José Sarney completou 90 anos no dia 24 de abril de 2020 e um grupo de seus amigos da Academia Maranhense de Letras, resolveu fazer uma homenagem para ele, que além de decano da entidade, é também decano da Academia Brasileira de Letras e o mais antigo e longevo político brasileiro vivo.
Não vou aqui falar da história de Sarney porque além de ser conhecida de todos, não é este o tema de meu artigo de hoje, pois desejo falar sobre os trabalhos que realizamos para homenagear o nosso amigo.
Havíamos idealizado uma série de eventos que marcasse o ano do nonagenário José de Ribamar Ferreira de Araújo Costa, vulgo José de Sarney e mais tarde conhecido por todos simplesmente como Sarney.
A Assembleia Legislativa do Maranhão, por iniciativa do deputado Roberto Costa, faria uma sessão solene em homenagem ao aniversariante e naquela oportunidade traríamos figuras importantes da literatura e da política brasileira, que falariam sobre ele. No Convento das Mercês, haveria uma exposição sobre suas obras e realizações. Direcionado aos alunos do segundo grau, a AML promoveria um concurso de redação, dando prêmios para os vencedores e suas escolas. Publicaríamos um livro com textos escritos sobre Sarney, por seus amigos, tanto da literatura quanto da política. E faríamos também um filme, onde apresentaríamos, cada um ao seu tempo e ao seu modo, o José e o Sarney, vistos do ponto de vista dele próprio e de outras pessoas, cujos depoimentos nos permitissem montar um quadro com o qual pudéssemos ter a nítida noção do homem, da pessoa, do José, como cidadão, esposo, pai, amigo, escritor, e do Sarney, como político e estadista.
A pandemia de Covid-19 mudou todos os nossos planos e acabamos ficando apenas com o projeto do filme. Mais tarde resolvemos publicar também o livro.
O certo é que a Academia Maranhense de Letras, neste ano do nonagésimo aniversário do nosso mais antigo membro, realizou dois trabalhos em sua homenagem, o livro “José Sarney – o homem e a palavra” e o filme, em dois episódios “José & Sarney”.
Além da AML, outras entidades fizeram homenagens semelhantes a ele. A Câmara dos Deputados fez publicar um belíssimo livro e mandou produzir um programa de TV a respeito desse personagem especial de nossa história contemporânea. Também o Senado Federal, Casa para a qual Sarney se elegeu cinco vezes e a presidiu em quatro oportunidades, mandou produzir uma reportagem que levou ao ar em seu canal de televisão. Além disso, a Academia Brasileira de Letras fez homenagens virtuais ao aniversariante.
Aqui na província ficamos à espera da estiagem dessa pandemia para que pudéssemos fazer o lançamento do livro, enquanto o filme será exibido pela TV Mirante e distribuído para as demais emissoras do Estado que queiram mostrá-lo em sua grade de programação, além de ser veiculado por alguns canais de TV a cabo do sul do país e do exterior.
Fui designado para produzir este filme pelo então presidente da AML, Benedito Buzar, e resolvi chamar para dirigi-lo, Arturo Saboia, um dos nossos melhores cineastas. Como responsáveis pelo roteiro do filme, escalei Eveline Cunha e Shirley Freire. Para captação de imagens, convoquei Joan Santos, Hugo Chaim e Miguel Nery. Na montagem, edição e efeitos visuais, usei Carlos Alberto e Alexandre Ferreira. Para captação de som e na mixagem, escolhi Elinaldo Sousa e André Lucap. Contamos ainda com a inestimável consultoria de Benedito Buzar, Felix Alberto Lima e José Jorge Leite Soares.
Agradeço a todos por seu trabalho incansável e sua incondicional dedicação a ele, e à Academia Maranhense de Letras pela possibilidade de nos permitir produzir este precioso documento de memória para as futuras gerações.