O poema ditado

5comentários


deitado
de lado.

O vento açoita a janela
e o sol começa
a invadir pelas frestas.

Bem-te-vis e curiós
entoam o que lembra
uma melodia de Vivaldi.

Agarrada a mim
ela não pára de tremer
pede pra eu não parar
e diz que gosta.

Asmática,
ensaia uma tosse
mas a hipófise vence os brônquios.

De que mais precisa um homem?
Vento, sol, passarinhos.
Uma mulher linda,
de pele branca.
Uma rosa tatuada,
nome de filme.
Doida para aprender
o que se faz
e como ver.

Luz artificial!?
Pra quê!?

Tudo lá fora
e ela comigo
aqui dentro,
aqui dentro.

Qualquer coisa a mais
é excesso.

5 comentários para "O poema ditado"


  1. Carlos Eduardo

    Já tinha ouvido falar que você era poeta, mas achava que era poeta só por ser maranhense, terra onde todo mundo é poeta. Mas não! Pelo poema aqui publicado já se tem a mostra de que esse é mais um ofício de que você entende e domina.

    PS: Até nesse seu poema fica clara a sua forte veia de cronista. Você narra em forma e técnica poética o que muito bem poderia se transformar numa crônica ou vice-versa.

  2. Ana Claudia

    A-DO-REI !!! Belíssima, delicada e ao mesmo tempo forte descrição de um amanhecer de amor… ou seria em amor!? Parabéns!
    Só uma perguntinha… É ficção ou realidade!?

  3. Anônimo

    Lindo demais… de tirar o folego ao ler… de tirar o folego… vc so fala das mulheres brancas? vc nao gosta das morenas?

  4. Anônimo

    Joaquim eu vou parar de ler vc. mexe com a cabeca. penso.

  5. Anônimo

    Belo. Muuuuuuito belo! direto e claro.

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