Um amigo meu pediu-me que eu o dissuadisse de votar em Flávio Dino. Pediu que eu lhe desse pelo menos um bom motivo pra que ele não votasse no candidato que diz representar a mudança para o Maranhão.
Primeiro disse a ele que nada tenho pessoalmente contra Flávio, apenas discordo de sua forma de pensar e de agir, politicamente. Disse-lhe que em relação ao próprio, sempre tive com ele uma boa e saudável relação de cordialidade e respeito; sou amigo de seu pai, Sálvio, que foi deputado estadual junto com o meu e é confrade na AML e na AIL; fui colega de seu irmão Nicolau na Faculdade de Direito e de sua cunhada, Sandra, minha querida amiga de infância, a quem confio importante causa advocatícia; gosto muito de seu irmão Sávio, homem cordato e correto. Tenho por sua prima Heloisa Collins carinho e amor de irmã. De tanto conviver com Hêlo, passei a chamar a mãe de Flávio de “tia Rita”… Daí, votar em Flávio ou concordar com os insistentes sofismas e mantras que seus partidários tentam nos impor, são outros quinhentos!…
Dito isso, mostrei-lhe que do meu ponto de vista, que acredito ser concreto, a mudança que Flávio apregoa, é meramente uma bandeira midiática. Que se ele for eleito governador do Maranhão, haverá é claro uma mudança, mas ela não será jamais a mudança que ele tenta nos fazer acreditar que ele seria capaz de realizar. Ela seria meramente uma mudança de nomes de pessoas, de posições das peças no tabuleiro do xadrez político maranhense. Não haveria nem sequer uma mudança qualitativa de nomes, como as evidências podem facilmente comprovar.
Para provar o que lhe dizia, pedi que meu amigo imaginasse a mudança que representaria Zé Reinaldo sendo secretário de Infraestrutura ou mesmo do Gabinete Civil. Perguntei se ele acreditava que ZR iria fazer diferente do que fez durante toda a sua vida, quando era um dos comandantes da “oligarquia”, sempre abençoado por seu padrinho Zé Sarney!
Que mudança real significaria meu amigo Roberto Rocha como senador, representando nosso Estado na Câmara alta da nação? Nenhuma. O fato de eu gostar dele, de respeitá-lo, não muda o fato de ele ser remanescente da mesma “oligarquia”, de usar os mesmos métodos.
O que iria mudar no Maranhão governado por Flávio Dino se o secretário de Educação ou mesmo de Ciência e Tecnologia fosse Waldir Maranhão? Nadica de nada! Iria era piorar! Ele já foi reitor da UEMA e já ocupou importantes cargos no governo, e o que fez que possa credenciá-lo como agente de boas mudanças? O mesmo poderia ser dito de Raimundo Cutrim e de alguns outros.
Imaginem Weverton Rocha novamente como secretário de Esporte e Lazer, posto que já ocupou no governo Jackson Lago!… Ele iria fazer diferente? Não, né!?
Quais as contribuições que dariam os inúmeros remanescentes da tal “oligarquia” em um eventual governo de Flávio? O que fariam de diferente Humberto Coutinho, Tema, Zé Vieira, Rubens Pereira, Hélio Soares, Camilo Figueiredo?… O que eles mudariam no panorama administrativo de nosso Estado? Nada. Absolutamente nada. Só se fosse para pior!
Como procuro sempre ser justo – mesmo sendo isso coisa difícil de ser, principalmente no que diz respeito à política – devo dizer que existem personagens nessa tragicomédia que realmente poderiam representar o novo, que realmente poderiam significar mudanças, que poderiam vir a ser verdadeiras, caso conseguissem realizar os propósitos que sacodem como estandartes midiáticos de batalha.
Antônio Nunes, Carlos Lula, Rodrigo Lago, Bira e Rubens Junior são bons quadros e juntamente com Márcio Jerry poderiam representar o novo, ideologicamente falando, mas misturados ao rebotalho da “oligarquia”, podem vir a se contaminar tragicamente. Nesse contágio catastrófico só seriam superados pelo próprio Flávio, que bem sabe, político consciente pode até por algum tempo enganar a todos, enganar muitos por pouco tempo, mas nunca, jamais, a si mesmo por um único segundo.
No caso de Edivaldo Júnior que tem aprendido algumas lições políticas da pior maneira possível, enfrentando às vezes o abandono de alguns aliados, a cobrança dos cidadãos e as afiadas canetas, microfones e lentes da imprensa, não é diferente. Na mesma situação se encontram outros prefeitos que eram tidos como a vanguarda da mudança e acabaram por provar que esse negócio de mudança na política só existe no discurso.
Disse ao meu amigo que é muito difícil ser gestor público, que não é fácil administrar uma cidade, um Estado ou um país. Na boca, tudo parece ser possível. O difícil se torna uma mera questão de boa vontade e o impossível agrega à boa vontade um pouco de heroísmo. Isso de boca. Na realidade, as coisas são bem diferentes. Que muitas das promessas irão evaporar em meio a nuvens densas de altas pressões internas e de desculpas.
Em momento algum descredenciei ou desqualifiquei seu candidato. Tentei mostrar-lhe apenas o sofisma da mudança.
Disse-lhe que sou conhecido por dizer verdades que algumas pessoas em meu próprio grupo não desejam ouvir, que gostaria de ter oportunidade de dizer uma dessas verdades para FD, que ele saberia da veracidade de minhas palavras, mas não poderia reconhecê-las verdadeiras, porque neste momento, a única coisa que importa é ganhar a eleição.
Quando terminei de falar meu amigo disse em tom solene, colocando a mão carinhosamente em meu ombro: “Sendo você a me dizer tudo isso, eu acredito, mas mesmo assim, mesmo acreditando que você diz a verdade, ela não é suficiente para mudar a minha vontade de ver o Maranhão dirigido por outro grupo. Se você estiver certo em breve todos nós saberemos e então poderemos lutar por uma nova mudança”.
Eu que sempre tenho resposta pra tudo, calei.
PS: A conversa que tive com esse meu amigo foi anterior a ter acesso à transcrição de uma conversa onde o ex-deputado Rubens Pereira, ex-membro da oligarquia, atualmente um importante comandante do grupo de Flávio Dino diz ao presidente do TCE, Edmar Cutrim: “…Nossa responsabilidade agora é conciliar todo mundo como era no grupo Sarney!…”.
“Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade.
Resposta: Belíssimas palavras do mestre chinês! Grato por sua participação.
Belíssimas palavras do mestre chinês! Grato por sua participação.
A grande mudança, meu caro, é que chegou a hora desses outros roubarem.
Joaquim Haickel tá apenas honrando a tradição da sua família, do seu pai em especial, que disse, com todas as letras, que ele não tinha qualquer convicção política-ideológica, e que seu lado era, sempre, o lado que estava ganhando, e que ele estava e estaria, sempre, junto ao poder, fosse exercido por quem fosse…
Joaquim diz no texto sob comento “…que gostaria de ter oportunidade de dizer uma dessas verdades para FD, que ele saberia da veracidade de minhas palavras…”, ou seja, Joaquim já está tentando abrir um canal de comunicação com o Governador eleito, Flávio Dino, p`ra ver se pega uma boquinha no próximo governo…
Joaquim, te manca, o tempo de vocês já passou! Como disse o grande filósofo Romário sobre Pelé: você calado é um poeta!
Resposta: Sou daqueles que acredita que quem diz o que quer, ouve o que não quer e eu disse o que queria, logo devo estar preparado para ouvir de pessoas despreparadas como você, o que desejarem dizer e defendo o seu sagrado direito de dizê-lo. Porém devo colocar a verdade em seu devido luar, verdade que suas palavras deturparam, por má fé ou por ignorância. Em primeiro lugar, meu pai tinha mais convicção politica-ideológica em um único fio de seu pouco cabelo que tem em todas as células de seu corpo juntas. Ele sabia que só o governo, qualquer que fosse ele, poderia mudar a situação precária dos municípios onde ele atuava politicamente, construindo estradas, escolas, postos de saúde, levando energia elétrica, telefonia… Por esse motivo dizia que estava sempre do lado do governo. Em segundo lugar, quando eu digo que desejo dizer verdades para Flávio Dino, não é para me aproximar dele, quem quer se aproximar de algum político, deve dizer-lhe mentiras, elogiar-lhe até os erros, bajular-lhe, coisas que pessoas como você deve estar bem acostumado a fazer. A verdade que se diz sobre as pessoas, nesse caso sobre os políticos, só servem para deixa-los zangados e mais distantes, tendo em vista que verdade é coisa que eles não são muito afeitos. Quanto a mim, sou eu quem faço o meu tempo, meu tempo é o tempo dos homens livres, diferente de você que deve ser escravo da amargura e do recalque. Quanto a você, sugiro que arrume um filosofo melhor do que Romário, pois o fato de sitá-lo demostra o seu despreparo e sua incapacidade de manter o debate em um nível descente.
Resposta ao senhor Luiz Fernando Ramos da Silva: Sou daqueles que acredita que quem diz o que quer, ouve o que não quer e eu disse o que queria, logo devo estar preparado para ouvir de pessoas despreparadas como você, o que desejarem dizer e defendo o seu sagrado direito de dizê-lo. Porém devo colocar a verdade em seu devido luar, verdade que suas palavras deturparam, por má fé ou por ignorância. Em primeiro lugar, meu pai tinha mais convicção politica-ideológica em um único fio de seu pouco cabelo que tem em todas as células de seu corpo juntas. Ele sabia que só o governo, qualquer que fosse ele, poderia mudar a situação precária dos municípios onde ele atuava politicamente, construindo estradas, escolas, postos de saúde, levando energia elétrica, telefonia… Por esse motivo dizia que estava sempre do lado do governo. Em segundo lugar, quando eu digo que desejo dizer verdades para Flávio Dino, não é para me aproximar dele, quem quer se aproximar de algum político, deve dizer-lhe mentiras, elogiar-lhe até os erros, bajular-lhe, coisas que pessoas como você deve estar bem acostumado a fazer. A verdade que se diz sobre as pessoas, nesse caso sobre os políticos, só servem para deixa-los zangados e mais distantes, tendo em vista que verdade é coisa que eles não são muito afeitos. Quanto a mim, sou eu quem faço o meu tempo, meu tempo é o tempo dos homens livres, diferente de você que deve ser escravo da amargura e do recalque. Quanto a você, sugiro que arrume um filosofo melhor do que Romário, pois o fato de sitá-lo demostra o seu despreparo e sua incapacidade de manter o debate em um nível descente.