Fundação Nagib Haickel faz doação às vítimas das enchentes no Maranhão

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A Fundação Nagib Haickel é mais uma entidade a aderir à campanha Assembléia Solidária realizada pelo Grupo de Esposas de Deputados (Gedema), em parceria com o Instituto de Cidadania Empresarial (ICE-MA), e a Defesa Civil, visando a arrecadação de donativos às vítimas das enchentes que castiga o Maranhão. A iniciativa constitui um elo da rede de solidariedade liderada pelo Serviço Social do Comércio (SESC).

A entrega dos donativos – material hospitalar e roupas –, que aconteceu hoje (11), foi feita pelo deputado Joaquim Haickel (PMDB) à presidente do Gedema, Silvana Leal.

Já colaboram com a campanha as empresas Copymaster, Mídia Externa, Taguatur, Água Mineral Lençóis Maranhenses, Cantinho Doce, Inecon, Pronutre, Quixabá Flores, Empreendimentos Vale, Potiguar e Terra Zôo.

A Fundação Nagib Haickel, que é associada ao ICE-MA, é uma instituição privada sem fins lucrativos que usa o sistema de radiodifusão do Maranhão pra promover a Educação, a Cultura, o Esporte e a cidadania, e, assim como o Gedema, está fazendo uma campanha em prol dos desabrigados das enchentes.

“É nossa obrigação fazermos isso. Estamos apenas cumprindo a formalidade de entregar hoje, aqui, esses materiais. É uma pequena contribuição que nós podemos dar aos nossos irmãos sofrem com essa fúria da natureza”, disse Haickel.

O parlamentar também fez um alerta para que se possa tentar resolver os problemas estruturais das enchentes que ocorrem anualmente em várias cidades maranhenses. Segundo ele, é necessário que se faça drenagens nas cidades atingidas para que o número de desabrigados não atinja números elevados.

Silvana Leal avaliou a campanha do Gedema como bastante positiva. “É uma esperança aos milhares de maranhenses que estão desabrigados. O objetivo nós já alcançamos, porque são muitas famílias que vão poder contar com todos esses donativos. Nós só temos a agradecer e pedir que os nossos parceiros divulguem essa campanha para que possamos atender mais pessoas no interior do Estado”, declarou.

Material doado pela Fundação Nagib Haickel

07 caixas de escova dental;
04 caixas creme dental;
01 caixa de agulhas descartáveis;
02 caixas de esparadrapos;
03 caixas de álcool;
02 caixas de band-daid;
02 caixas de luvas descartáveis;
04 caixas de grampos cirúrgicos;
07 caixas de cintas de fisioterapia;
02 caixas de shampoo;
04 caixas de condicionadores;
05 caixas de sabonetes infantil;
02 caixas de absorventes higiênicos;
11 sacos de roupas.

Materia transcrita do site da Assembléia Legislativa do Maranhão. 

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Às mães inominadas

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Outro dia encontrei com uma senhora amiga da minha mãe numa solenidade e ela quando me viu sorriu e disse que sempre lê as crônicas que publico. Quis eu então saber se ela tem acesso ao Blog que mantenho no portal imirante.com e ela disse que não tem esse hábito, mas que sua filha e seus netos sim. Ainda naquela mesma ocasião, ao voltar a cruzar com aquela simpática senhora ela me disse que dentre os meus textos, os que ela mais aprecia são aqueles em que falo de minha mãe ou de meu pai, ou mesmo de algum membro de minha família ou de algum amigo. Ela gosta quando escrevo sobre pessoas, sobre os sentimentos que as envolvem ou que se desenvolvem entre elas. Falou especificamente sobre as crônicas que escrevi sobre tio Samuel Gobel, sobre aquela em que traço um paralelo entre meu pai e Alexandre Dumas e referiu-se a uma crônica que escrevi há anos, em que falava de minha mãe, Dona Clarice. Lembrou-se de detalhes dela, sobre como descrevi o que tem sido a nossa vida nesses anos depois da morte de meu pai. Como minha mãe, tão doce e frágil se faz tão contundente e forte, como sua visão de vida e de mundo se faz presente, marca e pontua a minha postura e como influencia em minhas decisões enquanto pessoa, empresário e político.

Escreverei hoje em homenagem àquela senhora, e ela saberá que falo dela quando ler esta crônica. Por causa dela e de Dona Clarice escrevo esse texto em homenagem ao dia das mães.

Existe uma mãe a quem eu gostaria muito de agradecer pelo presente que ela me deu. A mãe da criatura que eu mais amo nessa vida, a mãe de minha filha Laila, que de lambuja ainda me deu Avana e Ananda.

Há outra mãe a quem eu gostaria de falar especialmente neste dia, alguém que eu conheço de perto, alguém a quem admiro por sua incrível capacidade de trabalho e de superação. Alguém que mesmo sem ter estudado, sem haver se formado numa universidade, alcançou um patamar de excelência como o de poucos empresários de nossa terra, que construiu com seu próprio esforço uma sólida e importante empresa, uma mulher que é admirada por todos que a conhecem, que sabem de sua trajetória e que a respeitam por isso. Essa mulher que antes de tudo nunca deixou de ser mãe, abre facilmente mão de seu sucesso, de sua empresa, de seu conforto e não demonstra nenhum apego por isso, mas quando a perda é a proximidade de uma filha que nem sua é, essa mulher acusa o golpe e sofre como uma tísica. Quando o preço que tem que pagar é a distancia e a incompreensão, ela deixa claro que o apelido de Saddam Hussein só servia para a inflexível empresária, jamais para uma mãe-leoa apartada das crias.

A outra mãe sobre quem eu gostaria de falar, também sem citar o nome, talvez nem vá saber que é dela que eu estou falando, mas eu saberei, minha mãe saberá e é isso que importa.

Meses atrás fiz um discurso na Assembléia Legislativa abominando a postura odiosa de certa pessoa e acabei cometendo pior atitude que a daquele a quem criticava. Senti isso imediatamente após fazê-lo. Quando vi já tinha feito. Fiquei doente com aquilo, não me perdôo facilmente. No outro dia, ao me levar o jornal no quarto, como faz todos os dias, minha mãe me olhou com seu jeito cândido e disse que nele havia um comentário sobre o tal discurso e muito delicadamente me deu uma baita descompostura, e como sempre ela estava certa.

Eu gostaria de aproveitar esse dia das mães para pedir desculpas publicamente àquela senhora com quem em uma hora de raiva e de indignação fui descortês e deselegante. Sinceramente peço-lhe desculpas senhora, é o mínimo que posso fazer. Um erro não justifica o outro.

Mãe, tu já tem tudo que o dinheiro pode comprar, portanto essa retratação pública, esse pedido de desculpas àquela senhora é o meu presente de dia das mães para ti.

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De Recife

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Confesso que estou sentindo um certo remorso por não estar aí no Maranhão numa hora dessas, de tanta calamidade provocada pelas cheias de nossos rios devido à grande quantidade de chuvas que estão desabando sobre nossas cabeças, mas de certa forma me conformo pelo fato de saber que tudo que é possível fazer está sendo feito, tanto no âmbito da Assembléia Legislativa, quanto dos governos municipal, estadual e federal, para que toda essa dificuldade seja pelo menos em parte remediada e que possamos imediatamente solucionar os problemas dos atingidos para posteriormente, num médio prazo, tentarmos solucionar os problemas estruturais que recorrentemente causam tamanho transtorno. 

Também gostaria de ter estado aí nas festas de comemoração do cinqüentenário do Jornal O Estado do Maranhão, esse que é o mais importante jornal de nossa terra. Gostaria de ter estado aí para o aniversário de Maria Adriana, para passar o feriado com minha namorada e com meus amigos, para ir hoje jogar basquete na Praia do Meio. Gostaria de estar ai para ir almoçar com minha mãe, com minhas mães, pois como sou um sujeito afortunado, tenho várias. Gostaria de estar aí para, mais tarde, ir ao cinema com Jacira…

Mas o fato é que estou em Recife, participando do Cine – PE, um dos mais importantes e prestigiados festivais de cinema de nosso país. Por aqui se encontram os mais importantes produtores, diretores, roteiristas, fotógrafos, atores e técnicos de todas as áreas ligadas ao cinema. Por aqui dei de cara com bons amigos que fiz nesses dez meses que participo desse mundo de gente fascinante e louca.

Uma das primeiras pessoas que encontrei por aqui foi ninguém menos que a pessoa que simboliza o cinema maranhense, Euclides Moreira. Ele hoje dirige a Fundação Municipal de Cultura de São Luis, a capital brasileira da cultura nesse ano de 2009, que é bom que se lembre, completará 400 anos em 2012, data que deveremos comemorar com pompa, circunstância e conteúdo.

Estar aqui entre tanta gente que vive cinema 24 horas por dia faz com que eu tome consciência definitiva de que realmente não sou um cineasta, que sou apenas um escritor que ama cinema e que teve a sorte de ter feito um filme considerado por muitos um trabalho bem elaborado, bem estruturado, bem produzido, bem consolidado e bem finalizado. Isso não faz de mim um cineasta. Estou longe disso. Essas pessoas que estão aqui, que estarão em junho em São Luís, estas sim, são cineastas, vivem o cinema. Eu apenas o amo, sou um viciado nele.

Por falar em vício, encontrei por aqui também o Celso Sabadin, importante critico de cinema e curador de diversos festivais por esse mundo afora, inclusive foi ele o responsável pela seleção de “Pelo Ouvido” para alguns deles, e perguntei-lhe se ele acreditava realmente que cinema causa dependência. Se seria possível classificar-se o excessivo interesse por cinema como distúrbio, se isso era uma doença grave, ao que ele respondeu sorrindo que sim, disse que é um grave distúrbio para o qual não há medicamentos recomendáveis, terapia ou substitutivo. Que pipoca engorda e que a proliferação de emissoras de TV a cabo e de vídeos clubes têm feito esse mal se proliferar, graças a Deus, e deu uma frondosa e simpática gargalhada.

Conheci também um homem que ajudou a construir muito da minha consciência política, assim como de meus contemporâneos. Trata-se de Costantin Costa Gravas que foi homenageado pelo festival nesse ano. Costa Gravas é o diretor de importantes filmes de cunho político e ideológico realizados nos anos 70 e 80 como “Z”, “Estado de Sitio”, “O Corte”, “Amém”, “O Quarto Poder”, “Desaparecidos, o Grande Mistério” entre outros.

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Costantin Costa Gravas

Passaram por aqui alguns monstros sagrados do cinema nacional como Lucy e Luis Carlos Barreto, Zelito Viana (filho do coronel Oliveira Paula e irmão de meus amigos Anísio, Roberto, Batatinha, Cachaça…), Aníbal Massaini Neto, Paulo Mendonça, Luis Carlos Lacerda, Assunção Hernandes, Hermes Leal e também o dinossaurico José Mojica Marins, o Zé do Caixão. Pude reencontrar velhos amigos como Jaciara Guerreiro, Chico Dias, Abdalla, Fabio Barreto, Lirio Ferreira e Denise Dumont, além de ter conhecido Silvio Back, Cássio Gabus Mendes, Silvia Buarque de Holanda, Paula Barreto e Maria Padilha, Silvia Levy e Darcy Cunha Santos.

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Zé do Caixão

Além de Costa Gravas também foram homenageados o diretor Roberto Farias, a atriz Dira Paes e o Canal Brasil, principal vitrine do cinema nacional na televisão, que nesse festival premiará um curta metragem que passará a ser exibido por eles nacionalmente, inclusive “Pelo Ouvido” está participando também dessa competição.

Para encerrar gostaria de conclamar a todos, principalmente as empresas de minha terra e a Secretaria de Cultura do Estado para que apóiem o cinema local, começando pelo Festival Guarnicê, promovido há 32 anos pela Universidade Federal do Maranhão e de Euclides Moreira, pois são iniciativas como essa que consolidam a nossa cultura.

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“… Todos por um!”

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Faz algum tempo, cheguei à conclusão de que foi Alexandre Dumas, com seus personagens inesquecíveis, quem mais marcou a história da minha infância, a juventude de meu pai, e a nossa convivência em família. Imagino que assim como a nossa, ele povoou e preencheu a vida de muitas outras, por essa razão, vinha pensando em prestar este merecido tributo ao escritor francês, criador daquela velha história que mistura injustiça, cobiça, e usurpação e que leva da alegria do amor à tristeza da prisão, um certo “Conde de Monte Cristo”, ou aquela outra história, que baseada em fatos verídicos, traz até os nossos dias, os amores e desventuras de uma certa “Rainha Margot” ou ainda aquela outra história, protagonizada por “Três Mosqueteiros”, que na verdade eram quatro.

Vou me fixar naqueles quatro destemidos espadachins que sempre me vêm à memória, restituindo a mim mesmo, o garoto que fui. Por vezes, me pego pensando que sou um dos mosqueteiros do rei, ou todos eles, de maneira conjunta, esparsa ou simultaneamente.

Com a releitura de “Os Três Mosqueteiros” de Dumas, sinto a emoção das histórias de capa e espada com a descrição de vibrantes exibições de esgrima combinadas com romances de nobres apaixonados. Para mim, esse clássico da literatura mundial é muito mais do que a história em que é contada a trajetória venturosa do jovem D`Artagnan, que sai de sua terra, a Gasconha, rumo a Paris, para juntar-se aos mosqueteiros do rei Luís XIII.

Na trama, D`Artagnan torna-se amigo da trinca inseparável formada por Athos, Porthos e Aramis, exímios espadachins e grandes apreciadores dos prazeres da vida. Juntos, os quatro partem para uma difícil missão: tentar reaver o colar e os brincos de brilhantes que o rei deu à rainha, Ana da Áustria, e que esta, deu de presente a seu amante, o duque de Buckingham. Por sugestão do cardeal de Richelieu, que trama desmascarar a infidelidade da rainha, e com isso enfraquecer o rei e conseqüentemente consolidar a sua influência na corte, Luís XIII é levado a organizar um grande baile onde as jóias devem ser exibidas. Numa corrida contra o tempo e lutando contra a espiã do cardeal, Milady (que no cinema, certa vez, foi interpretada pela maravilhosa Lana Turner), os mosqueteiros partem para tentar recuperar as jóias antes que ocorra uma tragédia.

Nessa história, cada um revela suas idiossincrasias. Athos é arrogante, autoritário, passional e questionador; Porthos é truculento e grosseiro, mas valoroso e amigo; Aramis é suave, elegante e até bastante mulherengo, mas também é religioso e politizado; o último, D`Artagnan, é jovem e inexperiente, porém audacioso e destemido.

A grande maioria dos que me conhecem, conheceram também meu pai. Pois bem, meu pai, não era um sujeito muito dado à literatura. Em verdade vos digo, ele era muito pouco dado a qualquer forma de arte. Porém, ele adorava ouvir histórias e estórias, não se importando se ficção ou realidade, pois no seu modo todo especial de encarar a vida e suas conseqüências, ele sabia que havia muito pouca diferença entre realidade e ficção, ou melhor, há, no presente, por que meu pai pode ter morrido, mas as suas idéias assim como as de Dumas não irão morrer jamais, estão sempre no tempo presente.

Meu pai, e muitos de sua geração, de certa forma, são meio que filhos de Dumas e Verne. Alguns conseguiam ir um pouco mais adiante e se contaminarem por Hugo e Balzac, enquanto outros alcançaram Flaubert e Molière.

Talvez alguns daqueles que acham que conheciam meu pai, imaginem que ele fosse incapaz de ter atingido tal grau de cultura, e estão certos quanto a isso, porém, o que realmente pouca gente sabe é que, raros são os homens que, com tão pouca cultura formal e clássica, conseguem intuitivamente saber o significado de palavras como “Vestal”, “Messalina” ou mesmo de “Tartufo”, coisa que muito “Doutor”, por aí, não vai saber. Os humildes ou curiosos vão correr ao dicionário e os hipócritas e presunçosos vão dizer que sabem. Mas meu pai sabia realmente, e só ele sabia como aprendera.

Meu velho pai não era um sujeito de cultura refinada, mas era inteligente o suficiente para, sabendo disso, suprir essa falta de alguma forma, e a melhor forma que ele encontrou foi fazendo amigos, reais e leais, dando tudo de si por seus ideais, buscando sempre a felicidade, mas sempre a um preço possível de se pagar com um só tipo de moeda: dedicação, empenho, trabalho.

Foi meu pai, que sem querer, incutiu em mim essa personalidade, essa forma de encarar a vida, como se na verdade fosse um personagem de Dumas, um misto de Athos, Porthos, Aramis e D`Artagnan. Os quatro, em um: questionador, amigo, politizado e audacioso.

Relendo Dumas, lembro daquele poeta que dizia que ler é como respirar, e que é a percepção do leitor que faz o livro. Sempre busquei a intimidade com os livros, portanto, reconheço nesses (e nos filmes), os melhores guias para a extraordinária aventura do pensamento.

Repensando Dumas, lembro de meu pai, aquele homem grande, forte, pouco culto, mas consciente e esperto o suficiente para ensinar ao seu filho, o significado verdadeiro daquela frase: “um por todos…”.

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Verdade não caduca.

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Semanas atrás escrevi num texto que foi muito comentado em todas as esferas políticas de nosso estado. Disse que até porque acreditava que ninguém fosse me perguntar alguma coisa, iria logo dizendo o que pensava, pois não queria perder a oportunidade de dizê-lo antes de qualquer pessoa que talvez não tivesse nem moral nem legitimidade para tanto, o fizesse, pois pelo menos isso, moral e legitimidade, eu tinha e tenho.

Entre todas as coisas que comentei naquela ocasião, as que me parecem as mais importantes são justamente aquelas que dizem respeito à forma de como deveríamos e deveremos encarar os imensos desafios que neste momento temos pela frente.

Melhor seria que pudéssemos ao mesmo tempo reparar alguns erros cometidos anteriormente, erros esses muito mais políticos que administrativos, e que demonstrássemos que com o tempo, o aprendizado e o amadurecimento havíamos nos tornado mais sábios e mais tolerantes.

Comentei que era necessário que se dissesse que ninguém deveria pensar que esses poucos meses de governo seriam fáceis. Ninguém tem o direito de se enganar ou de tentar enganar outras pessoas, fazendo com que acreditem que em um passe de mágica iremos consertar o desmantelo de um governo que desde o primeiro dia, muito mais que administrar o estado, procurava simplesmente sobreviver ao fato de ter nascido de um pecado ao mesmo tempo original e capital.

Foi nessa incerteza que o ex-governador Jackson Lago montou uma administração anêmica e frágil. Muitas vezes teve que ceder a pressões que nenhum governante deveria nem poderia ser exposto. Foi chantageado, extorquido, enganado. Entre seus assessores, poucos escapam da acusação de traição, pois mais que assessorar ao governo e ao governador, assessoravam a si mesmos e aos seus interesses mais imediatos.

O atual governo de Roseana Sarney terá que ser um governo de reconstrução, de estabilização, de restabelecimento da ordem na administração dos negócios de estado e do estado.

Dizia, que por saber como é difícil essa situação, aconselharia que os puxa-sacos de plantão e que os oportunistas fossem mantidos distantes. Não é hora para se aceitar esse tipo de coisa. Existem coisas importantes a serem feitas e se elas forem feitas, por si só, isso colocará uma pá de cal sobre o recente desastroso passado administrativo e político de nosso estado.

Nosso grupo político tem que dar o exemplo e não se deixar levar pela vaidade nem pelo orgulho, muito menos pelo rancor ou pelo sentimento de revanche. O Maranhão não vai agüentar isso e nosso povo não merece. Devemos assumir o governo de forma protocolar e administrá-lo de forma efetiva, eficiente e eficaz. Que fique claro que não há nem nunca houve, nem nunca haverá em nosso grupo um correspondente aos repugnantes “Novos Balaios”.

Nós políticos, principalmente os com mandato eletivo, temos que participar efetivamente da construção desse novo cenário, mas devemos ter consciência do que deve ser feito e de como deve sê-lo. 

Alertei para que ninguém se jogasse numa busca frenética pela indicação de cargos no governo, pois para cada cargo há um perfil correspondente e ele deveria ser minimamente respeitado, pois não vivemos mais o tempo do jabuti trepado. Não há mais espaço para desculpa de enchente ou mão de gente.

Devemos ter consciência de que uma coisa é fazer a política e coisa bem distinta é fazer a administração pública. Quem por acaso for fazer parte da administração direta e executiva do estado tem que ter consciência de que só lhe é possível estar ali e fazê-lo porque há uma estrutura política que o sustentou, que o sustenta e o mantém. Por sua vez, os políticos, de todos os tamanhos e em todos os níveis, têm que ter consciência de seu valor dentro dessa estrutura, mas tem que saber que esse valor não pode colocar em jogo a governabilidade e a estabilidade administrativa do governo.

Disse que gostaria de ver vários de meus colegas políticos, com ou sem mandato, participando da nova administração, mas que queria que partisse deles mesmos e que eles recebam recomendação expressa da Governadora Roseana Sarney, de que o cargo que por ventura venham ocupar, não lhes pertence, mas sim ao povo do Maranhão, do qual nós seremos temporariamente os procuradores. Que tenham consciência de que devem tratar os assuntos administrativos de maneira clara e reta e que os assuntos políticos sejam prioridade, que tenham preferência desde que não conflitem com os administrativos, que estejam de acordo com a legalidade, com a justiça, com a coerência, com o bom senso e principalmente com o interesse público.

Finalizei dizendo que a montagem da base de apoio do governo será uma obra delicada, que demandará muita atenção, dedicação e cuidado, pois existem áreas de conflitos tanto dentro de nosso próprio grupo, quanto em relação aos apoios que com toda certeza virão através de adesões. Aqueles que sempre foram conosco tem que ser tratados com toda deferência e consideração. Quem quiser vir apoiar que venha, mas que fique claro que a contrapartida desse apoio jamais acontecerá à custa do sacrifício de quem sempre foi leal e companheiro.

A política é uma arte, e como tal carece de estudo, técnica, experiência, cuidados como os de um pintor ou de um poeta. O exercício da arte da política aprimora seus artesãos e é nessa condição que devemos encarar nosso oficio.

Tudo isso foi dito mais de um mês atrás, prevendo o cenário de hoje. Acredito que o que disse naquela ocasião continua sendo verdade e verdades como essas são eternas, jamais ficam caducas.

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Pelo Ouvido

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José Louzeiro
Especial para O Estado

A Produção é da Guarnicê e da Mutantes Filmes. Direção de Joaquim Haickel, além de cineasta, escritor, poeta e político.

Primeira novidade deste curta que merece extensos comentários: há somente dois atores em cena – Amanda Acosta, como Katie e Eucir de Souza, como Charlie, além do personagem subjetivo Marcos, bem plantado conflito na trama amorosa.

Outro aspecto a ser registrado, de imediato, neste premiadíssimo trabalho de Haickel é a habilidade do cineasta na arte dos cortes, coisa essa que o coloca como pupilo privilegiado de Stanley Kubrick em filmes importantes como Laranja Mecânica, Barry Lindon e Uma Odisséia no Espaço. Kubrick também começou dirigindo curtas, em 16mm, depois de ter sido, durante quatro anos, fotógrafo da revista “Look”.

O desafiador trabalho de Haickel é marcado pela sutileza das ações, coisa essa que transforma o filme de textura erótica num poema de luz, som e cores.

Pelo Ouvido, baseado no conto de mesmo nome, é a metáfora do amor marcado pelo ineditismo das etapas que permeia, coisa de um diretor que, com a segurança do veterano, demonstra invulgar cultura cinematográfica.

A história de Pelo Ouvido, numa leitura simples, também é desafiadora: o namorado de Katie é o escultor que, vítima de um acidente de carro (corte nos ruídos da violenta batida) fica cego, surdo e mudo. Katie não se afasta dele, pelo contrário. Ama-o ainda mais.

Ela é funcionária de uma empresa de serviços, mas seu cotidiano profissional não interessa ao cineasta. Interessa o que ela fala pelo telefone com o colega e admirador Marcos, pois este deseja conversar de perto a fim de demonstrar fisicamente o interesse.

Há um corte belíssimo e Haickel leva a câmera para o atelier/sala do escultor que trabalha na modelagem de uma peça.

Entre as ligações para tratar dos negócios na firma Katie dá esperança a Marcos de que, um dia, não sabe quando, se encontrariam. Após o trabalho ela vai para casa e para os braços do amado que a vê pelos “olhos dos dedos”, como se estes a esculpissem e Katie gosta de ser “esculpida”.

De maneira brilhante e incomum, o diretor dá a volta na temática mais difícil do nosso cinema: afastar o erótico da pornografia.

Com esse cuidado, Haickel demonstra sutileza no tratamento das imagens (fotografia de Cleisson Vidal) graças aos seus oportunos e bem instalados cortes.

A soma dessas sutilezas coloca Pelo Ouvido como miniatura de um longa bem realizado, pois o cineasta demonstra ter firmeza e consciência do que faz. As linhas do seu trabalho são bem dimensionadas, daí os prêmios que tem ganho, pois inovar na temática do amor não é coisa fácil.

Pelo Ouvido beira a pornografia, mas ergue-se saudável nas cores do amor puro, da satisfação de um casal que não se vê e se ama; ele e ela inspirados pelo sentimento que dignifica, embora haja a voz do demônio tentador (bem plantado conflito) com o nome de Marcos.

Em certo momento, Katie relaciona-se com o escultor ao mesmo tempo em que ouve (somente ela escuta) a fala provocante de Marcos. Aí o diretor deixa claro que ela, também, ama a voz de Marcos e, tocada com as palavras dele, torna-se ainda mais excitada nos braços do escultor.

A tentação é unicamente dela, pois a cegueira e a surdez protegem Charlie das dores e angústias do ciúme, na mesma medida em que torna mais quente o relacionamento na cama com ele, pois ela sabe estar sendo vista somente pelos seus “dedos”. Mas, numa leitura subliminar ela sente-se entregue aos dois, ao mesmo tempo.

Depois deste desafiador Pelo Ouvido, Joaquim Haickel está pronto para fazer sua estréia num longa-metragem. Tomara que isso não demore acontecer. Será bom para o cinema nacional que, atolado na mesmice, necessita, urgentemente, da presença de um inovador na chamada “Sétima Arte”.

Que bom que esse lugar possa estar reservado ao sutil, criativo e dinâmico Joaquim Haickel, cinéfilo e cineasta maranhense que faz sua estréia demonstrando invulgar talento ao lado de sua equipe composta ainda do co-roteirista Arturo Sabóia. Edição de Ângelo Capozzoli, direção de Arte e Produção de objetos de Fernanda Grandesso, figurino de Iraci de Jesus, e trilha sonora original de Ivo Ursini.

José Louzeiro é escritor, jornalista e membro da Academia Maranhense de Letras

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“Pelo Ouvido” recebe prêmio especial do júri na Mostra de Cinema Llatinoamericà de Catalunya.

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Único filme brasileiro selecionado para a Mostra de Cinema Llatinoamericà de Catalunya, “Pelo Ouvido” de Joaquim Haickel, recebeu a único prêmio especial do júri de todo o festival.

O filme estará na sessão oficial do Nashville Film Festival, que esse ano conta com a participação de atores e atrizes famosas estreando também como diretores, como é o caso de  “Streak” de Demi Moore , “Monday Before Thanksgiving” de Courteney Cox e de “Sebastian’s Voodoo”  de  Joaquin Baldwin.

“Pelo Ouvido” também foi selecionado para o Camera Mundo – Festival de Filmes Independentes na Holanda, para o Atlanta Film Festival, o Syracuse International Film Festival e o Newport Beach Film Festival nos Estados Unidos, para o CINE PE – Festival do Audiovisual 2009 e para o Festival do Coração, no Brasil.
Veja os ganhadores da Mostra de Cinema Llatinoamericà de Catalunya:

Palmarés Largometrajes

* Mejor película (premio “Cooperación y Desarrollo de la AECID)
DESIERTO ADENTRO (México. Dirigida por Rodrigo Pla)
* Mejor director
ANDRES WOOD (“La buena vida”)
* Mejor guión (Premio Casa América)
PABLO SOLARZ por “El Frasco”
* Mejor actor
ANTONIO “TACO” LARRETA por “La Ventana”)
* Mejor actriz
LETICIA BREDICE por “El Frasco”
* Mejor Ópera Prima
“EL ARTISTA” (Argentina-Italia-Uruguay) de Mariano Cohn y Gastón Duprat.
* Premio del Público
EL FRASCO (Argentina-España) de Alberto Lecchi.

Palmarés Documentales

* Mejor Documental (Premio Groupama)
“INTIMIDADES ENTRE SHAKESPEARE Y VÍCTOR HUGO” (México) de Yulene Olaízaola.
* Premio Radio Exterior de España
“EL OLVIDO” (Alemania-Holanda) de Heddy Honigmann.
* Mención del Jurado
“CORAZÓN DE FÁBRICA” (Argentina) de Virna Molina y Ernesto Ardito.

Palmarés Cortometrajes

* Mejor cortometraje (Premio Groupama)
“EL EMPLEO” (Argentina) de Santiago “Bou” Grasso.

* Mención Especial del Jurado
“PELO OUVIDO” (Brasil) de Joaquim Haickel.

Avisado por telefone que seu filme havia sido premiado na Espanha, que deveria indicar alguém para receber o prêmio em seu nome e que seria interessante que mandasse também um texto para ser lido quando da premiação, o diretor Joaquim Haickel enviou o texto abaixo, em três idiomas:
Português

Caros amigos Jorge e/ou Hono,

Segue abaixo um pequeno texto de agradecimento para ser lido quando da entrega do diploma de menção honrosa para “Pelo Ouvido”. Recebam em meu nome.
Estou mandando em três línguas, usem a que desejar. Espero que não haja muitos erros nem no espanhol nem no catalão.

Mais uma vez, muito obrigado!

Joaquim Haickel.

Espanhol

Mis amigos Jorge y/o  Hono,

A continuación se muestra un pequeño texto de agradecimiento al ser leído cuando la entrega del diploma de mención honorífica por “Pelo Ouvido”. Recibir en mi nombre.
Estoy enviando en tres idiomas, que desea utilizar. Espero que no hay muchos errores en español o en catalán.
Una vez más, gracias!
Joaquim Haickel.

Catalão

Els meus amics Jordi i / o Hono,

A continuació es mostra un petit text d’agraïment al ser llegit quan el lliurament del diploma de menció honorífica per “Pelo Ouvido”. Rebre en el meu nom.
Estic enviant en tres idiomes, que voleu utilitzar. Espero que no hi ha molts errors en castellà o en català.
Una vegada més, gràcies!
Joaquim Haickel.

Português

Primeiramente quero que todos saibam que já foi uma espécie de premiação ter sido selecionado para a 15 Mostra de Cinema Llatinoamericà de  Catalunya em Lleida. Imaginem só!!! O único filme em português!!! Apenas isso já me fazia sentir um vencedor!!!

Quando soube que meu filme, “Pelo Ouvido”, havia sido agraciado com uma menção honrosa neste importante festival, senti uma grande alegria por saber que havia conseguido transmitir para pessoas do outro lado do oceano atlântico o pequeno poema que fiz em homenagem às mulheres e ao amor.

Nessa hora não há outra coisa que eu possa escrever ou dizer a não ser muito obrigado, não apenas pelo prêmio, mas por vocês terem me dado a oportunidade de mostrar o meu trabalho.

Espanhol

En primer lugar quiero que todos sepan que ahora es una especie de premios han sido seleccionados para los 15 Mostra de Cinema Llatinoamericà de Catalunya en Lleida. Imagínense! La única película en portugués! Sólo que me he sentido un ganador!
Cuando me enteré de que mi película, “Pelo Ouvido”, han sido agraciados con una mención honorífica en este importante festival, me sentí una gran alegría saber que las personas fueron capaces de transmitir a través del Océano Atlántico el pequeño poema que hice en homenaje a las mujeres y los al amor.
En este momento hay algo más que yo pueda escribir o decir que gracias, no sólo el premio, sino porque me ha dado la oportunidad de mostrar mi trabajo.

Catalão

En primer lloc vull que tots sàpiguen que ara és una mena de premis han estat seleccionats per als 15 Mostra de Cinema Llatinoamericà de Catalunya a Lleida. Imagineu! L’única pel lícula en portuguès! Només que m’he sentit un guanyador!
Quan vaig saber que la meva pel lícula, “Pelo Ouvido” , han estat agraciats amb una menció honorífica en aquest important festival, em vaig sentir una gran alegria de saber que les persones van ser capaços de transmetre a través de l’Oceà Atlàntic el petit poema que vaig fer en homenatge a les dones i els l’amor.
En aquest moment hi ha alguna cosa més que jo pugui escriure o dir que gràcies, no només el premi, sinó perquè m’ha donat l’oportunitat de mostrar el meu treball.

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Com ferro e fogo

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Na última quinta-feira, 2 de abril, depois de comunicar ao plenário da Assembléia Legislativa que fui indicado pelo meu bloco parlamentar para presidir a “poderosa” Comissão de Economia, Indústria e Comércio daquela casa, convidei as senhoras e os senhores deputados presentes àquela sessão para conversarmos sobre um assunto que no meu entendimento diz respeito a todos nós, não apenas como parlamentares, mas principalmente como cidadãos.

Falei sobre a crise financeira que acomete o mercado mundial, abalando a economia de todas as nações e de poderosíssimos grupos empresariais, de forma tão contundente que acaba atingindo inclusive o nosso pequenino Estado no que se refere ao modesto conjunto de indústrias que estão aqui implantadas.

Falei especificamente em relação às indústrias do setor siderúrgico e de geração de energia instaladas nas cidades de Bacabeira, Pindaré-Mirim, Açailândia e São Luis.

Poderia ter falado também sobre os problemas de nossa agroindústria, mas não o fiz, pois esse setor não está sofrendo apenas os reflexos dessa crise em particular. Seus problemas são estruturais e em breve deveremos enfrentá-lo de forma corajosa e direta, sob pena de termos em nossas mãos gravíssimos e insolúveis problemas no futuro.

As cidades de Bacabeira, Pindaré-Mirim e Açailândia sofrem diretamente os efeitos dessa crise que afetou gravemente o pólo siderúrgico de ferro-gusa maranhense, que exportava 99% de sua produção para o mercado internacional.

Principal indústria em atividade no Estado do Maranhão, a siderurgia de ferro-gusa produzia, nas sete empresas instaladas aqui, uma média de 2 milhões de toneladas por ano, empregando mais de 20 mil trabalhadores em atividades diretas e indiretas.

Essas empresas não fecham novos contratos de vendas desde setembro do ano passado, e os contratos que já haviam sido fechados não foram honrados pelas tradings sob a alegação da crise mundial.

Hoje apenas três das sete indústrias ainda estão em funcionamento, e mesmo assim com apenas 20% de sua capacidade instalada, e o que é pior cerca de 9.000 pessoas foram demitidas até o momento.

As conseqüências sociais têm sido tão graves quanto as econômicas, e é preciso tomar providências e sairmos em socorro à atividade que gera não apenas impostos e divisas para nosso estado, mas também emprego e renda para milhares de famílias maranhenses que viam na atividade siderúrgica sua única fonte de renda.

Uma das ações imediatas para garantir a sustentabilidade das empresas nesse período de crise é sensibilizar, através de ações de governo, nas três esferas, municipal, estadual e federal, a Companhia Vale do Rio Doce, para que opere uma redução no preço de seu minério de ferro, transporte e custo portuário, cobrado das indústrias maranhenses.

Para que se tenha uma idéia, as siderúrgicas maranhenses pagam hoje mais caro pelo minério de ferro produzido pela Vale do que as siderúrgicas chinesas, do outro lado do planeta. E veja que as siderúrgicas maranhenses utilizam apenas 4% de todo o minério exportado pela Vale (4 milhões de toneladas), e com esses 4% do minério geram mais de 20.000 empregos no Estado.

Precisamos fazer com que a Vale veja que ela deve contribuir com algum custo social pela utilização do Porto do Itaqui, bem como a utilização da estrada de ferro que corta inúmeros municípios, onde a pobreza se sobressai aos olhos.

Preocupado com o desemprego que essa crise gera, gostaria de chamar a atenção de todos para a necessidade de apoio aos empreendimentos industriais como a termoelétrica e a refinaria de petróleo que estão em fase de implantação em nosso estado. Empreendimentos que logo irão gerar milhares de empregos diretos e indiretos, transformando o cenário econômico de nossa terra, que com isso deixará de ser apenas um estado agrícola e entrará definitivamente para o time dos estados industrializados.

Ouvi com muita preocupação as restrições de alguns deputados a respeito da implantação da Usina Termelétrica Porto do Itaqui, pertencente à empresa MPX. Essa empresa tem sempre dito que um de seus compromissos mais importantes é com a responsabilidade sócio-ambiental e a nós compete cobrar-lhes firmemente o cumprimento desses compromissos.

No último fim de semana, a MPX lançou a pedra fundamental da termelétrica, que trará para o nosso estado um investimento de mais de 1 bilhão de reais, gerando mais de 4.000 empregos na fase de implantação da usina e mais de 100 empregos diretos quando em funcionamento.

O empreendimento possui o licenciamento ambiental concedido pelo Ibama, cumprindo todas as exigências previstas na legislação ambiental brasileira, não vejo então o porquê de tamanha oposição.

Essa mesma empresa, a MPX, está construindo duas termelétricas a carvão mineral no Porto do Pecém, no Estado do Ceará, respeitando todas as exigências ambientais necessárias para empreendimentos desse porte. Como é isso!? Lá pode, aqui não!?

É preciso apoiar iniciativas que como essa venham garantir o lugar do Maranhão em um cenário econômico próspero, mas é claro que essa atitude exige de nós um comportamento sempre vigilante, para que não apenas a MPX, como outros empreendimentos que também possam trazer desenvolvimento a nossa terra e nossa gente, atuem sempre em concordância não apenas com a legislação ambiental, multiplicando benefícios e garantindo a preservação dos nossos ecossistemas para as futuras gerações, mas também em concordância com toda a nossa legislação.

Todo empreendimento industrial causa impacto ambiental. Temos apenas que fazer a devida compensação desse impacto e prevenir para que ele não seja maior do que o permitido.

Enquanto deputado eu for não admitirei jamais que se descumpram as nossas leis, mas também não deixarei de defender a vinda para o nosso estado de projetos que tragam para cá desenvolvimento e progresso.

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Por onde andará “Pelo Ouvido”?

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1- Rio de Janeiro(Brasil)

Cineclube Curta o Curta

27 de março de 2009 no Cinematheque
R
ua Voluntários da Pátria, 53, ao lado do metrô Botafogo
Em sua nova casa em Botafogo, o Cinematheque, o Cineclube Curta o Curta tem nova sessão em março com 3 filmes do Catálogo Curta o Curta para o público. A sessão, com entrada franca, começa às 20h e é seguida de bate-papo.Os curtas de março são:
Engano, de Cavi Borges , 11 min, 2008, RJ
Ficção. Um homem. Uma mulher. Uma cidade. Dois planos seqüências.O paradoxo da espera do ônibus, de Christian Caselli, 4 min, 2007, RJ
Animação. Um cara espera pelo ônibus. Ele virá? Quando? O que fazer?
Pelo Ouvido, de Joaquim Haickel, 18min, 2008, MA
Ficção. Keyt tenta preservar, em meio a perdas irreparáveis, o lado apaixonado de sua relação com o marido.http://www.overmundo.com.br/agenda/cineclube-curta-o-curta-dia-27-de-marco-no-cinematheque

2 – Atlanta(USA)

Atlanta Film Festival
33 Annual from April 16, 2009 to April 25, 2009

www.atlantafilmfestival.com

Tracking ID: 2854-NS
Categories:   Narrative Short
Entry date: November 04, 2008
Notified on: 13-Mar-2009
Decision: ACCEPTED
Submission Protection: Yes
Entry Fee: 45.00 U.S. Dollar
45.00 U.S. Dollar Rec’d via online 04-nov-2008

Press Kit
Not required-do not send

Submission Copy
Rec’d via Mail 13-nov-2008

3 – Valencia (Espanha)

IBERO BRASIL CINE FESTIVAL

El audiovisual valenciano es Tirant
Centenares de proyecciones llenarán de cine el territorio valenciano dentro del XI Festival Internacional Premis Tirant a partir del martes 24

El certamen también
acercará hasta Valencia
algunos de los mejores
cortometrajes brasileños del
momento. Entre los títulos de los
que se podrá disfrutar se
encuentran las siguientes
producciones: Rua das Tuplias, de
Alê Camargo; O Pescador
de Sonhos, de Igor Pitta Simões;
Calango lengo – Morte e vida sem
ver água, de Fernando Miller; Pelo
Ouvido, de Joaquim Haickel
y
Entre cores e navalhas, de Catarina
Accioly e Iberê Carvalho.

4 – Rio de Janeiro (Brasil)

IBERO BRASIL CINE FESTIVAL

5 – Lisboa (Portugal)

IBERO BRASIL CINE FESTIVAL

6 – Marselha (França)

Encuentros de Cine Sudamericano de Marsella.

FILMS EN COMPETITION

Longs métrages 
Chega de saudade  (Tourbillons) de Laís Bodanzky    Brésil
La Morenita ( La Morénita) de Alan Jonsson Gavica      Mexique
Café Paraiso (Café Paradis) de Alfonso Ruizpalacios   Mexique
Americano (Américano) -documentaire- de Carlos Ferrand  Pérou/Canada
El Clown (Le Clown) d’Emilio Rodriguez et Pedro Adorno  Porto Rico
El tinte de la fama ( La couleur de la renommée) de Alejandro Bellame  Venezuela
El Olvido ( L’oubli)de Heddy Honigmann   Pérou/Hollande
Amorosa Soledad de P.Cohn      Argentine
  
Les Courts métrages 
 Feliz Navidad (Joyeux Noël) de Ezequiel Yanco/Marcelo Pitrola  Argentine
Pelo Ouvido ( Par l’oreille) de Joaquim Haickel  Brésil
Dolores de Tatiana Villacob  Colombie
RojoRed (Rouge Red) de Juan Manuel Betancourt Colombie
El año del cerdo (l’année du cochon) de Claudia Calderón  Cuba
Carretera del Norte (Route du Nord) de Rubén Rojo   Mexique
Interior bajo izquierdo (Rez de chaussée côté gauche) de Diego Vega  Pérou
Cunaro de Alexandra Hanao Venezuela

7- Roterdam(Holanda)

Camera Mundo – Festival de Filmes Independentes 

Olá, Joaquim! Parabéns! Seu filme “Pelo Ouvido” foi selecionado e fará parte da programação do Camera Mundo – 2º Festival de Filmes Independentes!
Porém, o CD com arquivos de informações do filme, diretor e fotos não abriu. Será possível mandar por e-mail essas informações?
As fotos são o mais urgente, pois temos que fechar o design do flyer ainda hoje. Por favor, mande com cópia para mim e para a Hedwig Maria.
Muito obrigada e até breve!
Um abraço,
Ana Lúcia Nishio
+31 6 3064 2403
Skype: ananishio
Stichting Caramundo
DELFTSEPLEIN 36K
3013AA  ROTTERDAM
www.caramundo.org

www.cameramundo.nl

8- Syracuse (USA)

SYRFILM Syracuse International Film Festival  

Dear Filmmaker, Congratulations! Your film has been selected to be screened during the 2009 Syracuse International Film Festival. This year we received over 350 films from 35 countries. Your film stood out among the entries as one of the best. The 6th annual SYRFILMFEST, which runs from April 24th-May 3rd, promises to be not just an event, but an experience. As a filmmaker, you will have the opportunity to attend seminars, screenings and parties, meet industry professionals, and interact with the international film community. Attached is important information about your film and attendance to the festival. Please read all material carefully and do not hesitate to contact us with any questions. Congratulations again! We look forward to seeing you in Syracuse! Sincerely, Owen Shapiro Artistic Director Please read the following attachment carefully. They are regarding your film’s acceptance.

9- Recife (Brasil)

CINE PE – FESTIVAL DO AUDIOVISUAL 2009

Recife, 12 de Março de 2009.

Vídeo: “Pelo ouvido”
Diretores: Joaquim Haickel

Informamos que a comissão de avaliação de vídeos do “CINE PE – FESTIVAL DO AUDIOVISUAL 2009” selecionou seu filme para exibição na programação oficial do evento. Portanto, transmitimos as seguintes informações:

  • Data de chegada do representante ao Recife: 01/05/09
  • Data de exibição do vídeo no Festival: 02/05/09
  • Tipo de mídia: DVD com gravação inferior a velocidade de 2x a 4x
  • O vídeo deverá ser enviado para Produtora BPE (responsável pelo Festival) com data máxima de chegada até 25/03/09

É necessário que o prazo de entrega do DVD seja cumprido, pois necessitamos converter esta mídia para o formato que será exibido no festival. Quando falamos na gravação com velocidade entre 2x (2 vezes) a 4x (quatro vezes) é para não corrermos o risco de o material travar no momento da exibição. O ideal seria que o vídeo fosse gravado na velocidade 2x, pois a leitura é bem completa.

Solicitamos que nos seja enviado um AVI do filme com, no máximo, 30″ até o dia 20/03 para que possamos agilizar a divulgação do filme.

O material deverá ser enviado para a BPE – Bertini Produções – situada à Rua João Cardoso Ayres, 1042 – Boa Viagem – Recife – PE – CEP: 51.130-300.

Esclarecemos que a coordenação do evento disponibilizará passagem aérea, hospedagem (quarto duplo ou triplo) e alimentação para um representante do vídeo no período de 01 a 03/05/09, para isso precisamos das seguintes informações:

  • Nome da pessoa que representará o vídeo (sem pseudônimos)
  • Local de origem (a passagem emitida será: local de origem / Recife / local de origem).
  • Data de aniversário, CPF e RG (exigência das companhias aéreas)

Lembramos, ainda, que qualquer alteração no bilhete aéreo que resulte em ônus financeiro será de total responsabilidade do representante do vídeo. Em caso de alteração, nossa equipe de transporte receptivo deverá ser informada.

Os dados solicitados deverão ser encaminhados impreterivelmente para a BPE Produções, através dos e-mails [email protected] e/ou [email protected] pelo Fax (81) 3343-5066, até 25/03/2009.

Atenciosamente,

Bárbara Vilella e Flávia de Melo Autran
Produção do CINE PE

10- Paris(França)

European Independent Film Festival 2009

16:27 Pelo Ouvido 0:17:18 Non-European Dramatic Short Brazil VO English Subtitles

11- Newport Beach (USA)

Newport Beach Film Festival
April 23 -April 30, 2009

Some information for you:

My cell phone number: 949.274.2332
You should have received an email with the schedule for the showing of you movie.
Any other questions, please don’t hesitate to contact me.

Dennis Baker
Director of Shorts Programing
4540 Campus Drive
Newport Beach, CA 92660
949.253.2880 / 949.253.2881 (Fax)
NewportBeachFilmFest.com

From: Guarnicê Produções [mailto:[email protected]]
Sent: Thursday, March 12, 2009 3:53 AM
To: [email protected]
Subject: Pelo Ouvido

Dear Dennis,

I was very happy with his phone call to inform me that my film “Pelo Ouvido”  was selected

for the important festival in Newport Beach.
I would like to confirm our participation and this will send a copy of the movie to appear this week.
Grateful for the privilege to show our work,
Joaquim Haickel.
Guarnicê Produções www.peloouvido.com

12- Lleida (Espanha)

Mostra de Cinema Llatinoamericà de  Catalunya Cortometrajes de la Sección Oficial

Rojo red  (2008)
Porqué hay cosas que nunca se olvidan (2008)
Buen viaje (2008)
On the line (2008)

Pelo ouvido (2008)

Cotton Candy (2008)
Cómo conocí a tu padre (2008)
Olimpiadas (2008)
Desde el fondo (2008)
Turismo (2008)
Una vida mejor (2008)
El empleo (2008)

13- Beijing (China)

Artistic selections for screening in Song Zhuang (Crying Monkey Award Nominees)

艺术片

等待 (The Waiting)

-A vivid depiction of modern Shanghai seen through the eyes of 9-year-old Peipei Wang. Following her mother’s death, she and her brother are forced to rely on each other. In traditional China, family is central but modern life is changing the culture. Emotions intensify when father is late from work one day and can’t be reached by phone. Peipei grasps the reality of their situation – without their father, they are entirely alone in the world. The children’s emotions involve us and draw us in throughout this short film. 电影通过移民小女孩,九岁王佩佩的视角,讲述一个发生在上海的动人故事。随着母亲的突然去世,佩佩和她的弟弟,被迫地过起了单亲的生活。在传统的中国文化中,对许多人而言,家庭是至关重要的;然而,现代移民式的生活,却潜移默化地影响传统的家庭观。自从失去了母爱的温暖,年小的姐弟俩人不得不相互依赖、彼此照料。。。随着故事的进展,电影渐渐地探究出家庭对于孩子的意义。一天,父亲因为工作忙碌,没能准时回家,姐弟焦急不安。佩佩害怕一旦失去爸爸,他们就孤伶伶地留在这世上了,这个念头使她对现实惶惶不安。姐弟俩之间强烈的情感伴随整个短片的过程,影片结尾出人意料。。。

Pelo Ouvido (Through the Ear)

Dealing with irreparable losses, Keyt tries to preserve the passionate side of her relationship.

本片讲述的是主人公Keyt试图通过维持已经失却的激情来拯救那段不可修复的恋爱。

14- São Paulo (Brasil)

I Festival Cinema do Coração‏

Caro Joaquim,

Temos o prazer de comunicar que seu filme “Pelo Ouvido” foi selecionado para o I Festival Cinema do Coração, organizado pela Socesp e pelo Planeta Tela. Parabéns!
Para confecção do catálogo do evento, por favor nos envie por e-mail, com a máxima urgência, pelo menos 1 (uma) foto em alta definição (300 dpi) de seu filme.

Obrigada,

Carolina Bressane
Planeta Tela
11 3384 6743

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Enfrentando de frente… Redundância!?

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Na ultima quarta-feira publiquei nesta pagina dez pequeninos textos sob o titulo “Mini-contos ou micro-crônicas ou poesia?”. Todos aqueles textos eram antigos, publicados na década de 80, quando já naquela época eu experimentava este estilo tão popular hoje em dia. Recebi, como sempre ocorre, uma grande quantidade de comentários, entre eles um de um tal Gregório, dizendo-se ser de Matos Guerra. Resolvi aceitar o comentário até porque acredito que devamos enfrentar com clareza as opiniões que nos sejam desfavoráveis, elas nos darão no mínimo a chance de nos corrigirmos se realmente estivermos errados. Pois bem, em seguida recebi um comentário de um EM o qual igualmente não sei de quem se trata. Resolvi então postar hoje os dois comentários e em seguida um texto de autoria de Lyvia Viana que usei para acompanhar meu pedido de inscrição para concorrer à vaga aberta na Academia Maranhense de Letras com o falecimento do escritor José Nascimento Morais Filho. Façam seu julgamento.

Gregório de Matos Guerra

Ao ler esses seus “escritos” que nem você mesmo sabe o que são, se são contos, crônicas ou poemas, cresce em mim a certeza de que em nenhuma hipótese você poderá vir a ser eleito para a Academia Maranhense de Letras. Fica claro que você não tem obra pra contrapor aos seus concorrentes, nem ao jovem magistrado Ney Bello Filho, nem ao discreto ex-radialista Sergio Brito, nem a persistente professora Ana Luiza Ferro, muito menos ao combativo escritor Herbert de Jesus Santos. Para que se tenha mais certeza disso basta se aprofundar um pouco mais e ler alguns de seus textos aqui publicados ou tentar ler um de seus raríssimos livros. Então deixe disso e desista dessa aventura, deixe a academia para pessoas preparadas para tal.

Resposta: Pensei muito antes não só de aceitar esse comentário como também antes de dar-lhe resposta, mas acredito que tanto uma coisa quanto outra seja necessária.
Primeiramente quero dizer muito me honra concorrer a uma vaga na Academia Maranhense de Letras. Talvez seja verdade que eu não tenha a devida estatura para tal, mas isso serão os membros daquela seleta confraria, no uso de seu direito inalienável de escolha, que decidirão. A mim só cabe cumprir as formalidades e submeter meu nome a apreciação daquela nobre Casa de cultura.
Quanto aos meus textos, eles estão ai para quem quiser ler e analisar. As opiniões quanto a eles são livres, há pessoas que gostam muito, há aqueles que são indiferentes e há aqueles que abominam. Desde muito cedo aprendi que discordar não é problema. Problema é não escrever ou não publicar, não ter opinião, não dar a cara pra bater. O grande, talvez o maior de todos os problemas seja a hipocrisia.
As alusões às pessoas que como eu concorrem a uma vaga na AML são no mínimo deselegantes para não dizer grosseria e o fato de eu ter postado esse comentário não significa que eu concorde com o que foi dito, muito pelo contrario, todos os citados merecem de mim a maior consideração e apreço.
Para finalizar gostaria de dizer que não pretendo desistir de nada em minha vida e que espero contar com o apoio se não de todos os Acadêmicos, pelo menos de sua grande Maioria.

————

Joaquim,

Esse Gregório de Matos Guerra é mais um desses coitados invejosos que proliferam nesses tempos amargos, nessa nossa terra infelizmente tão propensa a isso.
Não se deixe atingir por esse tipo de comentário. Um sujeito como esse nunca deve ter ouvido falar na revista Guarnicê e todo aquele maravilhoso movimento cultural do qual você foi um dos principais comandantes, nos anos 80. Nunca leu seu delicioso livro de contos “A Ponte”, elogiado pelo grande Artur da Távola. Nunca leu seus inquietantes poemas, nunca se deu ao deleite de ler uma de suas crônicas dominicais publicadas no jornal O Estado do Maranhão, que tratam de forma peculiar assuntos que vão de política à filosofia, de cinema à como conviver com os filhos. Esse falso “boca do inferno” nunca viu nem sequer ouviu falar em seu filme, “Pelo Ouvido”, talvez o maior sucesso cinematográfico de todos os tempos em nosso estado. Nunca soube de sua postura ética e de sua coerência enquanto parlamentar, nem sabe de sua simplicidade e de sua generosidade como pessoa humana. Eu que sei de tudo isso posso lhe dizer sem medo de errar ou de magoar quem quer que seja, seus concorrentes que me prdoem, mas se os acadêmicos maranhenses, elegerem você para uma vaga na AML estarão valorizando bastante aquela instituição que já conta com figuras importantes como Américo Azevedo Neto, José Chagas, Antonio Martins, Ubiratan Teixeira, Milson Coutinho, dentre outros.
Grande abraço meu bom amigo,

EM.

 

 

JOAQUIM ELIAS NAGIB PINTO HAICKEL

 Dados biobibliográficos                                

Primeiro dos dois filhos de Nagib Haickel e Clarice Pinto Haickel, Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel nasceu em São Luís do Maranhão, às 6 horas da manhã do dia 13 de dezembro de 1959. Estudou nos colégios Pituchinha, Batista e Dom Bosco, e formou-se em Advocacia pela Universidade Federal do Maranhão, em 1984. Seu primeiro livro escrito, entre 1975 e 1976, só foi lançado em 1980. Trata-se de Confissões de uma caneta, contos premiados no Concurso Cidade de São Luis. Em 1981, lançou O quinto cavaleiro, poemas. Em 82, premiado no concurso SECMA/SIOGE/Editora Civilização Brasileira, lançou o livro de contos Garrafa de ilusões. Manuscritos, seu segundo livro de poemas, quarto até então, foi lançado em 1983, quando também começou a editar a revista Guarnicê, semanário artístico e cultural que publicou até 1986.Ainda em 1984 lançou a Antologia poética Guarnicê. Em 1985, foi a vez da Antologia erótica Guarnicê e, em 1986, o livro de contos Clara cor de rosa.Depois de uma pausa editorial, em 1989 lançou o livro de poemas Saltério de três cordas, juntamente com Rossine Correia e Pedro Braga. Mas foi em 1990, segundo o próprio Haickel, que amadureceu o seu “primeiro livro, os outros foram apenas ensaios do que viria”: livro de contos lançado pela Editora Global, A ponte, foi aplaudido por José Louzeiro, Artur da Távola e Nelson Werneck Sodré, entre outros.Também no setor artístico, Joaquim produziu o filme The best friend, O amigão, que conquistou os prêmios de Melhor Filme, do Júri Popular, e Melhor Filme de Cineasta Maranhense, pelo Júri Oficial, no Festival Guarnicê de Cinema e Vídeo realizado pela Departamento de Assuntos Culturais, da Universidade Federal do Maranhão, em 1984.Em 2003, na comemoração aos vinte anos da revista Guarnicê, a Clara Editora e as Edições Guarnicê produziram e publicaram o Almanaque Guarnicê, espécie de ensaio-entrevista-reportagem dirigida por Félix Alberto Lima, em que narra a trajetória do semanário e de seus idealizadores. Também em parceria com a Clara Editora, Joaquim fez parte de um grupo que lançou a coletânea As melhores crônicas do claraonline.com .Com a ajuda de seu pai, Nagib Haickel, conhecido como O Caboclo do Vale do Pindaré, elegeu-se Deputado Estadual em 1982, o mais jovem em todo Brasil naquela Legislatura. Foi eleito em seguida Deputado Federal Constituinte em 1986, quando, entre outros encargos, foi o relator da Comissão de Direitos e Garantias Individuais, responsável pela apreciação do projeto que tentava instituir em nosso país a pena de morte. Seu parecer, vencedor, foi contrário ao projeto.Em 1991, foi convidado pelo então governador Edison Lobão para assessorá-lo no governo do Estado do Maranhão, primeiro na Secretaria de Assuntos Políticos e depois na Secretaria de Educação. Afastou-se dos cargos públicos de 1994 até 1998, para dedicar-se às suas empresas de radiodifusão, FM e TV Maranhão Central, espalhadas por mais de cinquenta cidades do Estado, e plantou a semente do que viria a ser a Fundação Nagib Haickel.Em 1998, candidatou-se e se elegeu o Deputado Estadual mais votado do seu partido, não podendo, desta vez, contar com a preciosa ajuda de seu pai, Nagib Haickel, que falecera no dia 7 de setembro de 1993, quando era Presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Maranhão.Joaquim é detentor da Medalha Manuel Bequimão da Assembléia Legislativa do Maranhão, da Medalha do Mérito Timbira do Governo do Maranhão, e da Medalha Barão de Mauá, do Ministério dos Transportes. É cidadão honorário dos municípios de Pindaré-Mirim, Santa Inês, Itapecuru-Mirim, São Domingos do Maranhão, Pio XII, Satubinha, São Benedito do Rio Preto, dentre outros. Joaquim é também desportista e grande incentivador dos esportes como forma de inserção social. Foi vice-presidente da Confederação Brasileira de Tênis e da Associação Desportiva Mirante, além de ter, ele mesmo, conquistado diversos títulos em modalidades como tênis, vôlei e basquete.Foi casado com a artista plástica Ivana Farias, com quem produziu, segundo ele mesmo, a sua “maior obra de arte”, Laila Farias Haickel, nascida em 1988. Além dela, tem como suas filhas a publicitária Avana e a advogada Ananda, filhas de sua ex-mulher.É membro fundador do Instituto de Cidadania Empresarial do Maranhão – ICE, onde desenvolve projetos de responsabilidade social.O mais imediato projeto do Joaquim Haickel é a consolidação da Fundação Nagib Haickel, entidade sem fins lucrativos, que terá uma rede nacional de rádio e televisão educativa via satélite voltada para o ensino formal e para a difusão cultural, que contará com duas geradoras de rádio e TV, uma em São Luis e outra em Imperatriz. Idealizada por Joaquim, esta Fundação implantará em breve o Museu da Memória Audiovisual do Maranhão, MAVAM, que se encarregará de preservar a memória de nossa gente e de nossa terra usando meios audiovisuais, sendo que, para tanto, o IPHAN já esta restaurando, com recursos do Orçamento da União,
conseguido pelo Deputado Joaquim Haickel junto à Bancada Federal do Maranhão, um prédio por ele doado, no qual irá funcionar o Museu.
Em 2006, candidatou-se a uma vaga na Academia Imperatrizense de Letras, para qual foi eleito e onde ocupa a Cadeira nº 9, cujo patrono é o eminente Thucydides Barbosa, e seu fundador e único ocupante, até então, o professor, escritor e humanista Vito Milesi.Em 2008, Joaquim Haickel finalmente realiza um antigo sonho: roteirizar, produzir e dirigir um filme baseado em um conto que escrevera nos anos 80. Trata-se de Pelo ouvido. Mas, inquieto e indisciplinado, não se conteve e, antes de realizar esse filme, com ajuda de vários amigos, fez em Paço do Lumiar o curta-metragem de 59 segundos, Padre Nosso. Pelo ouvido foi selecionado para quase uma centena de festivais de cinema no Brasil e no exterior tais como o Palm Springs International Short Film Festival, o 12º Los Angeles Latino International Film Festival, o 17th Annual St. Louis International Film Festival (os três, nos Estados Unidos); o 34º Festival de Cine Iberoamericano de Huelva; a Mostra de Cine Latinoamericano de Catalunya (Espanha); o Festival des Films du Monde (Canadá); o Festival International du Film d’Amour de Mons (Bélgica); o European Independent Film Festival 2009 (França); o XXV Festival de Cine de Bogotá (Colômbia); o Festival Internacional de Filme Independente de Hamburgo (Alemanha); o 30º Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano (Cuba); o V Festival Internacional de Cortometrajes de Cusco (Peru); o 9th Filmstock de Luton (Reino Unido); o 3º New Beijing International Movie Week (China); o 8ª Goiânia Mostra Curtas; a XXXV Jornada Internacional de Cinema da Bahia; o 5º Amazonas Film Festival; o 15º Vitória Cine Vídeo (Brasil). Pelo ouvido ganhou nove prêmios: o de Melhor Filme, no 17º Concurso Iberoamericano de Cortometrajes de Cartagena, na Colômbia; de Melhor Filme Internacional no FirstGlance Film Festival Philadelphia 11; de Melhor Direção no Boston International Film Festival, ambos nos Estados Unidos.  No Brasil, participou do 7º Festival Curta Natal e do 16º Festvídeo Teresina onde ganhou os prêmios de Melhor Filme. No II Festival Curta Cabo Frio (RJ), recebeu os prêmios Especial do Júri e de Melhor Atriz, para Amanda Acosta, enquanto no 31º Festival Guarnicê de Cinema (MA) saiu com os prêmios de Melhor Filme, do Júri Popular, e novamente de Melhor Atriz.  Ainda no campo das artes, pretende concluir e publicar alguns livros: – 365 filmes para não precisar de psicanálise, em que lista e analisa os filmes que o ajudaram a construir seu cabedal de cultura e informação, solidificando sua personalidade e seu caráter; – Dito & feito, que reúne algumas de suas crônicas publicadas aos domingos no jornal O Estado do Maranhão; – A palavra quando acesa, coletânea de seus discursos, compilados pelo professor e acadêmico Sebastião Moreira Duarte; – Múltiplo de quatro, que será um box contendo quatro livros, em que estará publicado o melhor de sua produção. Serão contos, crônicas, poemas e outras palavras, além de roteiros de cinema, histórias em quadrinhos, críticas e frases. Joaquim Haickel ainda pretende roteirizar, produzir e dirigir mais quatro curtas-metragens baseados em contos de sua autoria e um longa-metragem. Como político, sua meta é aprovar, na Assembléia Legislativa, alguns de seus projetos, dentre eles o que estabelece critérios para o aproveitamento, pelo poder público, de imóveis na área tombada pelo Patrimônio Histórico, o que institui a revisão dos limites dos municípios do Maranhão, e o que apóia a criação do Estado do Maranhão do Sul.

Escritor, político e cidadão, acredita Joaquim Haickel que somente através do apoio à educação, à saúde, ao saneamento básico, à cultura e aos esportes, como forma de tentar promover a igualdade de oportunidades, e do incentivo à agricultura, à pecuária, à indústria e ao comércio, como forma de gerar empregos e alavancar o desenvolvimento, poderemos melhorar nossos índices de desenvolvimento humano. (LV)  

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