Sobre a entrevista do ministro Luiz Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal, na CNN Brasil.

Assisti a excelente e esclarecedora entrevista do ministro Luiz Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal, na CNN Brasil.

Na entrevista, Barroso deu diversas aulas. Aula de eloquência, de elegância, de boa educação… deu até aula de dança, pois improvisou um bolero onde quase escorregou ao afirmar que o STF se opôs a extrema direita na defesa da democracia… ora bolas, o STF não tem que se opor a correntes políticas, fazer isso é politizar suas decisões!… Ele tem que julgar questões constitucionais e só.

No geral, gostei do que disse Barroso, primeiro porque mesmo com toda desfaçatez, ele deixou claro uma coisa que eu já sabia e cansei de dizer. Foi a falta de tato, a falta de capacidade do ex-presidente em se relacionar com as pessoas que esticou a corda da institucionalidade nacional, ou seja a boçalidade de Bolsonaro colocou as instituições, a imprensa e a metade da sociedade contra ele, e ao contar apenas com a outra metade da sociedade, fez com que o pensamento e as ações liberais, que não são só dele, mas principalmente nossas, fossem trocadas pela ideologia esquerdista no comendo de nosso país. Foi ele, Bolsonaro quem nos derrotou.

Em alguns momentos Barroso deixou escapar a predisposição da maioria de nossa Corte Constitucional em politizar ideologicamente suas decisões, mas isso não tirou a importância de sua entrevista, pelo contrário, deu mais relevo a ela.

Devo dizer, a bem da verdade que em alguns pontos comentados e analisados por Barroso durante a entrevista, eu concordo com ele, mas não posso deixar de dizer que em minha opinião faltou as entrevistadores fazerem duas perguntas ao ministro: o que ele quis dizer com aquela sua frase, “perdeu Mané, não amola”, e o que ele quis dizer ao afirmar que o STF, depois da constituição de 88, passou a ter poder político.

E vejam, eu nem seria tão inconveniente em mostrar ao ministro algumas de suas antigas entrevistas em que ele afirmava a existência de irregularidades e corrupção nos governos do PT, para que ele não se sentisse constrangido.

Mesmo com tudo isso, achei a entrevista do ministro muito boa. Esclarecedora.

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Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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