Com a aproximação de meu aniversário no próximo dia 13, e com uma quantidade elevada de desmotivação para textos polêmicos, para fazer este, resolvi simplesmente relacionar alguns de meus homônimos, que sustentam a tradição do nome que carrego já faz cinquenta e três anos.
Todos eles são Joaquins importantes em algum aspecto, compõem a estirpe daqueles que assinam o mesmo nome do pai de Maria, mãe de Jesus.
Então vejamos:
Joaquim José da Silva Xavier (1746-1792) o Tiradentes, soldado e arrancador de dentes mineiro. Foi o único integrante da Inconfidência Mineira, importante movimento pela independência do Brasil, a ser enforcado no Rio de Janeiro em 21 de abril de 1792.
Joaquim Silvério dos Reis (1756-1819) foi o delator dos inconfidentes mineiros. Coronel, contratador de entradas, fazendeiro e proprietário de minas.
Joaquim do Amor Divino Rabelo e Caneca (1779-1825) o Frei Caneca, religioso e político pernambucano, que ficou célebre na História do Brasil por ter sido um dos líderes da Confederação do Equador.
Joaquim Gonçalves Ledo (1781-1847), jornalista e político fluminense. Foi um dos vanguardistas no processo de independência do Brasil.
Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882), romancista, poeta e dramaturgo fluminense. Autor de uma vasta obra, que é uma crônica fiel da pequena burguesia brasileira na segunda metade do século XIX.
Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908), escritor fluminense, considerado o maior nome da literatura brasileira, não só do século XIX, mas de todos os tempos.
Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo (1849-1910), político e escritor pernambucano, um dos principais líderes abolicionistas e um dos criadores da moderna prosa brasileira.
Agora me dedicarei a relacionar alguns Joaquins mais próximos, como por exemplo, os patronos e fundadores de cadeiras em nossa Academia Maranhense de Letras:
Joaquim Gomes de Souza (1829-1864), o Sousinha. Foi político e matemático. Um dos pioneiros no estudo da matemática no Brasil. Nas palavras do professor J. Leite Lopes, trata-se do nosso primeiro vulto matemático, e talvez o maior deles até hoje.
Joaquim de Sousa Andrade (1832-1902), mais conhecido por Sousândrade, foi escritor e poeta.
Formou-se em Letras pela Sorbonne, em Paris, onde fez também o curso de Engenharia de Minas.
Viajou por vários países até fixar-se nos Estados Unidos em 1871, onde publicou a obra poética “O Guesa”, em que utiliza recursos expressivos, como a criação de neologismos e de metáforas vertiginosas, textos que só foram valorizados muito depois de sua morte.
No período de 1871 a 1879 foi secretário e colaborador do periódico “O Novo Mundo”, dirigido por José Carlos Rodrigues, em Nova York.
De volta ao Brasil foi presidente da Intendência Municipal de São Luís do Maranhão. Realizou a reforma do ensino, fundou escolas mistas. Morreu em São Luís, abandonado, na miséria e considerado louco. Sua obra ficou esquecida durante décadas.
Joaquim Serra (1838-1888), jornalista, professor, político e teatrólogo.
Em 1867 fundou o Semanário Maranhense e no ano seguinte mudou-se para a Corte, onde prosseguiu em suas atividades jornalísticas, enviando colaborações aos periódicos ali existentes. Chegou a dirigir o Diário Oficial e foi deputado pela Província do Maranhão.
Abolicionista, é tido por Joaquim Nabuco como o criador da moderna imprensa política brasileira.
É o patrono da cadeira 21 da Academia Brasileira de Letras.
Joaquim Vespasiano Ramos (1884-1916) nasceu de uma família humilde em Caxias, no Maranhão. Desde cedo começou a trabalhar no comércio local e buscando sempre o saber, tornou-se um viajante compulsivo, fato que o levaria a quase toda a região norte do Brasil.
Publicou sua obra poética em diversos jornais e revistas e é considerado o precusor da literatura em Rondônia.
É o patrono da cadeira n° 32 da Academia Maranhese e da cadeira n°40 da Academia Paraense de Letras.
Joaquim Vieira da Luz (1893-1985), escritor maranhense, fundador da Cadeira nº 40 da AML, é o biógrafo de Fran Pacheco e Dunshee de Abranches.
Joaquim Campêlo Marques (1931), importante jornalista, filólogo e editor maranhense.
Ocupa a cadeira de n° 24 na Academia Maranhense de Letras.
Joaquim Salles de Oliveira Itapary Filho (1936), escritor e político maranhense, ex-secretário de Cultura do Maranhão que entre 1985 a 1989 exerceu as funções de secretário-geral do Ministério da Cultura.
Ocupa a cadeira de n° 4 na Academia Maranhense de Letras.
Temos ainda outros Joaquins importantes:
Joaquim Pedro de Andrade (1932-1988), cineasta fluminense; um dos principais representantes do cinema novo, autor dos filmes mais populares desse movimento.
Joaquim Cruz, (1963), campeão e recordista olímpico nos 800 metros. Foi o primeiro brasileiro a ganhar medalha de ouro em prova de pista em Olimpíadas.
Por último, o Joaquim do momento:
Joaquim Benedito Barbosa Gomes (1954), advogado, professor, jurista e magistrado brasileiro.
É o atual presidente do Supremo Tribunal Federal.
Nobre Joaquim, estes não foram apadrinhados pelo pai nem tampouco tiveram um senhor feudal para servir kkkkkkk e você quer textos polêmicos??? o povo quer aquilo que você e seu senhor feudal dá: Pão e circo!!! Se ocupe com as atrações da virada, pois piadas como este seu texto temos bastante!!!!
Resposta:Seja muito bem vindo Adriano, se é este mesmo o seu nome! Nós estávamos mesmo precisando de um palhaço novo em nosso circo, pois o último que tínhamos descobriu que a mulher dele o traia com o engolidor de facas, caiu em severa depressão e suicidou-se.
São tantos e tão importantes, estes Joaquíns… E, aínda tem você, que em termos de “busca ao(s) sabere(s)”, talvez, em muito pouco fique a dever-lhes?!
Parabéns pelo aniversário HOJE, parabéns pelas preciosas informações sôbre os “Joaquíns”, agumas já sabidas, outras esquecidas…
Enfim,SAÚDE,PAZ e prosperidade, SEMPRE!
Um forte abraço,
Verinha.