Escrever exorciza!

Não existem muitas pessoas de quem eu não goste. Sou um homem de muitos amigos e raríssimos inimigos. Meus amigos provêm das mais diversas camadas sociais e dos mais diversos campos ideológicos. Tenho até grandes amigos flamenguistas!… Já as pessoas de quem não gosto, estão inclusas exclusivamente no rol dos maus-caracteres.

São pouquíssimas as pessoas de quem eu não goste ou que não gostem de mim. Digo isso para ressaltar que há em nossa cidade dois sujeitos de quem realmente não gosto e faço questão de externar esse sentimento. São eles, um ex advogado que teve sua inscrição na OAB cassada por falta de ética e que agora vende notícias travestindo-se de blogueiro e um mítico empresário sem empresa e falido, porém muito poderoso e rico, cuja principal função é ser marido. Não gosto deles e faço questão de dizer isso aos próprios, e a quem mais interessar possa.

Já escrevi anteriormente um texto sobre o primeiro citado e hoje quero falar só um pouquinho sobre o segundo.

Penso ser importante ressaltar que existem diferenças fundamentais entre esses dois sujeitos. O primeiro é um verme! Um doente mental e social que talvez mereça até pena. Já o outro é uma pessoa extremamente poderosa, sofisticada, de hábitos finos, fumador de charutos cubanos e bebedor dos mais raros e caros vinhos que o nosso dinheiro possa comprar.

Não gosto dele por ser obtuso, arrogante, prepotente, grosso, mal educado, desagradável… Esses podem parecer motivos pouco relevantes para nos fazer desgostar de alguém, mas lhe garanto que não são.

Imagino ser importante que em defesa do indigitado eu não deixe de reconhecer que ele andou fazendo um bom trabalho no âmbito da promoção da literatura maranhense, mas isso não o absolve dos graves pecados sociais e de caráter que carrega consigo, impregnados em sua deformada e carcomida carcaça.

Faz algum tempo fiquei pensando que eu até poderia estar sendo injusto em meu julgamento para com ele, afinal de contas algumas pessoas de quem gosto e respeito convivem bem com ele e até o admiram! Foi então que pensei em reformular minha opinião a seu respeito, mas logo em seguida os acontecimentos da vida me mostraram que não deveria fazer isso. Vejam se eu não tenho razão!?

Quando do falecimento da mãe dele, pessoa pela qual eu tinha imenso carinho, entrei na fila das condolências e prestei a todos da família a minha solidariedade. Inclusive a ele.

Recentemente, quando do falecimento de uma tia minha, quando eu estava no velório dela, o dito passou por mim, e ao contrário daquilo que eu havia feito com ele, quando do falecimento da sua mãe, ele virou-me as costas.

Certamente você que me lê agora não pode imaginar a felicidade que eu senti naquele momento. Uma felicidade incontida motivada pela certeza da diferença de caráter que o separa de mim. Foi como se um facho de luz, vindo do céu, representando o Deus, o qual tantas vezes questiono, dissesse: “Bem aventurados os humildes e mansos, pois eles serão recompensados com respeito e honra”.

Ao constatar naquele momento a total falta de caráter daquele traste, resolvi ficar com o conceito que já fazia dele: Um canalha! Um crápula!

 

PS: A proporção em que escrevia esse texto, os sentimentos amargos e travosos que sentia por essa pessoa foram se dissipando e todas as sensações ruins que eu sentia foram desaparecendo.

Nota importante: No velório de minha tia, citado acima, a esposa desse sujeito, elegante e carismática, se solidarizou com todos os presentes.

Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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