De quem é a culpa!?

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(Fragmento de uma crônica antiga, bem presente)

No final vamos acabar descobrindo que todos os personagens, de qualquer historia, de uma forma ou de outra, uns mais outros menos, tem sua cota de culpa e de responsabilidade no desfecho do enredo que protagonizam. Sejam como atores principais ou como meros figurantes, mas uma coisa é certa, a parte maior da culpa cabe sempre a quem detém o poder, a quem manda, ou a quem delega esse mandato. Dessa culpa ninguém pode fugir.

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… É refresco!

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Tomar decisões não é uma coisa fácil! É complicado, principalmente se você pretende fazer isso usando a coerência e o bom senso.

Ano passado recebi um pedido de um grande amigo meu a quem devo muitos e impagáveis favores. Político de grande peso eleitoral em seu município, esse meu amigo pediu que eu não descansasse enquanto um adversário seu, na verdade nosso, um sujeito realmente ordinário, não fosse cassado. Ele me pediu que me empenhasse ao máximo para que o dito cujo perdesse o mandato de vereador, tendo em vista o flagrante descumprimento às normas eleitorais vigentes. O safado infeliz mudou de partido quando isso não era possível fazer.

Quando ele me falou isso, imediatamente me veio à lembrança um pedido semelhante, mas, ao inverso, que me fizera uma semana antes outro amigo, desta vez um vereador de outro município. Este, que também é gente boa e meu amigo de primeira hora, pediu-me para que eu não permitisse que ele fosse cassado, pois também mudara de partido fora do prazo.

Eu discordo peremptoriamente da interpretação do Tribunal Superior Eleitoral – TSE sobre a decisão de a quem pertence o mandato eletivo, sobre qual é a intenção do eleitor ao votar e eleger este ou aquele candidato. Em minha modesta opinião o eleitor escolhe esse ou aquele representante independentemente do partido a que ele pertença. Por exemplo, todos nós sabemos que para o eleitor de Lula não importa se ele é do PT, do PSB, do PCdoB, do PDT ou do PMDB. O mesmo acontece com Maluf, Gabeira, Collor, Ciro, Clodovil…

Acho que tenho um exemplo que pode provar a minha tese. Caso Romário se candidatasse a deputado pelo Rio de Janeiro, tanto alguns vascaínos quanto outros flamenguistas iriam certamente votar nele, não importando se ele fosse filiado ao PV ou ao PRB.

Os manuais de política, dos mais elementares aos mais complexos, mandam que se encarem os casos que citei anteriormente de forma pragmática. Da mesma forma como faria um advogado que fosse contratado por aqueles meus dois sujeitos, um querendo que acompanhasse o processo para garantir a cassação de um desafeto e o outro para defendê-lo, para que ele não fosse cassado.

Qualquer advogado pegaria os dois casos sem nenhum constrangimento ou medo de ferir a ética. Pois, pelo fato de serem processos diferentes e interesses não conflitantes, mesmo que ele, o advogado, tivesse perante a mesma corte de justiça, no caso a eleitoral, se posicionar usando argumentos completa e diametralmente opostos, de um caso para o outro, ele estaria no seu papel de advogado.

Essa aparente falta de coerência às vezes me incomoda, mas ao mesmo tempo me faz refletir sobre minha atividade política. E é bem ai que se localiza todo o mistério do exercício da política, é exatamente aí que reside o meu dilema em relação a ela: o político correto, coerente, sensato, deve propugnar uma única verdade para correligionários e adversários? Deve colocar acima de seus interesses partidários e eleitorais a defesa da coerência? Coerência e política podem andar juntas sem que uma prejudique a outra? Deve o político ter um juiz dentro de si, que julgue a todo instante o que fazer e o que deixar de fazer? Ou ele deve simplesmente defender os interesses de seus eleitores, não importando para isso nenhuma noção de coerência ou de juízo de valor?

Talvez não esteja conseguindo ser bem claro, por isso vou tentar exemplificar melhor: imagine um congressista que tenha sido eleito com o decisivo apoio do Movimento dos Sem-Terra. Um dia ele tem que votar uma lei, que apesar de correta, coerente e justa, impedira definitivamente que se faça reforma agrária em terras realmente produtivas, coisa que o MST discorda totalmente. Como você acha que deve agir esse parlamentar? Votar a favor da lei ou, mesmo sabendo ser a tal lei correta e justa, votar contra ela, mas em defesa dos interesses daqueles que o elegeram?

E então, você ainda pensa que ser político é fácil!?

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Um grande líder, mas um terrorista

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O Theodoro, comentarista do meu Blog, me mandou um artigo escrito por Avraham Tsvi Beuthner. Nele há um trecho que acredito ser bastante relevante, tanto que meu texto de hoje será baseado nele. Uso-o como contraponto. Espero que apreciem.

“(…) O Corão ensina que quando Maomé quis conquistar Meca e não conseguiu, ele fez um acordo de não agressão de dez anos com a tribo de kuraysh (que dominava Meca) e assim entrou pacificamente na cidade. Dois anos depois, quando sentiu que as defesas de kuraysh baixaram, ele os atacou impiedosamente massacrando-os e conquistando Meca.
Quando seus fiéis lhe perguntaram como um profeta podia mentir, pois ele assinou um acordo com eles de não-agressão, Maomé lhes disse [preste atenção, pois esta é uma pérola da filosofia e mentalidade árabe que todos os pobres ocidentais incultos deveriam aprender.

Você pode massacrar os kuraysh mesmo depois de assinar um acordo de paz com eles pois “um acordo com infiéis (=aqueles que não são muçulmanos) não é um acordo. (…)”.

Pois Bem! Alguém poderia me dizer quem foi um dos maiores terroristas que já existiu?

A grande maioria dirá Osama Bin Laden e estarão corretos, pois ele é realmente um dos maiores, se não for o maior. Muitos falarão de Hitler, de Gengis Khan, de Átila… Existiram muitos bárbaros sanguinários e infames. Mas haverá um importante personagem histórico o qual ninguém falará, porque a história sempre o tratou como herói, e ele foi mesmo um grande herói, um grande líder, mas de certa forma também foi um grande terrorista.

Estou falando de Moisés. É isso mesmo! O grande Moisés, aquele que quando bebê foi tirado das águas do Nilo e criado como um príncipe, filho da filha do faraó do Egito.

Libertador, segundo os estudiosos da religião de mais de um milhão de judeus. Segundo alguns arqueólogos seriam apenas uns 200 mil. Esse homem, Moisés, foi um dos maiores terroristas de todos os tempos.

Não entendeu ainda como!? Por que!? Eu explico!

Moisés fez cair sobre o Egito dez pragas até que o faraó libertasse seu povo da escravidão. Pelo menos é isso que dizem as escrituras. As pragas aconteceram como se fossem atentados contra o estado que escravizava o povo judeu. Uma a uma elas se sucederam causando danos às pessoas e ao país, implantando o caos, até que não mais suportando o faraó autorizou a partida dos escravos que estavam ali desde quando José os trouxe séculos antes, para que não morressem de fome durante os sete anos de privação. José os livrou da fome e acabou permitindo que eles fossem escravizados. Coisas da história que se repete ciclicamente.

Pois bem, Moisés mandou as pragas. Fez as águas do rio Nilo se transformarem em sangue causando um verdadeiro caos para toda a população que dependia dela. Depois, mandou que as rãs invadissem as cidades. Puro terrorismo. Depois foi o surto de piolhos. Deve ter sido horrível. Imaginem um surto incontrolável de piolhos em Nova York!? Seria um pandemônio. O mesmo aconteceu com as moscas. Depois ele mandou doenças sobre os animais, liquidando com os domésticos e destruindo os rebanhos, trazendo com isso a fome. Depois, foi a vez das sarnas que se transformavam em úlceras horríveis e doloridas. Uma peste. Como o faraó não cedia, ele mandou uma grande chuva de granizos. As pedras dos meninos palestinos não são nada perto disso. Depois foi a vez dos gafanhotos comerem o que restou das plantações. Até aqui, Moisés se preocupará em quebrar a economia e destruir a vida diária do Egito e de seu povo. Foi o equivalente a uma bomba que destruísse Wall Street. Em seguida, ele fez cair as trevas em pleno dia. Tentou incutir no povo o medo da falta de seu Deus maior, o Sol. Foi quase o ápice de seu terror. Mas o pior ainda estava por vir. No final Moisés fez morrer todos os primogênitos de todas as famílias, a não ser daquelas que sacrificassem um cordeiro e manchassem as portas de suas casas com o sangue do animal, ou seja, só os primogênitos judeus sobreviveram. O assassinato de crianças já acontecera antes, no mesmo Egito. Moisés escapou porque sua mãe ao invés de jogá-lo no Nilo como mandava a lei, o colocou num cesto de vime e o fez chegar nas mãos da princesa. Séculos depois, crueldade similar aconteceria novamente, perto dali, desta vez na Judéia, quando Herodes, no afã de destruir o Messias, mandou que todos os meninos recém-nascidos fossem assassinados. Tudo isso é puro terrorismo de Estado.

Agora você concorda ou não comigo que Moisés foi um dos maiores terroristas que já viveu sobre a terra? Não importa se seus motivos eram justos, pois os imbecis radicais do Hamas e do Hezbollah acreditam que sejam justos os seus motivos e os do infame Osama Bin Laden e de seus homens-bomba.

Não importa que Moisés tenha sido um grande líder de seu povo, o que importa é que ele usou de todos os meios ao seu alcance para atingir seu objetivo, e é isso que caracteriza um terrorista.

O tempo passou e naquelas terras tudo continua como antes, a única coisa que mudou em mais de 3.000 anos foi a posição dos contendores. Antes, um era o escravizado, o oprimido, agora é ele o opressor.

Que Deus, que Alah, lhes dê sabedoria e que ela traga consigo a tolerância e a paz.

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Deu no Jornal o Estado do Maranhão!

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Em homenagem ao Isac (CM), comentarista desse blog.

O filme “Pelo Ouvido” de Joaquim Haickel já começa o ano sendo selecionado para mais dois importantes festivais na Europa. Trata-se do Festival International du Film d’Amour de Mons, na Bélgica  e do Encuentros de Cine Sudamericano de Marsella, na França. São respectivamente os festivais de numero 39 e 40 em que o filme participa, já acumulando até agora 8 premiações.

Joaquim prepara juntamente com seus parceiros, Arturo Sabóia (co-roteirista) e Cássia Mello (co-produtora) para fazer mais filmes ainda este ano. Pelo menos dois serão extraídos das paginas do livro “A Ponte”, escrito por Joaquim e lançado nacionalmente em 1991 pela Editora Global.

Outro projeto desse grupo é a realização em São Luis de um curta-metragem de ficção baseado num conto do escritor cabo-verdense Mia Couto, cujo argumento é do jovem Arturo e que deverá contar com a participação de dois atores de renome nacional.

Joaquim pretende realizar vários projetos em parceria com outros jovens cineastas e escritores maranhenses. Francisco Colombo deverá ajudá-lo na produção e na edição de um documentário cujo tema permanece em segredo absoluto. Depois Joaquim, através da Guarnicê Produções, apoiará Colombo na realização de dois curtas de ficção, “Reverso” e “A Espera”, o primeiro foi escrito e será dirigido por Colombo, já o segundo terá roteiro e direção de Lea Furtado.

Joaquim deverá também adaptar e dirigir um filme baseado num texto de Felix Alberto Lima sobre uma família de remanescentes de uma pequena e quase extinta tribo indígena que perambula pela reserva biológica do Gurupi.

A Guarnicê Produções, com apoio das Secretarias de Cultura do Estado e do Município de São Luis, do Departamento de Assuntos Culturais da Universidade Federal do Maranhão, do Instituto Guarnicê e do empresariado local, pretende lançar, por ocasião do Festival Guarnicê, em junho, um DVD contendo os mais importantes curtas-metragens realizados por cineastas maranhenses.

Isso não é tudo. Joaquim tem noticias ainda melhores para o setor cinematográfico de nosso estado, como a implantação do Museu da Memória Audiovisual do Maranhão (MAVAM), pertencente à Fundação Nagib Haickel, que já teve iniciadas as obras de restauro do prédio onde funcionará e que deverá iniciar suas atividade em dezembro do corrente ano.

O museu será formado pela “Usina de Memória”, que é uma produtora de audiovisuais, pelo “Armazém da Memória”, que é onde se guardará e se apresentará o acervo audiovisual produzido ou resgatado, e pelo “Farol da Memória”, um canal de educativo e cultural televisão que também deverá ser inaugurado em dezembro de 2009.

A partir do funcionamento do MAVAM, poderá haver a consolidação definitiva da produção audiovisual e cinematográfica em nosso estado.

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Por causa de Gaza

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Recebi de um cidadão que se diz chamar Theodoro, um comentário ao meu texto do ultimo domingo (“Um Absurdo!”, também postado no meu blog). O mesmo havia antes sido comentado por uma jovem inteligentíssima chamada Paoula. Achei por bem repercutir aqui no JEM, pois é o maior veículo de informação escrita de nossa terra e acredito que coisas como essas devam ficar registradas.
 
Paoula : “(…) eu estou completamente triste com toda essa situação, não vou nem mentir que já estou até criando um certo ódio de Israel. Esse “país” não tem noção de suas atitudes e nem da brutalidade com que está agindo (…) E mesmo assim sou consciente que não é um país tão idiota assim, afinal, é o unico democrata do Oriente Médio (…)”
 
Theodoro: (…) O ESTADO DE ISRAEL TEM O DIREITO DE DEFENDER-SE CONTRA OS MISSEIS ASSASSINOS A SERVIÇO DE GRUPOS TERRORISTAS PALESTINOS (…) AQUELA GUERRA JÁ COMEÇOU HÁ ALGUMAS DÉCADAS, QUANDO ALGUNS PAÍSES ÁRABES, DE FORMA SORRATEIRA E IMORAL, TENTARAM TOMAR AS TERRAS DE ISRAEL, NA CHAMADA GUERRA DO SEIS DIAS. SR. PAOLO BRAIDE ANTES DE FAZER ESTE TIPO DE COMETÁRIO ANTI-SEMITA, PROCURE CONHECER A VERDADEIRA HISTÓRIA QUE VEM OCORRENDO NAQUELA REGIÃO, DAS DIVERSAS INJUSTIÇAS CONTRA O POVO JUDEU. PROCURA ESTUDAR A HISTÓRIA DAQUELE POVO ANTES DE DISTORCER A REALIDADE DOS FATOS. O HAMAS, O REZBOLAR E O DIABO A QUATRO TEM QUE ENTEDER QUE ISRAEL EXISTE E CONTINUARÁ EXISTINDO, QUER O POVO PALESTINO QUEIRO OU NÃO (…)”

Joaquim: “Desculpe-me senhor Theodoro, mas o senhor esta um pouco equivocado, o que é bastante compreensivo, pois muito pouca gente consegue entender essa situação minimamente (…)

As terras onde hoje fica o estado de Israel são as mesmas que milênios atrás eram conhecidas pelo nome de Canaã. Antes dos judeus, filhos e sobrinhos de Judá, primogênito de Jacó (que mudou seu nome para Israel), filho de Isaac, que por sua vez era filho de Abraão, chegasse por aquelas bandas, guiados por Moises, que os havia libertado do cativeiro no Egito, para onde foram séculos antes fugindo da fome da Caldeia, aquelas terras já eram habitadas há muitos e muitos anos por descendentes de Ismael, o outro filho do mesmo Abraão com a escrava egípcia, Agar. (…)

Quando os judeus voltaram para Canaã, depois do segundo êxodo, já em 1948, quando foi criado o estado de Israel, os descendentes de Abraão, de Isaac, de Jacó (Israel), das dez tribos que formaram o povo de Israelita há mais de 3000 anos, encontraram em Canaã, na Palestina de hoje, os descendentes de Abraão, de Ismael e até alguns de Isaac, não os de Jacó, mas alguns de Esaú, seu irmão, que teve a primogenitura roubada por ele.

Nesse conflito não há quem esteja com a razão ao seu lado. Para ele só vejo um encaminhamento de solução, ou um começo, a criação de um estado palestino, da mesma maneira que foi criado o estado israelense. (…)
 
Quanto à guerra dos seis dias ela foi vencida e muito bem vencida por Israel. Uma coisa é enfrentar exércitos, tanques, aviões, e quanto a isso defenderei o direito de qualquer estado em se defender e até em atacar. Mas isso não é o mesmo que atacar civis, com o intuito de desalojar milicianos. Isso é que é um absurdo! O melhor exercito do mundo matando criancinhas, enquanto poderia ir atrás de Osama!? Enquanto poderia neutralizar os chefes do Hamas e do Hezbollah!?

Veja mais uma coisa, a Paola que só tem 18 anos, ressalta uma coisa importantíssima. Israel é a única democracia existente no oriente médio e por isso mesmo deveria ter uma maior capacidade de discernimento da situação. São os fortes que tem a maior responsabilidade quanto à solução dos conflitos.

O povo Judeu já sofreu muito e continua sofrendo, mas os palestinos são nesse momento os maiores sofredores nessa historia. Israel pode e até acho que deve caçar e destruir os terroristas, mas a morte de inocentes não deve acontecer sobre nenhum pretexto.
 
A integra dos textos acima você pode encontrar no endereço: https://www.blogsoestado.com/joaquimhaickel/2009/01/10/um-absurdo/

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Niver desse Blog

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Alguém mandou um vírus para esse texto que foi postado em 16 de outubro de 2008 e a única saída foi deletá-lo para depois recolocá-lo e assim me ver livre de milhares de desagradáveis spans.
 
Folheando esse meu Blog, descobri que ele completa dois anos nesse mês de outubro. Durante esse tempo, foram mais de 120 mil acessos. Ele ocupa o 6º lugar entre os mais de 20 Blogs do portal imirante. Foram 273 textos postados e 1863 comentários feitos a esses textos, totalizando mais de 6 comentários por post.
Em comemoração a essa data resolvi republicar uma das crônicas mais comentadas nele postada.
Obrigado por sua companhia nessa nossa jornada.
 

Os dez mandamentos de Maquiavel *

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Sou um dos mais novos adeptos do orkut. Na verdade nem sei bem como definir o que seja essa geringonça. Acho que sua melhor definição é que ele é um site de relacionamento onde você encontra pessoas que se agrupam em comunidades temáticas, e conversam, trocam idéias e opiniões sobre os mais diversos e variados temas.
Lá existem grupos pra tudo: dos que odeiam filmes legendados aos que adoram as coisas simples da vida. Dos que acreditam em príncipe encantado aos que são viciados em comida japonesa.
O orkut serve também para se reencontrar pessoas que não vemos há muito tempo, que não sabemos por onde andam. Por lá encontrei muita gente que há séculos não via, como foi o caso de um amigo de infância e colega do Colégio Batista, Antônio José Ritter Martins, que anda mergulhando mundo afora.
Tem gente que chega a ter mais de duas centenas de comunidades em seu cadastro. Eu só participo de umas duas dezenas delas. Todas giram em torno dos meus interesses: Literatura, cinema, história, cultura, lazer, política…
Outro dia entrei numa comunidade denominada Maquiavel e deparei com uma questão que já tinha visto antes, mas que nunca quis abordar. Naquela oportunidade resolvi tocar no assunto por lá, e hoje quero abordar o mesmo assunto por aqui. É o caso de uns tais dez mandamentos que teriam sido estabelecidos por Maquiavel. Puro mito.
Em seu livro O Príncipe, Maquiavel traça o perfil que deveria ter, e diz como deveria agir um governante na transição da idade média para o renascimento. O perfil que ele traçou para um poderoso Príncipe daquela época, sempre se mostrou atual todas às vezes em que foi, desde então, confrontado com a realidade.
Não me lembro de ter lido em nenhum lugar sobre estes tais dez mandamentos de Maquiavel, em todo caso, para um melhor entendimento, vou tentar desentortar e analisar estes dez mandamentos que encontrei no orkut como sendo dele.
Procurarei fazer uma analise segundo o que acredito que fosse a ótica de Maquiavel. Procurarei ser fiel à ótica que ele relata em sua obra, em que aconselhava, e continua aconselhando, aos detentores ou pretensos detentores do poder.
1- Zele apenas por seus interesses.
O apenas aqui na verdade quer dizer em primeiro lugar. Zele em primeiro lugar pelos seus interesses. Somente zele pelos interesses dos outros se eles vierem a coincidir com os seus interesses, ai eles passam a ser seus também. Quando você tiver que abrir mão de um interesse seu em beneficio do interesse de outros, que isso fique muito claro, e que se sobressaia a sua grandeza por ser capaz de tal feito.
2- Não honre a ninguém além de você mesmo.
Não se submeta, não se diminua, não se agache, não seja subserviente. Se faça útil, indispensável, tenha orgulho do que faz e o faça com competência e honra.
3- Faça o mal, mas finja fazer o bem.
Quando por acaso você vier a fazer o mal, quando for obrigado a prejudicar alguém, ou um determinado grupo, o faça. Mas procure minorar ou esconder tal feito, tal atitude, e principalmente seus efeitos.
4- Cobice e procure obter o que puder.
Busque, lute para que sua voz tenha força e suas ações tenham peso, importância e conseqüência e para que consiga atingir todos os seus objetivos.
5- Seja miserável.
Seja obstinado, não tenha medo do que vão falar de você, faça o que tem de ser feito. Se seu cavalo mais amado quebrar a perna, sacrifiquei-o. Se seu amigo mais querido lhe trair, esqueça-o.
6- Seja brutal.
Seja firme. Seja duro. Não tenha pena do enfermo pelo gosto amargo do remédio eficiente que tem que lhe ministrar, pela dor que a injeção irá causar, lembre-se da cura que provirá desse gosto amargo e dessa dor.
7- Engane o próximo toda vez que puder.
Engane apenas quando for indispensável e quando for possível, de tal forma e de preferência que esse próximo, e os distantes também, não descubram que foi enganado. Melhor ainda, que pense que foi na verdade ajudado.
8- Mate seus inimigos, e se for preciso mate seus amigos também.
Imobilize seus inimigos, tire-os de combate, faça com que eles não possam lhe causar nenhum dano ou problema. Coopte seus amigos, consiga seu apoio irrestrito, caso contrario, terá que agir com estes como se fossem inimigos. Melhor seria que seus amigos entendessem isso por si só.
9- Use a força em vez da bondade ao tratar com o próximo.
Use a justiça, a sabedoria, a inteligência, o poder. Quem detém tudo isso detém a força.
10- Pense exclusivamente na guerra.
Pense em primeiro lugar em suas estratégias, em sua logística, em seus movimentos, em suas ações e nas possíveis reações de seus parceiros e de seus adversários. A guerra é o jogo da vida. As mortes que acontecem nos campos de batalha são as conseqüências de um jogo da vida mal jogado, ou como preferem pensar alguns, são os efeitos colaterais de um jogo da vida bem jogado demais.
Vejam só como é possível distorcer ou mal interpretar as palavras e as idéias das pessoas. Se fazem isso com Maquiavel, imaginem com qualquer um de nós, pobres mortais. 
 
* Estes tais dez mandamentos de Maquiavel é invenção de algum sujeito muito desocupado, analisado aqui por outro sujeito, este nem tão desocupado, mas que é fã até das lendas em torno da vida e dos pensamentos do mestre florentino.

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Aviso em 11 idiomas

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Um absurdo!

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 São abomináveis e deploráveis as bárbaras e desumanas ações que o Exército de Israel empreende contra o povo da Palestina. Não há como sequer tolerar, nem como aceitar qualquer argumentação sobre essa brutal ofensiva militar na Faixa de Gaza. Estes ataques são um exemplo particularmente cruel da política de terrorismo de Estado que Israel pratica há várias décadas contra o povo palestino, boicotando o direito daquela gente de se congregar em um estado soberano.

Israel fazer guerra aos seus inimigos institucionais, paises ou mesmo grupos para-militares, é legitimo e ninguém jamais irá se opor a isso, mas o que está acontecendo agora e já aconteceu algumas outras vezes anteriormente, é simplesmente terrorismo de Estado.

Estamos num desses trágicos momentos da historia em que se assiste a destruição de tudo o quanto é lógico e racional. Os israelenses deixam o mundo inteiro alarmado diante de tanta violência e irracionalidade, aliás, de tamanha estupidez, absurda falta de racionalidade e bom senso.

Há quem se pergunte onde estão os grandes luminares do povo judeu. Onde estão seus historiadores, seus filósofos, seus estadistas. Será que esse povo tão antigo não aprendeu nada em todos esses anos. Será que eles já se esqueceram da historia recente, onde eram eles quem estava na alça de mira das armas fascistas. Que foram eles que sofreram a opressão, e que agora são eles quem oprimem. Será que até hoje eles não aprenderam qual é o destino do opressor?

Os ataques israelenses ao território palestino deixam como saldo centenas de mortos de um único lado, milhares de feridos deste mesmo lado e infindáveis promessas de vingança de ambos os lados. O absurdo maior é um país forte e poderoso fazer uma guerra brutal, com ataques contra uma facção adversária que criminosamente se esconde em meio a uma população indefesa, que sem possibilidade de escolha, opta por apoiar os “seus” criminosos que lutam contra “vizinhos” mais criminosos ainda. 

O estado de Israel, o país Israel, e infelizmente o povo de Israel, porque permite que seus governantes cometam tamanha atrocidade, serão responsabilizados pela historia por toda essa absurda carnificina, da mesma forma que o povo alemão, que ainda hoje paga pelas insanidades de Hitler.

Não se pode aceitar a “justificativa” apresentada pelo governo israelense, de que estaria agindo em defesa própria e reagindo a ataques. Atentados não podem ser respondidos através de ações contra civis. A retaliação contra civis é uma prática típica dos exércitos fascistas e nazista: Lídice e Güernica são dois grandes exemplos disso, mas não nos esqueçamos de Sabre e Chatilla, campos de refugiados palestinos dizimados pelo exercito Israelense nos anos 80.

O governo de Israel ocupa territórios palestinos, ao arrepio de seguidas resoluções da ONU, e nisso até agora, conta com apoio do governo dos Estados Unidos, que se realmente quiser tem os meios para deter os ataques. Esse é outro estado que tem usado de seu poder e de sua força para subjugar quem se opõe aos seus interesses ou ameaça sua hegemonia, como se viu e continua-se vendo no Afeganistão e no Iraque.

Feitos sob pretexto de “combater o terrorismo”, os ataques de Israel terão como resultado apenas a alimentação do ódio e o fortalecimento das fileiras de todas as organizações que lutam contra Israel, os EUA e seus aliados no Oriente Médio, aumentando a tensão mundial.

As últimas notícias vindas da região em conflito são extremamente alarmantes. As tropas israelenses estão destruindo maciçamente o território palestino, bombardeando alvos civis e aterrorizando a população. A destruição é cruel para as vítimas, especialmente às crianças.

Causa grande apreensão os contínuos crimes contra a Humanidade promovidos pelo terrorismo, tanto o fomentado por milícias, quanto o patrocinado por estados e suas forças de ocupação como é o caso da israelense, contra o povo palestino na Faixa de Gaza e na Margem Ocidental do Rio Jordão. A destruição das infra-estruturas civis e edifícios públicos, o aprisionamento de líderes e representantes palestinos, refletem uma escalada perigosa, com uma agressividade surpreendente por parte de Israel, o que certamente e infelizmente acarretará represálias.

O que complica toda esta situação é o problema ocasionado por um acúmulo de animosidades e ressentimentos históricos. Isto resulta no dilema de se saber que, quando o assunto é Israel e palestinos, ambos os lados conseguem a incrível façanha de sempre, os dois, não terem nenhuma razão, a de ambos estarem sempre errados.

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O Cagão

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Na falta de coisa melhor para postar hoje, vou deixar que vocês leiam, em primeira mão, um tipo de “coisa” que eu escrevo já faz muito, muito tempo, mas que nunca publiquei antes. São frases, ou como dizia quando eu era bem, bem mais jovem, “pensamentos”!

Sempre temi que parecessem piegas e muitas vezes o são mesmo, mas depois de certo tempo até o que é piegas, desde que verdadeiro, tornasse aceitável.

São idéias centrais, pensamentos que podem dar origem a grandes conclusões. Se estivéssemos falando sobre roteiro de cinema, seriam os argumentos, a raiz para que se desenvolva a arvore da obra, a célula inicial. Desse pensamento, você verá depois de lê-lo, que poderia sair um poema, uma crônica, um conto, um ensaio… Ou simplesmente um bom bate-papo.

Espero que gostem!  

“Como é que alguém que não consegue entender os sinais que lhe enviam os seus próprios intestinos pode se candidatar a entender os sinais que o mundo, a vida e as outras pessoas incessantemente nos enviam!?”

PS (Sugestão de interatividade): Refaça esse texto como você achar melhor e envie pra mim em forma de comentário, no fim acredito que teremos chegado a um aprimoramento dessa idéia ou a outras visões, outros enfoques sobre ela.

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Pelo Ouvido, um Curta-Metragem que fala sobre o mais feminino Sentidos:A audição

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Recebi de um amigo cubano, o artigo abaixo que foi escrito por Yeniela Cedeño. Curioso como eu sou, fui atrás de saber de quem se tratava e descobri que a Yeniela é a psicóloga que me procurou para conversar na saída do Cine Chaplin, logo após meu encontro com Alberto Granado.
Ela namora o simpático gaúcho chamado Alex que estuda cinema na escola de San Antonio de los Baños.
Na foto abaixo, que inclusive está no site
www.peloouvido.com, aparecem os dois, ela está de blusa azul clarinha, à frente dele que está de camiseta amarela e casaco azul, fazendo o “V” da vitória, na fila de saída daquela tumultuada e concorrida sessão de cinema.  

blog_joaquim.jpg

 

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blog_joaquim2.jpgYeniela Cedeño  
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Algumas semanas atrás, o escritor brasileiro Joaquim Haickel, que também é roteirista, produtor e diretor, apresentou no cinema Charles Chaplin’s em Havana, seu curta-metragem “Pelo Ouvido”.

O filme discorre sobre o universo feminino e a sua manifestação amorosa em meio a circunstâncias extremas.

O trabalho recebeu vários prêmios em festivais no Brasil e no exterior, tanto na direção quanto na performance do elenco. Em apenas 17 minutos e 18 segundos, Pelo Ouvido descreve a vida de uma mulher que tenta manter a paixão e o desejo por seu parceiro, um homem que sofre as seqüelas de um grave acidente de carro. Ela procura superar os problemas e restabelecer a comunicação quebrada por uma torção do destino que, como o diretor mesmo disse na apresentação do filme, pode muito bem ser solucionada.

O que vemos na tela é a percepção das mulheres a partir de uma perspectiva diferente, lançando uma luz sobre essa questão tão amplamente discutida, mas ainda em aberto, que é a feminilidade e suas expressões, no corpo de uma mulher ou na sua interação com os outros.

A atriz Amanda Acosta tem um desempenho digno de nota. Ela é capaz de transmitir a angústia e o desejo, a paixão e a solidão através de seu gesto pequeno, mas forte, despertando a curiosidade do espectador para saber mais sobre essa mulher e compreender a situação pela qual ela está passando.

Pelo Ouvido é uma louvação feita por um perito do mundo feminino, é uma aula para todo aquele que, como Freud, tenta descobrir sobre as necessidades das mulheres.
* O autor é colaborador do Cubanow.
* Traduzido por Dayamí Interian Garcia.

19 de dezembro de 2008, 10:39

http://www.cubanow.net/pages/loader.php?sec=19&t=2&item=6059

 

blog_joaquim3.jpg

 

Pelo Ouvido, a Short Fiction Film about the Most Feminine Sense: Hearing

blog_joaquim2.jpgYeniela Cedeño  
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Some weeks ago, the short fiction film Pelo Ouvido (Through the Ear) was presented by Brazilian filmmaker, scriptwriter, and writer Joaquin Haickel at Havana’s Charles Chaplin Movie.

The film reflects on femininity, and its expressions in love affairs amid extreme circumstances.

It has received several prizes and recognitions in film festivals in Brazil and abroad, in the direction and performance categories. In only 17 minutes and 18 seconds, Pelo Ouvido narrates and describes a woman’s attempts to retain the passion and desire of her partner, a man suffering the aftereffects of a severe car accident, seeking a communication broken up by a twist of fate which, as the director has confessed, can be overcome.

The point is to perceive women from a different perspective, casting light over such a widely discussed and still open issue as femininity, and its expressions, be it though the body of a woman or in her interactions with the other.

Amanda Acosta’s performance is noteworthy. She is able to transmit her anguish and desire, her passion and loneliness through small but strong gestures, arousing the spectator’s curiosity to know more about that woman and understand the situation she is going through.

Pelo Ouvido is a gratification to experts in the feminine world, and a school for all those who, like Freud, wonder about women’s needs.

*The author is collaborator of Cubanow.
*Translated by Dayamí Interián García.

December 19, 2008, 10:39 am
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Pelo Ouvido, un corto acerca de la Película de Ficción mayoría Femenino Sentido: Audiencia

blog_joaquim2.jpgYeniela Cedeño  
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Hace algunas semanas, la película de ficción Pelo corto Ouvido (A través del oído) fue presentado por el cineasta brasileño, guionista y escritor Joaquín Haickel en La Habana la película de Charles Chaplin.

La película reflexiona sobre la feminidad y sus expresiones en la historia de amor en medio de circunstancias extremas.

Ha recibido varios premios y reconocimientos en festivales de cine en Brasil y en el extranjero, en la dirección y categorías de rendimiento. En sólo 17 minutos y 18 segundos, Pelo Ouvido narra y describe los intentos de una mujer para mantener la pasión y el deseo de su pareja, un hombre sufre las secuelas de un grave accidente de coche, la búsqueda de una comunicación interrumpida por un giro del destino que , como el director ha confesado, se puede superar.

El punto es que perciben las mujeres desde una perspectiva diferente, la fundición de luz en tan ampliamente discutido y sigue abierta la feminidad como tema, y sus expresiones, ya sea cuando el cuerpo de una mujer o en sus interacciones con los demás.

Amanda Acosta, el rendimiento es notable. Ella es capaz de transmitir su angustia y el deseo, su pasión y la soledad a través de pequeños gestos, pero fuerte, despertando la curiosidad del espectador a conocer más acerca de esa mujer y comprender la situación que está atravesando.

Pelo Ouvido es una gratificación a los expertos en el mundo femenino, y una escuela para todos aquellos que, como Freud, se preguntan acerca de las necesidades de la mujer.

* El autor es colaborador de Cubanow.
* Traducido por Dayamí García Interián.

19 de diciembre de 2008, 10:39 am

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