Nestes quase quatro anos de governo, nunca disse que o governador Flávio Dino ou seus secretários são corruptos, nunca os acusei de malversação, de prevaricação ou de peculato. Jamais disse que eles cometeram apropriações indébitas ou desviaram recursos públicos. Não costumo acusar sem provas cabais que me respaldem e não tenho essas provas. O que sempre comentei foi sobre a falta de coerência do governador, sobre sua imensa dificuldade em ter um raciocínio e um comportamento dignos de um estadista. Sempre disse que ele e os seus auxiliares não conseguem até hoje se desvencilhar do palanque eleitoral nem da prática da política universitária. Sempre ressaltei sua hipocrisia, arrogância, prepotência, messianismo, seu caráter perseguidor, seu maniqueísmo e sectarismo, defeitos capazes de aleijar qualquer pessoa, ainda mais um político.
Hoje, no entanto, vou acusar Flávio Dino de uma coisa que nunca havia acusado antes. Acuso-o de incompetente. Faço isso respaldado na conversa que tive com um ex-secretário de Turismo de um estado do Nordeste, que estando recentemente em São Luís me perguntou se é verdade que neste governo não há uma secretaria dedicada exclusivamente ao fomento e ao desenvolvimento deste importante setor da economia moderna que é o turismo. Respondi que em nosso Estado não existe uma secretaria exclusivamente de turismo e meu interlocutor sorriu e disse: “Quanta incompetência”!
Na semana passada o governador publicou um artigo onde comenta o estrondoso sucesso do setor turístico de nosso estado. Tudo lorota, balela, falácias, sofismas…
Há muito tempo eu tinha vontade de abordar essa questão, mas confesso que pelo fato de manter uma relação de amizade e respeito tanto com Felipe Camarão quanto com Diego Galdino, os dois gestores da SECTUR, Secretaria de Cultura e Turismo do Maranhão, resolvi não fazê-lo, pois não me sentia confortável para isso.
Ocorre que nem Felipe, agora secretário de Educação, nem Diego, hoje comandante da SECTUR, nenhum dos dois tem culpa quanto ao direcionamento equivocado dos negócios do turismo em nosso estado. A culpa é única e exclusivamente do governador que estabeleceu essa simbiose e direcionou de forma totalmente esdrúxula o setor turístico do Maranhão!
Juntar a pasta da cultura com a do turismo é uma solução fácil, mas o fácil aqui é usado no sentido negativo da palavra, no sentido de tolo, de infantil, de frágil.
Como é que alguém que foi presidente da Embratur, empresa responsável por apoiar e incentivar o turismo no Brasil, não consegue entender que a cultura é apenas um dos vetores usados pela indústria do turismo em seu extenso cabedal de ações de atração!?
Será que ele não sabe que o turismo é um setor da economia que precisa mais da indústria hoteleira, de alimentação, de transporte, de infraestrutura, de capacitação de mão de obra, que das manifestações culturais de nosso povo!?
Pensar assim é pensar pequeno, é tentar resolver problemas complexos com soluções mirabolantes. Se isso resolvesse, o governo federal não teria um ministério para cada setor, um dedicado à cultura e outro ao turismo. Em quantos estados brasileiros, coisa semelhante acontece? O máximo que se poderia aceitar era juntar as atribuições do turismo com as da indústria e comércio, já que esses setores têm muito mais relações entre si.
O certo é que a SECTUR tem uma estrutura débil para desenvolver muitas atribuições! Atribuições com a cultura, que ela desenvolve modestamente, e atribuições com o turismo que ou ela não desenvolve ou se desenvolve, não surte efeito algum.
Os números deste setor expressam de forma insuficiente a sua realidade, ainda mais em um estado como o nosso. O turismo se localiza numa região turva da economia onde se confundem aspectos industriais, comerciais e de serviços, exigindo que essas engrenagens estejam perfeitamente alinhadas e ajustadas, como vemos em lugares que dominam esse setor como Espanha, Itália e França, por exemplo.
O potencial turístico do Maranhão é imenso e este setor tem que ser levado a sério e não ser tratado como vem sendo, como mero palco para demonstrações de nossas riquezas artísticas e culturais. Só um tolo incompetente não consegue entender isso!
Concordo que não existe turismo em nosso estado, pelo menos com as riquezas que existe nele, mas você deixou de pontuar que a falta de planejamento no turismo não é um fato isolado neste governo, apesar de todo o texto focar nele, mas de governos anteriores. Ou será que estamos diante de mais um maniqueísmo político?
Quincas, muita calma nessa hora!!!
Primeiramente o governo têm que continuar investindo na área da educação, que num primeiro momento está investindo em algumas escolas dignas pelo interior do Maranhão, coisa que as desastrosas gestões de governos anteriores fizeram vistas grossas e cegas também. Mas em contra partida, esperamos que este atual governo invista na formação continuada dos professores e em metodologias pedagógicas que empucione o índice de desenvolvimento da educação básica do Maranhão. Quanto aos invesrimentos ao turismo, ele virá no momento adequado para ser desenvolvido numa parceria público e privado, as chamadas PPP’s.
Para um bom analista político, é notório que nome que sobreviveu e mantém-se forte e em evidência hoje é o de Maura Jorge. E pelo que percebe-se pelas redes sociais da representante de Bolsonaro, ela vem crescendo assustadoramente com adesões de comunistas/bolsonarianos e consolidou-se com a direita maranhense. O certo é que, a vitória de Flávio Dino no Maranhão deu-se pela falta de unidade da oposição e se a mesma não se unir em torno de um nome promissor para derrotar o sucessor de Flávio Dino em 2022, perderão novamente. Maura não teve deputados, prefeitos, vereadores, não teve apoio partidário, não teve estrutura financeira e por fim, não teve tempo de TV e mesmo diante dessas circunstâncias conseguiu ter quatro vezes a votação maior que a do senador Roberto e ultrapassou a votação da ex-Governadora em algumas regiões. E vem o questionamento: Imaginem se ela tiver o apoio integral da oposição para 2020 e 2022?