Travessia

Depois de uma semana, a nova novela da Rede Globo, “Travessia”, que tem parte de sua história originada no Maranhão, que conta com um belo e poderoso argumento, bem desenvolvido por Gloria Perez e dirigido por Mauro Mendonça Filho, que traz uma trilha musical maravilhosa e um elenco estrelar, mesmo que com atuações um tanto exageradas(penso que seja proposital!), além do  uso excessivo de brasileirismos maranhenses, o nosso velho “maranhensês”, e algumas vezes uma cantada abaianada que não existe por aqui, já mostrou a que veio, e promete ser um sucesso.

Uma curiosidade chamou minha atenção. Depois de ser apresentado a quase todos os personagens da nova trama da faixa das 21 horas, constatei que apenas três dos personagens são detentores de bom caráter e boa índole, e que todos os outros têm algum desvio de conduta, dos mais leves até os mais nocivos e condenáveis. Brisa, Dante e Monteiro, são os únicos, pelo menos nesses primeiros capítulos, que demonstraram ter bons propósitos, sentimentos nobres e honrados.

A personagem protagonizada pela boa atriz, Grazi Massafera, foi a primeira a apresentar suas “humanidades”. Em seguida, uma cena muito forte entre as irmãs interpretadas, por Vanessa Giácomo e Alessandra Negrini, falavam na verdade sobre o que está acontecendo com o povo brasileiro neste momento de extrema polarização. O dialogo das duas, deixava claro que nenhuma das duas tinha razão, mas que no entanto nenhuma delas estava errada, tudo aquilo era apenas e tão somente uma questão de ponto de vista.

Por fim, como pessoa do meio audiovisual, fico feliz por minha cidade, São Luís, e meu estado, o Maranhão, ser palco de parte de uma história que vai ser contada para todo o Brasil, mesmo que nossa geografia seja um tanto destorcida, fazendo o povoado de Mandacaru, que fica em Barreirinhas, parecer ser bem próximo de nossa capital e que em algumas cenas façam bullying com o nosso jeito de falar.

Para mimo o que importa é que Romulo Estrela, um dos atores protagonista da trama, e Sheury Manu, a produtora local da novela, possam mostrar sua arte, demonstrando que no Maranhão tem gente capaz de realizar trabalhos bonitos e importantes como essa “Travessia”.

Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

Busca

E-mail

No Twitter

Posts recentes

Comentários

Arquivos

Arquivos

Categorias

Mais Blogs

Rolar para cima