Apenas mais uma análise sobre a eleição de São Luís
Como já tive a oportunidade de me manifestar anteriormente, não estou participando desta eleição como apoiador de ninguém, mas não posso me furtar de fazer uma simples análise deste pleito, evento importante para a definição dos destinos da minha cidade e do meu estado.
O que vou relatar a seguir não é novidade para alguns, mas existem pessoas que desconhecem os fatos que apresentarei, e acredito que elas desejam e precisam conhecê-los. Tem inclusive quem diariamente me cobre uma análise sobre esta eleição!
Gostaria de dizer, de antemão que, dos nove candidatos (até esta data não se sabe se Zé Luís Lago será realmente candidato) na disputa, mantenho estreita amizade com sete deles e em relação aos outros dois, cultivo por eles o devido respeito.
Penso que deva fazer uma análise rápida dos candidatos. Comecemos pelos três com menor avaliação nas pesquisas: Valdeny Barros, Claudia Durans e Zé Luís Lago. Pra usar um termo futebolístico, estes candidatos estão somente cumprindo tabela. Representam legendas que desejam apenas apresentar aos eleitores suas propostas políticas.
Depois aparecem Rose Sales, Fabio Câmara e Eduardo Braide. Estes candidatos não estão simplesmente cumprindo tabela. Eles tentam ocupar espaços políticos e apresentarem-se como futuras opções nos cenários eleitorais da cidade e do estado. No caso de Rose e de Fábio, a cidade perderá dois de seus melhores vereadores, mas eles certamente serão candidatos a deputado em 2018. No caso de Braide, fortalece-se bastante para a reeleição. Era aqui, neste grupo, que estaria Bira do Pindaré, caso fosse candidato.
No grupo que realmente concorre à prefeitura encontram-se Eliziane Gama, Wellington do Curso e Edivaldo Holanda Junior.
Em primeiro lugar, devo dizer que em minha opinião, ao contrário do que diz uma facciosa empresa de pesquisa, a eleição só será decidida no segundo turno, e como já disse um grande conhecedor da política, “segundo turno é outra eleição, um novo jogo”!
Quem com total certeza estará no segundo turno é o atual prefeito Edivaldo Junior. Todas as pesquisas indicam que o candidato que tem mais chances de estar também nesta disputa é Wellington.
Em outro aspecto, vemos o Governo do Estado apoiando Edivaldo e demonstrando isso através do imenso aporte financeiro que faz em sua gestão, com as inúmeras obras realizadas na capital. Flavio Dino sabe que eleger o prefeito de São Luís facilitará muito sua reeleição em 2018 e sabe também que Edivaldo é muito mais “controlável” do que os outros dois postulantes ao cargo de prefeito.
Nesses quatro anos em que o prefeito de São Luís tem tentado administrar a cidade, tem tido pouco sucesso. Nos dois primeiros anos a desculpa era que o governo estadual de então não ajudava. De dois anos pra cá, no entanto, o apoio maciço dado pelo novo governo deveria ter surtido efeitos muito maiores e melhores que os apresentados.
Ninguém pode dizer que é fácil administrar um munícipio, ainda mais um como o nosso, com tantas peculiaridades complicadas, mas existem coisas básicas, simples e elementares que precisam ser feitas. Lembram-se do tempo do prefeito Tadeu Palácio? A cidade vivia sendo continuamente limpa! Os mais velhos devem se lembrar da administração transformadora de Haroldo Tavares, que apesar de não ter sido eleito diretamente pelo povo, através do voto, foi o nosso melhor prefeito.
Uma coisa é certa, quem quer que vença a eleição de outubro vai ter que fazer muito, muito mais do que aquilo que tem sido feito até agora para melhorar a realidade de nossa cidade e da gente que nela vive.
Wellington e Eliziane, postulantes ao cargo ocupado por Edivaldo, prometem fazer as coisas funcionarem a contento em nossa cidade. Porém, uma coisa é prometer e outra é realizar o prometido!
Edivaldo, ganhando a eleição e não fazendo uma administração melhor que a atual, pode ser um dos fatores que podem levar Flávio Dino a uma derrota em 2018!
Um amigo meu, profundo conhecedor da política, me disse que a grande sorte e a maior vantagem de Edivaldo nesta eleição não é o apoio incondicional do governo do Estado, mas o fato de ter os competidores que tem.