O Brasil depois de hoje

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Depois de hoje o Brasil certamente será outro. Qualquer resultado que saia das urnas no dia de hoje, marcará o início de um novo Brasil.

Se o PT vencer a eleição ele terá adquirido um bico de tucano, será obrigado a tomar atitudes menos irresponsáveis quanto a certas políticas meramente populistas e eleitoreiras.

Se o PSDB sair vitorioso, terá que aumentar o nível de sensibilidade política no tocante a causas populares, terá que subir o morro e sujar os pés nas palafitas desse Brasilzão.

Qualquer que seja o resultado, o equilíbrio eleitoral deste segundo turno mostrará que o caminho mais ao centro é a melhor estrada para que não tenhamos conturbações da ordem pública como as que vimos em junho de 2013.

Dilma ganhando vai ser obrigada a rever alguns de seus projetos e repensar alguns de seus posicionamentos. O mesmo acontecerá com Aécio, que terá que cumprir as promessas de não desmontar as boas coisas realizadas pelo governo petista nestes 12 anos.

Uma coisa, no entanto, será irreversível. Quem quer que ganhe a eleição de hoje, 26 de outubro de 2014, terá que trabalhar com dedicação e afinco por uma reforma política e eleitoral que possibilite uma evolução democrática e justa de nossa forma de convivência em sociedade, da escolha de nossos representantes, de como as pessoas devem votar em defesa de suas ideias e de seus posicionamentos sociais, ideológicos e políticos.

Além disso, a reforma tributária é indispensável para que o país, o governo, possa ser mais justo para com aqueles que em primeira e última análise o sustenta e o subvenciona.

Mas falemos da reforma política. Ela deve começar pela escolha de um novo modelo eleitoral, onde a representatividade do voto possa ser mais efetiva e respeitada. As primeiras coisas a serem resolvidas são a obrigatoriedade do voto e o financiamento público de campanha. Sou a favor dos dois.

Ninguém deve ser obrigado a votar. Todos nós devemos sim é comparecer à votação, da mesma forma que o cidadão é obrigado a se apresentar para o serviço militar. Comparecendo à votação e manifestando seu desejo de não votar, o eleitor pode votar em branco ou nulo. Essa é uma manifestação de vontade, que nesse caso pode ser interpretada como desacordo ou insatisfação com as propostas apresentadas pelos candidatos.

O financiamento público pretende coibir o comprometimento dos candidatos, futuros mandatários com os seus financiadores. Em todas as democracias do mundo existe isso. E existe mais! O lobby é prática regular e regulamentada nos Estados Unidos, por exemplo, mas devo reconhecer que a nossa cultura política não está preparada para tantos avanços de uma só vez. Por isso acredito que devamos recorrer a uma solução hibrida, onde para cada real destinado por um doador, pessoa jurídica, outro real deverá ser destinado por ele para ser rateado entre os demais partidos ou candidatos. Tal medida, de cara, em tese, reduziria pela metade o financiamento privado de campanha e possibilitaria o acesso ao financiamento de candidatos e partidos que jamais teriam acesso a ele.

Depois disso é imperativo que se resolva duas questões delicadas e graves. O instituto da reeleição para os cargos executivos, prefeitos, governadores e presidente, tem demonstrado trazer consigo vícios que comprometem um segundo tempo de governança. Na prática o que se vê é que o primeiro ano do primeiro mandato é dedicado à arrumação da casa e das dívidas de campanha; O último ano do primeiro mandato é dedicado à reeleição; O primeiro ano do segundo mandato é parecido com o do mandato anterior e o último é dedicado à eleição do sucessor. Se formos fazer as contas descobriremos que efetivamente restarão quatro, no máximo cinco anos de oito de efetiva administração. Nós estamos nos enganando com esse negócio de reeleição! Sou favorável a mandatos de cinco ou seis anos sem reeleição.

Outro ponto que deve ser corrigido é a não coincidência dos mandatos. Um país como o Brasil não pode ter eleições de dois em dois anos. Nossa economia não aguenta, nem no tocante à diminuição de seu funcionamento, nem no tocante à oscilação de valorização de ativos, sejam de ações ou imobiliários, seja na movimentação gigantesca de nossa máquina de administração eleitoral, seja na intensa movimentação política que ocorre na vida de nossas cidades, estados e do país.

Deveríamos estabelecer eleições gerais, onde em dois dias de votação, de cinco em cinco ou de seis em seis anos se vote em um sábado para vereadores, prefeitos, deputados estaduais e governadores e no domingo se vote para deputados federais, senadores e presidente da República. Nesse caso 1/3 ou 2/3 dos senadores teriam seus mandatos prorrogados para 10 ou 12 anos.

Em seguida deveremos nos debruçar na escolha do tipo de votação. O voto proporcional não expressa, com legitimidade, a vontade do cidadão. Mas se formos analisar a vontade do cidadão nós veremos que o voto em lista também não atenderá a esse anseio. Restará a nós, mais uma vez, o uso de uma forma híbrida de aferição eleitoral. O voto distrital misto, onde metade das vagas disponíveis seriam disputadas pelo voto majoritário, onde os mais votados se elegeriam, e a outra metade resolvida em disputas distritais, onde cada unidade federativa seria dividida em distritos e os partidos apresentariam um candidato para representá-lo em cada um deles.

A reforma eleitoral deve vir respaldada numa maior desregulamentação da eleição. Hoje o TSE e seus tribunais correlatos nos estados dizem até o tamanho do cartaz que o candidato pode usar.

A lei eleitoral é absurda em alguns aspectos, como por exemplo, quando permite o pagamento financeiro de pessoas para participar de bandeiraços e proíbe a distribuição de brindes como camisetas, bonés, canetas, coisas que são produtos midiáticos.

O tema é vasto e não cabe em uma crônica de jornal, mas para finalizar devo dizer que para fazer essa reforma deveria haver uma miniconstituinte exclusiva onde cada estado elegesse seis de seus melhores e mais capacitados representantes, em eleição indireta, nas Assembleias Legislativas, para que num prazo de um ano apresentem ao Congresso Nacional um projeto para ser referendado por ele, não emendado ou votado, apenas referendado.

 

 

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A Pedra e a Palavra vence mais um festival de cinema documental

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Trofa_Historia e Civilização

 

O filme A Pedra e a Palavra, que retrata a vida e a obra do padre António Vieira, produzido e dirigido por Joaquim Haickel e Coi Belluzzo, ganhou o prêmio de melhor documentário na categoria Historia e Civilização no Festival Internacional de Cinema e Literatura de Trofa – Cine Trofa, em Portugal.

Em Agosto, também em Portugal, A Pedra e a Palavra, ganhou dois prêmios no festival Internacional de Cinema de Avanca, melhor documentário em estréia mundial e melhor documentário dentre os coproduzidos por Portugal e Brasil.

Mais um filme feito no Maranhão fazendo sucesso no Mundo.

 

http://cinetrofa.com/bs_film_todos.php?genero=3&categoria=0&pais=Portugal&ano=0&premio=6&nome=&letra=–&Submit=Pesquisar

A Pedra E A Palavra
ANO: 2013
PAÍS: PORTUGAL
DURAÇÃO: 73′
A Pedra E A Palavra

The life and work of Father António Vieira, unveiled through interviews with experts in the several countries where the Jesuit acted in the course of his long life as a missionary, politician, pioneer and prophet of the Fifth Empire..

 

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A pedidos: O múltiplo Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel

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Na segunda-feira, 19 de outubro de 2014, levei uma queda e bati fortemente com a cabeça no chão, ficando desacordado por alguns instantes e sofrendo de rápida e passageira perda de memória.

Feitos os exames preliminares constatou-se não ter havido nenhum dano neurológico.

Contei isso a um amigo que imediatamente pediu que eu publicasse minha biografia, para caso de extrema necessidade, em caso de amnésia permanente ou mesmo de óbito.

Rimos do assunto e ao chegar a minha casa achei oportuno que publicasse o texto abaixo que foi compilado por meu mestre Sebastião Moreira Duarte.

Espero que eu não perca a memória jamais, eu sofreria muito, e que se passe bastante tempo até que os jornalistas especializados utilizem as informações aqui contidas em um eventual obituário meu.

 

 

O múltiplo Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel

 

Joaquim Elias, a pessoa, o homem…

Primeiro dos dois filhos de Nagib Haickel e Clarice Pinto Haickel, Joaquim Elias Pinto Haickel, nasceu em São Luís do Maranhão, às 6 horas da manhã do dia 13 de Dezembro de 1959.

Sempre foi um menino muito ativo. Hoje em dia ele seria classificado como hiperativo.

Teve uma infância igual à de todos os meninos de sua época, tendo demonstrado desde cedo gosto pelas artes, principalmente a literatura e o cinema.

Acompanhando de perto o trabalho de seu pai como deputado estadual e depois federal, Joaquim aprendeu muito sobre política, ensinamentos que colocaria em pratica mais tarde quando ele mesmo faria carreira como parlamentar.

Começou a escrever textos poéticos aos treze anos. Escrevia e guardava-os em uma pasta. Às vezes voltava a eles e os reescrevia ou descartava. Fazia isso sistematicamente.

Sua principal característica da infância ele conservou na adolescência e na maturidade, transformou-a em seu maior ativo: A sociabilidade, a urbanidade, a capacidade inigualável em se relacionar com as pessoas, em fazer amigos, em plantar e cultivar amizades com pessoas das mais diversas procedências, dos mais diferentes círculos e de setores abrangentes.

Nas escolas que frequentou sempre foi líder, sempre esteve à frente do grupo do qual fizesse parte. Mais tarde ele diria preferir um lugar bem estruturado e secundário, a um protagonismo propenso a fracassos.

Quatro anos após seu nascimento, seus pais tiveram outro filho, Nagib Haickel Filho, com quem passaria a dividir as atenções da casa e que passaria a ser seu parceiro na gestão dos negócios da família, após a morte de seu pai.

Joaquim sempre gostou mais das aulas proferidas por seus professores do que de estudar sozinho. Ao contrario da maioria de seus colegas adorava palestras e reuniões.

Sua mãe ensinou-lhe em casa as primeiras letras, mas por trabalhar, precisou colocá-lo no colégio.

O primeiro foi o Pituchinha, um jardim da infância. Depois estudou por doze anos no Colégio Batista Daniel de La Touche, onde segundo ele, foi feliz, como bem preconizava o hino da instituição. Mais tarde, querendo ser o rebelde que nunca foi, deixou o Batista para, junto com amigos e companheiros do Basquetebol, do qual praticava com afinco na época, criar as bases esportivas do Colégio Dom Bosco, futura escola campeã de muitos JEM’s. No Dom Bosco ele cursou os dois últimos anos antes de ingressar na universidade, de onde sai advogado em 1985.

Sua mãe e sua professora particular, dona Terezinha, logo viram que ele tinha algum problema de aprendizagem. Achavam que o fato dele ser muito irrequieto dificultava-lhe o aprendizado das lições. Terezinha observou que se lesse para ele, ele prestava atenção e aprendia tudo aquilo que lhe fosse contado e ensinado, mesmo que muitas vezes parecesse que ele não prestava a mínima atenção. Mais tarde se descobriria que mais que déficit de atenção, Joaquim Haickel sofria de uma das formas mais brandas da dislexia.

Sempre sentiu grande dificuldade na leitura, mesmo assim lia tudo que lhe chegasse às mãos. Dos romances, recomendados pelos professores, a gibis lhes dado por seu tio postiço, Stenio Magalhães Barros, Irmão de suas duas mães de criação, Estelita e Yolanda.

Sua sede por conhecimento era tanta que lia enciclopédias como quem lesse um romance. Lia até lista telefônica e bulas de remédios.

Sempre gostou das matérias humanas e discursivas e abominava as matérias exatas e cientificas.

Instruído e culto, fez do estudo da literatura, do cinema, das artes em geral; da história, da filosofia, da sociologia, da antropologia e até da psicologia, o foco de seus conhecimentos e dedicou-se a tudo que dissesse respeito ou estivesse de alguma forma, ligado a uma dessas áreas.

Bem no meio desse manancial de conhecimento e ação está a política, coisa com a qual ele já havia tido contato por intermédio de seu pai, deputado, e seu tio José Antonio Haickel, prefeito de Pindaré-Mirim.

Joaquim Foi casado com a artista plástica Ivana Farias, com quem produziu segundo ele mesmo, a sua “maior obra de arte”, Laila Farias Haickel, que nasce em 02 de dezembro de 1988. Além dela, tem como filhas a publicitária Avana e a advogada Ananda, filhas de sua ex-mulher.

Aos vinte e nove anos, ele, segundo alguns preceitos, já se sentia um homem realizado: Plantara algumas arvores, escrevera alguns livros, montara uma empresa de radiodifusão, possuidora de emissoras de rádio e de televisão, era deputado em seu segundo mandato e agora tinha uma linda filha.

Não satisfeito com tudo que já fazia e fez, idealizou e construiu a Fundação Nagib Haickel, dedicada a promover a educação, a cultura e a cidadania, e a preservar e difundir a memória através de meios audiovisuais.

Joaquim Haickel é membro das Academias Maranhense e Imperatrizense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão e autor das leis de incentivo a Cultura e ao esporte do Estado do Maranhão. É membro fundador do Instituto de Cidadania Empresarial do Maranhão – ICE, onde desenvolve projetos de responsabilidade social.

Em 2013, ao quando completar cinquenta e quatro anos de idade, mesmo tendo em 2010 não mais desejado permanecer deputado, continua fazendo tudo que fazia antes.

Casado agora com a empresária Jacira Quariguasi, de quem ganhou a filha Joama, Joaquim ainda não parou de acreditar que precisa fazer mais. Ele cita sempre uma frase dita pelo personagem principal de um filme que lhe foi apresentado por seu pai: “Ainda não comecei a lutar”.

 

Joaquim Haickel, o escritor, o cineasta…

Seu primeiro livro, escrito entre 1975 e 1976 só foi lançado em 1980. Trata-se de Confissões de uma Caneta, contos premiados no concurso cidade de São Luis. Em 81 lançou O Quinto Cavaleiro, poemas. Em 82, após ser premiado no concurso SECMA / SIOGE / Civilização Brasileira, lançou o livro de contos Garrafa de ilusões. Manuscritos, seu segundo livro de poemas, quarto até então, foi lançado em 83, quando também começou a editar a Revista Guarnicê, semanário artístico e cultural que publicou até 86.

Ainda em 84 lançou a Antologia Poética Guarnicê. Em 85 foi a vez da Antologia Erótica Guarnicê e em 86 o livro de contos Clara Cor de Rosa.

Depois de uma pausa editorial, em 89, lançou o livro de poemas Saltério de Três Cordas juntamente com Rossine Correia e Pedro Braga. Mas foi em 1990, segundo o próprio Haickel, quando amadureceu o seu “primeiro livro, os outros foram apenas ensaios do que viria”. Livro de contos lançado pela Editora Global, A Ponte, que foi aplaudidíssimo por José Louzeiro, Artur da Távola e Nelson Werneck Sodré entre outros.

Também no setor artístico, Joaquim ainda produziu o filme “The Best Friend”, O Amigão, que conquistou os prêmios de melhor filme do júri popular e melhor filme de cineasta maranhense do júri oficial, no festival Guarnicê de cinema e vídeo realizado pela UFMA em 1984.

Em 2003, na comemoração aos vinte anos da revista Guarnicê, a Clara Editora e as Edições Guarnicê, produziram e publicaram o Almanaque Guarnicê, uma espécie de ensaio-entrevista-reportagem dirigida Felix Alberto Lima, onde narra a trajetória do semanário e de seus idealizadores. Também em parceria com a Clara Editora, Joaquim lançou uma coletânea de seus melhores artigos publicados no site Clara on line.

Em 2006 Joaquim candidatou-se a uma vaga na Academia Imperatrizense de Letras para onde foi eleito para a cadeira nº 9, cujo patrono é o eminente Thucydides Barbosa e seu fundador e único ocupante até então, foi o professor, escritor e humanista Vito Milesi.

Em 2008, Joaquim Haickel realiza um antigo sonho. Roteirizar, produzir e dirigir um filme baseado em um conto que escrevera nos anos 80. Trata-se de Pelo Ouvido. Inquieto e indisciplinado, Joaquim não se conteve e antes de realizar esse filme, com ajuda de vários amigos faz em Paço do Lumiar o curta-metragem de 59 segundos, Padre Nosso.

Pelo Ouvido foi selecionado para mais de uma centena de festivais de cinema no Brasil e no exterior tais como, o de Palm Springs International Short Film Festival, do 12º Los Angeles Latino International Film Festival, do 17th Annual St. Louis International Film Festival (Estados Unidos); do 34º Festival de Cine Iberoamericano de Huelva; da Mostra de Cine Latinoamericano de Catalunya (Espanha); do Festival des Films du Mond (Canadá); Festival International du Film d’Amour de Mons (Bélgica); do European Independent Film Festival 2009 (França); do XXV Festival de Cine de Bogotá (Colômbia); Festival Internacional de Filme Independente de Hamburgo (Alemanha); do 30º Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano (Cuba); V Festival Internacional de Cortometrajes de Cusco (Peru); do #9 Filmstock de Luton (Reino Unido); do 3º New Beijing International Movie Week (China); do 8ª Goiânia Mostra Curtas, da XXXV Jornada Internacional de Cinema da Bahia, do 5º Amazonas Film Festival, do 15º Vitória Cine Vídeo (Brasil). Pelo Ouvido ganhou dezoito prêmios, entre eles o de melhor filme no 17º Concurso Iberoamericano de Cortometrajes de Cartagena, na Colômbia, de melhor filme internacional no FirstGlance Film Festival Philadelphia 11, de melhor direção no Boston International Film Festival, ambos nos Estados Unidos. Já no Brasil, participou do 7º Festival Curta Natal e do 16º Festvídeo Teresina onde ganhou os prêmios de melhor filme. No II Festival Curta Cabo Frio (RJ), recebeu os prêmios, especial do júri e o de melhor atriz, enquanto no 31º Festival Guarnicê de Cinema (MA) saiu com os prêmios de melhor filme do júri popular e novamente de melhor atriz para Amanda Acosta.

Em 2009 candidatou-se a uma vaga na Academia Maranhense de Letras, para a qual foi eleito com uma das maiores votações já alcançadas por um candidato àquela Casa. Foi em sua posse saudado pelo acadêmico José Louzeiro, seu grande amigo e incentivador. Joaquim ocupa a cadeira de numero 37 da AML patroneada por Inácio Xavier de Carvalho e cujo ultimo ocupante foi o seu amigo José Nascimento Moraes Filho.

Dito & Feito, é um seu livro que reúne algumas de suas crônicas publicadas aos domingos no jornal O Estado do Maranhão e foi lançado em 2009.

Em 2011 foi eleito para o Instituto Histórico e geográfico do Maranhão, onde ocupa a cadeira 47.

Contos, Crônicas, Poemas & Outras Palavras, lançado em 2012, é um outro livro seu. Nele se acha publicado o melhor de sua produção. Lá estão roteiros de cinema, historias em quadrinhos, criticas e frases, além dos já citados contos, crônicas e poemas.

Em 2011 produz e dirige seu primeiro filme em desenho animado. A Ponte, que foi realizado em parceria com a Dupla Criação e baseia-se em um conto homônimo seu.

Para a comemoração de 400 anos da cidade de São Luís, em 2012, novamente em parceria com a Dupla criação, Joaquim escreve, produz e dirige outro desenho animado. Trata-se de Upaon-Açu… Saint Louis… São Luís… Onde apresenta os fatos históricos que levaram a fundação da capital do Estado do Maranhão.

Em 2013 conclui uma série de vinte e quatro documentários sobre membros da AML. Em Academia da Memória: Homens e Imortais estão retratados os doze fundadores da Academia e outros doze importantes imortais, agora eternizados em filme.

Ele escreve já há alguns anos um livro de título curioso e autoexplicativo: 365 Filmes Para Não Precisar de Psicanálise. Nele, lista e analisa 365 dos milhares de filmes que o ajudaram a construir seu cabedal de cultura e informação, solidificando sua personalidade e seu caráter.

Joaquim realizou em parceria com a Mutante Filmes, de São Paulo, o documentário em longa-metragem A Pedra e a Palavra sobre a vida e a obra do padre António Vieira.

Além disso, tem programado a realização de filmes sobre alguns dos mais importantes artistas maranhenses como os músicos Catulo da Paixão Cearense, João do Vale, Mestre Antonio Vieira, Alcione Nazaré e Zeca Baleiro; os escritores Aluisio Azevedo, Artur Azevedo, Humberto de Campos, Gonçalves dias e Sousândrade; e os artistas plásticos Celso Antonio, Floriano Teixeira, Jesus Santos, Péricles Rocha e Antonio Almeida; personagens importantes da vida maranhense como Haroldo Tavares, Nagib Haickel, Canhoteiro,

 

Joaquim Nagib Haickel, o político…

Joaquim havia programado se candidatar a vereador de sua amada cidade, São Luís, em 1980, mas os mandatos municipais que findavam naquele ano foram prorrogados.

Por ser o filho mais velho do deputado Nagib Haickel, muitos pensavam que Joaquim também se chamava Nagib. Quando percebeu que era muito conhecido pelo nome de seu pai, Joaquim resolveu legalmente adicioná-lo ao seu.

Seu nome de batismo era o somatório dos nomes de seus avós materno e paterno, Joaquim Pinto e Elias Haickel. Seu nome inicialmente era Joaquim Elias Pinto Haickel, ao que ele inseriu Nagib bem no meio, ficando Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel, e seu nome político e parlamentar passaria a ser Joaquim Nagib Haickel.

Em 1982, com a decisiva ajuda de seu pai, conhecido como “o caboclo do vale do Pindaré”, elegeu-se Deputado Estadual. Naquela legislatura ele foi o mais jovem parlamentar de todo Brasil. Foi eleito em seguida Deputado Federal Constituinte em 86, onde entre outros encargos, foi o relator da comissão de direitos e garantias individuais, responsável pela apreciação do projeto que tentava instituir em nosso país a pena de morte. Seu parecer, vencedor, foi contrário ao projeto.

É de sua autoria, bem como de outros deputados, através de emenda aglutinativa do relator da constituinte, as palavras com que são abertos diariamente os trabalhos das Casas do Congresso Nacional.

Em 91 foi convidado pelo então governador Edison Lobão para assessorá-lo no governo do estado do Maranhão, primeiro na secretaria de assuntos políticos e depois na secretaria de educação.

Afastou-se dos cargos públicos de 95 até 98 para dedicar-se as suas empresas de radiodifusão: FM e TV Maranhão Central, espalhadas por mais de oitenta cidades do Estado, e plantou a semente do que viria a ser a Fundação Nagib Haickel.

Em 98, candidatou-se e elegeu-se Deputado Estadual mais votado do seu partido, desta vez, não pode contar com a preciosa ajuda de seu pai, Nagib Haickel, que falecera no dia 7 de setembro de 1993 quando então era Presidente da Assembléia Legislativa do Maranhão.

Joaquim é detentor da Medalha Manoel Bequimão da Assembléia Legislativa do Maranhão, da Medalha do Mérito Timbira do Governo do Maranhão, da Medalha Barão de Mauá, do Ministério dos Transportes e Comendador da Ordem dos Timbiras. Ele é cidadão honorário dos municípios de Pindaré-Mirim, Santa Inês, Itapecuru-Mirim, São Domingos do Maranhão, Pio XII, Satubinha, São Benedito do Rio Preto, dentre outros.

Em 2003 foi eleito por seus pares para exercer o cargo de Primeiro Secretário da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Maranhão.

Dono de um apurado senso crítico e uma igualmente eficiente autocritica, perseguidor obstinado da coerência e praticante incansável dos princípios de lealdade e honra contidos nos textos de Alexandre Dumas, Joaquim sempre manteve boa relação com os seus adversários, separando claramente o que era ação politica de relacionamento pessoal. Diz que seu pai lhe tirou a possibilidade de ser de oposição, e que por isso desenvolveu uma imensa capacidade de criticar seu próprio grupo político, tornando-se algumas vezes mais inconveniente para seus amigos que para seus adversários.

Resolveu não se candidatar a reeleição de deputado estadual em 2010, mas antes de acabar aquele seu mandato, fez aprovar as leis de incentivo a cultura e ao esporte, um grande sonho de todos que trabalham nesses importantes setores. Essas leis possibilitam anualmente a injeção de 0,5% do valor da arrecadação anual do ICMS no setor cultural e no setor esportivo do Maranhão, através de projetos apresentados pela sociedade e aprovados pelas respectivas secretarias de estado.

 

Joaquim Haickel, o empresário…

Em 1987 fundou em sociedade com seu amigo Fernando Sarney a Rádio e Televisão Maranhão Central LTDA., sediada na cidade de Santa Inês e alcançando mais de oitenta cidades maranhenses.

A emissora de Televisão, afiliada a Rede Globo de Televisão, leva aos municípios de sua abrangência informação e entretenimento, ligando essas cidades ao resto do Maranhão, ao Brasil e ao Mundo.

Juntamente com seu Irmão, Nagib Haickel Filho, possui outras emissoras de Rádio e Televisão.

Joaquim costuma dizer que de seu pai só herdou o tino político, o comercial ficou para Nagib, seu irmão e parceiro.

 

Quincas, o desportista…

Joaquim é também desportista e grande incentivador dos esportes como forma de inserção social e de combate ao uso de drogas e a marginalidade.

Foi Presidente da Federação Maranhense e Vice-Presidente da Confederação Brasileira de Tênis, e da Associação Desportiva Mirante, mais importante instituição esportiva do esporte amador maranhense entre os anos 80 e 90. Como atleta conquistou diversos títulos em várias modalidades como Tênis, Vôlei e Basquete.

Exerceu o cargo de Secretario Estadual de Esporte e Lazer, e gostava de ressaltar que este era um cargo temporário e que a sua designação permanente deveria ser a de desportista.

 

 

 

 

 

 

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O Dilema do Segundo Turno

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O segundo turno da eleição presidencial de 2014 traz consigo ingredientes extremamente instigantes ao raciocínio pragmático e dialético que tanto persegue os políticos que se pretendem coerentes e sensatos.

Ser prático e percorrer os caminhos das ideias, defendendo suas teses e dando ouvido com igual respeito às antíteses que a elas venham a se contrapor, é tarefa bastante delicada e desgastante, mas é exatamente isso que os bons políticos devem fazer.

Analisemos primeiramente minha situação pessoal nesse contexto. Eu, apenas um eleitor.

No primeiro turno votei em Aécio, pois não queria ver no segundo o debate entre dois discursos de uma mesma esquerda, midiática e fajuta, pra brasileiro ver. Devo declarar que também sofri uma pressão quase irresistível por parte de minha mulher e de meu irmão, que abominam a política petista. Votei em Aécio também pelo fato dele ter sido meu colega na Constituinte.

Analisando-se a posição de alguns amigos do PT e do PMDB, fica claro que outra coisa não lhes resta a não ser cair de cabeça na campanha de Dilma. A vitória dela é a única esperança para que possam se sobressair, administrativamente falando.

O posicionamento de meu amigo Edinho Lobão no segundo turno do pleito presidencial pode ser qualquer um. Ele pode apoiar Dilma por lealdade, mesmo ela tendo sido covarde para com ele em sua eleição; ele pode simplesmente votar nela e pedir-lhe votos em seu círculo mais restrito de influência; e ele pode nada fazer, não mover uma palha por ela. Qualquer dessas atitudes será facilmente bem entendida por qualquer pessoa.

Do ponto de vista meramente político ele deveria movimentar céus, terras e mares no sentido de apoiá-la, pois da eleição dela depende a pouco provável continuidade de seu pai, Edison Lobão, no Ministério das Minas e Energia.

A posição do ex-presidente Sarney e da governadora Roseana é semelhante a de Edinho, sendo que os segundos têm aparentemente menos interesses em jogo que o primeiro.

Por fim analisemos a situação de Flávio Dino, governador eleito de nosso Estado. No primeiro turno ele recebeu apoio e se comprometeu com o candidato do PSDB, coisa que já havia feito anteriormente com Eduardo Campos e fez também com Marina Silva, depois da morte do pernambucano. Só não fez com Dilma porque ela não veio ao Maranhão, mas a apoiava tacitamente através de militantes locais do PT e da direção nacional do PCdoB.

No primeiro turno, Flávio, bem ou mal, acendeu uma vela pra Deus e outras para os diabos, mas a imagem que ficou foi a dele e Aécio de mãos dadas, erguidas em sinal de compromisso, de luta e de vitória. Agora ficará estranho ele fazer uma foto igual com Dilma e declarar apoio a ela.

Neutralidade em política não existe. Fazer nada é fazer alguma coisa.

Observemos que Flávio tem de um lado, seu vice, seu senador, seu chefe da Casa Civil e seu pai apoiando Aécio. Ele tem de outro, seu partido, seu secretário de Assuntos Políticos, seus amigos petistas e seu irmão, apoiando Dilma.

Caramba! Não pensei que minhas previsões fossem se concretizar tão rapidamente. Disse e repito: em termos de política, as mudanças que foram prometidas na campanha, são umas, mas as que por acaso venham a ser efetivamente entregues, não serão profundas o suficiente para fazer com que o modus operandi, que a mecânica própria da política, sofra qualquer alteração ou transformação em sua essência.

A disposição tática do grupo de Flávio Dino é a única que poderia ser estabelecida num quadro como este que se apresenta. Ele está fazendo o que acredito seja o certo e fará exatamente a mesma coisa que o chefe da oligarquia que ele defenestrou do poder faria em seu lugar. Igualzinho!

A situação de Flávio é extremamente delicada. Seu partido, o PCdoB deve estar pressionando-o para que ele declare apoio a Dilma e mais que isso, que ele coloque toda a sua máquina eleitoral, a de um vencedor de uma eleição em primeiro turno, para trabalhar por ela.

Por outro lado, mais da metade de seu grupo não gostaria de ver Flávio apoiar Dilma, mesmo aceitando que ele não declare apoio formal a Aécio. Ressalte-se que esses são jogadores profissionais do jogo político, aprenderam na cartilha do velho oligarca.

A sorte de Flávio, é que neste momento ele ainda não será mal julgado pelo povo por esse posicionamento, pois acabou de vencer a eleição, tem muito crédito a seu favor e o eleitor vai com a onda.

Aos ocupantes dos cargos mais graduados cabem as decisões mais difíceis e a verdadeira responsabilidade pelas consequências de seus atos. Está é a primeira grande e difícil decisão que Flávio terá que tomar. Neste caso não gostaria de estar em seu lugar, pois de seu posicionamento, de sua escolha, depende parte do sucesso ou do insucesso dos primeiros meses de sua administração.

Os dirigentes de um eventual governo do PSDB terão para com o PCdoB uma compreensível má vontade, pois os dois partidos são completamente antagônicos. Os dirigentes do PCdoB imaginam que a eleição de Aécio possa dificultar muito seu trânsito pela Esplanada dos Ministérios, e seu consequente acesso às verbas que possam ajudá-lo em sua administração.

Acredito que Flávio tentará a todo custo permanecer neutro, coisa que faria qualquer sábio político, oligarca ou mudancista.

Acredito que Dilma tem contra si a avalanche da mudança que tomou conta do país. Acredito que sua derrota pode acabar por servir à boa causa do amadurecimento de nossa democracia. Acredito que como eu as pessoas não acreditem que com Aécio na Presidência da República, possa haver retrocessos quanto às conquistas sociais adquiridas como o Bolsa Família ou quanto a projetos indispensáveis como o PAC.

De resto, acredito que se mudar alguma coisa, mudarão os nomes das pessoas no comando, o tom do discurso, o invólucro do produto e poucas outras coisinhas mais.

 

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Quem é este verme?

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Li o comentário do Antônio Carlos Oliveira no blog de meu amigo Jorge Aragão e irei comentá-lo aqui no meu.

Primeiramente, transcreverei abaixo o texto do A. C. O. extraído do Blog de J. A. para em seguida tecer meus comentários sobre o fato.

“Caro Jorge Aragão, permita-me usar seu Blog para mandar uma mensagem para meu querido amigo Joaquim Haickel. Queria dizer-lhe que diariamente ouço todas as rádios AM de São Luís e que leio jornais e blogs sem fazer distinção de quem sejam os jornalistas responsáveis ou suas tendências políticas.
Tenho lido sistematicamente em um determinado Blog, um que, diga-se de passagem, representa tudo que não presta em nossa terra, um que é feito por uma criatura que ninguém suporta, digo isso e não corro o risco de errar, pois ninguém que eu conheça gosta desse traste, desse ser abjeto, desprezível e asqueroso. Joaquim, esse monte de fezes em forma humana tenta insultá-lo, ofendê-lo, difamá-lo, caluniá-lo e a todos essas tentativas transparecem como desmedida inveja, descomunal recalque, e milhares de outros baixos sentimentos similares.
Fico preocupado por que você se mantem alheio às barbaridades que esse indivíduo diz a seu respeito. Você nunca revida, nunca demonstra discordar deste verme.
Portanto já que você não diz nada a respeito dele, eu que sou seu amigo resolvi dizer e mandei um comentário ao Blog dele em uma matéria onde ele tenta te atingir.
Imaginando que ele não irá aceitar o meu comentário é que estou postando aqui no Blog do Jorge meu desgravo a sua formidável pessoa.

 Comentário feito no Blog de Cesar Bello e ainda não autorizado a publicação:

 Para que tu alcances a altura do solado do sapato de Joaquim Haickel, a quem tu tentas atingir com insultos e ofensas, terias que nascer novamente, mas em uma boa família; ter uma infância feliz, cheia de carinho e aconchego; desfrutar de uma adolescência sadia, sem acesso a drogas ou a pederastia; terias que amadurecer sem que tivesses que se submeter à bajulação quase que sexual aos príncipes do poder; terias que ter tido mulheres que não te traíssem, coisa que em tua família é comum, mas quem sai aos seus não degenera.

Depois de te livrares de tudo de ruim que aconteceu em teu passado, em tua vida, nascendo novamente, ainda assim, tendo uma segunda chance, tu não conseguirias chegar ao nível do solado do sapato de Joaquim Haickel. Sabe por quê? Porque tu jamais terás o coração puro e a alma boa que ele tem. Jamais terá os amigos verdadeiros que ele tem. Olha em tua volta, vê quem está a tua volta!
As pessoas te desprezam enquanto presam Joaquim, as pessoas não te levam a sério enquanto a Joaquim elas dão ouvidos e crédito, as pessoas nem sabem que tu existem, mas Joaquim é conhecido e valorizado.
Vieste da latrina do mundo, volte para lá!”

 

Agora, depois de ter lido o texto acima, talvez você que, não deve saber quem seja o insignificante e desprezível blogueiro ao qual o A. C. O. refere-se vou contar-lhe de quem se trata.

Ele é conhecido pelo nome de Cesar Bello. Não sei se ele tem outros nomes, mesmo tendo passado parte de minha infância e adolescência convivendo com ele. Somos contemporâneos. Frequentávamos os mesmos lugares quando erámos crianças e adolescentes. Praticávamos esportes no Lítero e no Jaguarema. Para você que é mais jovem, Lítero e Jaguarema eram os dois principais clubes sociais de São Luís entre os anos 50 e 80.

Os filhos dos sócios destes clubes frequentavam as escolinhas de esportes existentes neles. Eu praticava basquete e junto comigo estavam Rachidinho, Gercinho, Charles, Tadeu, Ferreirinha, Eduardo Figueiredo, Eduardo Castelo Branco, Zé Galinha (falecido), Valmir, Edgard e os irmãos Newton e Cesar Bello.

Erámos alunos dos colégios Batista, Marista, Escola Técnica, Zoé Cerveira… A cidade de São Luís tinha apenas 350 mil habitantes em 1974.

Sempre gostei de esporte. Nele eu via, como ainda vejo o espelho da vida. A guerra pelo sucesso, a batalha da superação de si mesmo e do adversário também. Uma guerra sem sangue e sem morte. Essa pessoa da qual falamos via o esporte como uma mera possibilidade de extravasar seus recalques e suas angústias.

Ele sempre foi uma pessoa problemática, sempre foi o que as pessoas chamavam na época de “perdido”. Isso se pode constatar perguntando aos contemporâneos, aos professores como Gafanhoto, Paulão, Carlos, Sergio…

Está pessoa tem um defeito físico e todos o chamavam por um apelido alusório. Eu nunca fiz isso. Não que eu fosse melhor que meus colegas, mas porque era muito tímido e retraído.

Newton, o irmão dessa pessoa, sempre foi mais simpático e amável que ele. Elizabete, a irmã deles era uma das moças mais bonitas daquela época, mas os três foram criados de maneira diferente daquela com que eu e alguns outros amigos fomos criados. Eles tinham uma vida muito mais liberal e pouco controlada que nós.

O tempo se passou e as distâncias ocasionadas pelas formas educacionais e culturais foram ficando cada vez mais evidenciadas. O acesso ao álcool e às drogas transformaram alguns daqueles jovens em verdadeiros marginais. Alguns tiveram que ser internados em clínicas de tratamento de dependentes químicos, uma, duas, três e mais vezes.

Lembro que um grande amigo deste cidadão, alguém que ele hoje insulta e agride o levou pessoalmente para interná-lo em uma clínica em Goiânia. A paga que o cão danado dá a quem lhe cuida é a mordida raivosa.

Este sujeito, que já tinha o vírus da amargura, adquirido por via genética, desenvolveu o vírus do recalque por vias profissionais. Advogado teve sua inscrição na OAB cassada por transgressões ao código de ética da categoria. Desenvolveu o vírus da inveja por ver todas as pessoas com quem conviveu na infância e na adolescência vencerem na vida e ele ficar estagnado por não ser capaz de construir nada, porque tudo em que coloca a mão, estraga.

Ele deve olhar para mim e ver que ele poderia ser pelo menos um pouco parecido comigo. Ele deve ver que me formei em direito, que me elegi deputado aos 22 anos e que continuei fazendo o que desejava e que em tudo tive algum sucesso, e ele deve ter se perguntado: por que isso não acontece comigo? Ele deve me ver escrevendo meus livros, realizando meus filmes, entrando pra a AML e se perguntando, por que isso não acontece comigo, eu que cito tantos escritores e filósofos como se fosse um cuspidor de cultura superficial e rasteira. Ele deve me ver feliz com minha família, minha mulher e minhas filhas e se perguntar por que ele não pode ter aquilo, como eu tenho. A resposta é simples. Ele não plantou, logo não pode colher.

Então já que ele não pode ter tudo que eu tenho, que ele não pode ter nada parecido com o que eu tenho, então ele resolve tentar destruir o que eu sou, o que eu tenho, o que eu represento.

É por isso meu caro Antônio Carlos que até hoje nunca respondi nenhuma ofensa vinda desta pessoa, para quais meus únicos sentimentos são de desprezo e pena.

Uma vez já tive ódio dele. No dia em que em um de seus textos imbecis ele agrediu uma de minhas filhas. Cheguei a pensar em procurá-lo para dar-lhe uma surra como no tempo antigo, mas a sabedoria que acumulei nesses anos todos serviu para ver que encostar a mão numa criatura fétida só iria fazer com que eu me sujasse.

Há em seu texto amigo Antônio Carlos, um trecho que eu acho perfeito, é quando você comenta a forma antagônica com que a sociedade maranhense e as pessoas que a compõe veem a mim e a ele. Isso basta para lavar minha honra.

Não há nada que pague saber que todos sabem fazer a diferença entre Joaquim Haickel e Cesar Bello.

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Sobre o futuro do Legislativo Maranhense

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Acredito que quase a totalidade dos 29 deputados eleitos por partidos ou coligações que não estavam apoiando formalmente Flávio Dino deva apoiar Humberto Coutinho, candidato a presidente da Assembleia da preferencia do governador eleito. Acredito inclusive, que para a maior tranquilidade destes 29 e do governo, eles devam votar em Edivaldo Holanda para primeiro vice-presidente.

Respeitando a proporcionalidade prescrita no regimento interno da ALM, os deputados devem escolher um outro nome vindo dos partidos ligados diretamente ao governador, para ocupar a quarta vice-presidência ou a quarta secretaria, mas os demais seis cargos da mesa diretora da ALM devem ser ocupados por deputados escolhidos entre os 29 deputados restantes.

Penso que Flávio não sofrerá uma intensa oposição na ALM. Imagino que ele deva indicar o bem relacionado e competente, Bira do Pindaré, para ser o líder de seu governo naquela Casa e tem em Marcio Jerry e Marcelo Tavares nomes que podem facilmente resolver os possíveis problemas que apareçam por lá.

Quanto à economia interna do poder legislativo, não prevejo maiores problemas. Humberto é extremamente experiente e saberá conduzir as ações da casa com sabedoria e diplomacia.

Quanto àqueles 29 deputados, para que eles tenham mais visibilidade nos trabalhos das comissões e do plenário, devem se agrupar em blocos, em numero capazes de garantir-lhes representatividade, poder de palavra e de decisão nas questões politicas e administrativas do legislativo, nas comissões técnicas e no plenário.

Não acredito que nos primeiros meses de governo haverá algum embate entre o legislativo e o executivo, o que vai dar tranquilidade para que o governo execute as correções de rumo que acredita devem ser feitas.

Parte do sucesso deste início de governo será creditado à escolha de possíveis nomes do legislativo para compor o futuro secretariado. Apostas têm sido feitas no sentido de que algum escolhido possa vir a macular o grupo que até agora está irretocável. Espero sinceramente que em nome de uma abominável gratidão eleitoral o futuro governador não cometa pecados capitais e leve do legislativo pessoas que lá nem deveriam estar.

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Caso eu fosse Flávio Dino!

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Meu pai me ensinou que em política, para que tenhamos uma visão mais ampla e realista do cenário, devemos fazer duas coisas, nos distanciarmos um pouco e tentarmos nos colocar no lugar dos atores em cena, vestir seus figurinos e dizer suas falas. Ele não explicou assim, com essas palavras, nem mesmo foi com palavras, Nagibão ensinava através de exemplos e ele nem praticava com assiduidade seus ensinamentos.

Dito isso, peço licença ao governador eleito Flávio Dino para me colocar em seu lugar no cenário dos acontecimentos e tentar, por alguns instantes, imaginar o que ele faria em relação a alguns assuntos, onde poderiam recair suas melhores escolhas para compor seu governo. Se ele não quiser me dar licença, não importa, usarei de minha prerrogativa de livre pensador e farei uma das coisas de que mais gosto: direi o que penso.

Sendo Flávio eu pensaria o seguinte: “Encontro-me em uma situação extremamente confortável. Elegi-me governador de meu estado sem ter feito compromisso formal com ninguém. Tenho apenas compromissos tácitos e morais com os partidos que me apoiaram, com algumas pessoas especificamente dentro deles e com o povo do Maranhão que acreditou em minhas promessas de mudança, coisa que sei, será um dos maiores desafios de minha administração: Transformar o modus operandi de nossa política, a lógica nela vigente, implantada faz muito tempo, de uma determinada forma e para um certo fim, coisas que com o passar dos anos se descaracterizaram irreversivelmente.”

Neste momento, em seu lugar, faria uma reflexão filosófica, me faria uma pergunta simples e me obrigaria a respondê-la com honestidade:“Como eu quero ser visto? Por mim mesmo, no espelho; por meus filhos e minha família; por meus amigos e companheiros; pelo povo que acreditou em mim; pelos meus adversários; pela imprensa; pela história que certamente irá relatar minhas ações e me julgar?”

Não serei pretensioso ao ponto de responder esse tipo de questionamento por Flávio. Isso é de foro tão íntimo que deixarei por conta exclusivamente dele.

Tendo então feito essa reflexão, se eu fosse ele, partiria para o exercício do pragmatismo e da dialética.

“Do elenco de secretarias e organismos governamentais, existem aquelas as quais estabelecerei como cota de minha escolha pessoal. Existem outras que destinarei a um corpo técnico capaz de gerenciar os setores afetos a elas de forma rígida, sem nenhuma interferência política e uma terça parte destinada à composição com partidos e dentro deles às pessoas que me apoiaram ou que possam vir a me apoiar.

Tenho sobre a mesa nomes de pessoas em quem confio e a quem preciso confiar tarefas importantes em meu governo. Humberto Coutinho, Marcio Jerry, Marcelo Tavares, Edivaldo Junior, Antônio Nunes, Carlos Brandão, Rodrigo Lago, Carlos Lula, Ted Lago, Mário Macieira, Roberto Albuquerque… Há a direção nacional do PCdoB que irá querer indicar algum membro do partido para fazer parte do primeiro governo da legenda em nosso país; existe o PT e o PSDB, independentemente de quem se eleja para presidente; há o PSB, o PDT, o PP, o PPS de Eliziane com sua expressiva votação e seu posicionamento leal que me deu tranquilidade para minha eleição; há Dutra e Simplício, porque o SD não existe, assim como o PROS, existem também o PTC que se restringe a Edivaldo e os prefeitos de importantes cidades que me apoiaram, como Sebastião Madeira, Ribamar Alves, Luciano Leitoa, Gil Cutrim…”.

Espalhando esses nomes e as posições disponíveis sobre uma mesa, se fosse ele, iria tentar montar esse intrincado e delicado quebra-cabeça, da melhor maneira possível, sob pena de em um primeiro momento ter sérias dificuldades.

“Escalarei Humberto para presidir a Assembleia, até porque por enquanto, em meu grupo naquela Casa, só existe ele e Edivaldo com tamanho suficiente para essa tarefa. Bira será o líder do governo no Legislativo e de comum acordo com Humberto e minha bancada, indicarei um secretário de Assuntos Políticos com trânsito comigo e com a ALM.

Todos sabem que tenho uma escolha difícil para fazer em relação à Casa Civil. Estou entre meus amigos Márcio Jerry e Marcelo Tavares. Se bem me lembro dos ensinamentos dos grandes da política maranhense, Millet, Burnet, e do próprio Sarney, quem faz a secretaria é o secretário e o prestígio que o governador dá a ele.

A Casa Civil em meu governo desempenhará o papel para o qual foi concebida, será o órgão executor do governo e ficará com Marcelo, enquanto Márcio ocupará a Secretaria de Assuntos Políticos, com poderes ampliados para atuar na interface também com as instituições.

Para Saúde e Educação escalarei dois homens de minha mais estrita confiança e respeitados por toda a sociedade: Carlinhos Macieira e Antônio Nunes.

Pedirei que a direção nacional do PCdoB indique um técnico para a Secretaria de Planejamento. Reunirei com pessoas de minha confiança dentro da Secretaria da Fazenda para que o secretário da pasta saia em consenso com eles. O mesmo farei na Procuradoria Geral do Estado. Com a OAB, pedirei indicações para a Secretaria de Segurança, e de Justiça e Administração Penitenciária, mas trarei técnicos de Pernambuco para atuarem nessa área.

Engana-se quem pensa que eu deixarei algum desses cargos sujeitos a escolha ou interferência de partidos ou de políticos.

As demais secretarias e cargos serão escolhidos sem o mesmo critério, não por serem menos importantes, mas por serem menos problemáticos.

Fundirei algumas secretarias como Esporte e Lazer com Juventude, Mulher com Minorias…

Existirão casos em que as indicações de nomes podem ser sintomáticas e automáticas, como o caso de Roberto Albuquerque para a Indústria e Comércio.

Há também a questão da oportunidade: indicar Sergio Frota para o Esporte, ou Othelino Neto para o Meio Ambiente, possibilitará a ascensão de Rafael Leitoa à Assembleia.

Quanto às indicações para o segundo e o terceiro escalão, serão baseadas nos seguintes critérios obedecendo a seguinte ordem: competência ou capacidade, funcionalidade ou utilidade e compromisso ou partidarismo.

Nenhum parente meu ocupará cargo no governo, mesmo que o inconveniente do Joaquim Haickel acredite que eu deva nomear meu irmão Sávio para ser meu secretário particular e meu pai Sálvio para Secretaria de Cultura…”

Ufa! Cansei de ser Flávio Dino… Até porque de nada vai adiantar eu querer ser ele. Ele fará somente o que achar que deve fazer. A mim só resta especular.

PS: Ainda bem que mostrei esse texto para Américo Azevedo, quinta-feira, 9 de outubro, antes de algumas notícias sobre a equipe de governo de Flávio virem a público!

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Equívocos na Eleição de 2014 no Maranhão

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Vamos hoje comentar alguns erros e equívocos que marcaram a política e as eleições de 2014, aquela que vai ficar conhecida como a que estabeleceu o fim de um ciclo de hegemonia do mais importante grupo politico de nosso estado, um dos mais poderosos de nosso país.

Lembro que em um texto publicado tempos atrás eu havia dito que ganharia essa eleição quem menos erros cometesse. Não precisa ser gênio para dizer isso. Assim acontece em tudo na vida, meu alerta foi no sentido de chamar atenção de quem detinha o comando, dos dois lados do front de batalha, para o fato de tentarem diminuir seus erros, equívocos, trapalhadas e outras bobagens que o valham. Dito e feito, quem menos errou, ganhou!

Tecer comentários depois dos acontecimentos terem se consumado é muito fácil, mas se você chamou atenção para esses detalhes antes, está perdoado.

Voltamos no tempo para vermos um grave erro cometido em 2010, quando Roseana Sarney impediu que meus correligionários do município de São Domingos do Maranhão votassem em Tata Milhomem, fazendo-os apoiar Carlos Filho, fato que fez com que Tata perdesse a eleição, culminando com a elevação de Arnaldo Melo para presidente da Assembleia Leislativa.

Outro grave erro aconteceu em 2012, quando a governadora não quis apoiar João Castelo para prefeito de São Luís. Ali foi o começo do fim. Castelo reeleito prefeito com o apoio de Roseana, no mínimo, se para mais nada servisse, impediria de Flávio Dino ter o enclave da prefeitura de São Luís a seu favor. Erro elementar e imperdoável de aritmética política.

Nem vou levar em conta alguns equívocos como a escolha de prioridades de ações administrativas, o número de hospitais a ser construídos, maior autoridade e tenacidade ao enfrentar o problema da segurança, o tráfico de drogas e o gargalo carcerário. Qualquer um, de um modo ou de outro está sujeito a esses tropeços… Uns mais que outros!

Como na vida, os erros na política não podem ser consertados, mas podem ser compensados, suas perdas podem ser minoradas. Também como na vida o acúmulo de erros, em algum momento torna-se fatal.

E os erros continuaram.

Aos 85 anos de idade José Sarney, que não é esse demônio que seus desafetos pintam, sabia que não mais deveria ser candidato a mandato eletivo. Mas quem conhece Sarney sabe que ele não decide nada, ele deixa que as circunstâncias tomem sozinhas suas decisões. Ele apenas apascenta as circunstâncias, vez por outra as torce e retorce, mas sempre com certa… Parcimônia!

Sarney deveria ter anunciado que não mais iria se candidatar quando de seu discurso de despedida da presidência do Congresso Nacional. Até ele errou. Errou por temer se enfraquecer, porque político sem mandato vale pouco ou nada, por não querer perder espaço no cenário nacional. Errou por pensar que outros pensariam que continuando, ele ficaria forte, enquanto a cada dia que se passava ficava mais fraco. E todos sabiam disso.

Sarney sabia que seus adversários não poderiam destruir o criador com facilidade e que estavam destruindo sua criatura para atingi-lo. Enfraquecendo e desmoralizando o Maranhão, enfraqueceriam e desmoralizariam Sarney.

Ele sabia disso e tentou fazer Roseana entender que ela deveria se desincompatibilizar para ser candidata ao senado, para dar a ele, através dela espaço para continuar na política. Estratégia que ele deveria saber que com Roseana seria impossível de realizar. O gênio dela não permitiria.

Como se não bastasse, os erros anteriores, dizem que Roseana atendendo a insustentável pressão do seu marido pouco simpático, declinou de sua candidatura ao senado e resolveu que iria morar nos Estados Unidos. O acúmulo de erros ia criando uma montanha que se mostrou intransponível.

Saber escolher um candidato é uma das coisas mais importantes em uma eleição. Existem bons candidatos porque eles têm carisma, porque sabem tratar os políticos, a imprensa e o povo. Existem candidatos excelentes por serem pessoas humildes, honradas e honestas. Existem aqueles que são bons administradores, conseguem entender o panorama, separar a versão da realidade, e aqueles que sabem que o poder é uma coisa temporária e fugaz. Um candidato que tivesse todas essas características seria o candidato perfeito! Mas este não existe em lugar algum. Por melhor que seja, nenhum candidato tem apenas boas qualidades, os defeitos da humanidade estarão nele, por isso a escolha de um que possa agregar a maior quantidade dessas boas qualidades deve ser feita por quem conheça a realidade, não por alguém que queira simplesmente um substituto para si.

Luís Fernando Silva, candidato escolhido pessoalmente por Roseana, tinha tudo para ser um excelente candidato, caso tivesse entendido que, da governadora só precisava da indicação, do beneplácito.

Governador de fato durante quase três anos, Luís Fernando perdeu grandes oportunidades de se tornar candidato de todo grupo Sarney e não apenas do casal governante.

Tendo eu com Luís laços familiares de consideração, respeito e carinho, disse a ele diversas vezes que precisava se aproximar dos políticos, que se desvencilhasse um pouco da barra da saia de Roseana, e que pegasse a estrada, coisa que fez tardiamente de forma tímida e errônea. Foram erros atrás de erros.

Quando Luís viu que só teria chances reais de vencer a eleição se Roseana saísse do governo para se candidatar ao senado e o ajudasse a se eleger governador indiretamente na Assembleia Legislativa, já era tarde demais. Roseana já havia marmorizado a ideia de não ser candidata a senadora e jamais pensaria em fazer como fez Sergio Cabral que saiu do governo do Rio de Janeiro e nem se candidatou ao senado, para viabilizar a eleição de seu candidato, Pezão. Roseana jamais faria uma coisa dessas.

Encurralado entre a teimosia da governadora e sua falta de atitude, pois se Luís tivesse feito o que diversas vezes lhe disse que deveria fazer, com os políticos de seu lado, ele teria entrado nos Leões e colocado no colo de Roseana uma situação irreversível. Ele respaldado por toda classe política, incluindo Sarney, senadores, deputados e prefeitos, quem sabe poderiam demovê-la da ideia de permanecer no governo.

Roseana não conseguiu ver que ali, refugiada no palácio, ela era um alvo fácil para os adversários e uma vítima de uma máquina administrativa sofrível.

Luís desistiu de sua candidatura ao governo dois dias antes do prazo de desincompatibilização. Deixou essa decisão para a última hora, talvez pensando que pudesse pressionar Roseana, quem sabe sensibilizá-la. Errou!

Sem candidato e a dois dias do prazo limite para desincompatibilização, Roseana, com todo o poder que detinha, não tinha candidato à sua sucessão!

Em política, também como na vida, a improvisação tende a não dar certo. Chamaram então um dos únicos nomes possíveis para ocupar a vaga do desistente. O outro possível candidato tinha características muito semelhantes ao desistente.

Edison Lobão Filho, para mim apenas Edinho Lobão, de quem sou amigo desde o tempo em que éramos apenas filhos de parlamentares em Brasília, aparecia nas pesquisas como um dos favoritos para a vaga de senador.  Esse fato fez com que tivessem a ideia de indicá-lo para ser candidato ao governo no lugar de Luís Fernando.

Eu não estava no Brasil quando isso aconteceu. Edinho estava internado em São Paulo. Não consegui falar com ele. Assim que consegui, disse a ele que não aceitasse, que fosse candidato a senador, que sua eleição seria difícil, mas certa.

O certo é que algo ou alguém, sabendo que ele não é muito afeito a recusar desafios, o fez aceitar.

Candidato posto embarquei com ele em sua jornada. Ao contrário do que muitos insistiram em fazer crer, não fui um de seus imediatos ou contramestres, fui um mero correspondente, que à distância, da margem, tentava dar ao meu almirante um panorama dos acontecimentos.

A campanha transcorreu tal qual uma batalha naval e os erros não deixaram de acontecer. Abordagens equivocadas, máquinas à ré quando deveriam estar adiante, ataques a bombordo, quando o melhor alvo estava a estibordo…

Culpar o Estado Maior diretamente ligado ao almirante seria ser simplista. Erros aconteceram, mas os guerreiros dessa batalha, aqueles que estavam diretamente no front pecaram por inexperiência, por ansiedade, por volúpia e em alguns casos quando tudo isso se juntava, por incompetência, não aquela proveniente da má fé, mas a proveniente da falta de capacidade, em sua forma menos nociva.

Os adversários pintaram Edinho com tintas fortes demais e todas as vezes que ele tentou apertar a mão na tinta contra seus adversários o fez de forma equivocada.

Há uma explicação clara e simples quanto a isso. Edinho estava lutando contra um adversário que ninguém tinha como vencer. Flávio Dino agregou à sua boa imagem as leis naturais da física. A gravidade conspirava contra Edinho. Havia uma vontade natural de mudança e seu adversário a representava. Ele, Edinho, escolheu ser a renovação. Era pouco para a maioria da população. A mudança venceu a renovação.

Além dessa avassaladora vontade de mudança, cinco outras coisas foram fundamentais para que acontecesse o que aconteceu: O caso Youssef, ainda não esclarecido; O caso da insegurança, incluídos ai Pedrinhas, queima de ônibus e greve de policiais; O caso Petrobras, que também ainda não aclarado; Um vídeo absurdo onde um bandido tenta envolver Flávio em bandidagem; e por fim, um áudio inconsistente onde o presidente do TCE-MA conversa com dois políticos.

Difícil era não acontecer o que aconteceu. Eu não podia dizer de público o que eu pensava naquele momento, se bem que houve um extremo exagero por parte dos aliados de Flávio nas repercussões de suas versões dos acontecimentos.

Passaria horas e quem sabe dias discorrendo sobre esses fatos, mas pouco adianta fazer isso agora.

Poderia lembrar o equivoco cometido pelo presidente da Assembleia e pelos deputados que o apoiavam na tentativa de assumir a todo custo o governo no caso de Roseana ser candidata ao senado; Poderia citar o equívoco da família Waquim em candidatar o marido e a mulher. Se fosse só um dos dois, teria vencido. Erro menor cometeu Castelo e Carlinhos Florêncio, que se elegeram, mas os filhos não; Poderia perguntar a Josimar para que servem ter tantos votos, quando apenas a metade resolveria, e bem; Poderia falar do caso de Hélio Soares que sem ser candidato obteve 15.000 votos. Caso não tivesse sido covarde e desistido teria no mínimo o dobro e teria se elegido; Poderia dizer que um comandante supremo não deveria jamais escolher, privilegiar, pedir especialmente por um de seus soldados em detrimento dos outros; Erro imperdoável é ver candidatos que foram poderosos Secretários de Estado não aderirem a campanha de governador, por birra; Poderia dizer que não é admissível que alguém detenha tanto poder ao ponto de eleger sem nenhum sacrifício maior a filha e o genro; Poderia dizer que o governo fez menos do que poderia ter feito, dentro da mais restrita legalidade; Erro foi usarem o fato de Flávio pertencer ao Partido Comunista, para vitimizá-lo, chamando-o insistentemente de Comunista; Absurdo é, depois de uma reunião de secretariado, uma conversa informal ser gravada e publicada em jornais e Blogs. Isso é o cúmulo da covardia; Poderia dizer do erro que cometeu a presidente Dilma ao demonstrar covardia para com seus aliados declarados… Além de muitos outros!

Como eu não citei nenhum erro, você pode estar pensando que o grupo de Flávio Dino não os tenha cometido. Cometeu sim, e muitos! Mas dos os erros deles que falem eles, até porque tenho pouco conhecimento e nenhuma legitimidade para falar desse assunto.

Depois de tantos erros, equívocos e trapalhadas, só me resta desejar que os erros cometidos, mesmo se não forem reconhecidos, que pelo menos sirva de aprendizado e que o Maranhão siga em frente, sendo um melhor lugar para todos nós que tanto o amamos.

 

 

PS: Desculpem qualquer erro de grafia, pois não pude revisar com  mais atenção, fiz este texto enquanto fazia algumas outras coisas!

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Resultado do estudo de probabilidade para eleição proporcional

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Estudo51-2014

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Estudo de probabilidade para eleição proporcional

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Estudo4-2014

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