Uma prioridade para 2025

0comentário

Já está passando da hora de fazermos uma reforma eleitoral em nosso país e 2025 seria o ano ideal para fazermos isso.

Nosso sistema eleitoral e as leis que o sustentam, não estão a altura de nossas necessidades e da exigência dos tempos atuais.

O sistema de voto proporcional, além de injusto, não representa a efetiva vontade do eleitor, uma vez que com ele, muitas vezes, ao exercermos nosso direito de voto, escolhemos uma pessoa para nos representar e acabamos elegendo outras, que nem conhecemos.

A duração dos mandatos e a ocorrência de eleições descasadas, de dois em dois anos, transforma o Brasil em um grande ringue onde nem bem acaba uma briga eleitoral já começa outra, fazendo com que os mandatários vivam eternamente em campanha eleitoral, não descendo nunca dos palanques, o que faz com que não se dediquem efetivamente a suas atividades, que são, ou pelo menos deveriam ser, pensar em como fazer a vida das pessoas ficarem melhores e administrar o dia a dia das cidades, dos estados e do país de forma minimamente satisfatória, o que parece nunca acontecer.

A extrema radicalização política pela qual passamos se deve em grande parte ao fato de termos eleições de dois em dois anos, “futebolizando” nossa vida, transformando o povo brasileiros em torcedores e fazendo com que o status de cidadão fique completamente desqualificado por isso.

Em minha modesta opinião as eleições deveriam ser unificadas e gerais, de vereador a presidente da republica. Elas deveriam acontecerem em dois dias subsequentes, um sábado e um domingo, onde se votasse no primeiro dia para vereador, prefeito, deputado estadual e governador e no dia seguinte para deputado federal, senador e presidente da república.

Os mandatos deveriam ser todos de seis anos, sem reeleição para os cargos do poder executivo, nem mesmo em mandatos intercalados.

O voto para a eleição de vagas do legislativo deveria ser distrital, onde cada município e estado seria dividido em distritos no numero proporcional ao número de vagas a serem preenchidas em cada Câmara Municipais ou Assembleias Legislativas, ou mesmo para a representação na Câmara Federal. Quanto ao Senado Nacional, o voto continuaria sendo majoritário, colhido em cada um dos estados, como um todo, exatamente como no caso dos governadores, já que estes, segundo nossa constituição, são os representantes dos estados no poder legislativo federal, enquanto os deputados federais, representam o povo brasileiro.

Ainda no caso dos cargos de senadores, acredito que uma das disfunção de nossa legislação, seja o fato de alguém que não obteve diretamente nenhum voto,  como os senadores suplentes, possa substituir alguém que recebeu o apoio efetivo de milhares de eleitores. Em minha opinião os suplentes de senador, deveriam ser aqueles candidatos que tão tendo sido o mais votado foram os demais votados em ordem de quantidade de votos obtidos naquele pleito.

O voto deve ser unitário, individual e não obrigatório, captado de forma eletrônica, aditável e impressa, com QR CODE, mas sua contabilização deve feita de forma eletrônica, não manual.

A legislação eleitoral só poderiam ser estabelecida pelo poder judiciário em casos excepcionais, obrigando o poder legislativo, em curto prazo, a referendá-las ou substitui-las, em caso de necessidade.

Talvez essas sugestões possam ser melhoradas, mas acredito que sejam um primeiro passo para começarmos a tratar de um dos mais importantes assuntos de nosso país.

Infelizmente acredito que nossos mandatários não estejam interessados em fazer qualquer reforma em nosso país, pois no caos em que estamos, fica mais fácil para eles permanecerem no poder.

Sem comentário para "Uma prioridade para 2025"


deixe seu comentário

Twitter Facebook RSS