Sobre a tentativa de assassinato de Lula e de outras pessoas

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Eu duvido daquilo que não tenho certeza, e como eu não tenho certeza da veracidade do que está sendo dito, até que me seja provado, eu tenho dúvida. Ou seja, se me provarem, sem a menor sombra de dúvida, que tais afirmações são irrefutavelmente verdadeiras, QUE SE TOMEM AS MEDIDAS CABÍVEIS SEGUNDO A LEI, caso contrário, tudo isso vai ser mais um monte de narrativas feitas na tentativa de justificar os desmandos que estão sendo cometidos, muitos dos quais eu não tenho nenhuma dúvida de estarem acontecendo, e da forma mais descarada possível.

Cogitar matar alguém que é odiado por muito mais da metade do povo é até algo que se possa vir a compreender, mesmo que não se aceite, mas pensar em matar alguém que é apoiado por mais da metade deste mesmo povo, é algo não apenas inaceitável, mas também completamente inadmissível!

O imbecil que cogitou matar uma figura como Lula, deveria ter sido fuzilado pelos próprios amigos, por ser completamente desnecessário em qualquer organização, seja ela política ou criminosa. Um assassinato deste tipo geraria um efeito contrário, idêntico ao que aconteceu com o atentado contra Bolsonaro, fato que ajudou muito em sua vitória eleitoral.

É serio mesmo que esses caras iriam matar um Presidente e um Vice-Presidente da república recém eleitos, e de lambuja mais um Ministro da Suprema Corte, com um orçamento de R$ 100.000,00 (cem mil reais)? Está mais que claro que um plano desses não é algo em que se possa realmente acreditar.  Parece mais enredo de novela de quinta categoria, pois vejam bem que para assassinarem a vereadora Marielle Franco, os mandantes gastaram alguns milhões, e se pararmos para pensar,  o orçamento de um show desses patrocinados pela Lei Rouanet é pelo menos 50 vezes maior que o orçamento cogitado.

Soube que alguém andou publicando uma matéria que dizia que os sujeitos que teriam tramado a morte de Lula, Alckmin e Moraes, também tramaram matar o ministro Flávio Dino, todos no dia 15 de dezembro de 2022, mas nesta data Flávio Dino ainda era governador do Maranhão!…

Outro fato curioso é o fato de que quatro dos cinco presos sob essa acusação estavam trabalhando na segurança dos chefes de estado na reunião do G20, o que significa que eles não saíram de circulação e poderiam ter perpetrado tal crime depois do planejado.

Um fato muito curioso nisso tudo é a retroalimentação que há entre as investigações, os julgamentos e a imprensa, no tocante a esses casos. Os investigadores e o julgador repassam as notícias que interessam a imprensa, que por sua vez montam as narrativas que interessam aos investigadores e ao julgador, como tem sido a pratica descarada dos últimos anos.

Mais uma vez: Caso fique provado cabalmente que são verdadeiros os fatos levantados nessa investigação que claramente é uma “fishing expedition”, espero QUE SE TOMEM AS MEDIDAS CABÍVEIS SEGUNDO A LEI.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE

Gostaria de me desculpar com os caros leitores de meus textos por ter cometido um erro em histórico neste aqui, quando disse que Flávio Dino ainda era governador do Maranhão em 15 de dezembro de 2022, quando ele já havia deixado o governo para se candidatar ao cargo de senador.

Penso que o meu engado foi motivado pelo fato dele ter continuado tendo enorme influência no governo do Estado e pelo fato dele ainda não ter ingressado na administração federal, como ministro da Justiça.

Pelo erro que cometi peço sincera desculpa, mas reafirmo o que disse antes: não havia motivo para que ele fosse incluído em uma possível lista de pessoas a serem assassinadas por possíveis golpistas.

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Um novo Torquemada *

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Foi amplamente noticiado que o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, determinou a retirada de circulação de quatro livros jurídicos que, segundo o ministro, continham trechos homofóbicos e misóginos.

O ministro considerou que em alguns trechos os livros violavam a dignidade da pessoa humana, ficando em desacordo com aquilo que preconiza a nossa Constituição, e determinou que as edições existentes fossem destruídas e além da retirada e destruição das edições, Flávio Dino impôs uma multa de R$ 150 mil aos autores das obras por danos morais coletivos.

Fico imaginando se o ministro Flávio Dino agiria da mesma forma, mandando tirar de circulação e destruir o livro “Cadernos do Cárcere“, de Antônio Gramsci, filósofo italiano idealizador da teoria da hegemonia cultural, que nada mais é que a base da política de incentivo a luta de classes, da desagregação da família, do desrespeito às leis, como a única forma de mudar o mundo.

Cadernos do Cárcere” apresenta reflexões que em muitos aspectos divergem dos princípios da Constituição Brasileira, especialmente em temas ligados à estrutura de poder e organização do Estado. Gramsci diz que o Estado é um instrumento de controle que classe dominante exerce sobre as demais, funcionando para manter permanentemente sua hegemonia. Já a Constituição Brasileira defende que o Estado é uma instituição que existe para garantir o bem comum e a justiça social, atendendo aos interesses de toda a população, independentemente de classes sociais.

Quanto à concepção de Liberdade e Democracia, em seu livro Gramsci defende o conceito de uma “ditadura do proletariado” para substituir aquilo que ele diz ser a dominação da burguesia. A Constituição de 1988, entretanto, promove a democracia representativa e os direitos individuais, protegendo o pluralismo político e rejeitando qualquer forma de ditadura, seja de classes ou grupos específicos.

No que diz respeito as Reformas Institucionais, Gramsci argumenta que uma transformação só pode ocorrer de forma radical e revolucionária para que possa se alcançar uma sociedade mais igualitária, incluindo uma mudança profunda nas estruturas econômicas e políticas. A Constituição Brasileira, no entanto, reconhece mudanças e reformas dentro de um sistema democrático e jurídico, defendendo que as transformações ocorram dentro dos preceitos da legalidade e da ordem democrática.

Essas diferenças refletem a tensão entre as ideias marxistas de Gramsci e a visão democrática e pluralista da Constituição Federal, que busca equilibrar as liberdades individuais e coletivas dentro de um regime democrático e pacífico, logo o livro de Gramsci deveria merecer a mesma sentença proferida pelo ministro Dino.

Em síntese, “Cadernos do Cárcere” pode muito facilmente ser interpretado como uma ameaça aos princípios democráticos estabelecidos por nossa constituição, uma vez que Gramsci propõe uma reorganização ideológica e política que não se alinha com a estrutura democrática defendida por nossa Carta Magna, que prioriza a pluralidade de pensamentos e o equilíbrio entre os poderes de forma amistosa e harmônica, enquanto Gramsci despreza todos esses valores.

Neste mesmo diapasão, não apenas o livro “Cadernos do Cárcere” deveria receber esse julgamento do ministro Flávio Dino, mas outras obras de cunho comunista que também colidem com os preceitos constitucionais brasileiros, como, “O Manifesto Comunista” de Karl Marx e Friedrich Engels, “O Estado e a Revolução” de Vladimir Lenin e “Para a Crítica da Filosofia do Direito de Hegel” de Karl Marx, entre outros semelhantes.

Meu intuito com este texto não é incentivar a censura e a destruição de livros que contenham ideias das quais eu discorde, mas mostrar a incoerência de um julgador parcial, movido pela paixão ideológica, que cega e desorienta até as pessoas mais preparadas, como ocorreu com Torquemada.

*  Durante a Inquisição, um dos mais notórios responsáveis pela queima de livros foi Tomás de Torquemada, o primeiro grande inquisidor espanhol. Torquemada teve papel fundamental na Inquisição Espanhola e ficou conhecido por perseguir intensamente tanto os livros quanto as pessoas que ele considerava heréticas. Ele ordenou a queima de um grande número de livros que foram considerados contrários aos ensinamentos da Igreja Católica. As injustiças cometidas por Torquemada e pela Inquisição são alguns dos mais abomináveis atos contra a liberdade e a vida praticados na história humana. 

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Correndo atrás do próprio rabo

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Estou começando a entender como se sentem os refugiados de todas as partes do mundo, estou começando a entender como se sentem as pessoas que são perseguidas, como se sentem as pessoas que são marginalizadas, como se sentem os discriminados de todas as cores e matizes. Só espero que eu não comece a me sentir e agir como fazem os militantes dessas lutas e os terroristas resultantes das perseguições que criam os refugiados, perseguidos, marginalizados e discriminados.

O entendimento e o sentimento que estão explodindo em mim e em muitas pessoas como eu, são resultado da realidade que bate diariamente a nossa porta.

A escalada da criminalidade que assola nosso país, que tem como motivo principal a falta de vontade política do estado em atacá-la de frente, com determinação e coragem, isso sem contar com a incompetência e a imperícia de quem ainda se arrisca a fazer alguma coisa.

A insegurança jurídica causada pela politização da justiça, entidade que tem a desconfiança e a rejeição de 74% do povo brasileiro, segundo pesquisa realizada pela Genial/Quaest.

Por outro lado, a militância política e ideológica praticada pelo judiciário de modo geral, mas principalmente pelo Supremo Tribunal Federal, cria seríssimos entraves para o desenvolvimento de nosso país e para a real melhoria de vida de nosso povo, pois as empresas, com raríssimas exceções (bancos e alguns poucos grandes conglomerados) não sentem confiança em investir aqui.

A omissão criminosa da retumbante maioria do poder legislativo brasileiro. Diria sem medo de errar que essa maioria fica na casa dos 80 % de nossos deputados federais e senadores, parte deles motivados por ideologias nocivas, parte deles pela ganância financeira, parte deles pela sobrevivência eleitoral e parte deles por tudo isso junto.

Se o Congresso Nacional tomasse atitudes minimamente descentes e efetivasse as mudanças que são necessárias para que nossos cidadãos possam ter segurança em todos os sentidos, para que voltem a sentir respeito por nossas instituições, para que sintam novamente orgulho verdadeiro de serem brasileiros, tudo estaria muito diferente.

A completa incompetência administrativa dos governos, não só deste, mas dos demais também, priorizando plataformas políticas meramente eleitoreiras, faz com que toda a nossa riqueza, que é gigantesca, seja jogada no lixo.

Nada do que faz o governo reverte verdadeiramente em benefício do cidadão. Talvez eu não esteja sendo totalmente justo. Vou reformular. Quase nada que faz o governo reverte verdadeiramente em benefício do cidadão. Essa é uma verdade avassaladora que só não enxerga quem é cego ideológico, pois até os cegos físicos sabem disso.

Em meio a isso tudo aparecem questionamentos importantes que aos quais, poucos são capazes de oferecer respostas adequadas e satisfatórias.

Nossos representantes não prestam porque o povo não sabe escolhê-los ou o povo não é capaz de escolher bem seus representantes por estarem mais preocupados em como sobreviver, ou ainda, as duas coisas, uma retroalimentando a outra?

Qual, dentre todos os direitos que a nossa Constituição nos oferece, é o mais importante? O direito à liberdade, à igualdade, à opinião ou à propriedade?

Qual é o nosso maior dever para com a nossa pátria? Defender as instituições que a sustenta de forma verdadeira, respeitar as leis ou pagar regularmente os impostos que nos são cobrados?

A pessoas que elegemos para nos representar, seja no legislativo ou no executivo, devem ser cerceados em suas atribuições por simples discricionaridade ideológica dos representantes não eleitos do judiciário? Ou em outras palavras, quem controla o judiciário, uma vez que, pelo menos em tese, o povo controla o legislativo e o executivo através do voto, livre, direto, secreto, e igualitário?

Veja, depois da anulação das condenações de Lula, do cancelamento das penas de Zé Dirceu, aquele mesmo do mensalão, do petrolão e de outros escândalos de corrupção, da absolvição do ex-deputado Geddel Vieira Lima, aquele dos 50 milhões de reais, em dinheiro, dentro de malas encontradas em seu apartamento em Salvador e agora com a indicação do corrupto condenado, o Vaccari, para conselheiro da Petrobrás, empresa a qual lesou, nada mais resta a não ser rezar. O pior é que não sei mais nem o que pedir pra Deus, como solução para todo esse suplício.

Estou começando a entender como devem se sentir aqueles cachorrinhos que passam horas e horas correndo atrás do próprio rabo.

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