Escolher entre dois errados é sempre uma escolha ruim

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Eu já havia escrito um outro texto, tratando de um outro assunto, para publicar neste fim de semana, mas a mera existência de criaturas polêmicas como Elon Musk e Alexandre de Moraes, exige que se fale deles, portanto, “seja feita sua vontade assim na terra como” no inferno.

Pois bem, então vamos a eles. Sobre Elon Musk, vou comentar pouco, pois ele é irrelevante para mim. É um empresário bilionário que deve se sujeitar às leis brasileiras se desejar ter negócios em nosso país, e ponto final.

Agora vejamos novamente Alexandre de Moraes, sujeito que tem uma personalidade deformada pelo poder, sendo que essa deformação é perene, independe da quantidade de poder que ele tenha. É claro que a quantidade de poder que ele acumula potencializa seu grau de deformação, fazendo com que ele transgrida as barreiras que se apresentem na tentativa de contenção de seus arroubos.

Destruidor do direito constitucional dos cidadãos brasileiros quanto a livre manifestação, a liberdade de opinião, Moraes se impôs como maior defensor da democracia brasileira, e faz isso da forma mais cruel e absurda, assassinando a sangue frio exatamente aquela que ele diz querer defender.

Na desculpa de impedir que crimes que tenham como causa o mal uso do direito constitucional da livre expressão de pensamento e opinião, Moraes bem como outros juízes de nossa Suprema Corte, resolveram eliminar o próprio direito expresso em nossa carta constitucional.

É ponto pacificado de entendimento que quando alguém que, fazendo uso de seu direito de livre manifestação de opinião e expressão, cometer crime de calúnia, injúria, difamação ou algum outro da mesma categoria e com similitude, este deve ser denunciado e devidamente processado. O que não pode é um juiz, quem quer que seja ele, pertença ele a qualquer que seja o tribunal, se antecipar ao ato e preventivamente suprimir um direito constitucional legítimo.

Caso um cidadão, no uso de seu direito a livre manifestação de seus pensamentos, venha a atacar criminosamente as instituições nacionais, as providências quanto a esses crimes, se devidamente comprovados, devem seguir o mesmo rito, coisa que o ministro Moraes demonstrou recentemente que não tem muito apreço em fazer, como pode comprovar as gravações obtidas pelo jornal Folha de São Paulo.

No que diz respeito a suspensão do funcionamento da plataforma X, pertencente ao polêmico bilionário Elon Musk, acredito que o midiático ministro tenha alguma razão, pois a empresa se negou a cumprir procedimentos indispensáveis para seu pleno funcionamento em nosso país, como impõem nossas leis.

Musk, em parte acerta ao não acatar ordens arbitrárias de Moraes para bloquear perfis no X, e erra ao não indicar representantes dessa empresa no Brasil, para que Moraes possa mandar prender por não cumprir suas ordens, enquanto Moraes, em parte erra ao mandar bloquear perfis de seus desafetos no X, mas acerta ao mandar suspender o funcionamento do X no Brasil por não ter representantes legais em nosso país. Os dois acertam e erram e por isso mesmo estão errados, pois o erro contamina o acerto, fazendo com que este perca completamente o valor de sua mera intenção.

Elon Musk é um empresário sul-africano, arrogante e prepotente, cujas ações me são indiferentes, não afetam a mim nem aos brasileiros, pelo qual não tenho nenhuma simpatia. Alexandre de Moraes é um funcionário público brasileiro, igualmente arrogante e prepotente, cujas ações motivadas por parcialidade e partidarismo ideológico têm afetado tanto a mim como a outros brasileiros, ao qual eu e muitos concidadãos fazemos severas e bem fundamentadas críticas.

Não é o caso de fazermos uma mera escolha entre um e outro. É o caso de escolhermos entre o que é correto e o que é errado, e neste caso claramente me parece que os dois estão errados, cada um ao seu modo. 

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