Velhos ditados adaptados à nova realidade.

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Tenho um bom amigo que me manda pelo menos 50 mensagens eletrônicas por dia, então resolvi compartilhar com vocês, sempre que for possível, algumas delas (apenas algumas…rsrsrsrs). Espero que apreciem. 

1. A pressa é inimiga da conexão.

2. Amigos, amigos, senhas à parte.

3. Antes só, do que em chats aborrecidos.

4. A arquivo dado não se olha o formato.

5. Diga-me que chat freqüentas e te direi quem és.

6. Para bom provedor uma senha basta.

7. Não adianta chorar sobre arquivo deletado.

8. Em briga de namorados virtuais não se mete o mouse.

9. Em terra off-line, quem tem um 486 é rei.

10. Hacker que ladra, não morde.

11. Mais vale um arquivo no HD do que dois baixando.

12. Mouse sujo se limpa em casa.

13. Melhor prevenir do que formatar.

14. O barato sai caro. E lento.

15. Quando a esmola é demais, o santo desconfia que tem vírus anexado.

16. Quando um não quer, dois não teclam.

17. Quem ama um 486, Pentium 5 lhe parece.

18. Quem clica seus males multiplica.

19. Quem com vírus infecta, com vírus será infectado.

20. Quem envia o que quer, recebe o que não quer.

21. Quem não tem banda larga, caça com modem.

22. Quem nunca errou, que aperte a primeira tecla.

23. Quem semeia e-mails, colhe spams.

24. Quem tem dedo vai a Roma.com

25. Um é pouco, dois é bom, três é chat ou lista virtual.

26. Vão-se os arquivos, ficam os back-ups.

27. Diga-me que computador tens e direi quem és.

28. Há dois tipos de pessoas na informática. Os que perderam o HD e os que ainda vão perder…

29. Uma impressora disse para outra: Essa folha é sua ou é impressão minha.

30. Aluno de informática não cola, faz backup.

31. O problema do computador é o USB (Usuário Super Burro).

32. Na informática nada se perde, nada se cria. Tudo se copia… e depois se cola.

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Exupéry + Maquiavel = Compromisso.

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Muita gente estranha ao saber que meu maior reduto eleitoral não é Pindaré-Mirim, terra de meu pai, onde meu tio Zé Antonio foi Prefeito por 10 anos e onde minha família foi hegemônica durante mais de vinte; Nem Santa Inês, onde possuo emissoras de rádio e televisão; Nem Zé Doca, município onde meu pai foi o primeiro administrador; Muito menos o Bom Jardim de Adroaldo, a Monção de João Gusmão ou a Santa Luzia de Otavio Rodrigues.

Meu pai sempre foi votado nestes municípios, sempre se elegeu neles e nunca ficou mudando de reduto. Construiu toda sua vida pública ajudando a construir aquela região. Pode-se dizer que ele era o mais legitimo representante daquela gente. Tanto isso é verdade que depois de sua morte nove deputados ocupam o lugar que antes era só dele: Pedro Paruru e João Silva em Pindaré e Monção; Marconi Farias e Valdivino Cabral em Santa Inês; Janice Braide, Oseías Rodrigues e Fufuca Mendes em Santa Luzia; Chico Caíca em Zé Doca; Maurinete Gralhada em Bom Jardim.

Alguns amigos perguntam por que eu nunca ocupei o espaço geopolítico que antes era de meu pai. É que meu pai fazia uma espécie de política muito pessoal. Era como se na verdade fosse um vereador estadual, e confesso que eu não seria capaz disso.

Analisando cada um dos deputados que ocuparam o seu espaço eleitoral, vejo que todos são ex-prefeitos ou esposa e filho de ex-prefeito ou então grandes lideranças locais.

Mas há uma coisa que me deixa triste. O fato de eu ser tão querido, admirado e respeitado em lugares como São Domingos, Primeira Cruz, Pio XII, Satubinha, Altamira, Brejo de Areia, Vitorino Freire, Olho D’Água das Cunhães, São Bernardo, São João Batista, Sucupira do Riachão, Humberto de Campos ou Buriti Bravo e não poder sentir na região em que meu pai atuou politicamente, essa mesma sensação.

Acredito que se há um culpado nisso, sou eu. Quando meu pai morreu em 93, eu não quis substituí-lo logo nas eleições de 1994. É que eu precisava arrumar a casa depois de sua morte. Pagar as contas e dar para minha família a segurança que parecia ter se esvaído com ele.

Em 1998, quando resolvi me candidatar novamente, notei que meu maior adversário, por mais incrível que pudesse parecer, seria exatamente o homem que me deu tudo na vida, inclusive na política: meu pai.

Todos me comparavam a ele. Todos queriam que eu fosse como ele. Que jogasse bombons para as crianças, que irradiasse jogos de futebol nos palanques, que pulasse e levantasse as calças, que providenciasse água, luz, estradas, postos de saúde, sempre respaldado na sua imutável posição governista. Nessas condições eu não seria capaz de competir com a imagem do Nagibão.

Hoje, analisando esse quadro, acho curiosamente incrível que alguém que havia me dado tudo enquanto vivo, depois de morto, me dificultava a vida, me obrigando a construir o meu próprio caminho. Até nisso meu pai foi bom para mim.

Muita gente ainda pensa que eu herdei os votos de meu pai e que me elejo graças ao trabalho maravilhoso que ele fez na região do Vale do Pindaré. Não, eu não sou votado naquela região. Ainda não!

Esse mesmo pensamento equivocado teve o jornalista Luis Carlos Azenha, que em uma matéria em seu blog cogitava que meus votos seriam provenientes do prestigio que eu auferia com meus canais de radio e televisão na cidade de Santa Inês. Ledo engano. Dos quase 33000 votos que tive em todo o estado em 2006, apenas pouco mais de 400 foram em Santa Inês, contra quase 7000 em São Domingos, aonde nem os sinais de minhas emissoras, nem a popularidade de meu pai, jamais chegaram.

Em alguns momentos já pensei em deixar a política, mas devido a imensa demonstração de confiança, respeito e carinho que eu tenho recebido do povo de municípios como São Domingos, reacendeu em mim o animo, a vontade e a convicção de que devo continuar, pois não posso decepcionar essa gente, muitos deles que, mesmo tendo acabado de perder uma eleição, continuam firme ao nosso lado, demonstrando a mesma confiança, mesmo respeito e o mesmo amor.

Nessas horas me vem a lembrança duas frases de escritores que, ao seu modo, retrataram príncipes: “Você é eternamente responsável por tudo aquilo que cativa” e “… se é melhor ser amado ou temido.”

Tentarei firmemente ser responsável. E amado, honrarei esse amor com lealdade.

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Sedução

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Caro(a) leitor(a),
Venho brigando com o texto abaixo há alguns dias e não consigo me decidir em qual das duas versões ele fica melhor. Então resolvi submeter ao seu julgamento as duas versões e deixar que você decida por mim.
Muito grato,
Joaquim Haickel.

Poesia

A primeira vez que a vi,
ela passou por mim
veloz,
rasante
como o primeiro raio dourado de sol,
ao amanhecer,
pela fresta da janela.
Na segunda vez que a vi,
seu inquietante perfume
me roubou
trajeto,
atenção
e pensamento.
Na terceira vez que a vi,
o que mais me chamou atenção
não foi seu lindo rosto,
nem seu sorriso,
mix enfant et fatale,
nem tão pouco o seu profundo e hipnótico olhar.
Não foi nem mesmo o seu proporcional e divino corpo,
foi seu jeito único e inconfundível de usá-lo.
Em verdade vos digo: Aquilo não era uma dança!
Era uma declaração expressa e contagiante de felicidade.
A forma sutil que ela encontrou para dizer ao mundo:
“Dentro dessas roupas
há uma mulher completa,
perfeita…”
Se é que esse bem tão precioso é permitido a nós,
simples e pobres mortais.
Na quarta vez que a vi,
vi que além e apesar de tudo,
ela não passava de uma miragem,
uma visagem,
um sonho,
e eu não queria acordar.
Criei coragem,
me aproximei e perguntei:
“Qual dentre todas, é a coisa que você mais gosta?”
Sorrindo
doce,
suavemente,
ela disse:
“Dançar!”
Depois de horas pensando em tudo aquilo,
descobri que o que ela mais gostava
não era de dançar,
o que na verdade Terpsícore mais gosta
é de seduzir.
A quinta vez que a vi?…
Ela continuava a seduzir…
Dançar!

Prosa

A primeira vez que a vi, ela passou por mim veloz e rasante como o primeiro raio dourado de sol, pela fresta da janela, ao amanhecer.
Na segunda vez que a vi, seu inquietante perfume me roubou o trajeto, a atenção 
e o pensamento.
Na terceira vez que a vi, o que mais me chamou atenção não foi seu lindo rosto,
nem seu sorriso, mix enfant et fatale, nem tão pouco o seu profundo e hipnótico olhar.
Não foi nem mesmo o seu proporcional e divino corpo, foi seu jeito único e inconfundível de usá-lo.
Em verdade vos digo: Aquilo não era uma dança! Era uma declaração expressa e contagiante de felicidade. A forma sutil que ela encontrou para dizer ao mundo: “Dentro dessas roupas há uma mulher completa e perfeita…” Se é que esse bem tão precioso é permitido a nós, simples e pobres mortais.
Na quarta vez que a vi, vi que além e apesar de tudo, ela não passava de uma miragem, uma visagem, um sonho, e eu não queria acordar.
Criei coragem, me aproximei e perguntei: “Qual dentre todas, é a coisa que você mais gosta?”
Sorrindo doce e suavemente, ela disse: “Dançar!”
Depois de horas pensando em tudo aquilo, descobri que o que ela mais gostava
não era de dançar, o que na verdade Terpsícore mais gosta é de seduzir.
A quinta vez que a vi?… Ela continuava a seduzir… Dançar!

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Vinte anos depois

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Um amigo meu me pediu que eu escrevesse sobre a Assembléia Nacional Constituinte que elaborou a nossa Constituição, promulgada em 5 de outubro de 1988. Quando estava escrevendo sobre aquele evento, lembrei da primeira vez que eu me deparei com a expressão Assembléia Constituinte.

Eu devia ter uns 13 anos e ainda morávamos no Outeiro da Cruz. Naquela época, eu lia, ou pelo menos tentava ler, tudo que tivesse letras. De gibis a enciclopédias, passando por jornais, revistas de moda, fotonovelas (se alguém com menos de 30 anos ler esse texto, favor perguntar para o pai ou para a mãe o que é uma fotonovela) e até lista telefônica e bulas de remédios. Naquele dia eu havia chegado da aula no Colégio Batista onde havíamos estudado sobre a revolução francesa e aquilo tudo estava muito vivo em minha mente, que desde cedo era extremamente cinematográfica. Havia canhões, guilhotinas, roupas de época e até os brioches de Maria Antonieta estavam na cena. Então me danei a procurar tudo sobre a revolução francesa. Recorri às enciclopédias que tínhamos em casa: Mundo da Criança, Tesouro da Juventude, Delta Junior, Delta Larrousse e Britânica.

Em meio a todas aquelas informações deparei com o verbete Assembléia Constituinte e enquanto lia e relia, meus olhos se arregalavam e minha mente voava. Depois disso larguei a pesquisa sobre a revolução francesa e me dediquei a escarafunchar tudo sobre o poder legislativo em todas as suas formas. Quando terminei, exausto, disse para mim mesmo. Um dia vou ser isso, um constituinte, pois adoraria fazer leis, codificar os procedimentos dos cidadãos e da sociedade, garantindo direitos e estabelecendo deveres, enquanto indivíduos e coletividade, regulamentando e limitando o poder estado, preservando os direitos e as garantias individuais. Naquele dia eu selei o meu destino e em um tempo igual ao que eu já havia vivido até aquela data, realizei o meu sonho.

Ter participado como deputado federal dos trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte de 1988 foi um privilegio para mim. Além disso, aqueles anos também foram anos de muito aprendizado e de grande amadurecimento, pois pude usufruir de muitos ensinamentos desfrutando da companhia de figuras da estatura de Afonso Arinos, Florestan Fernandes, Luis Viana Filho, Fernando Henrique Cardoso, Luis Inácio Lula da Silva, José Serra, Vladimir Palmeira, Geraldo Alkimim, Nelson Jobim e Artur da Távola, dentre tantos outros.

Lembro que fui indicado pelo meu partido, o PMDB, como membro de duas das mais importantes comissões daquele Congresso. Da comissão de fiscalização e controle e da comissão de direitos e garantias individuais. Nesta última, recebi a incumbência de ser o relator do projeto de autoria do deputado Amaral Neto que visava instituir a pena de morte no Brasil. Lembro que foram meses de muitas discussões e de grandes polemicas, mas no final, o meu parecer, que era contrario àquele projeto, saiu-se vencedor.

A bancada Maranhense naquela legislatura era formada por parlamentares de grande representatividade política e eleitoral, e de grande capacidade cultural e intelectual, e onde eu era o caçula, com apenas 26 anos.

Entre 1º de fevereiro de 1997 ate 5 de outubro de 1988, deputados e senadores de todos os estados brasileiros, de todos os partidos políticos, de todas as ideologias, juntos, mesmo que muitas vezes com posições antagônicas, buscaram fazer uma carta constitucional que pudesse resgatar a cidadania de nosso povo e garantir o regime democrático para nossa nação.
Num dos finais de semana que passei em São Luis, durante a Constituinte, fui até a casa de meus pais, procurei aqueles velhos livros e reli os textos que havia lido 13 anos antes. Senti um angustiante aperto na garganta.

deputados.jpg

Enquanto escrevia esse texto, lembrei que os deputados maranhenses tiraram uma foto naquele dia 5 de outubro de 1988. Lembro-me muito bem daquela foto. Nela estavam os deputados Davi Alves Silva, o então suplente Edivaldo Holanda, Enoc Vieira, Sarney Filho, Vieira da Silva (em cadeira de rodas), Jaime Santana, Eu, Eliezer Moreira, Haroldo Sabóia, Alberico Filho, Onofre Correa, Cid Carvalho, Antonio Gaspar, Costa Ferreira, Chico Coelho e Zé Carlos Sabóia, ausentes da foto apenas os deputados José Teixeira, Vitor Trovão e Vagner Lago e os senadores Edison Lobão, Alexandre Costa e João Castelo.

Lembro daquela foto e tento me lembrar de tudo que fizemos ali, mas isso não é importante. O mais importante é que o que resultou daquele trabalho, mesmo não tendo sido perfeito, foi o melhor que podíamos fazer naquele momento tão crucial de nossa história.

Tenho muito orgulho de ter participado, mesmo que de forma modesta, daquele momento decisivo da historia de nosso país.

Hoje, 20 anos depois, iremos às urnas para elegermos mais uma vez os prefeitos e os vereadores de nossos municípios. Brindemos então, em homenagem a nossa jovem Constituição, e já que é proibida a venda de bebida alcoólica durante o pleito, que no brinde usemos o nosso voto como maior instrumento da liberdade a serviço da democracia e escolhamos sabiamente aqueles que possam melhor nos representar e administrar nossas cidades.

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O QUE É SUCESSO ou TUDO SE REPETE.

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Tenho um bom amigo que me manda pelo menos 50 mensagens eletrônicas por dia, então resolvi compartilhar com vocês, sempre que for possível, algumas delas (apenas algumas…rsrsrsrs). Espero que apreciem.

 Aos 02 anos sucesso é… Conseguir andar.
 Aos 04 anos sucesso é… Não mijar nas calças.
 Aos 12 anos sucesso é… Ter amigos.
 Aos 18 anos sucesso é… Ter carteira de motorista.
 Aos 20 anos sucesso é… Fazer sexo.
 Aos 35 anos sucesso é… Dinheiro.
 Aos 50 anos sucesso é… Dinheiro.
 Aos 60 anos sucesso é… Fazer sexo.
 Aos 70 anos sucesso é… Ter carteira de motorista.
 Aos 75 anos sucesso é… Ter amigos.
 Aos 80 anos sucesso é… Não mijar nas calças.
 Aos 90 anos sucesso é… Conseguir andar.

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Do que precisa um bom guerreiro?

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Estou muito envolvido com as campanhas eleitorais no interior do estado e não tenho tido tempo de elaborar textos novos, por isso pesquei esse que penso que pode ser oportuno analisarmos novamente, juntos.

Os filósofos gregos Aristóteles e Platão, desde sempre, se interessaram pelas questões militares. Muitos intelectuais da antiguidade passaram de uma forma ou de outra, por tais experiências.

Dentre os mais importantes estão nomes como o de Aristófanes, que apesar de não se ter certeza se ele participou de alguma batalha, é certamente o que mais conviveu com os combatentes, visto as detalhadas descrições presentes em suas peças. Em compensação, sabe-se que Sócrates participou de três batalhas, as de Potidéia, Anfípolis e Délion. Ésquilo combateu em Maratona contra os persas. Sófocles foi comandante das forças ateniense quando da conquista da ilha de Samos. E que quase todos os historiadores gregos tiveram longa experiência militar, principalmente Xenofonte e Tucídides, este último autor de A Guerra do Peloponeso.                                                                   

Digo isso como preâmbulo, para poder falar de alguns dos guerreiros mais admiráveis da antiguidade. Os Hoplitas.

Os gregos, no século VIII a.C., inventam um novo tipo exército, constituído de um novo tipo de soldado. Agora teriam no lugar de mercenários e escravos, cidadãos livres empunhando armas em suas batalhas e guerras.

A chegada do Hoplita, soldado da infantaria que foi assim chamado devido ao escudo que carregava, causou uma grande revolução, pois homens livres defendem com muito mais interesse e compromisso não apenas suas propriedades e suas famílias, mas também a sua cultura e o seu modo de vida. Nascia assim o exército moderno e de certa forma também, uma parte da cultura e da sociedade moderna.

Os Hoplitas surgiram de uma nova categoria sócio-econômica, a dos pequenos proprietários rurais, que se beneficiaram do direito de possuir armas individualmente. A vontade desses pequenos fazendeiros gregos não era somente defender suas plantações, mas também a idéia, o princípio da inviolabilidade de seus domínios, de proteger a sua cultura e preservar sua sociedade.

No campo de batalha, o escudo dos Hoplitas servia tanto para proteger aquele que o portava quanto o homem situado imediatamente à sua esquerda. Aristóteles fez disto um dos maiores símbolos da democracia, da igualdade e da solidariedade. Abandonar seu escudo, deixando de assegurar a coesão da falange, era considerado um ato de extrema covardia e traição.

Os Hoplitas combatiam numa formação tática disciplinada, armados com espadas e lanças, muito bem protegidos. Com este modelo de exército, a vitória passou a ser um feito coletivo, ao contrário da antiga formação aristocrática, que a considerava um feito individual.

No entanto, há uma coisa muito curiosa que me chamou a atenção: A espada, a lança, o elmo, a armadura, o escudo e as roupas que os Hoplitas usavam, eram custeados por eles mesmos, pagos com seu próprio dinheiro, com seu próprio suor. E esses itens eram caríssimos. Custavam o dinheiro de uma vida.

Passados quase três mil anos desde que os gregos, muito sabiamente, organizaram um exército de cidadãos, de pais de família, de pequenos proprietários, de homens comuns e principalmente livres, me aparecem agora alguns comandantes, alguns generais, que ainda preferem comandar exércitos de escravos ou mercenários. Soldados que são obrigados a defender em primeiro lugar os interesses de seu senhor, a vida de seu mestre e só depois é que poderão pensar em si mesmos e em suas famílias.

Muitas guerras já foram perdidas e pelo que tudo indica, muitas ainda o serão, por falta de Hoplitas nas fileiras de exércitos comandados por generais que são verdadeiros Brancaleones, na pior evocação e concepção que se possa dar ao personagem central do filme de Monicelli.

Como os hoplitas gregos, alguns de nós, juntos, podemos formar um exército constituído de cidadãos livres, que pense certo e que defenda da melhor maneira, não apenas as nossas propriedades e as nossas famílias, mas principalmente a nossa cultura e a nossa forma de viver.

Do que se precisa, hoje, para formar um exército de bons guerreiros? De que eles sejam os donos de suas próprias armas. De que sejam realmente livres.

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Com um nó na garganta.

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Escrevo hoje motivado pelo e-mail que recebi de uma querida amiga que não deseja ser identificada e que insiste em não querer tirar a venda que a impede de ver claramente, sem maniqueísmos, sem dualidade, sem o eterno conflito entre o bem e o mal, que a atrapalha em um julgamento mais correto e em uma observação menos comprometida deste cenário, que apesar de injusto e cruel, é real e verdadeiro.

Deixem-me tentar contextualizar os fatos. Estava na Assembléia Legislativa quando avistei uma amiga na galeria e fui cumprimentá-la. Nos encontramos na ante-sala do plenário e logo começou a se amontoar pessoas para falar comigo. Não era nenhum grupo pleiteando a aprovação de alguma lei, eram pessoas que sempre vão ali a busca de uma solução para alguns de seus problemas. Uma passagem, um exame, um remédio. Alguém que tem a água, a luz ou a prestação de sua casa atrasadas, alguém que precisa pagar a faculdade ou simplesmente alguém que não tem o que almoçar naquele dia.

Cada vez que uma dessas pessoas se aproximava de mim, minha amiga levava uma facada, literalmente, e acusava isso em seu olhar. Cada vez era como se ela fosse trespassada por uma peixeira.

Foi quando se aproximou de nós uma mocinha. Seus cabelos eram desgrenhados, suas roupas surradas, seu rosto oleoso, mas ela era dona da uma fala suave e mansa. Ela olhou pra mim e perguntou se eu trabalhava ali. Eu sorri, imaginando só comigo se era aquele o meu trabalho, se foi para isso que havia sido eleito, mas mesmo assim disse-lhe que sim. Então ela me perguntou se eu poderia lhe conseguir um emprego. Tanto eu quanto minha amiga, deixamos claramente transparecer nossa satisfação através de um suave sorriso que escorregava do canto de nossos lábios. Que alivio, pensamos. Na verdade pensou mais ela do que eu, em que pese eu quisesse estar enganado sobre o que de antemão saberia o que iria acontecer, afinal, desde 1978 eu trabalho nesse setor, onde já vi de quase tudo. 

A tal moça disse que era professora e que precisava de uma “oportunidade”. Essa foi a palavra que matou a minha amiga. Nessa hora seus olhos brilharam ainda mais. Estava ali em nossa frente alguém que viria a comprovar que no mundo, naquele mundo, não havia apenas pedintes, mas alguém que buscava uma oportunidade. Se isso fosse verdade, eu queria ser o instrumento de tal providencia.

A moça disse já ter trabalhado de vendedora em varias lojas, e como não mostrou interesse em um trabalho em sua área, achei esquisito. Minha amiga não notou nada. Estava hipnotizada pela possibilidade de aquela moça ser a redenção de suas preces. O elo perdido de dignidade que ela imaginava existir como se isso fosse uma coisa que estivesse em um individuo messiânico, que viria salvar toda aquela sociedade de poderosos e esmoles.

Minha amiga, com os olhos, suplicava para que eu ajudasse a moça. Então eu chamei meu chefe de gabinete e pedi que ele fizesse três cartões de recomendação para aquela jovem. Algum deveria resolver.

Foi nessa hora que ocorreu o inimaginável. A minha amiga sacou um discurso moralista, que parecia politicamente correto, que até eu adoraria que estivesse correto, mas infelizmente eu sabia que não estava. Ela perguntou-me porque não havia tentado dar-lhe uma colocação de professora em algum lugar e eu simplesmente respondi que seria impossível, pois aquela moça não era professora. Azul e descrente, a minha amiga não entendia nada. Foi quando tirei o meu broche de Deputado Estadual e dei para ela, dizendo-lhe que dava o meu mandato para que ela fizesse qualquer coisa que pudesse resolver esse tipo de situação. Disse-lhe também que caso aquela jovem fosse realmente professora, eu a colocaria para trabalhar em meu gabinete e mais, disse que aquela jovem pouco se diferenciava daquelas outras pessoas, ao contrário, ela não era o messias, era mais um falso profeta.

Foi um choque para minha amiga. Em seus olhos eu via dor e desilusão. Pra piorar eu disse a ela que antes de sair do meu gabinete a moça iria dizer o que ela realmente queria, desde o começo.

Fomos para meu gabinete. Minha amiga foi conversar com a moça e constatou o que eu havia previsto. Ela não era professora. Foi o primeiro baque.

Cartões de recomendações assinados fomos com a jovem até a porta, nos despedir. Pelo bem de minha amiga, eu torcia para estar errado, mas não estava. Antes de ir, a mocinha muito educadamente, na verdade educadamente demais, perguntou se poderia me fazer outro pedido. Fiquei pálido. Olhei para minha amiga e vi seus olhos brilharem com as lagrimas. – “O senhor poderia me conseguir cem reais, eu preciso comprar um celular…”

Depois disso não ouvi mais nada. Só conseguia pensar no quanto gostaria de estar errado, o quanto gostaria que minha amiga estivesse certa.

Voltei-me para meu chefe de gabinete e pedi que ele providenciasse um almoço para aquela moça e saímos, eu e minha amiga, com um nó na garganta. Eu angustiado por infelizmente estar certo e ela dilacerada por desafortunadamente estar errada.

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Se você conseguir ler as primeiras palavras seu cérebro decifrará automaticamente as outras…

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Tenho um bom amigo que me manda pelo menos 50 mensagens eletrônicas por dia, então resolvi compartilhar com vocês, sempre que for possível, algumas delas (apenas algumas…rsrsrsrs). Espero que apreciem. 
 
3M D14 D3 V3R40, 3574V4  N4 PR414, 0853RV4ND0 DU45 CR14NC45 8R1NC4ND0 N4 4R314. 3L45 7R484LH4V4M MU170 C0N57RU1ND0 UM C4573L0 D3 4R314, C0M 70RR35, P4554R3L45 3 P4554G3NS 1N73RN45. QU4ND0 3575V4M QU453 4C484ND0, V310 UM4 0ND4 3 D357RU1U 7UD0, R3DU21ND0 0 C4573L0 4 UM M0N73 D3 4R314 3 35PUM4.
4CH31 QU3, D3P015 D3 74N70 35F0RC0 3 CU1D4D0, 45 CR14NC45 C41R14M N0 CH0R0, C0RR3R4M P3L4 PR414, FUG1ND0 D4 4GU4, R1ND0 D3 M405 D4D45 3 C0M3C4R4M 4 C0N57RU1R 0U7R0 C4573L0. C0MPR33ND1 QU3 H4V14 4PR3ND1D0 UM4 GR4ND3 L1C40; G4574M05 MU170 73MP0 D4 N0554 V1D4 C0N57RU1ND0 4LGUM4 C0154 3 M415 C3D0 0U M415 74RD3, UM4 0ND4 P0D3R4 V1R 3 D357RU1R 7UD0 0 QU3 L3V4M05 74N70 73MP0 P4R4 C0N57RU1R. M45 QU4ND0 1550 4C0N73C3R 50M3N73 4QU3L3 QU3 73M 45 M405 D3 4LGU3M P4R4 53GUR4R, 53R4 C4P42 D3 50RR1R! S0 0 QU3 P3RM4N3C3 3 4 4M124D3, 0 4M0R 3 C4R1NH0.
0 R3570 3 F3170 D3 4R314

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*se vc for inteligente responda*

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Tenho um bom amigo que me manda pelo menos 50 mensagens eletrônicas por dia, então resolvi compartilhar com vocês, sempre que for possível, algumas delas (apenas algumas…rsrsrsrs). Espero que apreciem.

* Como se escreve zero em algarismos romanos???

* Por que os Flintstones comemoravam o Natal se eles viviam numa época antes de Cristo??

* Por que os filmes de batalha espaciais tem explosões tão barulhentas, se o som não se propaga no vácuo???

* Se depois do banho estamos limpos porque lavamos a toalha???

* Como é que a gente sabe que a carne de chester é de chester se nunca ninguém viu um chester??? (vc já viu um chester?)

* Por que quando aparece no computador a frase ‘Teclado Não Instalado’, o fabricante pede p/ apertar qualquer tecla???

* Se os homens são todos iguais, por que as mulheres escolhem tanto???

* Por que a palavra ‘Grande’ é menor do que a palavra Pequeno’???

* Por que ‘Separado’ se escreve tudo junto e ‘Tudo junto’ se escreve separado???

* Se o vinho é líquido, como pode existir vinho seco???

* Por que as luas dos outros planetas tem nome, mas a nossa é chamada só de lua???

* Por que quando a gente liga p/ um número errado nunca dá ocupado???

* Por que as pessoas apertam o controle remoto com mais força, quando a pilha está fraca???

* O instituto que emite os certificados de qualidade ISSO 9002, tem qualidade certificada por quem???

* Quando inventaram o relógio, como sabiam que horas eram, para poder acertá-lo???

* Se a ciência consegue desvendar até os mistérios do DNA, porque ninguém descobriu ainda a fórmula da Coca-Cola???

*Como foi que a placa ‘É Proibido Pisar na Grama’ foi colocada lá???

* Por que quando alguém nos pede que ajudemos a procurar um objeto perdido, temos a mania de perguntar: ‘Onde foi que você perdeu?’

* Por que tem gente que acorda os outros para perguntar se estavam dormindo???

* Se o Pato Donald não usa calças, por que ele amarra uma toalha na cintura quando sai do banho???

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Quando papai morreu herdamos mamãe.

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Gostaria de dizer a você que me lê agora, que escrever para mim sempre foi uma necessidade. No começo não sabia o porquê, mas desde muito cedo, assim que aprendi a fazê-lo, passei a colocar pensamentos e sentimentos no papel. Depois de anos de tentativas, nem sempre exitosas, e mesmo depois de alguma pratica, constato que é muito difícil colocar no papel certas coisas que estão alojadas e escondidas na tríplice fronteira intangível entre meu corpo, minha mente e minha alma.

Há quinze anos escrevi um texto para meu pai que havia acabado de falecer. Naquela época não foi tão difícil porque aquele texto saiu de mim como se fosse uma erupção. Na verdade escrevi o que ele teria escrito naquela circunstancia. Sabe!? Às vezes acho que psicografei aquilo! De meu mesmo ali tem muito pouco. Só precisei esculpi-lo e lapidá-lo um pouquinho.

Quinze anos depois, gostaria de escrever mais uma vez por meu pai, como se fosse ele, só que agora sem contar, em meu beneficio, com o calor daquela hora, da perda, do desespero e do desamparo. Sem o pavor que aquilo tudo me causou. Um pavor tão grande que quando passou, levou consigo todos aqueles pequeninos medos que incutimos em nossa mente desde criança. Ficou comigo apenas o medo natural da condição humana.

Foi-se o medo e ficou em seu lugar algo maior. Uma responsabilidade inimaginável e incomensurável. A responsabilidade de substituí-lo em quase tudo, principalmente em algumas coisas para as quais ele era insubstituível e em outras para as quais eu era incompetente.

Hoje tenho consciência de que não fui o que se poderia chamar de um substituto a sua altura, mas tentei realmente sê-lo. Alguns de seus amigos, de certa forma me dizem isso sem palavras. Olham para mim e em seus olhares vejo a saudade verdadeira que sentem de meu pai, que se vivo fosse, faria em dezembro 75 anos.

Nestes anos desenvolvi uma técnica para ter meu pai sempre que preciso ao meu lado. Saio de meu corpo e me coloco como se fosse ele e tento ver as coisas como se ele fosse. Ele nunca saiu de meu lado durante todos esses anos. Seu corpo morreu, mas sua energia não. Isso é a verdadeira imortalidade.

Me lembro que em uma de nossas viagens pelo interior, ele me disse que para levarmos o progresso para a nossa região, para o nosso povo, precisávamos levar algumas coisas de suma importância: saúde, educação, energia elétrica, estradas e telefonia. Fico imaginando se onde quer que ele esteja, tivesse um telefone e ele pudesse nos ligar! O que será que ele diria!?

Acredito que ele ligaria pra minha sobrinha Pillar e diria o quanto gostaria de ter feito com ela as mesmas brincadeiras que fez com Laila. Colocá-la sobre a mesa do café e fazê-la desfilar como se estivesse em uma passarela. Levá-la para podar seu roseiral, enche-la de mimos e carinhos.

Algo parecido ele diria pra Nagib Neto. Diria que gostaria que ele se sentasse entre suas pernas e ficasse enchendo sua paciência e atrapalhando as conversas como eu fazia ou que fosse trabalhar com ele como meu irmão Nagib fez muitas vezes. Diria isso a um garoto imenso que ainda vai completar 15 anos e que incrivelmente sem nunca ter visto meu pai, coça as costas nos cantos das paredes da mesma forma como ele fazia.

Ligaria pra Laila para dizer que se por um lado está muito orgulhoso dela, por outro está preocupado com o seu futuro e já que só agora ela está se propondo a aprender a dirigir, que dirija por si e pelos outros.

Pra Nagib diria que os negócios estão indo bem, dentro do que é possível. Que ele está satisfeito. Diria para ele ter mais calma, mais paciência, que no final tudo se resolve.

Pra mim!… Caramba!… Iria brigar muito comigo!… Sobre política, sobre os negócios, sobre minha vida!… Mas depois de tudo, diria: “É pai, Acho que não tinha outro jeito, talvez tu tenhas razão…” E antes de desligar, deixaria transparecer em sua voz, que estava orgulhoso de mim, por pelo menos eu ter tentado acertar.

  Imagino que ele então ligaria pra mamãe e diria: “Mãe! Muito obrigado por tudo. Por tua compreensão, por tua dedicação, por teu carinho e por teu amor”.

Meu pai não era nenhum santo, não senhor, mas era reconhecidamente um sujeito obstinado, trabalhador, generoso, de muita sorte e dono de uma inteligência singular. Essas qualidades lhe serviram muito na vida, principalmente na hora de escolher para si a melhor mulher que poderia.

Desde que meu pai morreu, o maior político de nossa família é minha mãe, não eu. O maior empresário é ela, não meu irmão.

Hoje, quinze anos depois da morte de meu pai, quero agradecer a minha mãe por ter nos guiado desde sempre e por ter nos ensinado uma maravilhosa forma de viver que se sintetiza em uma frase que ela colocou na porta de seu quarto, muitos anos atrás. “Que Deus me dê coragem para aceitar as coisas que não posso mudar, perseverança para mudar o que puder mudar e sabedoria para distinguir a diferença”.

Mamãe é a maior e melhor herança que papai poderia nos ter legado.

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