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Tenho um bom amigo que me manda pelo menos 50 mensagens eletrônicas por dia, então resolvi compartilhar com vocês, sempre que for possível, algumas delas (apenas algumas…rsrsrsrs). Espero que apreciem.

Falando sobre conflitos de gerações, o médico inglês Ronald Gibson começou uma conferência citando quatro frases:

“Nossa juventude adora o luxo, é mal-educada, caçoa da autoridade e não tem o menor respeito pelos mais velhos. Nossos filhos hoje são verdadeiros tiranos. Eles não se levantam quando uma pessoa idosa entra, respondem a seus pais e são simplesmente maus.”

“Não terei mais nenhuma esperança no futuro do nosso país se essa juventude tomar o poder amanhã, porque essa juventude é insuportável, desenfreada, simplesmente horrível”.

“Nosso mundo atingiu seu ponto crítico. Os filhos não ouvem mais seus pais. O fim do mundo não pode estar muito longe.”

“Essa juventude está estragada até o fundo do coração. Os jovens são malfeitores e preguiçosos. Eles jamais serão como a juventude de antigamente. A juventude de hoje não será capaz de manter a nossa cultura.”

Após ter lido as quatro citações, ficou muito satisfeito com a aprovação que os espectadores davam às frases. Então, revelou a origem de cada uma delas:

  • A primeira foi proferida por Sócrates, filosofo grego. (450 a.C .)
  • A segunda é de Hesíodo, que junto com Homero é considerado um dos maiores poetas gregos da idade arcaica. (720 a.C.)
  • A terceira foi encontrada escrita na tumba de um sacerdote egípcio que viveu em Tebas em 2000 a.C.
  • A quarta é um fragmento de escrita encontrada em um vaso de argila descoberto nas ruínas da Babilônia, atual Bagdá, e com data estimada de mais de 4 milênios de existência.

CONCLUSÃO:

Aos que são pais:
RELAXEM, POIS SEMPRE FOI ASSIM!

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A Importância da Pontuação (. ou ! ou ?)

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A Importância da Pontuação (. ou ! ou ?)

Lembro-me como se fosse hoje. Foi numa daquelas noites quentes, de pouquíssima comida e nenhuma bebida, às quais todos nós nos submetíamos espontaneamente e ainda por cima pagávamos para aparentemente usufruir tão pouco prazer, lá em Sorocaba, naquele que se não é o mais chique spa do Brasil, é certamente o mais aprazível e aconchegante, o Spa São Pedro. Aquele mesmo que serviu de cenário pra Mário Prata escrever um de seus livros de maior sucesso editorial, “O diário de um magro”.

Naquela noite aconteceu uma conversa bastante interessante entre quatro grandes amigos, que pelo menos duas vezes por ano se encontram para fazer um minucioso check up médico, para emagrecer um pouquinho ou para temporariamente parar de beber, e para rir bastante.

Depois da sopinha nossa de cada noite, que logo na primeira semana aprendi a duplicar adicionando-lhe água quente, pimenta, limão, sal e cebola ralada, do disputadíssimo jogo de dicionário, no qual raramente vence o maior conhecedor da língua mãe – tanto que nestes dez anos, não me lembro de ter visto Mário Prata nem Fernando Moraes nem Benedito Rui Barbosa, vencido uma única rodada – e da tão esperada ceia – meia rodelinha de abacaxi – eu e esses três amigos, fomos para a beira da piscina.

Iríamos encher a cara com uma bebida que Pratinha inventara especialmente para uma festa que anos antes organizamos por lá: in tônica. Caro revisor, por favor, não tente corrigir o termo anterior. Não está faltando a letra G no nome da bebida não. Mário a batizou de “in tônica” por que ela não leva gin. Só leva água, tônica é claro, misturada com soda limonada diet e uma lasquinha de limão.

Ficamos os quatro em volta de uma mesa branca e redonda de PVC, jogando conversa fora. Cada um contava um “causo”, uma estória de sua terra. Depois de duas rodadas descobrimos que já conhecíamos todas as historias “unsosotros” *. Então alguém sugeriu que cada um de nós fosse ao seu quarto, procurasse, imprimisse e trouxesse um desses milhares de e-mails que recebemos todo dia. Um bem interessante. O mais interessante que se encontrasse. Teríamos 15 minutos para fazer isso. Fomos e em menos de 15 minutos estávamos todos de volta e o mais incrível, nós quatro escolhemos o mesmo texto que fora nos enviado por um amigo comum e que reproduzo a seguir:

A Importância da Pontuação
Um homem muito rico ficou mal repentinamente e prevendo a morte iminente, pediu papel e caneta ao mordomo e escreveu seu testamento:
“deixo meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres”.
E morreu antes de conseguir revisar seu texto e fazer a pontuação.
Ficou então a grande pergunta. A quem ele deixara realmente sua fortuna?

Nós quatro então nos pusemos, cada um, a colocar naquela frase testamento, a pontuação que achávamos que ela deveria ter.

O numero um passando-se pelo sobrinho fez a seguinte pontuação:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a
conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

O numero dois, como se fosse a irmã, chegou a seguinte conclusão:
Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

O três, como padeiro, puxou a brasa para sua sardinha: Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a
conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

E finalmente o numero quatro, representando os pobres da historia, sentenciou: Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.

Naquela noite ficou muito mais claro pra nós que é assim que é a vida. Nós é que colocamos a pontuação e damos as ênfases que queremos dar. E isso faz toda a diferença.

* “unsosotros”: Brasileirismo maranhense. O mesmo que uns dos outros; conjuntamente; entre si.

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VI

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Um certo
incerto
inseto
insinua-se ao pára-brisa.
Pleeffft!
Exceto aquele inseto
são 11 horas
e tudo vai bem.

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De olho em 2008 II

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Domingo passado, comecei abordar um tema que suscitou muitas conversas durante toda a semana, principalmente em torno de algo que não foi nem sequer aprofundado por mim. Apenas disse que a eleição de São Luis era um capitulo aparte e que sobre ela falarei nesta semana, mas foi o suficiente para abrir a discussão a respeito da sucessão municipal em nossa capital.

Como disse antes, São Luis é a jóia da coroa e a disputa pelo palácio Daniel de la Touche será uma das maiores contendas jamais realizadas em nosso estado.

Os motivos para isso são diversos. Vai desde a ausência de um nome hegemônico ou imbatível eleitoralmente, o que é muito bom e saudável para o processo eleitoral, até a necessidade de sobrevivência de alguns partidos ou políticos de qualidade que precisam de uma oportunidade para mostrar suas propostas, sob pena de envelhecerem sem ter uma chance para fazê-lo.

Mas não é só isso. A coisa é muito mais complicada do que possa parecer.

A primeira grande questão será saber quais serão as regras a serem seguidas. Haverá coligações. Em tendo será só para prefeitos? E para os vereadores, como será?

Vamos imaginar que as regras sejam a mesma da ultima eleição.

Pela primeira vez em muitos anos governador e prefeito da capital são do mesmo partido e mesmo tendo suas diferenças, se partirem unidos, dificilmente perderão a disputa. Isso se, por pior que as coisas estejam agora, nada mudar até lá. O problema será saber quem será o candidato do PDT. São varias as opções: Julião Amim, Clodomir Paz, Canindé Barros e Sandra Torres. Qualquer um, desde se apoiado pelo governador e pelo prefeito, tem vitória quase certa. O problema acontecerá na escolha do nome e no empenho dos apoiadores. Nessa engenharia consiste o sucesso ou o desastre deste projeto.

Por fora corre o PSB que antes tem que resolver quem será seu candidato, Zé Reinaldo ou Vidigal. Depois disso a dificuldade será convencer Jackson dar o mínimo de apoio à candidatura do partido.

Também indefinida é a situação do PSDB. Há quem aposte que Castelo queira disputar mais uma vez a prefeitura de São Luis. Eu creio que não. Ficam então Pinto e Evangelista como postulantes pelo partido. O fato de no ninho tucano não ficar bem claro qual das correntes internas controla o partido, faz com que a situação dos bicudos emplumados seja a mais complicada entre todos os partidos.

Há também o PT e o PC do B que trazem os fortes nomes de Bira do Pindaré e Flavio Dino para a disputa.

Fechando o grupo de partidos ligados ao governo do estado, aparece o PR que deve ir de Kleber Verde.

Ainda alinhados ao governo devem ficar PPS, PSC, PMN, PTC, PT do B, PHS, PSL e PSC. Resta saber se eles vão se aventurar a ter candidatos próprios ou se coligaram, caso a legislação permita.

Do outro lado, os cinco grandes partidos que formam a oposição, PMDB, Dem, PTB, PV e PP deverão antes decidir qual será a melhor estratégia pra tentar chegar ao segundo turno com alguma chance na disputa. Se saírem com um candidato único ou tentarem a sorte individualmente no primeiro turno e agruparem-se apenas na segunda etapa da disputa.

Gastão Vieira é pra mim o melhor nome no PMDB. No Dem, Raimundo Cutrim aparece como favorito. E Pedro Fernandes deve ser o único pretendente no PTB.

PV e PP devem acompanhar PMDB e Dem respectivamente, até para garantir a chance de eleger algum vereador.

Nesse quadro vemos nove candidatos, seis ligados ao governo e três contrários a ele.

Há também outros partidos que possivelmente terão candidatos, e que atiraram para todos os lados, como é o caso do PSTU, do PSOL, do PCB e do PCO. Talvez se juntassem forças, resultasse em uma candidatura menos surreal.

Não se pode prever as posições de pequenos partidos, como PRP, PRTB e PSDC.

Existem alguns partidos que nem se sabe se ainda existem e cada partido que entrar na disputa agravará ainda mais a situação do cenário eleitoral de São Luis.

Jackson e Tadeu com a palavra. Dessa conversa depende todo o quadro eleitoral de São Luis. Caso eles não cheguem a um bom entendimento as chances da oposição cresceram enormemente.

Das decisões pendentes na justiça eleitoral depende todo o quadro sucessório de nosso estado, principalmente o da capital.

Como dizia um grande político do passado: “Quem viver, verá”.

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Tenho um bom amigo que me manda pelo menos 50 mensagens eletrônicas por dia, então resolvi compartilhar com vocês, sempre que for possível, algumas delas (apenas algumas…rsrsrsrs). Espero que apreciem.

Resumos

Sei que a vida moderna não deixa tempo para a leitura de bons livros. Assim, envio abaixo o resumo de clássicos da literatura que muito ajudarão a engrandecê-lo (a) culturalmente.

1) Gustave Flaubert: Madame Bovary. 778 páginas.
Resumo: Uma dona de casa mete o chifre no marido e transa com o padeiro, o leiteiro, o carteiro, o homem do boteco, o dono da mercearia e um vizinho cheio da grana. Depois entra em depressão, envenena-se e morre. Fim.

2) Leon Tolstoi: Guerra e Paz. Paris, Ed.Chartreuse. 1200 páginas.
Resumo: Um rapaz não quer ir à guerra por estar apaixonado e por isso Napoleão invade Moscou. A mocinha casa-se com outro. Fim.

3) Marcel Proust: Em Busca do Tempo Perdido. Paris, Gallimard. 1922. 1600 páginas.
Resumo: Um rapaz asmático sofre de insônia porque a mãe não lhe dá um beijinho de boa-noite. No dia seguinte (pág. 486 vol. I), come um bolo e escreve um livro. Nessa noite (pág.1344, vol. VI) tem um ataque de asma porque a namorada (ou namorado?) se recusa a dar-lhe uns beijinhos. Tudo termina num baile (vol. VII) onde estão todos muito velhinhos – e pronto. Fim.

4) Luís de Camões: Os Lusíadas. Editora Lusitânia.
Resumo: Um poeta com insônia decide encher o saco do rei e contar-lhe uma história de marinheiros que, depois de alguns problemas (logo resolvidos por uma deusa super gente fina), ganham a maior boa vida numa ilha cheia de mulheres gostosas. Fim.

5) William Shakespeare: Romeu e Julieta. Londres, Oxford Press.
Resumo: Dois adolescentes doidinhos se apaixonam, mas as famílias proíbem o namoro; as duas turmas saem na porrada, uma briga danada, muita gente se machuca. Então, um padre tem uma idéia idiota e os dois morrem depois de beber veneno, pensando que era sonífero. Fim.

6) William Shakespeare: Hamlet. Londres, Oxford Press.
Resumo: Um príncipe com insônia passeia pelas muralhas do castelo, quando o fantasma do pai lhe diz que foi morto pelo tio que dorme com a mãe, cujo homem de confiança é o pai da namorada, que, entretanto, se suicida ao saber que o príncipe matou o seu pai para se vingar do tio que tinha matado o pai do seu namorado e dormia com a mãe. O príncipe mata o tio que dorme com a mãe, depois de falar com uma caveira e morre assassinado pelo irmão da namorada, a mesma que era doida e que tinha se suicidado. Fim.

7) Sófocles: Édipo-Rei – tragédia grega. Várias edições.
Resumo: Maluco tira uma onda, não ouve o que um ceguinho lhe diz e acaba matando o pai, comendo a mãe e furando os olhos. Por conta disso, séculos depois, surge a psicanálise que, enquanto mostra que você vai pelo mesmo caminho, lhe arranca os olhos da cara em cada consulta. Fim.

8) William Shakespeare: Otelo.
Resumo: Um rei otário, tremendo Zé-goela, tem um amigo muito fdp que só pensa em fazê-lo de bobo. O tal “amigo” não ganha um cargo no governo e resolve se vingar do rei, convencendo-o de que a rainha está dando pra outro. O Zé-mané acredita e mata a rainha. Depois, descobre que não era corno, mas apenas muito burro por ter acreditado no traíra. Prende o cara e fica chorando sozinho. Fim.

Você economizou a leitura de pelo menos 7.000 páginas e R$ 500,00 em livros!!!
Não precisa nem me agradecer…

PS: Estou publicando este material a título de curiosidade, pois não concordo com a banalização da obra de arte de um modo geral, principalmente da obra de arte literária. JH.

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De olho em 2008 I

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Não tenho escrito nem publicado crônicas nas ultimas semanas porque tenho andado bastante ocupado com outros afazeres tão prazerosos quanto escrever, e pelo andar da carruagem tais afazeres ainda vão me ocupar por bastante tempo, porem sempre que conseguir um fôlegozinho extra eu apareço por aqui pra comentar algo que eu ache relevante.

Algumas pessoas me cobraram que não tenho comentado nada sobre política. Realmente. Não tenho feito isso porque o clima de sectarismo que já era grande em nosso estado, tornou-se insuportável. O que se imagina é que os membros de cada um dos dois grupos políticos, ou são anjos ou são demônios, e com isso, se eu não concordava antes, não posso pactuar agora.

Mas hoje quero tratar de um tema político mais amplo e que tem tempo de validade. É que se aproxima o prazo limite para filiação dos candidatos a prefeitos e vereadores nas próximas eleições. Esta é na verdade a largada para as eleições municipais de 2008.

Quem não estiver filiado a um partido que possibilite sua candidatura ao pleito do ano que vem, até 30 de setembro, não poderá ser candidato.

Para os pretensos candidatos a vereador, essa é uma corrida quase tão importante quanto à gincana pelo voto do eleitor. É neste momento que muita gente se elege ou perde eleição. Tenho um exemplo disso dentro de minha própria família. Um primo meu filiou-se a um partido que dificilmente alcançaria o coeficiente capaz de eleger um único vereador e que não tendo se coligado com ninguém ficou com a responsabilidade de obter quase que sozinho o numero de votos necessário para se eleger. O que era uma eleição proporcional, para ele transformou-se numa eleição majoritária. Resultado, ele foi o terceiro vereador mais votado, mas seu partido obteve 48 votos a menos do que precisava para eleger um vereador. Ele não se elegeu e viu pessoas com menos da metade de seus votos conseguirem seu intento.

Há um outro fator importante a ser ressaltado. Uma pergunta que deve ser feita e que precisa ser respondida objetivamente, no mais tardar em trinta dias. Sob que regras acontecerão a eleição do ano que vem? O que pode ser feito e o que não pode? Como é que podemos desenhar os possíveis cenários se não sabemos com certeza quais tintas poderão ser usadas, quais serão as regras do jogo!?

Nessa incerteza deve-se ser ortodoxo, conservador e pragmático. Se preparar para o pior cenário possível, pois se vier um menos pior, melhor.

Nos casos de candidaturas majoritárias, para prefeitos, a coisa é um pouco menos complicada. Basta o pretenso candidato está filiado e ter certeza que tem o controle do diretório municipal e a simpatia do comando estadual do partido para ser candidato. Os casos mais complicados são nas grandes cidades ou onde haja propaganda eleitoral através das emissoras de rádio e televisão. Nestes casos, caso a legislação permita o agrupamento de partidos, as tais coligações, haverá a soma dos tempos dos partidos em beneficio de um candidato comum.

A eleição municipal entre duas eleições estaduais serve de pesquisa sobre o presente e de previa para o futuro. Em 2008 se travará a primeira batalha da próxima eleição para governador do estado e muitas fichas serão colocadas na mesa, muitos ases e coringas vão ter que sair das mangas dos jogadores mais poderosos e importantes.

Sou daqueles que advogam eleições gerais, onde se escolha de uma única vez todos os nossos representantes para os três níveis. Essa medida por si só já reduzira em muito a incidência de desvio de função e o mau uso dos recursos eleitorais.

Timom, Caxias, Codó, Coroatá, Pedreiras, Presidente Dutra, Barra do Corda, Bacabal, Santa Inês, Zé Doca, Santa Luzia, Viana, Pinheiro, Itapecuru, Chapadinha, Barreirinhas e mais Imperatriz, Açailandia, Porto Franco, Estreito, Grajaú e Balsas serão os maiores campos de batalha. Haverá, no entanto, dois outros tipos de batalha. As de sobrevivência onde os deputados e seus grupos políticos municipais farão o possível para permanecerem no poder ou passarem a tê-lo pelo voto popular e a luta pela capital, a jóia da coroa, a cabeça de praia que quem controlar terá importante e decisiva vantagem estratégica na peleja.

São Luis já é uma outra história e sobre ela falaremos na semana que vem.

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Ancestral e irreprimível, comportamento atua como válvula de resfriamento cerebral.

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Não se ofenda quando seu interlocutor bocejar, ele está apenas executando um mecanismo ancestral e irreprimível para ficar mais atento. Essa é a conclusão de uma pesquisa realizada na Universidade de Albany e publicada na Evolutionary Psychology.
© MIROSLAW MODZELEWSKI/DREAMSTIME

TODOS OS ANIMAIS vertebrados bocejam: inspiração profunda baixaria temperatura do sangue e, conseqüentemente, do sistema nervoso.

Primal, contagiante e presente em todos os animais vertebrados, o bocejo é um comportamento que há tempos intriga os cientistas. Uma das hipóteses mais populares sobre sua função é a de que promoveria o sono. As evidências coletadas pelos autores do estudo, porém, indicam justamente o contrário.

Os psicólogos Andrew C. Gallup e Gordon G. Gallup Jr. demonstraram que o bocejo é um mecanismo que aumenta o fluxo sangüíneo no sistema nervoso central e promove resfriamento. Segundo eles, assim como os computadores, o cérebro funciona com mais eficiência em temperaturas mais baixas. Como esse órgão consome até um terço das calorias que ingerimos, o calor produzido precisa ser dissipado de alguma forma, explicam os autores.

Os experimentos foram feitos com universitários que assistiam a vídeos com pessoas bocejando. Um grupo devia respirar apenas pelo nariz e outro, somente pela boca (o ar que entra pela cavidade nasal atinge a circulação a uma temperatura menor que o inspirado por via oral). Um terceiro grupo usou uma bolsa térmica, com água fria, na parte frontal da cabeça. No quarto grupo, por fim, a bolsa térmica tinha água quente.

Os resultados mostraram que os indivíduos que respiraram pelo nariz e os que literalmente esfriaram suas cabeças simplesmente não bocejaram enquanto assistiam aos vídeos porque seus cérebros já estavam frios o suficiente.

Evidências recentes têm relacionado a esclerose múltipla, doença neurodegenerativa, a uma disfunção na termorregulação. Pacientes afetados pelo distúrbio costumam bocejar excessivamente e alguns relatam um breve alívio dos sintomas depois de cada bocejo.

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Tenho um bom amigo que me manda pelo menos 50 mensagens eletrônicas por dia, então resolvi compartilhar com vocês, sempre que for possível, algumas delas (apenas algumas…rsrsrsrs). Espero que apreciem.

Matemática de mendigo

Tenho que dar meus parabéns para esse estagiário que elaborou essa pesquisa tão perfeita, pois para mim o resultado que ele conseguiu obter é a mais pura realidade.

Preste atenção nessa interessante pesquisa de um estagiário…

Um sinal de trânsito muda de estado em média a cada 30 segundos (trinta segundos no vermelho e trinta no verde). Então, a cada minuto um mendigo tem 30 segundos para faturar pelo menos R$ 0,10, o que numa hora dará: 60 x 0,10 = R$ 6,00.

Se ele trabalhar 8 horas por dia, 25 dias por mês, num mês terá faturado: 25 x 8 x 6 = R$ 1.200,00.

Será que isso é uma conta maluca?

Bom, 6 Reais por hora é uma conta bastante razoável para quem está no sinal, uma vez que, quem doa nunca dá somente 10 centavos e sim 20, 50 e às vezes até 1 Real.

Mas, tudo bem, se ele faturar a metade: R$ 3,00 por hora terá R$ 600,00 no final do mês, que é o salário de um estagiário com carga de 35 horas semanais ou 7 horas por dia.

Ainda assim, quando ele consegue uma moeda de R$ 1,00 (o que não é raro), ele pode descansar tranqüilo debaixo de uma árvore por mais 9 viradas do sinal de trânsito, sem nenhum chefe pra encher por causa disto.

Mas isto é teoria, vamos ao mundo real. De posse destes dados fui entrevistar uma mulher que pede esmolas, e que sempre vejo trocar seus rendimentos na Panetiere (padaria em frente ao CEFET). Então lhe perguntei quanto ela faturava por dia. Imagine o que ela respondeu?

É isso mesmo, de 35 a 40 reais em média o que dá (25 dias por mês) x 35 = 875 ou 25 x 40 = 1.000, então na média R$ 937,50 e ela disse que não mendiga 8 horas por dia.

Moral da História:

É melhor ser mendigo do que estagiário, e pelo visto, ser estagiário é pior que ser Mendigo…

Se esforce como mendigo e ganhe mais do que um estagiário. Estude a vida toda e peça esmolas; é mais fácil e melhor que arrumar emprego.

Lembre-se:

O presidente não estudou, não trabalhou, não sabe o próprio nome, mas tem 3 fontes de renda e ainda esnoba a nação inteira com palácios, aviões, viagens internacionais, carros importados, bebidas caríssimas… etc, etc, etc…

Mendigo não paga 1/3 do que ganha pra sustentar isso.

Viva a Matemática.

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As metáforas da Rosa

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Poetas como Goethe e compositores como Schubert sempre sentiram atração pelas rosas. Quando Goethe escreveu algumas estrofes contando a história de um rapaz romântico conversando com uma rosa cheia de espinhos, Schubert colocou música e o resultado é uma obra-prima reconhecida no mundo inteiro.

Quando o alaudista John Dowland leu os sonetos de seu amigo William Shakespeare, ele tratou de cantá-los ao som do alaúde e o resultado até hoje encanta os interessados no gênero. Música e poesia sempre caminharam lado a lado. Flores e poesia também. Rosas e espinhos idem.

Não faz muito tempo, a Editora Melhoramentos lançou em edição de luxo o livro A linguagem das rosas, originalmente publicado na Inglaterra com uma seleção de poemas feita por Sheila Pickles. Para o Brasil, foram incluídos exemplos de poetas brasileiros e portugueses. O livro, impresso em Hong-Kong, traz ilustrações magníficas e até perfume de rosas.

A propósito disso, chego a pensar que na poesia e na história, muitas vezes rosas viram espinhos e pode acontecer também o contrário. Um exemplo: Voltaire, que transformou espinhos em metáfora, inventando o otimismo. Em Candide, ou L´Optmisme, sátira às doutrinas filosóficas de Pope e de Leibnitz, ele criou a palavra otimismo, e a definiu pela boca do seu herói, a quem o criado mestiço Cacambo pergunta que é que isso significava: C´est la rage de soutenir qu´on est bien quand tout est mal (É a teima de sustentar que se está bem quando tudo vai mal). O que nos possibilita pensar que a dor que nos causa os espinhos que a rosa tem só serve de incentivo ao triunfo do nosso otimismo.

Assim como a música e a poesia, rosas e otimismo andam juntas. A sabedoria popular inventou a expressão “banhar-se em águas de rosas”, que significa o estado de espírito da pessoa que se sente feliz, que obtém êxito em seus empreendimentos ou amores, a pessoa que conquista aplausos ou louvores, frui gozos e prazeres, ou obtém plena satisfação de alguma vaidade.

Na literatura há outras expressões consagradas. Diz-se, por exemplo, que uma coisa teve a duração das rosas de Malherbe quando durou muito pouco. Esta expressão tem origem numa poesia de François Malherbe, intitulada Consolação ao Sr. Du Périer, Gentil-homem de Aix-en-Provence, Pela Morte de Sua Filha, na qual se lê esta estrofe: Mas era ela do mundo onde as mais belas coisas/ Têm o pior destino; / E rosa ela viveu o que vivem as rosas,/ Uma breve manhã. Aqui a rosa é eterna, passageira. Parece importante, mas não é.

Tempos atrás escrevi um artigo sobre música e poesia, chamando a atenção para os verdadeiros poetas que são mestres em dizer coisas usando as diferentes formas da canção. O que se vê hoje são poetas que vão sendo substituídos pelos gênios da música. Letras que tornam palpáveis, através da música, as imagens dos poetas dos nossos dias.

No livro A linguagem das rosas, os poemas são assinados por Shakespeare, Camões, Shelley, Keats, Wordsworth, Alphonsus de Guimaraens, Castro Alves, Garret, Omar Khayyam e muitos outros figurões. Machado de Assis está presente com uma brilhante parábola. Mas faltou à coletânea o belo pensamento de Cartola – um dos nossos maiores compositores – em As rosas não falam: “Queixo-me às rosas/mas que bobagem/as rosas não falam/simplesmente as rosas exalam/o perfume que roubam de ti”.

Infelizmente apesar de toda beleza e do maravilhoso perfume as rosas possuem os famigerados e doloridos espinhos, quanto a mim só resta o otimismo e a poesia.

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