Meu caro amigo Bob Lobato, só agora tive acesso a sua postagem, inapropriadamente intitulada “A quem Joaquim Haickel serve? (Parte I)”. Digo que o título de sua postagem é inapropriado porque ele tenta transparecer uma coisa que o texto não é! Faz com que o leitor desavisado tire conclusões precipitadas antes de lê-lo, coisa que poderá ocorrer também depois, uma vez que o amigo não chega nele a nenhuma conclusão, só faz uma série de afirmações que parecem ser verdadeiras, mas não são.
Permita-me que decupe sua postagem para tentar colocar a verdade em seu devido lugar. Farei isso parágrafo por parágrafo de seu texto. Depois, talvez você e seus leitores possam realmente saber a quem serve Joaquim Haickel.
Sua postagem tem uma “cabeça” que não vou comentar, uma vez que ela é repetida no corpo do texto. Em momento adequado farei alusão a ela.
Você começa querendo ser elegante: “Antes de mais nada, quero deixar bem claro o respeito que nutro pelo ex-deputado, escritor, cineasta e político Joaquim Haickel.” Retribuo a você a delicadeza e reafirmo meu respeito por sua pessoa.
Em seguida você diz: “Resolvi, assim mesmo, na primeira pessoa, fazer uma série de três postagens para instigar o debate sobre as teses políticas de Quincas, notadamente a sua repentina obsessão em tirar o senador Roberto Rocha da disputa eleitoral de 2018 para o governo do Maranhão em favor do deputado estadual Eduardo Braide (PMN).” Sobre este parágrafo, há uma coisa a ser dita: Eu não tenho obsessão, muito menos repentina, em tirar o Senador Roberto Rocha da disputa eleitoral de 2018, como levianamente você afirma. Minha única vontade neste caso é a de criarmos um ambiente propício a construção de um novo grupo politico no Maranhão que seja capaz de desbancar Flávio Dino em seu intuito de se reeleger, prorrogando seu governo de perseguição em nosso estado.
Há uma outra coisa que precisa ser dita: ao contrário do que pessoas de pouca capacidade de entendimento politico imaginam, eu gostaria de ver o senador Roberto Rocha numa verdadeira posição de liderança de um novo grupo político, uma vez que ele controla um grande partido com ligações sólidas com a cúpula nacional dessa agremiação, que terá um forte candidato a presidente da República. Penso que esta é a oportunidade para Roberto criar e consolidar um grupo político, coisa que ele nunca teve. Ele sempre fez política praticamente sozinho, e velhos mestres como Sarney, Luiz Rocha e Nagib Haickel, sempre souberam que a coisa mais importante na política é um grupo!
Mais adiante você tenta desenvolver um raciocínio que também está aquém de sua capacidade de entendimento, e o máximo que você consegue é ser grosseiro, fato que nem vou levar em consideração pois é uma grosseria sem nenhum propósito, coisa bem parecida com o que fazem os safados pagos para defender Flávio Dino, pústulas que não atacam as teses levantadas em oposição a ele, mas as pessoas que as formulam. Ação tola e completamente ineficiente. Mesmo assim, em respeito a você vou citar o que disse e em seguida comentar.
“Bom, assim como Roberto Rocha, Joaquim é de família tradicional da política maranhense. Seu pai, o saudoso Nagib Haickel, foi um político respeitado, presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, amigo e aliado do Sarney assim como o pai de Roberto, o também saudoso ex-governador Luiz Rocha. Ambos são órfãos dos seus respectivos genitores. E as semelhanças entre Roberto e Joaquim acabam por aí. Diferentemente de Joaquim Haickel, o senador Roberto Rocha é um sobrevivente da política! Sem o pai, conseguiu na unha construir o seu próprio destino político num estado que é não é para qualquer um sobreviver politicamente. Basta ver onde está Quincas Haickel e onde está Bob Rocha.”
Bob como o amigo é tolo! Com uma assessoria de imprensa como essa é melhor mesmo que o senador Roberto Rocha não seja realmente candidato a governador!
Sobre meu pai ser aliado de Sarney o amigo não conhece bem a história e por isso erra. Quando da primeira eleição de Nagib Haickel, em 1970, Sarney colocou um candidato sobre ele na região do Pindaré, Eurico Galvão. Nagibão se elegeu e o candidato apoiado por Sarney não. Meu pai ficou com Pedro Neiva quando Sarney rompeu com o então governador. O mesmo aconteceu com Nunes Freire. No governo de Castelo as coisas se inverteram, Meu pai ficou contra no começo, mas no final, com o rompimento de José com João, papai ficou com o governador. No governo de Luiz Rocha meu pai ficou de fora, mesmo que fosse amigo particular de “Loia”. O distanciamento deles se deveu ao fato de papai, no Colégio Eleitoral, votar em Maluf e não em Sarney, que era a régua e o compasso de Luiz, que diga-se de passagem foi sempre politicamente correto com seu criador.
Digo tudo isso só pra provar a você que não sabe o que diz, e se erras em fatos históricos, facilmente comprováveis, imagina o que ocorre com suas reflexões sobre política!
Quanto ao lugar em que se encontra, politicamente, meu caro amigo Roberto Rocha, só tenho a dizer que é um lugar verdadeiramente importante e privilegiado, além de merecido, pois vejo em Roberto as qualidades necessárias a um excelente parlamentar.
Quanto ao lugar onde eu me encontro, só posso lhe dizer que é exatamente o lugar que eu escolhi para estar. Posso lhe garantir que poderia estar em outro lugar se assim desejasse, mas eu sou um homem que pensa muito antes de resolver fazer apenas aquilo que acha ser o que há de melhor. Algumas poucas vezes não consegui, mas foram realmente poucas as vezes em que isto aconteceu. Só lhe lembrando, me elegi a primeira vez aos 22 anos em 1982, a mesma eleição em que Luiz Rocha se elegeu governador, escolhido que foi por Dona Marly. Deixei de ser deputado em 2011, quando não quis mais me candidatar em 2010. Nunca perdi uma eleição. Lembro-lhe também que ao contrário do amigo Roberto Rocha, meu pai nunca foi governador do Estado, e portanto eu nunca pude ter a mesma penetração política e eleitoral que ele, por isso a sua ignóbil tentativa de me diminuir em relação a ele, nada mais é do que mais uma tolice grosseira de sua parte.
Veja bem meu caro Bob Lobato, nem vou aqui usar aqui o golpe baixo amplamente utilizados pelos asseclas de Flávio Dino, que tentam desqualificar o mandato de senador de Roberto. Tenho orgulho de ter Roberto Rocha como representante do Estado do Maranhão em nossa Câmara Alta, mesmo tendo eu votado em Gastão Vieira.
Em seguida você narra um fato que realmente aconteceu, mas a mera citação dele, um tanto fora de contexto, não garante seu entendimento, pelo contrário, infecta de erro sua abordagem.
“No final do ano passado, Joaquim Hacikel me procurou para “dialogar sobre o projeto Roberto Rocha governador”. Animado, Quincas chegou a sugerir a criação de um “núcleo estratégico” para pensar a candidatura do Roberto ao governo do Maranhão citando nomes de algumas personalidades para compor esse tal núcleo. Claro que atendi a sugestão do amigo e tratei de submeter ao Roberto, que a princípio gostou da proposta, mas pediu para aguardar, pois, na avaliação do senador, ainda era cedo para definir esse tipo de coisa. Pois bem. De uma hora para outra, eis que surge um Joaquim Haickel apaixonado pela tese da candidatura de Eduardo Braide a governador do Maranhão. Não entendi mais nada!”
Você só não diz que do momento em que conversei com você até quando todos vimos que a candidatura de Roberto Rocha não conseguia deslanchar, passou-se tempo suficiente para reconhecermos que algo precisava ser feito, de tal forma a não se desperdiçar a excelente estrutura partidária de Roberto e do PSDB, tanto a nível local quanto a nível nacional e agregarmos candidatos que pudessem realmente vencer de Flávio Dino em um eventual segundo turno.
Neste momento faço um parêntese para defender a minha tese. Precisamos que Roseana seja candidata pois seus votos na casa dos 25 ou 30 por cento ajudam muito que haja um segundo turno. Pensei que Roberto pudesse superar Roseana, tendo mais votos que ela, mas vi que não pode! Tudo que Flávio sonha é com Roseana enfrentando-o no segundo turno, pois ele acredita que a vença. Eu também! Assim sendo, só vejo um nome novo, alguém que possa agregar todos os grupos contra os comunistas e os não tão comunas. O nome que temos é o de Eduardo Braide. Se fosse o de Zé das Couves seria o nome dele que defenderia. Simples assim! Só não entende quem não quiser ou quem não tiver o mínimo de capacidade de entendimento do “bêaba” da política.
Depois amigo Bob você me aparece com uma outra pérola da tolice e da obviedade: “Ora, Joaquim é, e sempre foi, do grupo Sarney, ainda que tenha e faça críticas públicas a principal herdeira do grupo, a ex-governadora Roseana, de quem foi secretário de Estado.” Poxa Bob, todo mundo está cansado de saber disso. As pessoas devem se lembrar dos textos que escrevo e publico no jornal da própria Roseana! Discordei dela quando ela quis privatizar uma concessão federal, quando acabou com o SIOGE, com o sistema de apoio à agropecuária, quando ela inventou aquele negócio de gerências… Mas, uma coisa seja dita em defesa dela: por pior que ela possa ser, é infinitamente melhor que Flávio Dino, que é perseguidor, hipócrita, arrogante, prepotente, sectário, maniqueísta, messiânico e como se não bastasse, nunca desceu do palanque ou deixou de fazer política universitária. É por isso que eu desejo que o senador Roberto Rocha lidere um grupo que possa desbancá-lo.
Como um bobão você pergunta: “A quem Joaquim Haickel serve?” Qualquer pessoa que me conheça ou que venha a ler esse texto vai saber, amigo! Só você, que mesmo sabendo, fica fazendo esse joguinho tolo!
Mais abaixo, em seu texto, você completa sua sentença de tolo: “PS: Quero deixar bem claro que não tenho absolutamente nada contra o amigo Eduardo Braide ser candidato a governador, pelo contrário, sou, inclusive, defensor que o deputado converse com o PT. O foco das minhas postagens é apenas polemizar, democraticamente, como meu colega de blogosfera Joaquim Haickel.”
Você receita ao Braide um remédio tóxico, do qual você sabe que vai matar o paciente, morte que acarretará a nossa também! Você indica ao Braide que procure o PT! Ora amigo, tenha a santa paciência! Deixe de loucura!
Espero que o amigo nem se dê ao trabalho de escrever ou publicar as partes 2 e 3 desta pergunta infame, pois todos sabemos que você está a serviço de Roberto Rocha, mas eu se fosse ele estaria insatisfeito com o seu serviço!