Sobre o que dizem alguns tolos

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Estava propenso a diminuir a minha aparição nesse espaço, como já havia comentado em minha última crônica, mas após ler o texto publicado pelo professor Ed Wilson Araújo em seu Blog, no qual surpreendentemente sou personagem, decidi voltar aqui pra conversar com você sobre um assunto que acredito relevante: a incapacidade de certas pessoas aceitarem a opinião de outras. Imagino que pelo simples fato de você me ler nesse jornal, você também venha a ser marginalizado por esse tipo de gente. Talvez até você seja chamado de burguês ou coisa que o valha.

Depois que li o que escreveu esse cidadão, resolvi fazer um levantamento dos artigos por mim publicados, onde eu tenha comentado sobre os cenários políticos maranhenses. Fiz isso na tentativa de saber se de alguma forma o que disse a meu respeito o EWA, aproximava-se de alguma verdade, mesmo que remota.

Fiz isso apesar de ter certeza de que os absurdos ditos pelo tal professor eram provenientes simplesmente de seu sectarismo e de seu maniqueísmo, doenças que, diga-se de passagem, afligem grande parte da dita intelectualidade política de nossa terra, tanto aquela posicionada à margem esquerda como a que se coloca ao lado direito do cenário.

O indigitado professor não tendo sobre o que falar, e talvez, sentindo-se inconformado pelo fato de não ter sido lembrado por Flávio Dino para fazer parte de seu staff, resolveu criticar o que ele chamou de “conselheiros e coveiros” do atual governador. Para exemplificar os primeiros usou meu nome, que parece ser doce na boca desse tipo de gente que sofre de recalques inconfessáveis, proveniente da incapacidade de mudar a sua própria realidade.

Acusa-me de querer me transformar em conselheiro de Flávio Dino por ter escrito um texto onde digo o que faria caso fosse o atual governador. Ora bolas professor, se você ou ele não gostarem do que escrevo não me leiam, não levem meus textos em consideração! Mas exijo que respeitem o direito que tenho de emitir a minha opinião. Ele é resguardado pela Constituição que eu mesmo ajudei a escrever.

Pois bem, primeiramente fui pesquisar em meu blog se o que disse o professor fazia sentido. Revi todos os textos que publiquei, observei cada detalhe e rememorei cada situação e cada contexto no qual foram escritos. Reli todos os comentários feitos sobre tais artigos. Não satisfeito fui pesquisar na internet para ver as repercussões que por ventura tiveram quando da publicação de cada um deles.

Nesse trabalho, prazeroso, pois pude comprovar que minhas opiniões podem não ter aprovação unânime, mas são bastante acatadas e muito mais ainda, elas são ouvidas, lidas, comentadas e debatidas.

Longe de mim querer que todos concordem comigo. Isso seria bem monótono. Meu maior desejo é que minhas opiniões possam ser ouvidas e minimamente compreendidas. Elas não precisam ser aceitas ou acatadas, caso discordem delas. Isso pouco importa, mas gostaria muitíssimo que elas fossem respeitadas. Como de resto deve ser feito com as opiniões de todas as pessoas. O que não admito é que alguém possa marginalizar minhas opiniões pelo simples fato de eu ser quem sou. Por eu ter essa ou aquela concepção ideológica, por ser desse ou daquele grupo ou partido político, dessa ou daquela classe social, dessa ou daquela etnia, religião, torcida futebolística organizada ou por eu ter essa ou aquela preferência sexual…

Na pesquisa que eu fiz, observei que a maioria dos comentaristas de meus textos concordava, de alguma forma, com minhas colocações. Observei que havia pessoas que se opunham, alguns até fortemente ao que eu dizia, mas poucos eram os que perdiam a civilidade em seus comentários. Notei que os motivos dos discordantes eram basicamente de duas naturezas, político-ideológico-partidária ou antipatia gratuita resultante da imagem que criavam de mim, algumas vezes bastante equivocadas.

O certo é que revi meus textos e tive a comprovação, através da observação de seus conteúdos que não sou a pessoa que o professor Ed Wilson Araújo imagina que eu seja. Ele chegou a sua conclusão baseado unicamente na análise onde me vê como sendo o inverso de seu ideal, baseado em preconceito.

Revi nessa pesquisa grande quantidade de textos onde chamei atenção e recriminei meu próprio grupo político por práticas que eu desaprovava, que se efetivadas, resultariam em equívocos graves. Não foram poucas as vezes em que critiquei publicamente atitudes e posicionamentos da governadora Roseana Sarney, mesmo fazendo parte de seu secretariado. Mantive alguns debates com figuras importantes, tanto de um lado como de outro de nosso meio político, cujos resultados, imagino tenham sido sempre positivos.

Fico aqui imaginando o que leva alguém como o tal professor a escrever um texto como aquele, a pensar de forma preconceituosa como pensa. Logo alguém que se diz e deseja uma pessoa democrática, que diz lutar por valores republicanos…

Por fim agradeço ao tal, pela oportunidade que ele acabou por me proporcionar, de rever um pedaço de minha trajetória de vida. Agradeço a ele o fato de me fazer reconhecer que algumas vezes até errei, mas que em todas elas fui verdadeiro em meus propósitos, leal para com as pessoas e me mantive irrestritamente no caminho da correção, da cordialidade e da civilidade, em tudo que fiz e escrevi.

 

2 comentários para "Sobre o que dizem alguns tolos"


  1. leonardo barros

    Vcs Sarneyzistas estao no poder ha muito tempo acusam agora um governo que mal comecou 50 anos do grupo politico. Faco uma pergunta! Porque o Sr nao fez nada quando fazia parte do governo da senhora dignissima ROSEANA SARNEY?.

    Resposta: Caro Leonardo, se eu fosse médico receitaria como remédio para essa sua doença, comum nas pessoas iguais a você, um pouco de leitura, de estudo.
    Não fique preocupado, essa sua doença não é grave, e nem é rara. Ela se apresenta de formas diferentes dependendo da pessoa e por isso pode ter nomes diferentes. Alguns a chamam de maniqueísmo, outros de sectarismo, há quem chame de intolerância, pode também ser chamada de tolice, ignorância e por aí vai.
    SE você se desse ao trabalho de procurar saber sobre os meus posicionamentos políticos desde 1982 quando entrei nessa atividade, iria descobrir minha linha de atuação, meus posicionamentos. Não seu sua idade, sua ocupação, mas talvez eu tenha mais tempo de política que você de vida, o que não é nenhuma vantagem para mim ou desvantagem para você, mas é fator importante para o entendimento dos fatos.
    Sempre tive um posicionamento bastante critico em relação a política e sempre fui bastante agudo no que diz respeito aos posicionamentos de meu grupo. Nesse artigo que você comenta mesmo, se você o ler com cuidado, sem má vontade e com senso crítico, verá isso.
    Se for de seu desejo entender um pouco sobre minhas colocação leia minhas crônicas nesse blog e ai quem sabe você veja as coisas mais claramente.
    Só para finalizar, ainda não estou cobrando resultados do atual governo. Darei a ele um prazo de seis meses para ele dizer a que veio e só depois me posicionarei a seu respeito.
    Quanto ao que eu fiz durante o tempo em que fui secretário de esporte, procure se informar, peça informações por exemplo para o meu sucessor e você saberá o que fiz.
    Abraço,
    Joaquim Haickel.

    • Joaquim Haickel

      Caro Leonardo, se eu fosse médico receitaria como remédio para essa sua doença, comum nas pessoas iguais a você, um pouco de leitura, de estudo.
      Não fique preocupado, essa sua doença não é grave, e nem é rara. Ela se apresenta de formas diferentes dependendo da pessoa e por isso pode ter nomes diferentes. Alguns a chamam de maniqueísmo, outros de sectarismo, há quem chame de intolerância, pode também ser chamada de tolice, ignorância e por aí vai.
      SE você se desse ao trabalho de procurar saber sobre os meus posicionamentos políticos desde 1982 quando entrei nessa atividade, iria descobrir minha linha de atuação, meus posicionamentos. Não seu sua idade, sua ocupação, mas talvez eu tenha mais tempo de política que você de vida, o que não é nenhuma vantagem para mim ou desvantagem para você, mas é fator importante para o entendimento dos fatos.
      Sempre tive um posicionamento bastante critico em relação a política e sempre fui bastante agudo no que diz respeito aos posicionamentos de meu grupo. Nesse artigo que você comenta mesmo, se você o ler com cuidado, sem má vontade e com senso crítico, verá isso.
      Se for de seu desejo entender um pouco sobre minhas colocação leia minhas crônicas nesse blog e ai quem sabe você veja as coisas mais claramente.
      Só para finalizar, ainda não estou cobrando resultados do atual governo. Darei a ele um prazo de seis meses para ele dizer a que veio e só depois me posicionarei a seu respeito.
      Quanto ao que eu fiz durante o tempo em que fui secretário de esporte, procure se informar, peça informações por exemplo para o meu sucessor e você saberá o que fiz.
      Abraço,
      Joaquim Haickel.

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