O que penso sobre o atual momento pelo qual passa nosso país.

Fico imaginando se alguém acredita realmente que quebrando prédios, os vândalos que depredaram a Praça dos Três Poderes tinham a intenção de derrubar o governo? Como é mesmo que isso poderia acontecer? Quem controlava o exército e as forças de segurança do país, quem era o comandante em chefe das forças armadas no dia 8 de janeiro de 2023?

Não existiu em lugar algum, em tempo algum, no mundo, nenhum golpe de estado, que não tivesse apoio das forças armadas, logo essa conversa de golpe de estado naquele 8 de janeiro, é papo totalmente furado. Se os idiotas bolsonaristas fossem dar algum golpe, isso teria que ter sido tentado enquanto eles estivessem no poder, com um mínimo de controle da situação, já que jamais eles tiveram o total controle dela.

O que aconteceu em 8 de janeiro de 2023 foi uma manifestação completamente atabalhoada e desorganizada, sem comando, motivada por uma insatisfação injustificada pelo resultado da eleição, que ao contrário do que dizem aqueles que foram derrotados nas urnas, não foi fraudulenta, em que pese a parcialidade evidente da justiça e da imprensa em favor de um dos lados da disputa.

A imensa manifestação daquele grupo foi claramente facilitada e em muitos aspectos incentivada pelo sistema de segurança dos governos tanto local como federal. Quem é que pode imaginar que pessoas armadas com pau e pedras poderiam enfrentar tropas da polícia e do exército bem equipadas e em carros de combate?

A narrativa de abolição violenta do estado democrático de direito e golpe de estado não se sustenta se colocada em uma simples planilha de análise de situação, feita por qualquer estrategista de defesa.

Quanto as acusações que recaem sobre o dito comando do golpe de estado, acredito serem possível que tais ações tenham sido cogitadas, e caso elas fiquem realmente comprovadas, caso as provas referentes a isso sejam minimamente verdadeiras e consistentes, os processos e julgamentos devem ocorrer, mas qualquer coisa que tenha havido quanto a isso, penso que é evidente que em nada envolvem as pessoas que participaram dos atos de vandalismo de 8 de janeiro de 2023, essa ilação é meramente circunstancial e como tal não comprova envolvimento e como prova não tem valor.

A tentativa de enquadrar os eventos de 8 de janeiro como parte do suposto golpe de estado, é para configurar um cenário maior do que aquele que realmente aconteceu, para dizer que havia apoio de parte da população, o que não é verdade de forma alguma.

A população brasileira jamais apoiaria um golpe de estado, por mais que ela tivesse decepcionada com o resultado eleitoral. A maioria, para não dizer que quase a totalidade do povo brasileiro, incluindo aí aqueles que abominam os partidos e os políticos de esquerda, a política praticada e a ideologia que eles defendem, jamais se levantariam contra a democracia brasileira, quem diz o contrário, faz isso na intenção de dominar o cenário, colocando como vítima um dos nossos bens mais caros e preciosos, a nossa democracia, que está sendo vilipendiada na verdade por um judiciário que usurpa os demais poderes, estraçalha as nossas leis e macula nossa Constituição.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

Busca

E-mail

No Twitter

Posts recentes

Comentários

Arquivos

Arquivos

Categorias

Mais Blogs

Rolar para cima