tempo.

Esse, como outros crimes semelhantes são abomináveis e inadmissíveis, uma vez que por via da violência eliminam uma pessoa que luta na defesa da sociedade, mesmo que apenas de uma determinada parcela dela.

A mim não interessa politizar as ações ou analisar ideologicamente a postura de Marielle. Pra mim pouco importa se ela era do PSOL, do DEM, do PT ou do PSDB ou de qualquer outro partido. O que importa pra mim é que a sociedade não esteja exposta a sofrer esse tipo de ataque contra quem se dispõe a defender preceitos básicos inscritos em nossa carta constitucional.

A forma como Marielle atuava politicamente, sua postura pessoal, suas opções de qualquer natureza, não podem ser levadas em consideração em qualquer tipo de avaliação sobre este caso. Eu particularmente não comungo das formas com que o PSOL aborda a questão da violência, porém me junto a ele e me solidarizo com todos que lutam pela defesa intransigente dos direitos das pessoas, como fazia Marielle.

Ao sair daquela última reunião e entrar naquele carro, a vereadora rumava para os últimos instantes de sua vida. Nenhum motivo justifica seu brutal assassinato. Não haverá nenhuma justificativa que possa ser aceitável. O que precisamos saber, de maneira cabal e definitiva é qual foi a motivação para executarem um agente público daquela maneira.

A mim não importa que Marielle fosse mulher, negra, favelada, homossexual ou esquerdista. Marielle para mim, antes de qualquer coisa, era uma pessoa e como tal e em primeiro lugar deveria ser vista e respeitada.

Logo depois da repercussão do ocorrido com Marielle, as redes sociais passaram a expor histórias e relatos de que a vereadora tinha íntimas ligações com o crime organizado e com a bandidagem carioca. Essa passou a ser a tese defendida por pessoas incapazes de ler corretamente o cenário político e administrativo pelo qual atravessa a combalida cidade do Rio de Janeiro, pessoas sem nenhuma condição de reconhecer o grave momento pelo qual não apenas o estado do Rio, como todo o Brasil se encontra.

Quem dissemina a versão de que a pessoa que acaba de ser chacinada o foi porque tem envolvimento com os criminosos que a assassinaram, não entendem que só fortalecem a tese oposta à sua.

É inadmissível que depois de ser brutalmente morta, a vereadora Marielle Franco sofra uma covarde tentativa de assassinato moral, a tentativa de destruição do sentido de sua vida. Crimes como esse devem ser combatidos com a mesma energia com que se combate o crime previsto no Art. 121 do CPB.

O combate às desigualdades nos locais em que Marielle operava, invariavelmente a colocava próximo da violência e da bandidagem, mas quem vive em uma comunidade no Rio de Janeiro que pode dizer que não está vivendo próximo dessas coisas no seu dia a dia?

Há um outro fator que precisa ser analisado em todo esse contexto, mesmo que seja complicado de ser abordado. A morte de Marielle não pode e não deve ser usada como escudo ou mesmo como aríete político, com finalidade específica de tentar prejudicar as tentativas de solução do problema da violência generalizada no Rio de Janeiro.

Que a imagem de Marielle seja usada como símbolo dos combates nobres e justos que ela empreendia, isso eu mesmo defenderei intransigentemente. Se alguém de seu partido ou de sua ideologia quiser usar a imagem dela para ganhar adeptos e eleitores, que seja, mas que não venham usar o caso deste bárbaro assassinato para tentar impedir o combate a esse tipo de ação criminosa, pois tal coisa seria invalidar a verdadeira essência daquilo pelo qual Marielle lutava.

Replico aqui as palavras do jornalista Linhares Junior, que retratam de forma concisa e objetiva tudo que eu penso e sinto sobre essa tragédia. “Marielle Franco foi vitimada três vezes: vítima dos covardes que a mataram, vítima dos irresponsáveis que tentam usar politicamente sua morte, vítima dos boçais que mancham sua memória”.

Alguém vai dizer que até agora não falei do motorista Anderson, mas o desfecho desse meu texto é dedicado a ele.

Anderson neste contexto representa o povo carioca e brasileiro, vítima indireta dessa guerra insana a qual estamos submetidos. A morte de Anderson é efeito colateral dessa batalha campal diária em que, principalmente o povo do Rio de Janeiro vive.

 

 

 

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Uma visão sobre Michel

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Em 1987 cheguei a Brasília, sucedendo meu pai que havia sido deputado federal por dois mandatos, entre 1978 e 1986. Naquela ocasião, com menos idade que eu, no Congresso Nacional só havia Rita Camata, Aécio Neves e Cassio Cunha Lima. Todos alçariam voos mais altos, mas talvez nenhum possa dizer, como eu, que consegue colocar a cabeça no travesseiro e dormir sem sobressaltos… A contabilidade da vida faz isso conosco. Quem tem muito a ganhar, acaba tendo muito a perder!…

Em 1982 eu havia me elegido deputado estadual no Maranhão, quando fui o mais jovem entre os eleitos no Brasil. Enquanto eu exercia meu primeiro mandato eletivo, o hoje presidente da República era procurador-geral do maior Estado brasileiro e depois foi seu secretário de Segurança.

Conheci Michel Temer em 1987, em Brasília, quando fomos deputados federais constituintes! Esse patrício, descendente de libaneses, sempre foi um sujeito pacato e talvez essa deva ser a sua marca registrada. Muito formal, fala como se escolhesse as palavras, buscando sempre com elas esculpir frases perfeitas.

O Michel com quem tive um breve convívio, não me pareceu ser uma pessoa intransigente, um camarada arrogante, um homem duro ou inflexível, pelo contrário, sempre o achei cordato e contemporizador, às vezes até demais.

Não tenho notícias de ele ter sido grosseiro ou impertinente com quem quer que seja. Ele é um legítimo representante da boa índole e da hospitalidade libanesa. Muitas vezes nos últimos tempos tenho torcido para que ele não seja assim, já que estamos precisando de um presidente mais enérgico, que imponha com mais tenacidade e até com um pouco de “autoritarismo” as diretrizes necessárias para nos fazer atravessar as tempestades deste mar bravio em que nos encontramos.

Fui apresentado a Temer por um deputado que havia sido colega de meu pai, o saudoso Maluly Netto, que servia como catalizador da bancada libanesa no Congresso Nacional.

Lembro-me de algumas reuniões na embaixada do Líbano, convidados pelos Hobaika, Samir e Mona, um belíssimo e elegante casal que representava aqui o país de nossos antepassados. Desde ali observei que o jeito discreto e pacato de Michel fazia dele o interlocutor desejado pelos políticos mais conservadores, qualidade da qual ele iria se aproveitar nos anos seguintes, na condição de líder do maior partido de centro do Brasil.

Minha maior aproximação com o atual presidente da República foi quando da minha relatoria do projeto do deputado Amaral Neto sobre a inclusão da pena de morte em nosso texto constitucional. Até hoje me pergunto o motivo de terem me colocado para relatar matéria tão polêmica.

O fato é que no meio da tramitação do projeto, eu fui designado para representar o Brasil em uma missão oficial na China e tinham que escolher um deputado para me substituir por 15 dias, enquanto eu estivesse fora do país. O presidente da Comissão de Direitos e Garantias Individuais, Darcy Pozza, me chamou e perguntou quem eu indicava. Michel estava sentado duas cadeiras adiante e eu disse que poderia ser ele.

Nunca imaginei que eu teria escalado para me substituir, um colega que viria a ser, mais tarde o presidente da República!

Mas, deixando tudo isso de lado, gostaria de dizer algo sobre este homem que não é nenhum santo, porém, certamente não merece tanta desconsideração como vem recebendo.

A imagem de Michel Temer está manchada, sua biografia maculada, e acredito que sua administração não será exaltada no futuro, mas espero que a história, um dia, lhe faça justiça e demonstre que tudo isso que está acontecendo se deve às condições catastróficas que ele herdou e teve que enfrentar, decorrente de um governo anterior desastroso, de uma conjuntura política decrépita, de uma radical convulsão social e de um momento econômico extremamente volátil.

O que Temer está enfrentando, os percalços pelos quais ele está passando, são coisas que uma pessoa comum não seria capaz de suportar.

Com uma impopularidade que beira 95%, o governo de Temer não entrará para a história do Brasil como um modelo a ser seguido, porem é importante que a história também registre, de maneira objetiva e imparcial, os acontecimentos que determinaram seu tempo no comando de nosso país.

Espero que um dia se possa fazer justiça quanto ao trabalho de Temer, mesmo que hoje, de perto, muitos não sejam capazes de reconhecer sua verdadeira importância.

 

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Caduco, mas já foi importante!

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Há 170 anos, no dia 21 de fevereiro de 1848, era publicado pela primeira vez, o “Manifesto do Partido Comunista”, documento que expressa os propósitos da então Liga dos Trabalhadores, escrito pelos teóricos fundadores do socialismo científico, Karl Marx e Friedrich Engels.

O documento, escrito em meio ao conturbado processo de lutas urbanas que ficou conhecido como “As Revoluções de 1848”, também conhecida como “Primavera dos Povos”, processo revolucionário de quase um ano que atingiu os principais países europeus e tinha como foco principal fazer uma análise crítica profunda sobre a Revolução Industrial, que estava em seu apogeu naquele momento. Duas das maiores reivindicações contidas naquele documento eram as reformas sociais e trabalhistas e o voto universal, mesmo que naquele momento, apenas para os homens.

Os principais pontos do manifesto eram: abolição da propriedade da terra e a proibição de arrendamento; tributação progressiva; extinção dos direitos sobre a herança; centralização do crédito pelo atacado nas mãos do Estado em apoio à cooperativas de microcrédito; estatização total das empresas de transporte e comunicação; estatização dos meios de produção, da agricultura e das fábricas; a igualdade entre todas as formas de trabalho além da criação de um corpo de funcionários públicos voltados para a agricultura; integração completa entre campo e cidade; educação infantil universal em escolas públicas; proibição do trabalho infantil; e integração entre mundo fabril e mundo escolar.

Visto em retrospectiva, quase tudo o que foi defendido pelo Manifesto Comunista era correto e justo, pois havia algumas incoerências do ponto de vista jurídico, como a total abolição do direito à propriedade e à herança. Taxar propriedade e herança é uma coisa aceitável, extinguir esse direito é um absurdo!

Ocorre que há 170 anos, tudo aquilo que foi sonhado e idealizado por pessoas de mentes extraordinárias, naquele momento era necessário, mas envelheceu! O verbo envelhecer aqui usado não tem nenhuma conotação negativa além de seu próprio significado, algo que o tempo de apogeu já passou. O comunismo envelheceu graças ao sucesso primário das ideias basilares difundidas e absorvidas pela sociedade, pelos filósofos que as idealizaram e propagaram. O comunismo como ideologia política se provou manco e caolho, mas como plataforma de conquistas de direitos das pessoas e das comunidades, se mostrou indispensável e eficaz.

Como regime político institucionalizado, o comunismo nunca, em nenhum lugar em que foi implantado, teve o sucesso projetado por seus idealizadores, pois há uma diferença enorme entre a tese filosófica elaborada por gênios como Marx e Engels e a executabilidade delas por políticos autoritários, antidemocráticos, sectários e maniqueístas como Lenin, Stalin, Mao ou Fidel.

Reconheço a importância das ideias filosóficas em que se baseia o comunismo, mas repudio peremptoriamente a aplicação delas de forma prática, como regime político, como forma de governo.

Muitos dos pensamentos e dos anseios de Marx e Engels, a maioria das coisas pelas quais eles lutavam para conquistar para o proletariado eram coisas pelas quais valiam à pena e precisavam ser conquistadas. Não estamos mais em 1848, as circunstâncias sociais não são mais as mesmas, mesmo que a lógica do mercado e da sociedade não tenha mudado em sua essência, e é por isso que o comunismo como idealizado há 170 anos não tem nenhum sentido. Quem insiste nessa utopia nem pode ser chamado simplesmente de doido, mas deve ser reconhecido como embusteiro.

A luta pelos direitos civis, sociais e comunitários das pessoas é bela e nobre, mas não pode ser realizada com messianismo, coisa que não existia da parte dos ateus idealizadores do comunismo.

 

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