Em quem votar!?…

Outro dia, em uma reunião na casa de amigos, uma senhorita pensou que iria me constranger, ao me perguntar em quem eu irei votar para presidente.

Eu disse à bela e aparentemente inteligente moça que me fez tal pergunta, que eu ainda não sabia em quem iria votar, mas que tinha certeza daquilo que a pessoa em quem votarei precisa ter para conseguir minha atenção e meu voto.

Disse a ela que não importa o sexo do candidato, pode ser homem, mulher ou outro qualquer; que precisa ter o mínimo de coerência entre seus pensamentos, falas e ações; que seu partido não pode estar nas extremidades do espectro político nacional, pois não admito extremismos, e dou preferência às ideologias posicionadas em torno do centro, um pouco mais para à esquerda ou à direita, tanto faz. Que seja uma pessoa que defenda os valores da cidadania, a democracia, a livre iniciativa, as liberdades individuais; que não seja sectário, maniqueísta ou hipócrita.

Enquanto eu falava, podia ouvir as engrenagens do cérebro da tal moça e de outras pessoas presentes estalarem, computando o gabarito da prova a qual estavam sendo submetidos com a minha resposta à pergunta que me havia sido feita em tom de desafio.

Ao final me dirigi a senhorita que me fez a pergunta: “Você discorda de mim quanto aos ingredientes que um candidato precisa ter para que pessoas inteligentes, esclarecidas, do bem e de bem, como nós, eu e você inclusive, possamos votar?

Ela sorriu e de certa forma aquiesceu, mas a impressão que eu tive é que ela vai votar em uma pessoa na qual ela tem certeza de que não possui os ingredientes e as qualidades que eu citei. Fiquei com a impressão que ela vai votar para eliminar da cena política alguém que ela acredita ser mais nocivo que outros candidatos. Nessa hora eu me identifiquei muito com ela, mesmo sabendo que há uma grande possibilidade de votarmos em candidatos diferentes.

1 comentário em “Em quem votar!?…”

  1. JOSE RIBAMAR ROCHA GOMES

    De repente é melhor fechar os olhos e escolher qualquer número de candidato presidencial. Só tem demagogo, populista, corrupto. Mas, uma coisa me chamou à atenção, deputado Haickel: “homem, mulher ou outros”. Que outros excelência? Não entendi.

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Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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