Os sítios de nossas infâncias.

Publiquei ontem um texto sobre o sítio que nossa família tinha no Ingaúra, um lugar que não existe mais, pois foi engolido pelo tempo e pelo “progresso”.

Nunca pensei que aquele texto conseguisse mexer tanto com as pessoas que por acaso o lessem, mas o fato é que quase todas as pessoas de minha faixa etária tiveram em suas vidas um lugar como aquele, tiveram uma vida parecida com a que eu tive, e é claro, se identificaram com minhas memórias e minhas saudades.

Estou escrevendo hoje para agradecer a todas as pessoas, amigos próximos, amigos não tão próximos, amigos antigos e novos amigos, mas todos amigos, companheiros da jornada da vida, cujos sentimentos semelhantes, nos igualam e nos tornam “Goonies” dessa extraordinária aventura.

Só sinto pena de não termos, naquela época, registrado aqueles momentos em fotografia ou em filme, para que pudéssemos mecanicamente ajudar as nossas memórias a lembrar da felicidade que vivenciamos num tempo em que nem nos dávamos conta de como éramos tão felizes.

Obrigado amigos, por refletirem em vocês todos aqueles sentimentos maravilhosos que eu tive em minha infância, repleta de aventura e felicidade, coisas que fizeram que eu acabasse sendo quem sou.

Obrigado por me permitirem entrar em suas vidas e fazer com que vocês pudessem resgatar um pouco daquilo que também vivenciaram. Esse sentimento é incrível e de certa forma me dá uma sensação de realização e plenitude.

Se nada de bom eu tivesse feito na vida, só isso que eu senti ao ler seus comentários, já teria sido suficiente para me fazer achar que cumpri a minha missão na vida, a missão de lembrar, de não deixar que nos esqueçamos das coisas maravilhosas que vivenciamos e que nos transformaram em quem somos.

Depois de escrever esse texto fui procurar em meus guardados alguma foto que pudesse ilustrar aquele tempo e achei essas poucas que mostram um torneio de futebol que fizemos numa das férias que passamos lá no velho sítio.

Na foto 1: De pé – Pinto Neto, Bartolomeu e Joaquim. Agachados – Zé Eduardo e Luís Fernando

Na foto 2: De pé – Nagib, Celso e Renê. Júlio e Fernando

Na foto 3: De pé – Luís, Calhambão e Mário. Agachados – Feliciano, Ridelber e Duquinha

Na foto 4: De pé – Celso, Jorge e Joaquim. Agachados – Beto, Elisio, Nagib e Chiquinho

Na foto 5: Primeira cena dirigida por Joaquim Haickel. Ele finge bater pênalti, Jorge finge defender, e Nagib observa de lado, enquanto Sítio está em volta de tudo

Na foto 6: Joaquim tirando leite da vaca Mimosa

Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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